24/01/2020
A Ministra da Saúde, Marta Temido, participou esta sexta-feira, dia 24 de janeiro, na sessão solene das 12.as Jornadas de Atualização em Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral – CHULC, no auditório da Caixa Geral de Depósitos, Culturgest, em Lisboa.
Na sua intervenção, a Ministra da Saúde começou por destacar o papel da Direção-Geral da Saúde (DGS) na tranquilização e informação da população, depois da exibição de um vídeo que recordou os mais recentes desafios em matéria de doenças infeciosas, casos das síndromes MARS (Adsorbent Recirculation System), SARS ( síndrome respiratória aguda grave), vírus da imunodeficiência humana (VIH) ou o ébola.
Destacando o VIH como um dos desafios mais complexos em todo o mundo no último século, Marta Temido recordou a “pronta resposta nacional que constitui um exemplo a sublinhar”.
Marta Temido afirmou que “Portugal está comprometido no combate às hepatites virais e tem dado passos importantes nesta área”.
Algumas das medidas implementadas incluem “a dispensa de tratamento para hepatite C no SNS (2015), tratamento de reclusos com VIH e Hepatite C nas prisões (em colaboração com Ministério da Justiça (2018-19)”.
“É preciso continuar a apostar na melhoria da vigilância epidemiológica e a da expansão do tratamento”, sublinhou a Ministra.
A Ministra da Sáude realçou o papel dos parceiros, das associações de doentes e das organizações de base comunitária, “nesta ação concertada em benefício dos doentes”.
Na área do HIV, Marta Temido fez menção ao último Relatório da Infeção VIH e SIDA em Portugal, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e pela DGS, apresentado em novembro de 2019. “O número de novos casos de infeção por VIH diminuiu 46% e o de novos casos de sida baixou 67%, entre 2008 e 2017”, referiu.
Em julho de 2019, antes da meta estabelecida que seria em 2020, Portugal atingiu todos os objetivos estabelecidos no programa das Nações Unidas para o combate ao VIH/sida, conhecido como 90/90/90:
- 90% das pessoas que vivem com VIH, a saber que têm o vírus;
- 90% das pessoas diagnosticadas com VIH a receber tratamento;
- 90% das pessoas em tratamento com carga viral indetetável.
“No futuro, há que expandir as novas ferramentas de prevenção. E equacionar o alargamento da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)”, acrescentou a Ministra da Saúde.
Marta Temido afirmou que os “profissionais de saúde e organizações de base comunitária doentes foram elemento chave no sucesso ao combate à esta doença”. “A troca de seringas desde 1993 contribuiu de forma significativa para redução da doença entre pessoas que consomem drogas autotestes já em 2019”.
No final da sua intervenção, Marta Temido reforçou que o “Ministério da Saúde se encontra comprometido com expansão da prevenção e disponibilizar PrEP na comunidade” e que o Coronavírus mostra que a “urgência da ação não deve deixar de nos desassossegar”.