Relatório de Situação nº 119 | 29/06/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Orientação Conjunta nº 1/2020/DGS/DGAV de 26/06/2020
COVID-19: Procedimentos de Prevenção e Controlo de infeção para o setor das frutas e legumes (Explorações agrícolas e Centrais de embalamento e armazenamento)
Mapeamento e georreferenciação
Mais médicos e equipas para conter cadeias de transmissão em Lisboa
A região de Lisboa vai ter mais médicos para mapear os casos de Covid-19 e equipas multidisciplinares no terreno, que podem contar com a ajuda da polícia para garantir que os isolamentos são efetuados.
O anúncio das duas medidas foi feito esta segunda-feira, dia 29 de junho, pelo Secretário de Estado da Saúde e pelo Coordenador do Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, durante a conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia.
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou o reforço de médicos na zona de Lisboa, numa tentativa de identificar e conter as cadeias de transmissão através do mapeamento de todos os casos ativos no concelho.
Já o Coordenador do Gabinete Regional de Intervenção, Rui Portugal, anunciou que hoje começam a ir para o terreno alguma das 12 equipas – em Loures, Odivelas, Amadora, Sintra e Lisboa – que vão tentar garantir que os casos de isolamento definidos pelas autoridades de saúde são efetuados.
Estas equipas contam com elementos da proteção civil, segurança social e com «um apoio das forças de segurança, se necessário para que seja efetivado o isolamento», explicou Rui Portugal.
Reforço dos serviços de saúde pública
A situação na região de Lisboa e Vale do Tejo «continua a ser a que inspira mais atenção» das autoridades de saúde, por ser a que concentra a grande maioria dos casos diários, lembrou o secretário de estado.
Os números hoje divulgados revelam um aumento de 244 novos casos em todo o país nas últimas 24 horas, sendo a zona de Lisboa a mais atingida.
«É tempo de reforço das equipas e da definição de estratégias dirigidas a uma zona do país que tem características diferentes das outras, por isso estamos a fazê-lo», afirmou o secretário de estado que considera que chegou o “momento do trabalho de terreno».
António Lacerda Sales recordou o reforço dos serviços de saúde pública dos concelhos mais afetados: A juntar aos 20 médicos já anunciados, «prevê-se a entrada em funções de mais dez esta semana».
«Adicionalmente, está em curso a entrada de cerca de 80 médicos internos em especial para trabalho em tempo parcial», anunciou ainda Lo governante, acrescentando que «estão ainda em formação cerca de 40 internos».
Segundo o Secretário de Estado da Saúde, «este reforço é crucial para o mapeamento e georreferenciação de todos os casos ativos no concelho e freguesia, para que sigamos rapidamente as cadeias de transmissão da região e as possa conter».
Ter unidades de saúde públicas com capacidade para dar resposta à situação que se vive atualmente foi precisamente um dos pontos salientados por Rui Portugal, que lembrou que este reforço surge numa altura em que os casos de Covid continuam a aumentar e em que se aproximam as férias de verão.
«Não chega só a determinação do isolamento, ele tem de ser efetuado», sublinhou o coordenador, assegurando que «inicia-se hoje mesmo um conjunto de equipas que vai para o terreno: três equipas no concelho de Loures, uma em Odivelas, duas na Amadora, três equipas em Sintra e três equipas, para já, na cidade de Lisboa».
Para saber mais, consulte:
Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 29/06/2020
Cuidados intensivos em LVT
Governo garante que não há sobrecarga dos hospitais na região
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, garantiu hoje que “não há sobrecarga” das unidades de cuidados intensivos na zona de Lisboa, que tem uma ocupação de 66%, semelhante à média do resto do país.
“Não há sobrecarga e existe capacidade para continuar a dar resposta de uma forma supletiva e complementar às necessidades”, afirmou António Lacerda Sales, na conferência de imprensa para a atualização dos dados da Covid-19.
“A ocupação em unidade de cuidados intensivos é de 66% dos hospitais da região, muito em linha com o do resto do país, que é de 65%”, sublinhou, acrescentando que “apenas 20%” das pessoas que estão nos cuidados intensivos são doentes covid.
António Lacerda Sales lembrou que “a situação em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) “continua a ser a que inspira mais atenção das autoridades de saúde” e é, desde o dia 13 de maio, “a região que mais testes realiza”.
Este é o momento de trabalho no terreno, sublinhou António Lacerda Sales, referindo que é o momento de “não ignorarmos os números, mas não nos deixarmos derrotar por eles”.
“É o tempo de reforço de equipas, da definição de estratégias dirigidas a uma zona do país que tem caraterísticas diferentes das outras”, concluiu o Secretário de Estado da Saúde.
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Covid-19 | Profissionais de Saúde
Mais de 80% dos profissionais de saúde infetados recuperaram
O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, revelou esta segunda-feira que “mais de 80% dos profissionais de saúde infetados com Covid-19 recuperaram e estão de novo a trabalhar”.
Ao todo, 3.143 profissionais de saúde com Covid-19 já recuperaram. “São mais de 80% dos que tiveram a doença e estão já de volta aos seus empregos e às suas rotinas e a quem muito agradecemos pelo inestimável trabalho ao serviço do país”, afirmou António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa para a atualização dos dados da Covid-19.
Sobre a situação nos lares, o Secretário de Estado da Saúde referiu a existência de menos casos ativos registados: “São hoje 213 com situações de Covid-19”, o que representa “8,4% do universo de estruturas residenciais para idosos a nível nacional”.
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Covid-19 | Setor das frutas e legumes
DGS e DGAV publicam orientação com procedimentos a adotar
A Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) publicaram uma orientação com os Procedimentos de Prevenção e Controlo de infeção para o setor das frutas e legumes (explorações agrícolas e centrais de embalamento e armazenamento).
Entre as medidas gerais, o documento estabelece que os responsáveis pelas explorações e centrais devem elaborar e implementar um plano de contingência da Covid-19, que deverá ser dado a conhecer a todos os trabalhadores (com especial atenção aos estrangeiros e temporários).
Por outro lado, os responsáveis devem certificar-se que os trabalhadores monitorizam diariamente os sintomas sugestivos de Covid-19, antes de se apresentarem ao trabalho.
Nas áreas comuns, nomeadamente no alojamento, deve ser garantido o espaçamento das camas de pelo menos 2 metros e não mais de 2 trabalhadores por quarto, sendo que os coabitantes do mesmo alojamento devem estar organizados por grupos coincidentes com os organizados para os trabalhos a desenvolver na exploração ou na central (coortes).
A orientação define também as regras gerais para os gestores das explorações agrícolas e centrais de embalamento, que devem, entre outras medidas, disponibilizar água, sabão, desinfetante ou toalhitas descartáveis, bem como evitar a sobrelotação no transporte dos trabalhadores.
As regras gerais a adotar pelos trabalhadores agrícolas e das centrais também fazem parte da orientação. Estes devem, entre outras medidas, lavar as mãos, com sabão ou desinfetante, com frequência, usar máscara em ambientes fechados, não partilhar o telemóvel e outros objetos pessoais, não fumar, nem esfregar os olhos ou nariz durante as operações de manuseamento dos produtos.