Relatório de Situação nº 112 | 22/06/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Instituto Ricardo Jorge desenvolve estudo para monitorizar integridade genética do SARS-CoV-2 e a sua evolução durante período de infeção
20-06-2020
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) vai desenvolver um estudo para monitorizar a integridade genética do SARS-CoV-2 e a sua evolução durante o período de infeção. Financiado no âmbito da segunda edição do programa de apoio “Research4Covid” promovido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, este projeto tem como objetivo último apoiar a decisão clínica e de saúde pública.
A existência de muitos casos de infeção atipicamente longos (superiores a 3-4 semanas), identificados laboratorialmente pela persistência de resultados positivos, tem constituído uma preocupação das entidades de saúde pela necessidade de manutenção de um longo confinamento dos infetados no hospital ou em casa. Para tentar compreender esta situação, o INSA vai estudar uma série de amostras consecutivamente positivas de doentes com infeção anormalmente longa, sujeitando as mesmas a estudos de integridade genómica pela utilização da metodologia de Sequenciação de Nova Geração.
Segundo o investigador João Paulo Gomes, coordenador deste projeto, objetivo passa por perceber se “o genoma viral do SARS-CoV-2 está ‘inteiro’ ou se estamos apenas a detetar pequenos fragmentos virais não infeciosos”, recorrendo à mesma metodologia que está a ser utilizada no estudo de âmbito nacional de variabilidade genética do SARS-CoV-2, igualmente liderado pelo INSA e cujos resultados são disponibilizados online. Em paralelo, será também estudada a infeciosidade viral de algumas destas amostras tardias através da cultura em linha celular.
“Estes resultados permitirão perceber se estamos perante um cenário de evolução genética adaptativa do vírus possibilitando a persistência da infeção, ou se as últimas amostras positivas não traduzem mais do que a existência de fragmentos virais não infeciosos”, explica João Paulo Gomes. O investigador refere que, caso esta última hipótese se confirme, são esperados benefícios diretos e imediatos para o Serviço Nacional de Saúde, na medida em que serão fornecidas evidências científicas a dois órgãos de decisão.
“Por um lado, aos clínicos sobre a possibilidade de dar alta médica aos doentes com deteção da presença do vírus em amostras respiratórias por longos períodos. Por outro lado, aos médicos de saúde pública sobre a possibilidade de levantamento da restrição de contacto social aos infetados confinados em casa. Como consequência disto, antevêem-se naturalmente os respetivos impactos a nível familiar, social e económico”, conclui o coordenador do Núcleo de Bioinformática do INSA.
Para o desenvolvimento deste estudo, o INSA conta não só com a sua vasta coleção de amostras positivas analisadas, mas também com a colaboração específica dos laboratórios de análises Unilabs, Synlab e Joaquim Chaves. No âmbito deste projeto, que obteve um financiamento de 34 mil euros e terá a duração de seis meses, foi iniciada uma colaboração científica com o Instituto de Medicina Molecular, o qual possibilitará a utilização de abordagens complementares para o mesmo fim, de forma a que as conclusões tenham a robustez necessária para os fins clínicos e de saúde pública a que se destinam.
Covid-19|Estudo da diversidade genética
INSA desenvolve estudo para monitorizar a evolução do SARS-CoV-2
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) vai desenvolver um estudo para monitorizar a integridade genética do SARS-CoV-2 e a sua evolução durante o período de infeção. Financiado no âmbito da segunda edição do programa de apoio “Research4Covid” promovido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, este projeto tem como objetivo último apoiar a decisão clínica e de saúde pública.
A existência de muitos casos de infeção atipicamente longos (superiores a 3-4 semanas), identificados laboratorialmente pela persistência de resultados positivos, tem constituído uma preocupação das entidades de saúde pela necessidade de manutenção de um longo confinamento dos infetados no hospital ou em casa. Para tentar compreender esta situação, o INSA vai estudar uma série de amostras consecutivamente positivas de doentes com infeção anormalmente longa, sujeitando as mesmas a estudos de integridade genómica pela utilização da metodologia de Sequenciação de Nova Geração.
