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Covid-19 Novo Coronavírus SARS-CoV-2 02/07/2020: Relatório de Situação DGS, Notícias

Relatório de Situação nº 122 | 02/07/2020

Relatório de Situação nº 122 | 02/07/2020 – DGS

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação

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Comunicado de Imprensa – Utilização de medicamentos para COVID-19 – remdesivir – Infarmed

01 jul 2020

Consulte, em anexo, o comunicado de imprensa sobre a utilização do medicamento remdisivir, estado atual de colocação no mercado e disponibilidade.


Covid-19 | Remdesivir

02/07/2020

Portugal com stock e acesso imediato ao medicamento, assegura Infarmed

«Podemos informar que existe stock disponível do medicamento Remdesivir, de acordo com as alocações que têm vindo a ser feitas ao nosso país, constituindo uma primeira reserva que garante o acesso imediato ao medicamento», destaca o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, na quarta-feira, dia 1 de julho, em comunicado

O Infarmed revela ainda que, após contacto com o laboratório titular do medicamento remdesivir, este confirmou que «antecipa que não venha a existir qualquer constrangimento no acesso ao tratamento por parte dos doentes portugueses, tendo a garantia de acompanhamento conjunto da situação».

Autoridade Nacional do Medicamento explica que o Remdesivir obteve um parecer positivo do Comité de Medicamentos de Uso Humano, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), «cuja autorização deverá ser concedida em breve pela Comissão Europeia».

O parecer emitido tem a indicação terapêutica para o tratamento da Covid-19 em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos com pneumonia e que requerem oxigénio suplementar, acrescenta.

«Esta autorização será condicional por ainda se aguardarem resultados confirmatórios», sublinha o Infarmed.

O Infarmed realça que este medicamento «esteve sempre disponível em Portugal, mesmo antes de ter a referida autorização condicional, através de pedidos de Autorização de Utilização Excecional, assim os médicos assistentes o entendessem».

E garante que «todos os pedidos de acesso ao medicamento pelos hospitais nacionais foram concedidos».

A Comissão Europeia está, por sua vez, a negociar com a empresa produtora a compra e reserva do medicamento remdesivir.

Comissão Europeia em negociações para reservar doses de Remdesivir

«A comissária Kyriakides (Stella Kyriakides, da área da Saúde e Segurança dos Alimentos) tem estado em múltiplas conversações com o produtor, Gilead, incluindo em relação à sua capacidade de produção.

A Comissão está atualmente também em negociações com a Gilead para reservar doses de Remdesivir. Dada a confidencialidade destas conversações, não podemos partilhar mais detalhes neste momento», disse à Lusa Stefan de Keersmaecker, porta-voz da Comissão Europeia, responsável pelo tema de saúde pública.

A informação surge a propósito do anúncio dos Estados Unidos de que compraram à empresa Gilead Sciences praticamente toda a reserva para três meses do medicamento remdesivir, o primeiro aprovado no país no tratamento de Covid-19.

Em comunicado o departamento de saúde norte-americano disse que «assegurou mais de 500 mil ciclos de tratamento do medicamento para hospitais americanos até setembro», o que equivale a «100% da produção prevista da Gilead para julho (94.200 ciclos), 90% da produção em agosto (174.900 ciclos) e 90% da produção em setembro (232.800 ciclos), além de uma verba para ensaios clínicos».

Visite:

Infarmed – https://www.infarmed.pt/


Covid-19| Ação conjunta em Lisboa

02/07/2020

Mais de 600 pessoas contactadas por equipas multidisciplinares

As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à COVID-19 em cinco concelhos da área Metropolitana de Lisboa contactaram num só dia, 30 de junho, mais de 602 pessoas, revelou a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo em comunicado.

Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm sensibilizado a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, por exemplo.

Esta é uma das medidas anunciadas pelo Primeiro-Ministro a 25 de junho prontamente implementada pelo Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo. Cinco dias depois, a 30 de junho, eram já 15 as equipas multidisciplinares constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde da Amadora, Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas e Sintra. Na mesma data, os elementos destas equipas realizaram visitas a famílias e pessoas que residem sozinhas, além de várias ações de rua.

Além de contactar pessoas identificadas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da COVID –, e estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais.


Covid-19 | Impacto nos profissionais

02/07/2020

CHUC realça baixa taxa de incidência nos profissionais em atividade

O Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) divulga a análise ao impacto da Covi-19 nos seus profissionais, destacando que, para a gestão do absentismo, relacionado com os casos da doença e o encerramento de escolas, «foi necessário mobilizar 310 enfermeiros e 154 assistentes operacionais. Estes enfermeiros foram submetidos a 682 movimentos e os assistentes operacionais a 352».

Foram admitidos, no período de 15 de março a 1 de junho, 58 enfermeiros e 54 assistentes operacionais, revela o centro hospitalar em comunicado.

Dos dados apurados, no âmbito do projeto sobre o «impacto da Covid-19 nos profissionais de Saúde do CHUC, implicações na gestão dos recursos humanos, na saúde e nas vivências pessoais», o centro hospitalar realça «as baixas taxas de incidência, tendo em conta um grupo de 6.393 profissionais em atividade».

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Na análise da evolução da incidência ao longo do tempo, o CHUC revela que «constata-se que tanto os enfermeiros (grupo mais exposto), como os restantes profissionais, se infetaram quase exclusivamente nos meses de março e abril, quando a política de prevenção ainda não estava devidamente estabelecida e depois devido a situações inesperadas, sendo que as infeções não ocorreram nos serviços dedicados à Covid».

