Relatório de Situação nº 050 | 21/04/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação.
Candidaturas de adesão às Redes Europeias de Referência – DGS
Por decisão da Comissão Europeia, e devido às circunstâncias excecionais causadas pela eclosão da pandemia de COVID-19, a apreciação em curso das candidaturas de adesão às Redes Europeias de Referência encontra-se suspensa, de 1 de abril de 2020 a 31 de agosto de 2020, e será retomada a 1 de setembro de 2020.
Para mais informação, aceda à Decisão da Execução 2020/534 da Comissão de 16 de abril de 2020 em anexo.
Agência Europeia do Medicamento publica “Questions and answers in regulatory expectations for medicinal products for human use during the COVID-19 pandemic”
21 abr 2020
A Agência Europeia do Medicamento (EMA na sigla inglesa) publicou o documento “Questions and answers in regulatory expectations for medicinal products for human use during the COVID-19 pandemic” disponível, também, na área COVID-19.
Flexibilidade regulamentar durante a pandemia COVID-19: guia operacional emitido pelo Grupo de Coordenação, CMDh
21 abr 2020
Foi publicado, na área COVID-19, um guia operacional emitido pelo Grupo de Coordenação, CMDh sobre flexibilidade regulamentar em período de pandemia COVID-19 (informação em inglês).
Procedimento especial de avaliação de dispositivos médicos no âmbito COVID-19 – Ventiladores
21 abr 2020
Foi publicado, na área COVID-19, o Procedimento especial de avaliação de dispositivos médicos no âmbito COVID-19 no que respeita a ventiladores.
Fabrico, importação, colocação e disponibilização no mercado nacional de dispositivos médicos (DM) para efeitos de prevenção do contágio do novo coronavírus (SARS-CoV-2)
21 abr 2020
Com a publicação do Decreto-Lei n.º 14-E/2020, de 13 de abril, que estabelece um regime excecional e transitório relativo ao fabrico, importação, colocação e disponibilização no mercado nacional de dispositivos médicos (DM) e de equipamentos de proteção individual (EPI), para efeitos de prevenção do contágio do novo coronavírus (SARS-CoV-2), foi definida a publicitação por parte da autoridade de fiscalização do mercado dos normativos de saúde, segurança e desempenho a cumprir por parte dos operadores económicos.
Covid-19 | Mais doentes recuperados
Número de recuperados passou de 610 para 917, um aumento superior a 50%
O número de doentes recuperados da Covid-19 aumentou mais de 50% e já totaliza 917, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado esta terça-feira, 21 de abril, pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Os dados divulgados na segunda-feira pela DGS apontavam para 610 doentes recuperados, mas hoje o valor ascende a 917, o que representa um crescimento de 50,3%.
Os números oficiais indicam que Portugal regista 762 mortos associados à Covid-19, mais 27 do que na segunda-feira, e 21.379 infetados (mais 516).
Comparando com os dados de segunda-feira, em que se registavam 735 mortos, hoje constatou-se um aumento percentual de 2,5%.
Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, os dados da DGS revelam que há mais 516 casos do que na segunda-feira, representando uma subida de 3,7%.
Do total das pessoas infetadas, a grande maioria está a recuperar em casa, totalizando 20.207, mais 552 relativamente a segunda-feira (+2,8%).
Os dados adiantam que 1.172 estão internadas, menos 36 que na segunda-feira (-3%), e 213 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, menos duas, o que representa uma diminuição de 0,9%.
Fonte: Lusa
Covid-19 | Vacinação
António Sales apela à vacinação das crianças para evitar novos surtos de doenças
O Secretário de Estado da Saúde apelou hoje para que os pais não adiem a vacinação das crianças, caso contrário “Portugal pode enfrentar surtos de outras doenças”.
“Continuamos em estado de emergência e nunca é demais referir e elogiar a atitude responsável da maioria dos portugueses. Mas não podemos deixar o medo vencer. A vacinação das crianças é crucial. Portugal conseguiu atingir ao longo dos anos elevadas taxas de cobertura vacinal”, disse António Sales, na conferência de imprensa diária de balanço sobre a epidemia, que decorreu no Ministério da Saúde, em Lisboa.
No dia em que, pela primeira vez, o número de casos recuperados é superior ao número de óbitos, António Sales apelou à “responsabilidade dos pais”.
“Ainda que atravessemos um período e um momento difícil”, os pais não devem adiar a vacinação dos seus filhos sob pena de Portugal enfrentar um surto de outras doenças infeciosas evitáveis e com consequências potencialmente graves mais tarde”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde.