Segundo o investigador João Paulo Gomes, coordenador deste projeto, objetivo passa por perceber se “o genoma viral do SARS-CoV-2 está ‘inteiro’ ou se estamos apenas a detetar pequenos fragmentos virais não infeciosos”, recorrendo à mesma metodologia que está a ser utilizada no estudo de âmbito nacional de variabilidade genética do SARS-CoV-2, igualmente liderado pelo INSA e cujos resultados são disponibilizados online. Em paralelo, será também estudada a infeciosidade viral de algumas destas amostras tardias através da cultura em linha celular.
Para o desenvolvimento deste estudo, o INSA conta não só com a sua vasta coleção de amostras positivas analisadas, mas também com a colaboração específica dos laboratórios de análises Unilabs, Synlab e Joaquim Chaves. No âmbito deste projeto, que obteve um financiamento de 34 mil euros e terá a duração de seis meses, foi iniciada uma colaboração científica com o Instituto de Medicina Molecular, o qual possibilitará a utilização de abordagens complementares para o mesmo fim, de forma a que as conclusões tenham a robustez necessária para os fins clínicos e de saúde pública a que se destinam.
Para saber mais, consulte:
INSA > Notícias
Covid-19 | Hospital Distrital Santarém
Hospital destaca-se na capacidade de internamento em UCI
O Hospital Distrital de Santarém (HDS) é uma das unidades hospitalares do país com maior capacidade de internamento para doentes com Covid-19, em unidade de cuidados intensivos, atingindo uma média de 12,1 camas por 100 mil habitantes, «um número que está acima da média europeia».
Segundo o Diretor clínico do HDS, Paulo Sintra, a urgência dedicada à Covid-19 está instalada numa ala de 2 mil metros quadrados e tem 64 camas comprometidas nas duas enfermarias dedicadas. Com a pandemia, a unidade de cuidados intensivos dedicada foi reforçada atingindo neste momento 23 camas, passando de uma média de 3,2 camas por 100 mil habitantes para 12,1 camas por 100 mil habitantes.
O médico, em declarações ao Correio do Ribatejo online, sublinha que a pandemia trouxe «novas realidades e necessidades ao meio hospitalar público e o Hospital de Santarém não foi diferente».
«Apesar das dificuldades orçamentais e de recursos disponíveis o HDS esteve sempre na linha da frente duma forma discreta mas eficiente, investindo o necessário para fazer frente ao Covid-19», refere o clínico, realçando que o HDS «continua a reinventar-se, promovendo a qualidade e diferenciação técnica dos seus serviços».
O Diretor destaca o Serviço de Patologia Clínica nessa reorganização pois «garantiu a diferenciação e a qualidade dos seus profissionais, conseguindo atualmente realizar os testes de PCR para Covid-19».
Visite:
Hospital Distrital de Santarém – https://www.hds.min-saude.pt/
Norte | Extensões de saúde já a reabrir
Reabertura observa as condições de segurança e de afluência dos utentes
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte afirmou hoje que as extensões de saúde encerradas na região por causa da covid-19 estão a reabrir “paulatinamente” e de acordo com a situação epidemiológica local e a afluência dos utentes.
Em declarações à agência Lusa , a ARS Norte reiterou que as extensões de saúde estão a abrir de forma gradual, sempre que as condições, quer epidemiológicas e quer de segurança para profissionais e utentes, assim o permitam.
Covid-19 | Reforço de profissionais
Cerca de 20 profissionais reforçam unidades de saúde da Amadora, Sintra, Loures e Odivelas
Cerca de 20 profissionais vão reforçar unidades de saúde da Amadora, Sintra, Loures e Odivelas, revelou hoje o Secretário de Estado da Saúde, referindo que a Região de Lisboa e Vale do Tejo continua a exigir atenção relativamente à covid-19.
No decorrer da conferência de imprensa de hoje para atualização dos dados da pandemia, António Lacerda Sales referiu que as unidades de saúde em causa já “duplicaram a capacidade de realização de inquéritos epidemiológicos”, uma ferramenta considerada crucial para identificar, isolar e quebrar cadeias de transmissão da covid-19.
