Relatório de Situação nº 105 | 15/06/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Orientação nº 032/2020 de 14/06/2020 – DGS
COVID-19: Medidas de Prevenção e Controlo em Centros de Atividades de Tempos Livres (CATL)
Covid-19 | 1 milhão de testes realizados
Portugal atingiu, domingo, um milhão de testes ao novo coronavírus
Portugal atingiu, no domingo, um milhão de testes realizados ao novo coronavírus, dos quais 6,5% com resultados positivos para a Covid-19, revelou hoje a Ministra da Saúde, Marta Temido.
«Do total destes testes, 45,2% foram realizados em laboratórios públicos, 39,2% em laboratórios privados e 15,7% em outros laboratórios», afirmou a governante, na conferência de imprensa para a atualização dos dados da Covid-19, que deixará de ser diária e passará a decorrer três vezes por semana, às segundas, quartas e sexta-feira.
A Ministra da Saúde, acompanhada pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, destacou também a quantidade de testes que têm sido realizados na região de Lisboa e Vale do Tejo e que desde há um mês se tem registado um acréscimo de casos de contágio (alguns dias têm sido quase a totalidade dos novos casos do pais), referindo que entre maio e junho «foram realizados 4.600 testes por dia, ou seja, mais mil diários do que no mês de abril».
«Desde há um mês que tem havido um acréscimo do número de testes e temos levado a cabo várias operações de testagem massiva e uma operação de rastreio entre 30 de maio e 6 de junho nos concelhos de amadora, Sintra, Loures, Odivelas e Lisboa e deste esforço intensivo de testes resultou uma melhor identificação dos novos casos e um melhor conhecimento da doença e adequado encaminhamento», afirmou.
Lisboa e Vale do Tejo – Gabinete regional de intervenção para a supressão da Covid-19
O rastreio realizado nos concelhos de Lisboa e Vale do Tejo incidiu em determinadas áreas económicos e foram realizadas 14.117 colheitas de amostras de material biológico, das quais 731 tiveram resultado positivos (5,1%).
Destas colheitas, 93% dos casos já estão plasmados nos números fornecidos pelo boletim epidemiológico.
Além desta operação de testagem específica, outros rastreios foram realizados, por iniciativa de entidades empregadoras particulares e «tiveram impacto no número do país».
Marta Temido destacou também o trabalho do gabinete regional de intervenção para a supressão da Covid-19 de Lisboa e Vale do Tejo e que serão dadas informações nos próximos dias.
A Covid-19 é uma doença causada pela infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A doença manifesta-se predominantemente por sintomas respiratórios, nomeadamente, febre, tosse e dificuldade respiratória, podendo também existir outros sintomas, entre os quais, odinofagia (dor de garganta), e dores musculares generalizadas
Para saber mais, consulte:
Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 16/06/2020
Covid-19 | Apoio humanitário
Balanço da missão do INEM em São Tomé e Príncipe
Uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) esteve 26 dias em missão em São Tomé e Príncipe. A pedido do governo São-Tomense, os profissionais do INEM integraram a resposta de apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia ao surto de Covid-19.
Ao longo da missão, o trabalho desenvolvido pelos quatro profissionais do INEM consistiu em prestar apoio na montagem e materialização efetiva da estrutura de um Hospital de Campanha. Houve necessidade de avaliar as estruturas já existentes e rever o seu planeamento para que fosse possível definir circuitos com segurança para os profissionais, utentes e restante comunidade.
Além da preparação do Hospital de Campanha, a equipa de profissionais do INEM reabilitou e readaptou o Serviço de Cuidados Especiais do Hospital Ayres Menezes e ministrou também formação, dirigida a médicos e enfermeiros tanto do Hospital de Campanha como do Hospital Ayres Menezes, dando todo o apoio técnico necessário à Direção de Cuidados de Saúde de São Tomé e Príncipe.