Objetivos e temáticas

Segundo o centro hospitalar e universitário, um dos objetivos deste estudo é, também, conhecer as vivências dos profissionais que estiveram a trabalhar em serviços dedicados à Covid ou que foram, eles próprios, infetados.

«Da análise feita até ao momento, com 20 entrevistados, foi possível identificar cinco grandes temáticas», que se transcrevem:

  • Nível organizacional – a importância do tempo para organizar os processos e as rotinas, para treinar procedimentos, integrar novos elementos, tendo sido identificada a experiência com doenças infeciosas como um fator chave;
  • A liderança – destaque para a importância do envolvimento dos colaboradores nos processos de decisão, na preparação e contínua adaptação dos serviços, bem como a proximidade e confiança;
  • O trabalho em equipa – os tempos de dificuldade promoveram mais união entre os diferentes intervenientes e uma maior necessidade dos profissionais se cuidarem mutuamente, nomeadamente na ajuda da gestão das emoções (stress, irritabilidade, ansiedade, choro), culminando numa maior valorização do trabalho em equipa, como uma forma muito mais efetiva de trabalho para todos;
  • As vivências na prestação de cuidados – muitas aprendizagens decorreram desta vivência desafiante, sobretudo em termos de comunicação com o doente e familiares (combater a solidão e ausência), à gestão da sobrecarga física e psicológica de prestar cuidados em condições extenuantes e extremamente difíceis, tanto sob o ponto de vista técnico como humano;
  • As vivências pessoais – «não menos importante nesta análise, são as experiências que marcaram indelevelmente a vida dos profissionais que se sacrificaram pessoal e familiarmente», trabalhando inclusive medicados para controlar febre e dores, ausentando-se das suas famílias por meses. As repercussões ficaram, notam-se ainda hoje, nomeadamente por situações de depressão, ou influência nas relações conjugais. Mas, apesar de todas estas dificuldades, os profissionais expressaram confiança e otimismo para o futuro e um elevado sentido de ética profissional.

Webinar – Vivências e aprendizagens em tempos de Covid

O projeto de investigação transdisciplinar «impacto da Covid-19 nos profissionais de Saúde do CHUC, implicações na gestão dos recursos humanos, na saúde e nas vivências pessoais» foi iniciado pelo Núcleo de Investigação em Enfermagem do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, sob a coordenação de António Marques, em conjunto com os Serviços de Psiquiatria, Psicologia, Saúde Ocupacional e a Unidade de Investigação em Ciências da Saúde / Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

«Na linha de análise sobre as vivências e aprendizagens em tempos de Covid, a Fundação Index de Espanha, através do seu Coordenador, convidou António Marques, Coordenador do Núcleo de Investigação em Enfermagem do CHUC, para a realização de um vídeo e participação em webinar», que vai ter lugar hoje,  dia 2 de julho, pelas 16h45 –  «Nesta síntese que se apresenta no vídeo, colaboraram também os enfermeiros Ricardo Ferreira e Andrea Marques, membros do Núcleo de Investigação em Enfermagem», revela ainda o CHUC, em comunicado.

Para saber mais, consulte:


Covid-19 | Promoção da Saúde

02/07/2020

Governo atribui 10 milhões para o Programa Bairros Saudáveis

Helena Roseta vai coordenar o Programa Bairros Saudáveis, que entrou em vigor hoje, dia 2 de julho, e que tem como objetivo dinamizar parcerias e intervenções locais de promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades territoriais.

O programa, que terá uma duração de 12 a 18 meses, visa o apoio a projetos apresentados por associações, coletividades, organizações não governamentais, movimentos cívicos e organizações de moradores, em colaboração com as autarquias e as autoridades de saúde.

Com uma dotação orçamental de 10 milhões de euros, o programa vai apoiar projetos que se insiram nas seguintes tipologias: ações ou intervenções pontuais (apoio até 5.000€); serviços à comunidade (apoio até 25.000€); e pequenos investimentos e ações integradas (apoio até 50.000€).

O programa dirige-se a comunidades residentes em bairros ou territórios que reúnam pelo menos três das seguintes caraterísticas: condições de habitabilidade deficientes ou precárias; prevalência de moradores com rendimentos baixos ou muito baixos; jovens em idade escolar a não frequentar a escola ou sem condições para aceder ao ensino a distância; idosos em situação de isolamento ou abandono, com rendimentos insuficientes; pessoas de risco em caso de Covid-19; pessoas com constrangimentos de acesso a cuidados de saúde; taxa de cobertura vacinal do Programa Nacional de Vacinação inferior a 95 %.

A coordenadora deste programa é a arquiteta Helena Roseta, que detém um percurso profissional e político nas áreas da habitação, urbanismo, gestão autárquica, sustentabilidade urbana, igualdade de género e cidadania.

Exerceu os cargos de Presidente da Câmara Municipal de Cascais e da Ordem dos Arquitetos, e foi ainda vereadora da habitação em Lisboa, tendo dirigido o primeiro Programa Local de Habitação em Portugal e lançado o programa municipal BIP-ZIP, premiado pelo Observatório Internacional da Democracia Participativa.

Para saber mais, consulte:

Resolução do Conselho de Ministros n.º 52-A/2020 – Diário da República n.º 126/2020, 1º Suplemento, Série I de 2020-07-01
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
Cria o Programa Bairros Saudáveis

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