“São mais cerca de 20 recursos humanos alocados a estes serviços”, afirmou, especificando que são mobilizados profissionais de várias instituições, entre as quais a Escola Nacional de Saúde Pública, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, a Cruz Vermelha Portuguesa, da Administração Regional de Saúde do Centro e a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
No grupo, encontram-se também médicos de formação geral dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Para saber mais, consulte:
Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 22/06/2020
Covid-19 | Novas medidas em Lisboa
Governo aplica novas medidas de confinamento em 15 freguesias
O Governo decidiu hoje, dia 22 de junho, prolongar o estado de calamidade em 15 freguesias de cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) onde estão localizados mais novos contágios de Covid-19, bem como repor o limite máximo de 10 pessoas por ajuntamento.
No final de uma reunião com os autarcas de Lisboa, Sintra, Amadora, Odivelas e Loures, o Primeiro-Ministro, António Costa, anunciou que o núcleo do problema de novos contágios de Covid-19 «centra-se em 15 freguesias do conjunto destes concelhos», que serão sujeitas a novas medidas de confinamento.
Além de repor o limite máximo de 10 pessoas por ajuntamento, o Governo vai aprovar um diploma que prevê contraordenações, com o reforço das forças de segurança na rua, permitindo «a autuação de quem organize ou de quem participe de ajuntamentos que não sejam permitidos».
As novas restrições serão ainda aprovadas esta segunda-feira num Conselho de Ministros eletrónico e entram em vigor às 00:00 de terça-feira.
Visite:
Portal do Governo- https://www.portugal.gov.pt/
Declaração Colaborativa
ARSLVT assina documento colaborativo da Administração Pública
“Desenvolver uma postura proativa na procura de oportunidades de colaboração, partilha de conhecimento e desenvolvimento da Administração Pública”. Estes são os principais objetivos da Declaração Colaborativa, assinada a 16 de junho, por Luís Pisco, Presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). O evento, que decorreu em Lisboa, contou com a presença da Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública.
A iniciativa conta com a participação de vinte entidades da Administração Pública e pretende ser um compromisso para adotar formas de modernizar e de inovar, melhorar práticas, simplificar procedimentos, desmaterializar processos, identificar lições aprendidas, aumentar a eficiência e eficácia dos processos e a qualidade dos serviços prestados, numa lógica colaborativa e de partilha de boas práticas.
Além da ARSLVT, o setor da Saúde esteve representado pela Direção-Geral da Saúde, através do seu Subdiretor-Geral, Diogo Cruz, e pela Administração Regional de Saúde do Centro, na pessoa do seu Vice-presidente, João Rodrigues.
Entre os fundamentos da declaração, destaca-se o facto de o atual contexto pandémico reforçar “a premência de mudar o funcionamento da Administração Pública, desenvolvendo capacidade de responder a desafios com prontidão e sustentabilidade”. O documento salienta que “a experiência desenvolvida no quadro do Plano de Trabalho Colaborativo na Administração Pública para apoiar os serviços num contexto de contingência demonstrou que é possível desenvolver respostas rápidas e colaborativas sem obrigar a uma intervenção institucional formal”.
Para saber mais, consulte:
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo > Notícias
Covid-19 | Ação de sensibilização
Campanha para travar a pandemia tem como destinatários os mais jovens
A Ministra da Saúde participou hoje numa ação de sensibilização com o Conselho Nacional de Juventude que juntou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Secretário de Estado e coordenador regional de Lisboa e Vale do Tejo para o combate à covid-19, Duarte Cordeiro, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, e o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta. A iniciativa decorreu no Parque Urbano Felício Loureiro, em Queluz, conselho de Sintra.
Marta Temido voltou a apelar a comportamentos responsáveis face à pandemia da covid-19, nomeadamente por parte dos mais jovens, de forma a “não desperdiçar o esforço feito nos últimos meses”.
A Campanha, que já está a decorrer, visa esclarecer os mais novos sobre as principais medidas para prevenir o contágio pela Covid-19. O objetivo passa por explicar aos jovens como através de pequenos gestos se pode fazer a diferença e travar a epidemia.
Para Marta Temido “são os jovens que tem de dar o exemplo e adotar pequenos gestos que fazem toda a diferença em Saúde Pública ” . Mas se a juventude está na primeira linha do combate à pandemia, a mensagem chega a toda a população.