Relatório de Situação nº 077 | 18/05/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Covid-19| Aumenta reporte de recuperados
Há mais 1.794 recuperados em 24 horas. Forte subida deve-se a aumento do reporte
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas revela que o elevado aumento de casos recuperados de doentes com Covid-19, nas últimas 24 horas, se deve às instituições estarem a reportar mais.
De acordo com os dados do boletim epidemiológico, divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) esta segunda-feira, dia 18 de maio de 2020, o número de recuperados subiu para 6.430, mais 1.794 (+38,7%) relativamente a domingo.
«As instituições começaram a reportar mais, já estão mais aliviadas no seu trabalho assistencial e, portanto, começam a melhorar a informação», revelou a Diretora-Geral da Saúde, quando questionada sobre este aumento, na conferência de imprensa diária de atualização de dados da pandemia em Portugal, ocorrida esta segunda-feira, e que contou também com a participação do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e do Presidente do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Rui Santos Ivo.
Com estes dados, explicou, vai conseguir-se caracterizar todas estas pessoas em função das idades, em que hospitais estiveram e saber quantos testes tiveram negativos para poderem ser dados como recuperados.
«Não quer dizer que já tenhamos essa estatística trabalhada», disse a responsável, explicando que muitas vezes se diz que «a informação sobre uma epidemia só se consegue saber toda no final da epidemia, porque estão a acontecer «muitos fenómenos ao mesmo tempo».
«Mas nós temos estes dados em bases de dados e, quando é necessário e possível, conseguimos visitar e saber exatamente que tipo de pessoas, quantos dias é que levou entre a data de diagnóstico e a data de recuperação», sublinhou Graça Freitas.
Ou seja, será possível perceber «todo o processo que se seguiu no acompanhamento destes doentes até ao resultado final da sua doença, uma vez que esta doença não é uma doença crónica é uma doença aguda e, portanto, tem um princípio, uma evolução e depois tem um fim», observou ainda a este propósito a Diretora-Geral da Saúde.
Para saber mais, consulte:
Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 18/05/2020
Covid-19 | Manipuladores de alimentos
Insa divulga uma compilação de regras básicas de boas práticas de higiene
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, apresenta uma compilação de regras básicas de Boas Práticas de Higiene para manipuladores de alimentos.
A prevenção da contaminação de alimentos e/ou superfícies está dependente, entre outros fatores, das condições das instalações de preparação, confeção e distribuição, da formação dos manipuladores de alimentos na área da higiene e segurança alimentar e do cumprimento das Boas Práticas de Higiene, que correspondem a um conjunto de comportamentos e atitudes essenciais para garantir a segurança alimentar e, nestes tempos, para prevenir a transmissão da Covid-19.
As Boas Práticas de Higiene devem incluir o cumprimento de regras básicas ao nível dos seguintes requisitos:
Higiene pessoal
- Higiene pessoal cuidada;
- Unhas curtas, limpas e sem verniz;
- Roupa de uso pessoal e objetos de adorno (anéis, pulseiras, brincos, piercings) assim como outros objetos utilizados fora do local de laboração, guardados num armário/cacifo diferente daquele que é utilizado para guardar a roupa de trabalho.
Fardamento / Vestuário de trabalho
- Deve estar limpo e em boas condições de conservação;
- Ser adequado e de uso exclusivo nas instalações de trabalho;
- Deve incluir proteção do cabelo (ex. touca, boné);
- Proteção do corpo;
- Calçado antiderrapante, fechado, confortável e lavável;
- Avental ou vestuário de proteção, que deve ser retirado/mudado após contacto com matérias-primas ou alimentos semielaborados, sempre que vai despejar lixo e antes de manipular o produto final;
- Luvas e máscara (sempre que necessário);
- Armário/cacifo exclusivo para guardar a roupa de trabalho.
Atitude e comportamento
Alguns microrganismos estão presentes e desenvolvem-se em várias partes do corpo, como o cabelo, o nariz, a boca, os intestinos, a pele e as mãos. As mãos são frequentemente o instrumento que promove a ocorrência de contaminações cruzadas, ao transferirem microrganismos de alimentos crus para alimentos cozinhados, ou de superfícies sujas/contaminadas para superfícies limpas.
Para evitar estas contaminações por contacto das mãos, os manipuladores de alimentos devem:
- Manter as mãos limpas, sem fissuras nem cortes, de modo a não facilitar o alojamento e desenvolvimento de microrganismos;
- Organizar as tarefas da zona mais suja para a mais limpa, de forma a que nunca se cruzem alimentos, utensílios e equipamentos de diferentes fases do processamento “marcha em frente”;
- Respeitar, no espaço e/ou no tempo, as zonas individualizadas destinadas a preparação/manipulação de produtos crus e de produtos finais prontos para consumo.
Quando lavar as mãos?
