Relatório de Situação nº 072 | 13/05/2020
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Direção-Geral da Saúde publica orientação para creches
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publica esta quarta-feira uma orientação com as medidas de prevenção e controlo a adotar em creches, creches familiares e amas, em contexto de pandemia de COVID-19.
Antes da abertura, todos os espaços devem ativar e atualizar os seus Planos de Contingência, que devem contemplar os procedimentos a adotar perante um caso suspeito de COVID-19 e a definição de uma área de isolamento, entre outras medidas.
De acordo com a orientação, discutida com os parceiros do setor, os responsáveis pelas creches, creches familiares e amas devem garantir uma redução do número de crianças por sala de forma a que seja maximizado o distanciamento entre as mesmas, sem comprometer o normal funcionamento das atividades lúdico-pedagógicas.
Quando as crianças estão em mesas, berços ou espreguiçadeiras, deve ser maximizado o distanciamento físico entre elas.
As crianças e funcionários devem ser organizados em salas fixas, sendo que a cada funcionário deve corresponder apenas um grupo, e os espaços devem ser definidos de acordo com a divisão, para que não haja contacto entre pessoas de grupos diferentes. Se existirem espaços que não estão a ser utilizados, quer pela suspensão de atividades, quer pelo encerramento de respostas sociais, poderá ser equacionada a expansão da creche para esses espaços.
Para evitar o cruzamento entre pessoas, a orientação estabelece a definição de horários de entrada e de saída desfasados e a definição de circuitos de entrada e saída da sala de atividades para cada grupo.
O documento refere que o calçado deve ser deixado à entrada, nas salas em que as crianças se sentam ou deitam no chão, podendo ser solicitado aos encarregados de educação que levem calçado extra (de uso exclusivo na creche). Uma orientação que também se aplica aos funcionários do espaço.
Entre outras medidas, os funcionários devem pedir aos encarregados de educação que não deixem as crianças levar brinquedos ou outros objetos não necessários de casa para a creche e garantir a lavagem regular dos brinquedos.
Garantindo que a segurança das crianças não fica comprometida, as portas e/ou janelas das salas devem ser mantidas abertas, para promover a circulação do ar. Na hora da sesta, deve existir um colchão para cada criança e garantir que usa sempre o mesmo, separando os colchões uns dos outros e mantendo a posição dos pés e das cabeças alternadas.
No período de refeições, a deslocação para a sala deve ser faseada para diminuir o cruzamento de crianças e os lugares devem estar marcados.
Entre outras medidas, a orientação estabelece que todos os funcionários devem usar máscara cirúrgica de forma adequada. Já a higienização do espaço deve respeitar a orientação 014/2020 da DGS.
O documento apresenta também as orientações e medidas a adotar para o transporte das crianças.
Para saber mais consulte a Orientação nº 025/2020 de 13/05/2020.
Inquérito Serológico Nacional
Estudo para monitorizar a evolução da imunidade da população já arrancou
O Secretário de Estado da Saúde, António Sales, adiantou hoje que “o primeiro estudo transversal de Covid-19 já está no terreno e visa monitorizar a evolução da imunidade contra o novo coronavírus na população portuguesa».
Trata-se de um estudo promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e pretende «monitorizar a evolução da imunidade contra o novo coronavírus na população portuguesa”, explicou António Sales, na conferência de imprensa diária.
De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, já foram contactados todos os 17 hospitais da rede nacional de hospitais, incluindo os das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, e os 105 postos de colheita de análises clínicas em todo o território nacional.
“Os materiais para as colheitas de sangue e os questionários para a recolha de dados serão entregues nos locais até ao início da próxima semana” e depois terá início “a fase de recolha de amostras de sangue e dados”, disse António Sales.
Todas as análises de sangue para a determinação de anticorpos e a análise de dados serão realizadas pelo INSA, através do seu Departamento de Epidemiologia e Doenças Infecciosas, acrescentou o governante.
O Inquérito Serológico Nacional é promovido pelo INSA em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e conta com a parceria da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde e das regiões autónomas.
Para saber mais, consulte:
Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 13/05/2020
Nova edição da newsletter com resumo da informação da área COVID-19
13 mai 2020
Está disponível nova edição da newsletter com o resumo da informação mais recentemente publicada na área COVID-19.
Clique na imagem para aceder.
Covid-19 | Estabelecimentos prisionais
Testes de diagnóstico deverão aumentar para 450 por dia
O Secretário de Estado da Saúde, António Sales, adiantou hoje que estão a ser feitos por dia 250 testes de diagnóstico à Covid-19 nos estabelecimentos prisionais em Portugal, prevendo-se aumentar a capacidade para 450 testes diários.
“Neste momento, já estão a ser feitos 250 testes por dia nos estabelecimentos prisionais, estando previsto, através do INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária), aumentar essa capacidade para 450 testes por dia”, afirmou António Sales, na conferência de imprensa diária de atualização dos dados sobre a pandemia.
Ainda a propósito dos testes de diagnóstico realizados, o Secretário de Estado da Saúde sublinhou «estamos como reconheceu a OCDE, entre os países que mais testes fazem à Covid-19».
