Relatório de Situação nº 121 | 01/07/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Informação adicional para utilização do teste “GeneFinder COVID-19 Plus RealAmp Kit” – Infarmed
Circular Informativa N.º 113/CD/550.20.001 de 30/06/2020
Para: Divulgação geral
Tipo de alerta: div
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
01 jul 2020
Durante a utilização do teste de biologia molecular (RT-PCR), que deteta o RNA do vírus SARS-CoV-2 GeneFinder COVID-19 Plus RealAmp Kit do fabricanteOSANG Healthcare Co, Ltd., verificou-se um elevado sinal de fundo (background noise/signal) na reação de amplificação do gene N nos lotes abaixo descritos.
Como consequência, se este sinal de fundo exceder o limiar de deteção e se os gráficos de amplificação não forem verificados, o resultado pode ser interpretado como resultado positivo (falso positivo).
Lotes
2004-R45-18
2004-R45-25
2004-R45-26
2004-R45-49
Este problema pode ocorrer com diferentes equipamentos: Applied Biosystems 7500/7500 Fast Dx (ThermoFisher), CFX96 (Bio-Rad) e ELITe InGenius (ELITechGroup SpA).
De forma a permitir a continuidade da utilização destes lotes, o fabricante elaborou a informação em anexo, destinada aos utilizadores com um conjunto de ações de corretivas a efetuar nos equipamentos.
Salienta-se que os utilizadores devem ainda verificar o diagrama de fluorescência fornecido pelo equipamento antes de validar os resultados finais do teste.
Em Portugal não foi notificado ao Infarmed qualquer problema semelhante com este teste.
Quaisquer incidentes ou outros problemas relacionados com estes dispositivos médicos para diagnóstico in vitro devem ser notificados à Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 217 987 145; fax: +351 211 117 316; e-mail: dvps@infarmed.pt
O Vice-Presidente do Conselho Diretivo
Comercialização descontinuada do teste “BIOEASY 2019 – Novel Coronavirus (2019-nCoV) Ag GICA Rapid Test” – Infarmed
Circular Informativa N.º 114/CD/550.20.001 de 30/06/2020
Para: Divulgação geral
Tipo de alerta: div
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
01 jul 2020
O teste rápido para deteção de antigénio BIOEASY 2019-Novel Coronavirus (2019-nCoV) Ag GICA Rapid Test, lote 2003N206, do fabricante Shenzhen Bioeasy Biotechnology Co. Ltd, apresentou um valor de sensibilidade inferior ao reinvindicado, pelo que a sua produção foi interrompida no final de março.
Após análise do problema, o fabricante confirmou que os lotes 2003N206 e 2003N205 do teste BIOEASY 2019-Novel Coronavirus (2019-nCoV) Ag GICA Rapid Test, referências YRLG 22201025, YRLG 22201050 e YRLG 22201100, apresentavam baixa sensibilidade quando comparados com o método de referência rRT-PCR e, consequentemente, originaram resultados falsos negativos. Por esta razão, o fabricante descontinuou a sua comercialização na Europa e retirou a marcação CE do teste em causa. Este teste não foi comercializado em Portugal.
Destaca-se que um resultado negativo, num teste rápido para deteção de antigénio, não deve ser usado como único critério de diagnóstico, devendo ser enquadrado na condição clínica do doente e ser confirmado pelo método de referência.
Importa salientar que, atualmente, a informação sobre o desempenho clínico dos testes rápidos é limitada. Assim, antes de introduzir os testes rápidos para a deteção qualitativa de antigénios SARS-CoV-2 como teste de diagnóstico autónomo, deve ser realizada a validação clínica do seu desempenho por comparação com o teste de referência de rRT- PCR num número suficientemente grande de indivíduos da população-alvo, tal como é recomendado pelo ECDC.
Para obtenção de informações adicionais sobre estes testes, recomenda-se a leitura da Orientação da DGS relativa ao Diagnóstico Laboratorial da COVID-19 e da circular informativa conjunta relativa aosTestes Laboratoriais para SARS-CoV-2; Testes Rápidos.
Quaisquer incidentes ou outros problemas relacionados com estes dispositivos médicos devem ser notificados à Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 217 987 145; fax: +351 217 987 316; e-mail: dvps@infarmed.pt.
