Relatório de Situação nº 010 | 12/03/2020
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL
Covid-19 | Atendimento Presencial Suspenso
Secretaria-Geral do Ministério da Saúde suspende atendimento presencial temporariamente
No âmbito da ativação de medidas de prevenção e controlo da infeção por novo Coronavírus (Covid-19), previstas no Plano de Contingência da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde (SGMS), o atendimento presencial ao cidadão será temporariamente suspenso, nas instalações do Ministério da Saúde, sitas na Avenida João Crisóstomo, n.º 9, em Lisboa, a partir de dia 12 de março, por período a determinar.
Assim, como forma de comunicação com os serviços da SGMS, estarão disponíveis os seguintes contactos:
Contactos
Morada
Avenida João Crisóstomo, n.º 9
1049-062 Lisboa
Telefone
217984200
Website http://www.sg.min-saude.pt
Covid-19: Portugal | 1.º Doente curado
Primeiro doente curado em Portugal teve hoje alta de hospital do Porto
Uma das primeiras pessoas internadas no Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, infetada com o novo coronavírus que causa a doença Covid-19 está curada, depois de dois testes negativos.
O paciente foi um dos primeiros internados nesta unidade. Depois de dois testes negativos, teve esta quinta-feira, dia 12 de março de 2020, alta hospitalar.
Covid-19 | Pandemia é controlável
Pandemia do novo coronavírus é «controlável», afirmou hoje a OMS
A pandemia do novo coronavírus é «controlável», afirmou hoje, dia 12 de março de 2020, o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), durante uma reunião com os Estados-membros, na sede da agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra.
«É uma pandemia controlável», mas «não se pode combater um vírus se não se sabe onde está. Isto significa que é necessária uma vigilância robusta para encontrar, isolar, testar e tratar cada caso para quebrar as cadeias de transmissão», disse Tedros Adhanom Ghebreyesus na reunião.
O responsável defendeu que os países devem ter uma «abordagem global (…) adaptada à sua situação, com a contenção como pilar central» e apelou aos países para que «encontrem o equilíbrio certo entre proteger a saúde, prevenir as perturbações económicas e sociais e respeitar os direitos humanos».
Para salvar vidas, precisamos reduzir a transmissão
Pela primeira vez desde o início da epidemia, que começou em dezembro, na China, a OMS declarou na quarta-feira o novo coronavírus como uma «pandemia», devido à sua «propagação», «gravidade dos casos» e pela «insuficiência das medidas inadequadas».
«Para salvar vidas, precisamos reduzir a transmissão. Isto significa encontrar e isolar o maior número possível de casos e colocar em quarentena os seus contactos mais próximos», explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
«Mesmo que não se consiga parar a transmissão, pode atrasar-se, protegendo os estabelecimentos de saúde, os lares de idosos e outros espaços vitais, mas apenas se forem testados todos os casos suspeitos», alertou.
Com alguns países com falta de equipamento de proteção individual, o diretor-geral da OMS disse que a organização está a trabalhar «dia e noite» para os ajudar.
A agência da ONU já enviou equipamento de proteção para 57 países e prepara-se para enviar para mais 28. Também enviou material laboratorial para 120 países.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 pessoas infetadas.
Fonte: Lusa
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Covid-19 | Informação rigorosa
«Não podemos dispersar-nos atrás de boatos», declara a Ministra da Saúde
A Ministra da Saúde, Marta Temido, apelou esta quarta-feira, dia 11 de março, a uma informação mais rigorosa aos cidadãos em relação ao Covid-19, num dia em que, disse, circularam «muitas notícias sem correspondência com a realidade».
A Ministra falava em Lisboa numa conferência de imprensa conjunta com a Diretora-Geral da Saúde, na qual foram anunciadas as conclusões de uma reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública, lidas pelo professor Jorge Torgal, membro do Conselho.
Marta Temido pediu aos jornalistas que não estimulem o alarme social exagerado. E acrescentou depois: «Não podemos dispersar-nos atrás de boatos. Acreditem em nós, não temos motivos para não falar verdade».
No mesmo tom a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, alertou para o «desconforto e ansiedade» que podem causar medidas que se tomem sem justificação, e disse que o país «não pode ter uma epidemia ainda maior causada pelo pânico».
«Que o medo não nos paralise, porque as consequências do medo podem ser mais graves do que a doença», disse Graça Freitas, lembrando que «todos os dias morrem dezenas de pessoas em Portugal com pneumonia bacteriana», e alertando que o país não pode viver nos extremos, seja em completa irresponsabilidade seja em completa preocupação.
Na conferência de imprensa, Graça Freitas explicou que a deteção de doentes no Hospital de Santa Maria se deveu à alteração da definição de caso, o que levou a pesquisar-se doentes internados com pneumonia, e disse que o procedimento do Hospital, como o do Hospital de Braga, está a ser feito como deve ser.
Ministra da Saúde apela aos portugueses para que percebam «a gravidade da situação»
Apesar das palavras de calma e de relativização da doença Covid-19, provocada por um novo coronavírus, Graça Freitas disse que todos os dias vão haver novos casos porque o país está em «fase crescente da epidemia», ainda que não seja exponencial.
E a Ministra da Saúde apelou aos portugueses para que percebam «a gravidade da situação» e que ficar em quarentena é ficar em isolamento, e ainda que «escolas encerradas não significam férias escolares».
Graça Freitas criticou depois o encerramento de escolas sem audição prévia das autoridades de saúde, e disse que as escolas deviam avisar para o isolamento social, para que os alunos não saiam da escola, «atravessem a rua e vão para o centro comercial».
A responsável insistiu depois nas medidas que cada cidadão deve tomar, como as de higiene, explicou que o país está em contenção mas ao mesmo tempo também já está a tomar medidas de mitigação, e disse que a grande preocupação é perceber se há casos da doença em que não se encontre a ligação epidemiológica. E admitiu que podem haver «três ou quatro casos».
O Conselho Nacional de Saúde volta a reunir-se na próxima sexta-feira.
Recorda-se que a Organização Mundial da Saúde declarou ontem a doença como pandemia, tendo em conta os «níveis alarmantes de propagação e inação»: «Podemos esperar que o número de casos, mortes e países afetados aumente», afirmou o Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na ocasião.
Para saber mais, consulte:
Facebook da DGS > Covid – 19: Apresentação de conclusões da reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública (Conferência de Imprensa 11/03/2020)