De acordo com António Sales, desde 1 março, já foram realizados mais de 566 mil testes de diagnóstico de Covid-19 em Portugal e, entre os dias 1 e 11 de maio, “uma média superior a 12.600 testes por dia”.
Para saber mais, consulte:
Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 13/05/2020
Covid-19 | Unidade de Colheitas
CHL cria nova Unidade de Colheitas no Hospital de Santo André
O Serviço de Patologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) tem em funcionamento uma nova Unidade de Colheitas, que efetuará as colheitas normais do serviço e testes à Covid-19.
A Unidade funciona no piso 02 do Hospital de Santo André, junto ao Serviço de Medicina Física e Reabilitação, e tem acesso do exterior a partir da Consulta Externa.
Esta nova unidade resulta da necessidade de se redefinir circuitos de circulação de utentes externos (não internados) dentro do Hospital de Santo André, no âmbito da pandemia Covid-19, de forma a evitar grandes concentrações de pessoas no mesmo local e a garantir a segurança de todos os utentes, independentemente dos motivos que os levam a acorrer ao hospital.
A Unidade de Colheitas é composta por quatro postos totalmente equipados e recebe os utentes que, em consulta externa, necessitam de efetuar algum tipo de exame de diagnóstico e terapêutica por parte do Serviço de Patologia Clínica.
Para saber mais, consulte:
CHL > Notícias
Covid-19 | Inteligência Artificial
Hospital de São João integra projeto europeu para validar diagnóstico
O Hospital de São João vai ser a única instituição portuguesa a integrar o processo de «validação» do sistema de Inteligência Artificial europeu para «um diagnóstico mais fiável» de Covid-19 a partir de tomografias computadorizadas.
O diretor do serviço de Radiologia do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), António Madureira, explicou à Lusa que naquela unidade «está a ser instalado um servidor» de Inteligência Artificial, desenvolvido a nível europeu e agora em fase de validação mundial em vários hospitais. «É como se fosse um segundo par de olhos a ver as imagens», frisou, notando que assim se aumenta o «grau de certeza no diagnóstico», revelou.
O sistema, que deve começar a funcionar no CHUSJ «na próxima semana», vai permitir alertar os médicos para «determinados critérios» ou «pormenores das imagens», permitindo «maior fiabilidade no diagnóstico» e prognóstico da infeção por coronavírus, mas a decisão final é sempre dos profissionais, alertou o diretor do serviço.
O CHUSJ esclarece que a intenção é que o sistema de inteligência artificial seja capaz de «verificar rapidamente», nas TAC, «se existem sinais sugestivos de infeção por Covid-19», bem como «fornecer informação prognóstica da evolução dos sintomas».
O sistema de Inteligência Artificial foi aprovado pelo British Standards Institute e, durante cerca de um ano, «a Comissão Europeia (CE) suportará todos os custos pela prestação do serviço» aos hospitais participantes.
Covid-19 | Creches
Direção-Geral da Saúde publica orientação para creches
A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulga esta quarta-feira, dia 13 de maio, uma orientação com as medidas de prevenção e controlo a adotar em creches, creches familiares e amas, em contexto de pandemia de Covid-19.
Antes da abertura, todos os espaços devem ativar e atualizar os seus Planos de Contingência, que devem contemplar os procedimentos a adotar perante um caso suspeito de Covid-19 e a definição de uma área de isolamento, entre outras medidas.
De acordo com a orientação, discutida com os parceiros do setor, os responsáveis pelas creches, creches familiares e amas devem garantir uma redução do número de crianças por sala de forma a que seja maximizado o distanciamento entre as mesmas, sem comprometer o normal funcionamento das atividades lúdico-pedagógicas.
Quando as crianças estão em mesas, berços ou espreguiçadeiras, deve ser maximizado o distanciamento físico entre elas.
As crianças e funcionários devem ser organizados em salas fixas, sendo que a cada funcionário deve corresponder apenas um grupo, e os espaços devem ser definidos de acordo com a divisão, para que não haja contacto entre pessoas de grupos diferentes. Se existirem espaços que não estão a ser utilizados, quer pela suspensão de atividades, quer pelo encerramento de respostas sociais, poderá ser equacionada a expansão da creche para esses espaços.
Para evitar o cruzamento entre pessoas, a orientação estabelece a definição de horários de entrada e de saída desfasados e a definição de circuitos de entrada e saída da sala de atividades para cada grupo.
O documento refere que o calçado deve ser deixado à entrada, nas salas em que as crianças se sentam ou deitam no chão, podendo ser solicitado aos encarregados de educação que levem calçado extra (de uso exclusivo na creche). Uma orientação que também se aplica aos funcionários do espaço.
Entre outras medidas, os funcionários devem pedir aos encarregados de educação que não deixem as crianças levar brinquedos ou outros objetos não necessários de casa para a creche e garantir a lavagem regular dos brinquedos.