O Vice-Presidente do Conselho Diretivo
Covid-19 | Resposta em rede
Pressão sobre hospitais de Lisboa acomodada pela resposta em rede do SNS
A maior pressão verificada nos últimos dias nas unidades hospitalares da grande Lisboa tem sido “acomodada pela resposta em rede” do Serviço Nacional de Saúde, considerou a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, na conferência de imprensa de atualização dos dados relativos à pandemia de covid-19.
“Mas para mantermos bons níveis de resposta precisamos que ninguém, em nenhum momento, baixe a guarda e que todos cumpram as regras sanitárias que têm sido divulgadas desde o primeiro dia, sobretudo privilegiar o distanciamento social, desinfeção frequente das mãos e continuar a usar máscara sempre que possível”, alertou.
Jamila Madeira defendeu que o governo tem procurado encontrar “as melhores respostas” para os problemas que vão surgindo e agilizá-las “tão rápido quanto possível” no terreno.
A secretária de Estado salientou que o centro de contacto SNS 24 enfrentou “um desafio gigante” num curto período, “respondendo plenamente ao papel de primeira triagem e respetivo encaminhamento” dos doentes.
Jamila Madeira sublinhou, ainda, que as dificuldades e os desafios continuarão a surgir todos os dias, “a todas as horas”, até que seja apresentada uma vacina e um tratamento eficaz para a covid-19, uma doença que diariamente revela “mais uma das suas vertentes”.
Combate à Covid 19
Resposta do Serviço Nacional de Saúde foi um dos aspetos mais positivos
A Ministra da Saúde, Marta Temido, defendeu hoje que a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos seus profissionais foi um dos aspetos positivos do combate à Covid 19.
Falando numa audição regimental na Assembleia da República, a governante destacou ainda a alocação de meios financeiros que permitiu a aquisição de 60 milhões de máscaras cirúrgicas, 12 milhões de máscaras face filtering piece e de 15 milhões de luvas, além da contratação de mais de 3.500 trabalhadores.
Marta Temido salientou também a constituição de uma reserva estratégica nacional, a decisão do reforço dos stocks hospitalares em 20% e o regime excecional e temporário para a conceção, fabrico, importação, comercialização e utilização de dispositivos médicos para uso humano e de equipamentos de proteção individual.
Marta Temido admitiu que houve aspetos que correram menos bem como “as dificuldades na supressão da doença em determinadas áreas geográficas, caraterizadas pela elevada densidade populacional, mas também por um conjunto de determinantes sociais com impacto conhecido na transmissão de doenças infeto-contagiosas”.
Reconhecimento trabalhadores do SNS
Aprovado prémio a profissionais do SNS no combate à Covid-19
Foi aprovada por unanimidade, esta quarta-feira, dia 1 de julho, a proposta que atribui um prémio de desempenho equivalente a 50% da remuneração aos trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) envolvidos no combate à Covid-19 e majoração das férias.
«Durante o ano de 2020, o Governo atribui a todos os profissionais do SNS que, na vigência do estado de emergência e suas renovações, exercessem funções em regime de trabalho subordinado no SNS e tenham praticado, nesse período, de forma continuada e relevante, atos diretamente relacionados com a pessoa de suspeitos e de doentes infetados por Covid-19, um prémio de desempenho, pago uma única vez, correspondente ao valor equivalente a 50% da remuneração base mensal do trabalhador ao qual seja atribuído», determina a proposta
De acordo com o texto da proposta do Partido Social Democrata (PSD), os profissionais de saúde em funções que, durante o estado de emergência tenham praticado «de forma continuada e relevante atos diretamente relacionados com pessoa suspeita e doentes infetados com Covid-19, têm ainda uma majoração de dias de férias em função do trabalho prestado.
Ambas as propostas foram aprovadas sem votos contra ou abstenções, durante a discussão e votação na especialidade do Orçamento do Estado Suplementar.
Assim, estes trabalhadores terão «um dia de férias por cada período de 80 horas de trabalho normal efetivamente prestadas no período em que se verificou a situação de calamidade pública que fundamentou a declaração do estado de emergência».