Mais do que formar e estruturar as equipas de saúde para combater a Covid-19, a missão do INEM em nome da OMS, reforçou a capacidade do hospital central Ayres de Menezes, para dar resposta a situações de emergência médica.
O Ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe, Edgar Neves, acompanhado pela representação da OMS e pela Equipa do INEM, visitou a nova configuração do Hospital de Campanha, que passou a estar preparada para receber doentes suspeitos de COVID-19, e as instalações da unidade de cuidados especiais do Hospital Ayres Menezes. Na visita em questão, a OMS instalou os primeiros cinco ventiladores na unidade dos cuidados especiais do Hospital Ayres de Menezes, no âmbito da luta contra a Covid-19. Para além dos ventiladores, foi ainda doado diverso material clínico com vista ao combate à pandemia.
Em declarações à rádio local VOA, a Médica Ana Correia, Chefe de Missão da Equipa do INEM, garantiu que o material que foi entregue e o trabalho que foi desenvolvido deixou o país “melhor preparado para o atendimento aos casos graves da Covid-19”.
A equipa do INEM regressou a Portugal no dia 10 de junho, expressando a vontade e o compromisso de dar continuidade ao trabalho de parceria que foi estabelecido com o sistema nacional de saúde de São Tomé e Príncipe. O trabalho desenvolvido por esta equipa foi enaltecido pelo Governo São-Tomense e demais estruturas de saúde, que sentem que a capacidade de resposta à Covid-19 foi reforçada mas também a capacidade do Hospital central, sendo evidente uma melhoria no sistema de saúde.
O INEM integra desde o inicio de 2019 as equipas EMT (Emergency Medical Teams) certificadas pela OMS. Estas equipas têm como missão a prestação de cuidados de saúde, garantido os padrões de qualidade definidos pela OMS em cenários de catástrofes, surtos ou outros cenários de emergências médicas.
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INEM > Notícias
Covid-19 | Inquérito Serológico
Selecionados cerca de 50% do total de 2.072 de participantes previstos
O trabalho de campo do Inquérito Serológico Nacional Covid-19 (ISN Covid-19) continua a bom ritmo, tendo já sido selecionados, até ao final da segunda semana da fase de recrutamento, cerca de 50% do total de 2.072 de participantes previstos.
O recrutamento tem sido efetuado através da colaboração de 94 postos de colheita da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos e de 18 hospitais do Serviço Nacional de Saúde, distribuídos por todo o continente e regiões autónomas.
Desenvolvido pelos departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o ISN Covid-19 tem como objetivo avaliar a presença de anticorpos contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) responsável pela Covid-19 na população residente em Portugal e monitorizar a sua evolução ao longo tempo.
Este estudo permitirá conhecer a prevalência de anticorpos anti-SARS-CoV-2 de modo a determinar a extensão da infeção na população residente em Portugal, assim como determinar e comparar a seroprevalência de anticorpos em grupos etários específicos.
Este inquérito de base populacional, que prevê a realização de cinco estudos epidemiológicos transversais, permitirá também estimar a fração de infeções subclínicas e assintomáticas e monitorizar a evolução distribuição de anticorpos ao longo do tempo. Para a concretização do primeiro estudo, serão selecionados 1.720 indivíduos com 10 ou mais anos de idade e 352 crianças até aos 9 anos de idade que recorram a um dos laboratórios ou hospitais parceiros deste estudo para realização de análises laboratoriais de rotina.
Além de autorizar a colheita adicional de uma pequena quantidade de sangue que irá ser analisada no INSA, a participação neste inquérito prevê ainda o preenchimento de um breve questionário para recolha de dados clínicos e epidemiológicos. Prevê-se que os resultados deste primeiro estudo, que se constitui também como o estudo piloto deste inquérito serológico, possam ser tornados públicos durante o mês de julho.
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INSA > Notícias
Covid-19 | Estabelecimentos termais
DGS publica orientação com os procedimentos a adotar na reabertura
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma orientação com os procedimentos a adotar na reabertura e funcionamento dos estabelecimentos termais na atual fase epidémica da Covid-19.
