Foco dos rastreios está nesta região, mas resto do país está acompanhado

Os rastreios à Covid-19 estão a ser concentrados «nas situações concretas e nas empresas» da região de Lisboa e Vale do Tejo, mas o resto do país «está a ser acompanhado», garantiu esta quinta-feira, dia 4 de junho, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, na  conferência de imprensa diária de atualização relativa à pandemia em Portugal.

«Em termos de rastreios estamos focados nas situações concretas da região da Grande Lisboa e nas empresas da Grande Lisboa. É aquela que neste momento apresenta uma situação epidemiológica mais ativa. Mas estamos a acompanhar o resto do país que está estável», afirmou na ocasião Graça Freitas.

A Diretora-Geral da Saúde, acompanhada pelo Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e pelo Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Fernando Almeida, explicou que o atual foco das autoridades de saúde está «em perceber o que se está a passar em Lisboa, detetar  [casos] positivos e minimizar as cadeias de transmissão», mas reiterou atenção a todo o território português.

«E algumas destas pessoas [de Lisboa e Vale do Tejo] deslocam-se entre áreas, mas são detetadas pelas autoridades de saúde. Em termos de rastreios estamos focados nas empresas da região de Lisboa e Vale do Tejo. O resto do país está a ser acompanhado se houver necessidade será feito, mas de momento não está a ser equacionado», assegurou a responsável.

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Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 04/06/2020

DGS reitera pedido para serem evitados ajuntamentos

A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, apelou esta quinta-feira à “responsabilização” e ao cumprimento das regras, reiterando que devem ser evitados ajuntamentos “seja no futebol, seja em outros (casos) que vão para além do que está previsto na lei”.

“Todos sabem qual foi o parecer da Direção-Geral da Saúde, quais foram as nossas orientações e as orientações do Governo, em geral, e são no sentido de evitar aglomerados de pessoas e manter a distância física, manter a distância máxima em relação ao contágio”, afirmou Graça Freitas.

“O não cumprimento tem a ver com os próprios que se expõem a eles e a outros”, sublinhou a Diretora-Geral da Saúde, em resposta aos jornalistas na conferência de imprensa diária de balanço sobre a pandemia de Covid-19.

Um dia depois do regresso da I liga, que esteve suspensa quase três meses devido à pandemia, e depois de na quarta-feira se terem registado ajuntamentos de adeptos junto aos estádios, Graça Freitas reiterou os apelos sobre “responsabilidade” e cumprimento das regras.

“O apelo que faço é à responsabilização das pessoas para não se exporem ao risco. Quanto às questões da fiscalização do cumprimento do que está na legislação em vigor não competem ao Ministério da Saúde, nem à Direção-Geral da Saúde (DGS), isto no futebol e em outros aglomerados que vão para além do que está previsto na lei”, concluiu a responsável.

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Realizados mais de 9 mil testes em empresas da zona de Lisboa

Cerca de nove mil trabalhadores da zona de Lisboa, num universo de 18.100, já realizaram testes à Covid-19, no âmbito do plano em curso nas empresas da Grande Lisboa, anunciou o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária de atualização relativa à pandemia.

De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, as autoridades de saúde estão a “concentrar esforços nos rastreios das empresas da Grande Lisboa”, para combater o surto de Covid-19. “Até à meia noite de ontem foram feitas cerca de nove mil colheitas de amostras biológicas nestas empresas, hoje estão previstas cerca de cinco mil colheitas”.

Relativamente aos equipamentos de proteção individual (EPI), António Lacerda Sales deu conta que a reserva de EPI está estável em Portugal, tendo neste momento “mais de 30 milhões de máscaras cirúrgicas e seis milhões de mascaras FFP2 disponíveis”.

Na ocasião, o Secretário de Estado da Saúde informou ainda que, atualmente, estão inseridos na plataforma Trace Covid cerca de 493 mil utentes, acompanhados por mais de 73.500 profissionais de saúde. Destes utentes, estão em situação de vigilância clínica cerca de 15.500 pessoas.

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INSA já detetou 600 mutações do novo coronavírus

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) já detetou 600 mutações do novo coronavírus, no âmbito de um estudo de sequenciação do genoma do SARS-CoV-2, revelou hoje o Secretário de Estado da Saúde, na conferência de imprensa diária de atualização da informação relativa à pandemia em Portugal.

António Lacerda Sales avançou que, no âmbito deste estudo, o INSA já analisou cerca de 800 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em 116 concelhos, tendo detetado 600 mutações.

O Presidente do INSA, Fernando Almeida, também presente na conferência de imprensa, explicou que cerca de 90% destas mutações são iguais àquelas que circulam na Europa. Explicou ainda que cada novo vírus pode sofrer, em média, entre uma a duas mutações por semana e que aquelas agora detetadas pertencem ao mesmo grupo genético e partilham a mesma mutação específica da proteína «Spike», a que permite que o vírus infete o ser humano.

O INSA está também a conduzir o Inquérito Serológico Nacional Covid-19, que está, atualmente, numa primeira fase de recolha de amostras. Esta fase arrancou em 25 de maio e, segundo o Presidente do INSA, estima-se que esteja concluída até ao final da próxima semana. Os primeiros resultados preliminares estarão disponíveis em julho.

De acordo com Fernando Almeida, este primeiro estudo será repetido cinco meses depois de concluído. «Depois, de três em três meses, vamos fazer o seguimento para determinar a prevalência de imunização», esclareceu.

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