A medida contempla ainda «um dia de férias por cada período de 48 horas de trabalho suplementar efetivamente prestadas no período em que se verificou a situação de calamidade pública que fundamentou a declaração do estado de emergência».
Tanto as férias como o prémio de desempenho aos trabalhadores do SNS envolvidos no combate à doença Covid-19 serão regulamentados por diploma próprio do Governo, no prazo de 30 dias, após a aprovação do Orçamento do Estado Suplementar.
Salvar o SNS
Ministra realça que a pandemia permitiu repensar serviço prestado aos utentes
A pandemia por Covid-19 mostrou a importância de repensar a forma de organização do trabalho e a capacidade de promover a eficiência considerou a Ministra da Saúde na sessão de encerramento da conferência de apresentação do manifesto «Salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) – Estamos do lado da solução».
Marta Temido sublinhou que os métodos e organização do trabalho, bem como a capacidade de ser mais eficiente, são fundamentais para melhorar o SNS.
Não ignorando a existência de constrangimentos, tais como os sistemas de informação e alguma burocracia, a Ministra afirmou que «não vamos conseguir nem responder melhor aos utentes nem pagar melhor aos profissionais de saúde enquanto não conseguirmos ser mais eficientes na forma como nos organizamos».
Para Marta Temido, esta pandemia mostrou que recursos como as consultas presenciais podem, muitas vezes, ser substituídos por consultas à distância, e que as instituições de saúde não podem ignorar os problemas do sector da habitação e dos transportes.
A pandemia mostrou, ainda, que «se não trabalharmos em sistemas de locais de saúde com as autarquias e sociedade civil não vamos servir os nossos utentes» e que este momento de crise abriu uma oportunidade para «refetir melhor sobre efetivamente o que é o serviço aos nossos utentes».
O manifesto «Salvar o SNS – Estamos do lado da solução», apresentado dia 30 de junho no auditório do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, foi elaborado por um grupo de cidadãos, maioritariamente profissionais de saúde, que avaliam positivamente a resposta pública à Covid-19, mas preocupados com a situação do SNS e empenhados em contribuir para encontrar soluções.
Covid-19 | Equipas conjuntas no terreno
Equipas já estão no terreno nas freguesias mais afetadas da região LVT
As equipas conjuntas constituídas por entidades de saúde, segurança social, autarquias, proteção civil, parceiros da comunidade e forças de segurança já estão no terreno com a missão de ajudar a executar no terreno as medidas previstas pelo Governo para conter o número de novas infeções na região de Lisboa e Vale do Tejo, revelou ontem, dia 30 de junho, a Vice-Presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT), Luísa Silveira.
«Neste momento, os inquéritos epidemiológicos estão a ser feitos já sem atraso, tendo havido reforço do grupo de médicos, enfermeiros e técnicos das unidades de cuidados de saúde primários e também dos hospitais que estão a colaborar nesta tarefa de garantir que os inquéritos não têm atrasos e de constituir equipas que vão atuar em conjunto com as diversas entidades nestes territórios», disse.
A responsável realçou que a preocupação nesta região, com 3,7 milhões de pessoas, é sobretudo nas 19 freguesias que esta quarta-feira, dia 1 de julho, começam um novo período de situação de calamidade.
Grande diversidade cultural e social da população destas freguesias
«Estas equipas são equipas conjuntas, já estão definidas e, nomeadamente em Loures e Odivelas, já estão a atuar há alguns dias. Já estão no terreno, mas também pensamos que nos próximos dias – isto é dinâmico – já vamos ter ainda mais equipas do que tivemos hoje», afirmou.
«Todos nós temos de ter consciência de que estas ações não resultam no dia imediato. São ações que têm de se esperar alguns dias para verificar se temos um decréscimo sustentado do número de casos», acrescentou.
Desde logo, o objetivo da saúde é, «primeiro, fazer mais rápido os inquéritos epidemiológicos».
Luísa Silveira destacou que as equipas têm de ter em conta a grande diversidade cultural e social da população destas freguesias assim como a elevada concentração de pessoas.
«Aqui, nesta grande área, temos pessoas com mais de 100 nacionalidades diferentes e é preciso também ter atenção aquilo que é a diversidade cultural e até a capacidade que estas pessoas têm de entender no sentido da língua», explicou, salientando o papel das autarquias a arranjar intérpretes e mediadores para comunicar com todas as comunidades.
