Relatório de Situação nº 109 | 19/06/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Covid-19 | Reunião em Lisboa e Vale do Tejo
Ministério da Saúde prepara programa para melhorar condições de Saúde Pública
Para aprofundar as medidas de supressão da Covid-19 nas áreas da Região de Lisboa e Vale do Tejo que têm maior incidência da doença, a Ministra da Saúde anunciou hoje uma reunião na próxima segunda-feira, dia 22 de junho, que juntará o Primeiro-Ministro e os presidentes dos cinco municípios da Área Metropolitana de Lisboa que inspiram maior preocupação de focos de infeção por Covid-19: Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra.
“Estando agora a situação que nos inspira maior preocupação circunscrita a cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, dentro deles distribuída de forma não perfeitamente simétrica, com uma clara identificação das freguesias onde há maior incidência, decidimos tomar desde logo uma iniciativa que se prende com a realização de uma reunião na próxima segunda-feira de amanhã”, afirmou Marta Temido, no decorrer da conferência de imprensa de hoje para atualização dos dados sobre a pandemia, Marta Temido.
O Ministério da Saúde está envolvido, juntamente com outras áreas governamentais e com outros setores no lançamento de um programa que se destina “a estimular e a financiar iniciativas participativas no sentido da melhoria das condições em bairros onde existem constrangimentos”, acrescentou.
Revelou, ainda, que nos próximos dias será anunciado “em detalhe” o programa “Bairros Saudáveis”, inspirado num programa da área de Lisboa conhecido como ‘Bip Zip’ e que se destina a estimular e a financiar iniciativas participativas no sentido da melhoria das condições também de saúde pública, mas não só, em bairros onde existam constrangimentos.
No final da sua intervenção, a Ministra da Saúde quis deixar uma mensagem: “os portugueses fizeram sacrifícios enormes nos últimos meses” e “o Ministério da Saúde e o Governo não irão correr o risco de deixar que esse esforço seja desperdiçado”.
Mural no Hospital de S. João
Vhils homenageia profissionais do SNS que estiveram na linha da frente
O mural produzido por Vhils – “Linha da Frente: Projeto Scratching the Surface”– nas instalações do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, retrata dez profissionais de vários grupos e funções profissionais. Trata-se de uma parede esculpida em baixo-relevo.
A disposição das pessoas na composição, lado-a-lado, visa simbolizar não só o conceito de linha da frente mas também a cooperação e o trabalho em equipa.
“Os rostos destas pessoas – os verdadeiros heróis do dia-a-dia, que são muitas vezes esquecidos – foram assim gravados na memória das paredes do hospital, de modo a sublinhar quer a sua importância individual quer a importância do Serviço Nacional de Saúde”, destaca Alexandre Farto (Vhils), que acrescenta que “a obra é um agradecimento e uma sentida homenagem, em meu nome e em nome da equipa do Vhils Studio, a todos aqueles que se encontram na linha da frente, quer da presente pandemia quer dos cuidados de saúde diários, pela importância que têm na vida de cada um de nós. É um enaltecer da coragem, da dedicação e do altruísmo com que colocam as suas vidas em risco pela defesa das nossas.”
Fernando Araújo, Presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, assinala que “os profissionais do Centro Hospitalar Universitário de São João demonstraram um inexcedível espírito de missão e foram incansáveis na resposta à pandemia de Covid-19. Este magnífico mural de Vhils, que representa os rostos que estiveram na linha da frente, corresponde a um desejo e a um desafio lançado pelo Conselho de Administração, como forma de reconhecimento pelo seu empenho e dedicação”.
A partir de hoje, esta nova e simbólica linha da frente irá acompanhar todas as pessoas que entrarem ou saírem do CHUSJ pelo Atrium de Hospitalidade, “de modo a não nos esquecermos daqueles que trabalham para o bem-estar da população, no apoio e serviço à comunidade”, afirma Vhils.
“Gostaria de expressar o meu profundo agradecimento a todas as pessoas envolvidas direta e indiretamente neste projeto, assim como a todos os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde e a todos os profissionais de saúde de todo o mundo”, conclui Vhils.
Para saber mais, consulte:
CHUSJ > Notícias
Covid-19 | Comparticipação testes
ADSE comparticipa testes antes de cirurgias no regime convencionado
O Instituto de Proteção e Assistência na Doença (ADSE) passou a comparticipar os testes de diagnóstico à Covid-19 realizados aos seus beneficiários antes de qualquer cirurgia, desde que feitos no regime convencionado, disse à Lusa fonte oficial do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública
«No seguimento das orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), que estabeleceram a obrigatoriedade de rastreio de Covid-19 antes dos tratamentos do foro oncológico, bem como antes de qualquer cirurgia, foi alargada a comparticipação pela ADSE aos beneficiários que se encontrem nessa situação», afirmou o gabinete da Ministra Alexandra Leitão.
A mesma fonte referiu ainda que, tal como já estava estipulado, «também as grávidas assintomáticas com contacto com casos suspeitos ou confirmados de covid-19 ou com sintomas sugestivos daquela doença devem realizar o teste laboratorial».
«Este alargamento da comparticipação comunicado hoje, 18 de junho, entra imediatamente em vigor», adianta o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública.