Garantindo que a segurança das crianças não fica comprometida, as portas e/ou janelas das salas devem ser mantidas abertas, para promover a circulação do ar. Na hora da sesta, deve existir um colchão para cada criança e garantir que usa sempre o mesmo, separando os colchões uns dos outros e mantendo a posição dos pés e das cabeças alternadas.
No período de refeições, a deslocação para a sala deve ser faseada para diminuir o cruzamento de crianças e os lugares devem estar marcados.
Entre outras medidas, a orientação estabelece que todos os funcionários devem usar máscara cirúrgica de forma adequada. Já a higienização do espaço deve respeitar a orientação 014/2020 da DGS.
O documento apresenta também as orientações e medidas a adotar para o transporte das crianças.
Para saber mais, consulte:
Covid-19 | Recursos humanos
Centro Hospitalar de Setúbal vai contratar 25 enfermeiros e 25 auxiliares
O Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) vai contratar mais 25 enfermeiros e 25 auxiliares para «restabelecer o normal funcionamento do Hospital São Bernardo e manter a separação de doentes Covid-19», revelou na terça-feira, 12 de maio, a enfermeira diretora Carla Mendes em declarações à agência Lusa.
«Além da contratação de mais enfermeiros e auxiliares, o CHS, que integra o Hospital São Bernardo, está também a montar uma nova estrutura [junto ao parque de estacionamento do Serviço de Urgência] para acolher doentes com suspeitas de Covid-19», disse Carla Mendes, sublinhando a importância de se manter a separação de doentes no futuro próximo.
A enfermeira diretora lembrou ainda que o CHS duplicou a capacidade para doentes em cuidados intensivos, que passou de apenas sete para 13/14 camas, também neste caso com a necessária separação de doentes com Covid-19.
Covid-19 | Protocolo de cooperação
DGS e AHRESP assinam acordo na área da saúde, higiene e segurança
A Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) celebraram, no dia 12 de maio, um protocolo no qual se comprometem a cooperar mutuamente na elaboração, divulgação e aplicação de recomendações de saúde, higiene e segurança adequadas ao combate à pandemia de Covid-19.
Para a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, esta iniciativa “reforça a retoma segura das atividades económicas, na defesa da Saúde Pública e da proteção dos cidadãos e da sociedade”. No decorrer da assinatura do protocolo, a responsável lembrou que “a transmissão do novo coronavírus não desapareceu. O risco de contágio é uma realidade que as autoridades de saúde, a população e os operadores económicos não podem ignorar”.
Através da assinatura deste protocolo, a DGS compromete-se a partilhar com a AHRESP as informações e materiais de comunicação relativos à promoção da saúde e prevenção da Covid-19 e a colaborar, na área da formação, nas iniciativas da associação que envolvam medidas de promoção e procura de ganhos em saúde. Adicionalmente, a DGS apoiará, cientificamente, as iniciativas da AHRESP e contribuirá, dentro dos limites, para o desenvolvimento de programas da associação em matérias de saúde pública.
Por outro lado, a AHRESP compromete-se a divulgar e promover o cumprimento, junto dos seus associados e respetivos trabalhadores, de quaisquer recomendações ou manuais de conduta de saúde, higiene e segurança no local de trabalho, de forma a evitar o contágio e propagação do vírus.
Com a assinatura do protocolo, a AHRESP garante também colaborar com a DGS formulando sugestões de aperfeiçoamento ou melhoria das recomendações ou manuais, quando verificar dificuldades na implementação dos mesmos.
Covid-19 | Cuidados intensivos
Relatório revela aumento de 35% de camas nos cuidados intensivos
O número de camas em unidades de cuidados intensivos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou 35% entre março e 2 de maio, revela o relatório sobre o terceiro período do estado de emergência.
O documento entregue dia 12 de maio na Assembleia da República indica que, em março de 2020, o SNS dispunha de 528 camas em unidade de cuidados intensivos, que passaram para 713 em 2 de maio, representando um aumento de 35% de capacidade instalada.
Em relação ao número de ventiladores com capacidade para utilização no tratamento da Covid-19, o documento mostra que, no início do mês de março, foram contabilizados no SNS 1.142 ventiladores, passando, em 2 de maio, para 1.814 equipamentos, 74% dos quais invasivos.
O documento refere ainda que, desde o dia 1 de março, foram realizados 427.346 testes de diagnóstico à Covid-19, dos quais 37.742 foram positivos (8,8 % do total de testes).
Do total de testes, 426.662 foram realizados nos meses de março e abril, tendo sido o dia 30 de abril a data em que foram realizados mais testes desde o início da pandemia, num total de 15.881 testes, segundo o relatório com dados até 2 de maio, último dia do estado de emergência.
O mesmo documento refere que foi na Administração Regional de Saúde do Norte onde se realizaram mais testes de diagnóstico, um total de 153.336, seguido da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (101.098), Administração Regional de Saúde do Centro (28.228), Administração Regional de Saúde do Algarve (15.024) e Administração Regional de Saúde do Alentejo (5.040).
Portugal esteve 45 dias em estado de emergência, entre 19 de março e 2 de maio, para fazer face à Covid-19, estando desde 3 de maio em situação de calamidade.
Fonte: Lusa