«Fazemos […] mais de 2.700 a 2.800 testes por dia»
A ARS LVT reforçou o grupo de profissionais que estão a colaborar na realização dos inquéritos, «especialmente nestes agrupamentos de centros de saúde (ACES) que apoiam as unidades destas áreas», onde «o nível de testes, neste momento, não tem grandes oscilações», disse.
«Fazemos nos nossos ACES e nos hospitais mais de 2.700 a 2.800 testes por dia», salientou a Vice-Presidente da ARS LVT, acrescentando que este número inclui os testes para detetar novos infetados e também os testes para determinar se o doente com Covid-19 está negativo.
A região de LVT tem cerca de 3,7 milhões de habitantes numa área muito vasta, que abrange os distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém e parte do de Leiria.
Dezanove freguesias dos concelhos de Lisboa, Sintra, Amadora, Odivelas e Loures, com maior incidência de novos casos de Covid-19, entram na quarta-feira numa situação de calamidade, com regras mais restritivas, em sentido contrário à generalidade do país.
Estão neste grupo a freguesia de Santa Clara (Lisboa), seis freguesias de Sintra (uniões de freguesias de Queluz e Belas, Massamá e Monte Abraão, Cacém e São Marcos, Agualva e Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins e a freguesia de Rio de Mouro) e duas freguesias de Loures (uniões de freguesias de Sacavém e Prior Velho, e de Camarate, Unhos e Apelação).
No caso dos concelhos de Odivelas e da Amadora, são abrangidas por estas medidas mais restritivas todas as freguesias destes municípios: em Odivelas são quatro (Odivelas e as uniões de freguesias de Pontinha e Famões, Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, e Ramada e Caneças) e na Amadora seis (Alfragide, Águas Livres, Encosta do Sol, Mina de Água, Venteira e União de freguesias de Falagueira e Venda Nova).
Visite:
ARS LVT – http://www.arslvt.min-saude.pt
Covid-19 | Atividade assistencial
CHTMAD adapta procedimentos para retomar produção assistencial
Após um período em que a atividade clínica esteve limitada ao que era prioritário, seguindo as orientações emanadas pela Direção Geral da Saúde, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) tem vindo a retomar a sua produção assistencial de forma progressiva.
Desde maio, o CHTMAD assegurou 42.260 consultas, 11.330 realizadas na modalidade não presencial, evitando deste modo a deslocação dos utentes às unidades hospitalares. Em Hospital de Dia foram realizadas cerca de 8.225 sessões, 1.262 cirurgias, das quais 439 efetuadas em regime de ambulatório e 610.966 atos realizados pelos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.
No que diz respeito à atividade de ambulatório, o agendamento tem vindo a ser feito para retomar gradualmente a normalidade e recuperar as listas de espera de forma progressiva e, sempre que possível, privilegiando a modalidade da teleconsulta em detrimento da consulta presencial.
Nesta retoma, houve necessidade de adaptar os horários das consultas, tendo sido revistos os tempos definidos para primeiras consultas e para consultas subsequentes. Nas salas de espera, houve a supressão de alguns lugares sentados de forma a garantir uma distância de segurança entre utentes e, a par disso, foi reforçado o número de bancos no exterior dos edifícios, permitindo assim evitar o excesso de pessoas do interior das unidades hospitalares.
Relativamente à atividade cirúrgica, o CHTMAD está a programar as cirurgias de forma a, gradualmente, retomar a normalidade. Importa referir que estão em curso programas de produção cirúrgica, que prevêem tempos cirúrgicos adicionais, tendo como objetivo a recuperação de listas de espera, designadamente nas especialidades de Cirurgia Geral, Ortopedia, Oftalmologia e Urologia.
De forma a garantir a segurança e proteção de utentes e profissionais, mantêm-se os circuitos próprios para doentes Covid 19, bem como a realização de inquéritos epidemiológicos, medição de temperatura corporal, desinfeção das mãos e utilização generalizada de máscara à entrada do utente nas instalações hospitalares.
Para saber mais, consulte:
CHTMAD – http://www.chtmad.min-saude.pt/