António Sales acrescentou ainda que “o SNS está preparado para responder”, salientando que “este é um momento de responsabilidade e não de retrocesso nas conquistas coletivas”.
Covid-19 | Testes de rastreio
Portugal fez mais de 274 mil testes desde 1 de março
Na sexta-feira, dia 17 de abril, foram feitos em Portugal 14.500 testes de diagnóstico para a Covid-19, um número recorde num dia, e desde 1 de março já foram realizados 274 mil, disse hoje o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária com o balanço da pandemia no país.
«Portugal continua a aumentar a sua testagem. Desde 1 de março foram realizados mais de 274 mil testes de diagnóstico para Covid-19, 70% dos quais já no mês de abril. Sexta-feira foi, até à data, o dia em que se realizaram mais testes desde o início do surto em Portugal, cerca de 14.500 amostras processadas», disse António Lacerda Sales.
O governante realçou que, pela primeira vez, o número de casos recuperados (917) é superior ao número de óbitos (762) e referiu que 49,5% dos testes foram realizados em estabelecimentos públicos, 45,2% em privados e 5,4% em outros laboratórios.
Fonte: Lusa
Barómetro Covid-19 e Paralisia Cerebral
INSA associa-se a projeto de investigação da Escola Nacional de Saúde Pública
O Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC), integrado no Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), e a Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral associaram-se ao Barómetro Covid-19, um projeto de investigação da Escola Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de criar o Barómetro Covid-19 e Paralisia Cerebral.
A iniciativa visa perceber como a pandemia do novo coronavírus está a afetar as pessoas que vivem com paralisia cerebral.
Com o Barómetro Covid-19 e Paralisia Cerebral é feito o alargamento do projeto Barómetro Covid-19 a toda a população que lida com a paralisia cerebral, nomeadamente as pessoas com paralisia cerebral, as suas famílias e todos aqueles que com eles trabalham, acrescentando ao questionário perguntas específicas que permitem aprofundar a informação relativa a esta população.
De acordo com os promotores da iniciativa, “este projeto reverte-se de especial importância, tendo em conta que as pessoas com os quadros clínicos mais graves de paralisia cerebral têm especial vulnerabilidade para formas graves da infeção Covid-19”. Os dados recolhidos destinam-se unicamente a fins de investigação e a recolha de informações é anónima.
A participação neste estudo é voluntária e poderá ser feita em diferentes momentos, mas “assume-se como relevante a possibilidade de responder semanalmente ao inquérito, até ao fim desta pandemia”. Poderá participar no inquérito do Barómetro Covid-19 e Paralisia Cerebral, através da página do projeto.
O projeto Barómetro Covid-19 tem vindo a “acompanhar o desenvolvimento desta pandemia em Portugal e no Mundo, de diversas perspetivas, fazendo projeções de novos casos, analisando o impacto de intervenções que se vão tomando em diferentes países, estimando, numa primeira fase, as necessidades de serviços de saúde, e explorando as questões jurídicas, a perceção social e o estigma”.
O PVNPC pretende contribuir para aumento do conhecimento dos fatores de risco pré, perinatal e pós-neonatal da ocorrência de paralisia cerebral, potenciando a sua prevenção e contribuindo para uma melhor planificação das cuidados e apoios necessários. Considerando a referência histórica de uma incidência anual aproximada de dois novos casos por mil nados-vivos, estima-se o diagnóstico de 150-200 novos casos por ano de paralisia cerebral em Portugal.
Para saber mais, consulte:
INSA > Notícias
Covid-19 | Testes serológicos
Santa Maria inicia hoje testes serológicos a doentes e profissionais
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) começa hoje, dia 21 de abril de 2020, a realizar testes a doentes e profissionais, que permitem aferir o grau de exposição ao novo coronavírus, anunciou a instituição.
Em pouco mais de um mês, entre 10 de março e 19 de abril, o centro hospitalar realizou 8.000 testes de diagnóstico à covid-19, sendo a percentagem média de casos positivos de 7%, somando utente e profissionais, adianta em comunicado o CHULN, que engloba os Hospitais Santa Maria e Pulido Valente.
Até ao último fim-de-semana, foram feitos 1.160 testes a profissionais do centro hospitalar, adianta.
Ainda neste período, foram efetuados 1.200 testes a utentes de outros hospitais e lares.
