21/01/2020
Até final do ano passado foram assistidos mais de 3.000 doentes em Hospitalização Domiciliária, referiu o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na sessão de abertura do encontro «Hospitalização Domiciliária | Balanço e Desafios 2020», que se encontra a decorrer esta terça-feira, dia 21 de janeiro, em Beja.
Na sua intervenção, o Secretário de Estado sublinhou o empenho do Governo na «promoção de um SNS mais justo e inclusivo que responda melhor às necessidades da população, através da inovação», um caminho que começou a ser percorrido no Governo anterior, com a determinação da «estratégia de implementação de Unidades de Hospitalização Domiciliária no Serviço Nacional de Saúde (SNS) SNS em despacho datado de 3 de outubro de 2018».
António Sales realçou que «a Hospitalização Domiciliária é já considerada em Portugal um modelo inovador e potenciador de respostas verdadeiramente centradas na pessoa, numa prestação de cuidados humanizada e com ganhos em qualidade e eficiência».
«Desde a sua implementação em Portugal, no Hospital Garcia de Orta, até à sua institucionalização normativa pela Direção-Geral da Saúde, as Unidades de Hospitalização Domiciliária aumentaram consistentemente em Portugal» referiu na sua intervenção.
António Sales afirmou que, em 2019, foram contratualizados 7.041 episódios de Hospitalização Domiciliária, tendo sido efetivados, até final de outubro, 1866 episódios, em cerca de 130 camas na casa dos doentes.
«Sabemos que há ainda uma percentagem elevada do universo de 800.000 doentes internados por ano no SNS candidata à hospitalização domiciliária», pelo que importa «consolidar e alargar este modelo de prestação de cuidados no SNS».
O Secretário de Estado da Saúde lembrou que o Orçamento do Estado para 2020 tem um reforço financeiro para os hospitais e unidades locais de saúde a iniciar esta atividade este ano, sendo que, no dia de hoje, serão mais 18 unidades a assinar as cartas de compromisso no âmbito deste projeto.
António Lacerda Sales finalizou a sua intervenção, sublinhando que «o Ministério da Saúde está muito reconhecido a todos aqueles que, diariamente, nas unidades hospitalares, unidades de cuidados de saúde primários, unidades de cuidados paliativos e continuados, e nos domicílios, garantem cuidados de saúde de exceção, sem deixar ninguém para trás».