Lave as mãos muitas vezes durante o dia com água e sabão, durante pelo menos 20 segundos, de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde, e sempre:
- Quando chegar e quando sair do local de trabalho;
- Antes de vestir e depois de despir a farda/vestuário de trabalho;
- Antes de calçar as luvas e depois de retirar as luvas;
- Antes de colocar uma máscara/viseira de proteção e depois de a retirar;
- Antes, durante e no final de uma simples tarefa de preparação culinária, ou de limpeza ou de desinfeção;
- Após utilizar as instalações sanitárias;
- Após manipular sacos ou caixotes de lixo;
- Após manipular equipamentos e utensílios que foram utilizados;
- Após manipular alimentos crus;
- Após efetuar limpezas, desinfeções ou manipular produtos químicos;
- Depois de comer, fumar;
- Depois de tossir, espirrar ou assoar o nariz;
- Quando tocar no cabelo, nariz, boca, olhos, ouvidos ou outras partes do corpo;
- Após tocar em objetos como dinheiro, telefone/telemóvel, caixa registadora;
- Antes e depois de servir alimentos ou prestar cuidados, como alimentar quem pertence a grupos mais vulneráveis para a COVID-19.
Quando é recomendado o uso de luvas descartáveis?
A higiene das luvas só é garantida com a higiene das mãos, por isso as mãos devem ser lavadas corretamente antes de calçar as luvas. As luvas devem ser sempre usadas:
- Uma única vez, para o desempenho de uma só tarefa e mudadas quando sujas, rasgadas ou transpiradas;
- Para proteção de feridas, cortes e queimaduras;
- Em tarefas de manipulação de alimentos prontos a serem consumidos;
- Nunca soprar para dentro das luvas, lavar as luvas com água e sabão ou reutilizar luvas.
Após terminar a tarefa, retirar e descartar as luvas para o lixo comum e lavar corretamente as mãos com água e sabão, de acordo com as recomendações da DGS.
Comportamento pessoal
- Promover o uso correto e adequado das máscaras naso-bucais;
- Secar as mãos com toalhetes de papel descartáveis;
- Limpar as bancadas, os equipamentos e os utensílios com papel industrial;
- Não utilizar panos para secagem de loiça e utensílios;
- Não limpar/secar as mãos aos aventais/vestuário de trabalho;
- Não provar alimentos com a mão;
- Recorrer ao uso de utensílios apropriados para manipular alimentos e não ao uso das mãos;
- Não transportar loiça encostando-a ao vestuário de trabalho e/ou avental;
- Cumprir as regras de etiqueta respiratória preconizadas pela DGS;
- Não roer as unhas;
- Evitar tocar com as mãos nos olhos, cabelo, boca, nariz e ouvidos. Se acontecer, lavar imediatamente as mãos;
- Não tocar com os dedos no interior dos pratos;
- Não pegar nos copos, taças ou chávenas pelos bordos, nem colocar os dedos no seu interior;
- Pegar nos talheres sempre pelo cabo e não conversar enquanto manipula a loiça e os talheres limpos;
- Não conversar quando está próximo de alimentos prontos a serem consumidos, que não estejam protegidos de contaminações ambientais;
- Programar e organizar as tarefas com antecedência;
- Cumprir as regras básicas de higiene estabelecidas.
Para saber mais, consulte:
INSA > Notícias
Covid-19 | Testes de diagnóstico
CHUCB com testes rápidos, que permitem diagnóstico em 45 minutos
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) iniciou a realização de testes rápidos para diagnóstico de infeção pelo SARS-CoV-2, que permitem obter resultados em apenas 45 minutos.
A tecnologia que permite processar com grande celeridade amostras de zaragatoa melhora os tempos de resposta, ajudando a aliviar a pressão exercida em situações de maior afluência aos serviços de saúde.
A realização destes testes rápidos pelo método RT-PCR vai analisar a presença de Covid-19 em secreção respiratória e será aplicada em situações especiais, tais como: grávidas com parto eminente sem diagnóstico conhecido de Covid-19, cirurgias e exames emergentes e ainda outras situações referenciadas como tal.
Desde o início da pandemia no CHUCB já se realizaram mais de 2.000 testes de diagnóstico à Covid-19.
Para saber mais, consulte:
CHUCB > www.chcbeira.pt
Covid-19| Doação de 418 tablets
O objetivo passa por facilitar a comunicação de doentes e famílias
Os doentes internados nas unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de todo o país, incluindo Açores e Madeira, vão passar a poder comunicar mais facilmente com os seus familiares e amigos.
Através de uma iniciativa conjunta entre a Fundação “la Caixa”, o BPI e a holding TEAK Capital vão ser doados 418 tablets a 260 entidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
Já em abril, e no âmbito do Programa Humaniza – Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas dinamizado pela Fundação “la Caixa” e pelo BPI, tinham sido já doados 108 tablets.
Esta doação vai permitir encurtar a distância física entre doentes e familiares ou amigos por meio videochamada, numa fase em que devido à pandemia provocada pela Covid-19 as visitas ainda se encontram condicionadas.