Na última semana, o Serviço de Patologia Clínica realizou, em média, mais de 300 testes diários, tendo atingido um máximo de 461 rastreios num único dia, refere o centro hospitalar.
«Além do reforço de atividade nesta área, onde garante também rastreio a utentes de lares e de outros hospitais da região Sul, o Serviço de Patologia Clínica do CHULN começa hoje a efetuar testes serológicos quantitativos (IgM e IgG) a doentes e profissionais do centro hospitalar, que permitem aferir o grau de exposição ao novo coronavírus», salienta no comunicado.
Segundo os últimos dados oficiais, Portugal regista 735 mortos associados à Covid-19 e 20.863 infetados.
Em todo o mundo, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 167 mil mortos e infetou mais de 2,4 milhões de pessoas. Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
Fonte: Lusa
Covid-19 | Conferência da OMS
OMS considera que Portugal está a reagir de forma correta
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que os números indicam que Portugal está a reagir de forma correta em relação à Covid-19, mas alerta para os perigos de levantar o confinamento demasiado rápido.
Numa conferência de imprensa na sede da organização, em Genebra, Michael Ryan, diretor do programa de emergências sanitárias, embora admitindo não estar a par de todos os dados sobre Portugal, disse que os números indicam que o país agiu de forma correta e que «a boa notícia» é que o ritmo de crescimento da doença está estável.
«Creio que [Portugal] agiu de forma racionalmente correta, os números indicam isso», afirmou. Tal não significa, advertiu, que a epidemia tenha sido estancada.
A epidemiologista Maria Van Kerkhove, responsável máxima na resposta da OMS à Covid-19, acrescentou, avisando que não se referia só a Portugal mas também a outros países, que é muito bom a estabilização de casos.
Maria Van Kerkhove referiu que é preciso continuar a aprender com outros países, como com alguns países asiáticos que estão a encontrar mais casos de Covid-19, para que não se levantem as situações de confinamento muito rapidamente, o que pode levar a um aumento de casos.
Mesmo com os sucessos «temos de continuar muito atentos», advertiu, acrescentando que precisamente porque há uma grande parte da população não infetada «o vírus pode voltar», pelo que é preciso agir nas medidas (de voltar à normalidade) de forma «lenta e controlada».
Fonte: Lusa
Covid-19 | Norma Saúde Mental – fase mitigação
DGS publica norma sobre saúde mental durante a fase de mitigação da pandemia
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma norma, dia 18 de abril, sobre a abordagem aos utentes dos Serviços de Saúde Mental, durante a fase de mitigação da pandemia da Covid-19.
Esta situação gera “medo, angústia, ansiedade, com implicações diretas e indiretas na saúde mental individual e social”. Estas implicações, lê-se no documento, “ atingem não apenas os indivíduos de forma indiscriminada, mas têm um peso significativo em pessoas doentes, em profissionais de saúde, em cuidadores informais, em crianças e em grupos vulneráveis, entre os quais se encontram os grupos de risco para infeção pelo SARS-CoV-2”.
Perante estas novas circunstâncias, as respostas em saúde mental têm que se adaptar, seja em relação às “dimensões da informação geral/literacia, passando pela prevenção, até à intervenção dos serviços de saúde”.
No modelo de intervenção, a norma recomenda a diminuição de consultas presenciais, o recurso a teleconsultas, a organização dos profissionais em turnos/subequipas para minimizar risco de contágio e a ênfase no seguimento das pessoas com perturbações psiquiátricas mais graves.
Os Cuidados de Saúde Primários são o elemento nuclear de respostas às necessidades surgidas no âmbito das perturbações psicológicas ligeiras a moderadas (as mais frequentes), sendo que as situações mais graves ou complexas são referenciadas para os Serviços Locais de Saúde Mental.
Estes serviços devem “reforçar a atividade de ambulatório em relação aos doentes mais graves, de forma a evitar a vinda ao Serviço de Urgência e a necessidade de internamento”.
A norma refere também os critérios de avaliação de doentes com perturbação mental no Serviço de Urgência Hospitalar, que implicam, por exemplo, um teste de diagnóstico quando existir necessidade de internamento.
Já para o internamento dos casos agudos, “devem ser adotados critérios mais estritos de internamento (focado nas situações mais graves, de acordo com julgamento clínico) e planeamento atempado das altas”.
O documento, que contou com a colaboração do Programa Prioritário de Saúde Mental da DGS, estabelece ainda uma série de procedimentos a adotar no internamento de doentes com COVID-19.