Prescrição
Para que o beneficiário tenha direito à comparticipação, acrescenta o Ministério, a prescrição do teste laboratorial «deverá ser feita por prestadores do regime convencionado [com acordo com a ADSE], podendo no caso das grávidas a prescrição ser feita por um médico do regime livre».
De acordo com a nota informativa enviada aos beneficiários da ADSE e aos prestadores do regime convencionado, a que a Lusa teve acesso, «a ADSE financia o diagnóstico laboratorial do SARS-CoV-2 aos beneficiários da ADSE que se encontrem nas condições previstas» nas normas 9/2020 e 13/2020 da DGS e na orientação 18/2020.
A mesma nota realça que «não são financiados pela ADSE atos cuja prescrição tenha origem numa entidade pertencente ao SNS [Serviço Nacional de Saúde]».
Reembolso
Pode ler-se na nota que «a ADSE não reembolsa nenhum teste que não venha acompanhado de uma prescrição médica que indique os motivos do teste (…) e, no caso das grávidas, deve constar também a descrição do respetivo estado de gravidez e razão da prescrição».
O valor máximo do teste laboratorial para SARS-COV-2 é de 87,95 euros, sendo 68,50 euros financiados pela ADSE e 19,45 euros financiados pelo beneficiário.
Segundo a nota, a ADSE não procede ao reembolso do teste laboratorial efetuado em regime livre (entidades sem acordo com a ADSE).
Em 16 de abril o Ministério de Alexandra Leitão anunciou a comparticipação pela ADSE dos testes de diagnóstico do novo coronavírus a grávidas e doentes oncológicos, bem como a possibilidade de entrega de pedidos de reembolso das despesas de saúde de forma desmaterializada, através do portal ADSE Direta, uma medida prevista no Orçamento do Estado para 2020.
Para saber mais, consulte:
Covid-19 | Unidades referência Centro
ULS Guarda e CHUC continuam como unidades de referência na região
A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, através do Hospital Sousa Martins, e o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) continuam a ser, na região do Centro, os hospitais de referência para a Covid 19, na fase atual da pandemia.
A decisão da tutela foi comunicada pelo Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Centro e pelo Coordenador Regional dos Cuidados, revela ULS Guarda, em comunicado.
O Conselho de Administração da ULS «aproveita, para uma vez mais agradecer o profissionalismo, o empenho e a resiliência de todos os profissionais. Bem hajam», lê-se no mesmo comunicado.
Para saber mais, consulte:
- ULS da Guarda > Notícias
- CHUC – http://www.chuc.min-saude.pt/
Covid-19 | Nota de pesar
Ministério lamenta o óbito de médico e expressa sentidas condolências
O Ministério da Saúde confirma o óbito de um médico, na sequência de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença Covid-19, apresentando sentidas condolências e expressando votos de pesar à família e amigos.
O falecimento aconteceu, na madrugada desta quinta-feira, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, EPE.
FENPROF doa equipamentos informáticos ao Instituto Ricardo Jorge
19-06-2020
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) doou ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) um conjunto de equipamentos informáticos como forma de apoiar o trabalho desenvolvido pelo INSA no combate à pandemia de COVID-19. Os equipamentos doados serão utilizados em atividades diretamente relacionadas com atual situação epidémica como, por exemplo, estudos epidemiológicos e análises da variabilidade genética do novo coronavírus, entre outras.
A entrega dos equipamentos decorreu, dia 16 de junho, nas instalações do Instituto Ricardo Jorge em Lisboa, durante uma visita realizada por vários elementos do Secretariado Nacional da FENPROF, os quais foram recebidos pelo Conselho Diretivo e alguns dos quadros dirigentes do INSA. Fernando de Almeida, presidente do INSA, começou por agradecer o donativo da FENPROF, que se traduziu na compra de nove equipamentos informáticos portáteis, e sublinhou tratar-se de um “apoio muito importante e que veio no momento certo”.
Após a sessão simbólica de entrega dos equipamentos, a comitiva da FENPROF, liderada pelo seu secretário-geral, Mário Nogueira, visitou alguns dos laboratórios do INSA, nomeadamente um dos laboratórios de biossegurança de nível 3 (BSL-3), o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios e o Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas, tendo ficado a conhecer um pouco melhor algum do trabalho desenvolvido nestas unidades.
No final da visita, o secretário-geral da FENPROF considerou que foi “extremamente interessante conhecer melhor aquilo que é feito, que é muito e é muito bem feito, pelo Instituto Ricardo Jorge”, acrescentando que foi “também por isso e, por saber que era assim que se trabalhava e a importância que o Instituto tem para o país, nomeadamente agora no combate a esta epidemia, que a FENPROF, no âmbito da sua responsabilidade social, enquanto representante dos professores, decidiu contribuir com a oferta de um conjunto de equipamentos informáticos para ajudar o INSA a dar uma ainda melhor resposta”.
Mário Nogueira destacou, por último, ser “muito importante e gratificante” para a FENPROF saber que ficará associada, “desta forma, ao trabalho que é desenvolvido pelo Instituto Ricardo Jorge” e que acha que “os professores também sentem orgulho por poderem contribuir para este combate que é de todos e que esperemos que rapidamente resulte na ultrapassagem e na superação definitiva deste problema epidemiológico que estamos a viver”.