Em contexto de pandemia, todos os estabelecimentos termais têm de estar devidamente preparados para a abordagem de casos suspeitos de Covid-19, assim como para prevenir e minimizar a transmissão desta doença, através da ativação e atualização dos seus Planos de Contingência.
De acordo com a orientação, no âmbito das medidas gerais de prevenção e controlo, os responsáveis pelos espaços devem garantir a facilidade de acesso, em todas as áreas, a solução de base alcoólica, bem como disponibilizar máscara cirúrgica (se o utente não levar máscara própria), que deve ser usada dentro de todo o espaço termal, incluindo na sala de espera ou receção, só a podendo remover quando o utente estiver no gabinete de consulta e no decorrer dos tratamentos termais, se necessário.
Para evitar ter doentes em salas de espera, as consultas e os tratamentos termais devem ser marcados previamente de forma não presencial.
A ventilação adequada de todos os espaços e o reforço dos serviços de limpeza e desinfeção nos espaços e objetos de maior contacto e circulação também fazem parte das medidas gerais de prevenção da Covid-19.
A orientação estabelece também as medidas específicas de prevenção e controlo, nomeadamente no que diz respeito à admissão do termalista, que deve ser feita mediante a realização de um questionário para avaliar a presença de sintomas sugestivos de Covid-19.
Cabe ao utente o dever de notificar imediatamente o estabelecimento termal se manifestar sintomas sugestivos de Covid-19.
O documento prevê também quais os procedimentos a adotar perante a identificação de um caso suspeito durante um tratamento termal.
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Covid-19 | Normas para ATL
Profissionais e crianças com mais de 10 anos devem usar máscara
As crianças com mais de 10 anos devem usar máscara nos Centros de Atividades de Tempos Livres (ATL), de acordo com orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgada no âmbito da Covid-19.
A reabertura dos ATL é possível a partir de hoje, dia 15 de junho de 2020, no âmbito da terceira fase de desconfinamento anunciada pelo Governo, após o confinamento geral no âmbito da epidemia.
Na orientação, divulgada no dia 14 de junho, a DGS salienta que todos os ATL (que recebem crianças para atividades de estudo e lazer a partir dos seis anos) têm de estar devidamente preparados para abordar possíveis casos suspeitos de Covid-19, tendo por exemplo uma área de isolamento, definição de circuitos, ou atualização de contactos de emergência das crianças.
Os ATL devem ter condições de higienização e desinfeção, e equipamentos como máscaras para todo o pessoal, e deve ser feita uma limpeza geral e desinfeção das instalações antes da abertura.
As crianças e jovens devem ser organizados em grupos, que se devem manter sempre iguais e de preferência cada grupo numa zona específica, e os acessos à biblioteca ou à sala de informática devem ser condicionados, com desinfeção após cada utilização.
Sempre que possível as portas e janelas devem estar abertas e nas salas deve ser mantido o distanciamento. As mesas devem ser dispostas «o mais possível junto das paredes e janelas» e as mesas «devem estar dispostas com a mesma orientação, evitando uma disposição que implique as crianças e jovens virados de frente uns para os outros».
A DGS recomenda que se evite o cruzamento das crianças entre salas (como acesso à sala de refeições) e que as crianças não partilhem objetos (ou que estes sejam desinfetados após cada utilização) e devem levar os seus próprios brinquedos de casa.
Desinfeção frequente de zonas de toque frequente
Para as atividades de exterior, como passeios ou excursões, as medidas são idênticas às gerais, de distanciamento físico e higiene, sendo que dentro dos ATL todos os profissionais e todas as crianças com mais de 10 anos devem usar máscara.
Dentro dos ATL a DGS recomenda desinfeção frequente de zonas que podem ser mais facilmente contaminadas, ou zonas de toque frequente, como maçanetas das portas, e sugere que seja feito um plano de higienização para conhecimento de todos os profissionais envolvidos.
