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Novos genes de cancro familiar: investigadores do IPO Lisboa identificam novas alterações genéticas

02/03/2020

Investigadores do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa Francisco Gentil identificaram novas alterações genéticas em alguns tipos de cancro familiar.

Estes dados, que poderão vir a ter implicações na prevenção, diagnóstico genético, vigilância e tratamento do cancro hereditário, resultam do trabalho desenvolvido pelo projeto «Risco de Cancro Familiar e Individual – Identificação de Novos Genes» entre 2013 e 2019.

Os resultados deste projeto serão apresentados dia 6 de março, a partir das 9 horas, no anfiteatro do IPO, numa conferência destinada a investigadores, médicos e outros profissionais ligados à área da oncologia.

«A identificação de novas alterações genéticas envolvidas na predisposição para o cancro em famílias com elevada prevalência de tumores e a caracterização das alterações moleculares dos tumores têm uma crescente utilidade na clínica», diz Branca Limón Cavaco, coordenadora da Unidade de Investigação e Patobiologia Molecular (UIPM) IPO Lisboa.

«Neste estudo de suscetibilidade familiar e individual procuramos identificar novos genes e mutações responsáveis por formas de cancro com evidente agregação familiar, mas sem alteração genética subjacente reconhecida. No grupo de tumores estudados – cólon e reto, tiróide, próstata, ovário, melanoma e tumores hematológicos – caracterizámos aspetos clínicos, moleculares e celulares subjacentes à doença oncológica que representam um avanço no conhecimento da patobiologia e que poderão vir a ter impacto no diagnóstico genético e nos protocolos de vigilância clínica e de prevenção do cancro nas famílias, mas também na decisão terapêutica», acrescenta a investigadora e líder do projeto.

A UIPM tem uma equipa de cerca de 30 investigadores (biólogos, bioquímicos, médicos e outros técnicos de saúde) que se dedicam à investigação básica e de translação em oncobiologia, diagnóstico molecular de cancro hereditário e caracterização de marcadores tumorais e que trabalham em estreita articulação com a clínica.

Para saber mais, consulte:

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