E nos refeitórios, além das medidas de higiene e desinfeção (pelo menos duas vezes por dia), a recomendação é que se evitem grandes concentrações de pessoas, ou mesmo que se removam motivos decorativos das mesas.
Caso o ATL tenha um serviço de transportes as medidas aplicadas são as mesmas para os transportes coletivos de passageiros, e se houver um caso suspeito de Covid-19 todos os encarregados de educação devem ser informados.
A Covid-19 é uma doença causada pela infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A doença manifesta-se predominantemente por sintomas respiratórios, nomeadamente, febre, tosse e dificuldade respiratória, podendo também existir outros sintomas, entre os quais, odinofagia (dor de garganta), e dores musculares generalizadas.
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Covid-19 | Medicina Intensiva
Aumento da capacidade de 629 para 819 camas em cuidados intensivos
A capacidade de Medicina Intensiva aumentou de 629 para 819 camas desde o início da pandemia, o que representa um aumento de 23%, afirmou este sábado, dia 13 de junho, o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa de atualização dos dados da COVID-19.
O Secretário de Estado da Saúde sublinhou ainda que o “esforço de capacitação tem sido enorme, apesar de não ter havido, até à data, uma sobrecarga nestes serviços”. Entre compras e doações, sublinhou, “já foram entregues às unidades hospitalares de todo o país mais de 680 ventiladores”.
De acordo com António Lacerda Sales, o objetivo do Governo é chegar ao final do ano com um rácio de 9.4 camas de cuidados intensivos por 100.000 habitantes.
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Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 13/06/2020
Atividade hospitalar não urgente
Atividade suspensa na região de LVT retomada na próxima semana
A atividade hospitalar na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) está estável e deverá ser retomada na próxima semana, adiantou esta segunda-feira a Ministra da Saúde, Marta Temido, na conferência de imprensa diária de atualização dos dados da pandemia.
De acordo com a Ministra da Saúde, esta decisão “resulta da observação dos números de atendimento na área dedicada à doença Covid-19 dos cuidados de saúde primários e do número de internamentos por Covid-19 nas áreas hospitalares destas regiões mais afetadas que a utilização dos mesmos se mantém estável com tendência decrescente”.
“A manter-se este contexto será possível retomar a atividade suspensa no início da próxima semana, o que se antevê e se deseja”, afirmou a governante.
De acordo com a Ministra da Saúde, a atividade hospitalar não urgente nos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, nomeadamente nos hospitais de Lisboa, Amadora e Loures, será retomada, “apesar dos números dos novos casos se manterem persistentemente nos 200/300 novos casos por dia”. A decisão de suspender a atividade não urgente nos hospitais foi tomada em função “da incerteza” quanto à evolução da situação de contágio na região de Lisboa e Vale do Tejo.
As unidades de saúde que viram suspensos os serviços não urgentes são os centros hospitalares em Lisboa Norte, Lisboa Central e Lisboa Ocidental, o Hospital Fernando da Fonseca, na Amadora, e os hospitais de Cascais e de Loures.
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Aconselhamento psicológico
Serviço disponível através do SNS 24 já atendeu 16 mil chamadas
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, revelou que a linha de apoio psicológico, disponível através do Centro de Contacto do SNS 24, já atendeu cerca de 16.000 chamadas desde que está em funcionamento, 1.500 das quais de profissionais de saúde.
“Este serviço foi muito importante durante o tempo de confinamento, mas continua ser no esclarecimento de dúvidas e angústias dos cidadãos a qualquer hora”, sublinhou o Secretário de Estado da Saúde, na conferência de imprensa diária de domingo, dia 14 de junho.
Na ocasião, António Lacerda Sales aproveitou também para fazer um ponto de situação da plataforma de vigilância clínica Trace Covid, na qual estão inscritos mais de 73.000 profissionais e um total acumulado de 543.000 pessoas.
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