Relatório de Situação nº 126 | 06/07/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Covid-19 | Lisboa e Vale do Tejo
Região regista estabilidade nos últimos dias
Os casos de Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo registam “uma estabilidade até com uma ligeira tendência decrescente” nos “últimos dias”, afirmou hoje, dia 6 de julho, o Secretário de Estado da Saúde, na conferência de imprensa sobre a pandemia em Portugal.
António Lacerda Sales sublinhou que “isso é sempre um sinal de esperança”, mas também “um sinal de grande cautela e de estarmos em alerta relativamente a esta matéria. Estamos numa fase de planaltos sucessivos e isso é para nós um motivo de grande preocupação”.
O objetivo é que não exista “nenhuma zona do país em situação diferenciada” e que os diferentes níveis se “eliminem progressivamente” para se caminhar “para um controlo o mais uniforme possível”, explicou o Secretário de Estado.
Desde o dia 1 de julho que Portugal continental está dividido em três níveis de alerta, com medidas diferenciadas, para combater a pandemia de Covid-19: a maior parte do país para situação de alerta, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) está em situação de contingência (nível intermédio) e 19 freguesias de cinco municípios da AML mantêm o estado de calamidade.
Neste contexto, António Lacerda Sales salientou que quando acontece “algo que não esteja previsto” no país serão tomadas as medidas “adequadas e proporcionais”.
De acordo com o boletim epidemiológico diário divulgado pela Direção-Geral da Saúde, Lisboa e Vale do Tejo, com um total de 20.722 infetados, permanece como a região onde se regista o maior número de novos casos, com mais 195 nas últimas 24 horas.
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Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 06/07/2020
Covid-19 | Dados são fiáveis
Informação dos boletins diários está «o mais perto possível da realidade»
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, garantiu esta quarta-feira que os dados sobre o número de casos de Covid-19 em Portugal são fiáveis, observando que a informação dos boletins diários está «o mais perto possível da realidade».
«O nível de casos reportado a nível nacional é o número do qual temos conhecimento», assegurou hoje, dia 6 de julho, a responsável na conferência de imprensa regular sobre a pandemia em Portugal.
Acompanhada pelo Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e pelo Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Fernando Almeida, a Diretora-Geral da Saúde frisou que o número total de casos confirmados fornecidos diariamente ao país «é fiável» e que nos últimos meses melhorou na forma como «é extraído compilado e rapidamente transmitido a todos os portugueses e a nível internacional». Os «afinamentos a fazer» não são em relação ao número total de casos, mas em relação aos concelhos, assegurou a responsável.
Graça Freitas afirmou também que «a vigilância epidemiológica em Portugal nunca foi tão escrutinada», tendo sido captados até à data quase 400 mil pessoas suspeitas, «o que gera um volume de milhões de informações».
«o sistema é complexo» e tem vindo «a ser afinado».
«Portugal há mais de 125 dias que reporta ininterruptamente o total de casos confirmados no país. Muitos países não reportam com esta regularidade. Temos de estar orgulhosos do caminho que fomos fazendo para fornecer aos decisores e aos portugueses um exercício de transparência e informar o mais perto possível da realidade», precisou.
A Diretora-Geral da Saúde sublinhou que «o sistema é complexo» e tem vindo «a ser afinado».
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Covid-19 | Estudos serológicos
INSA vai realizar três novos estudos sobre imunidade
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) vai realizar três novos estudos sobre imunidade à Covid-19, dedicados a pessoas infetadas com o novo coronavírus, profissionais de saúde e mães e recém-nascidos.
De acordo com o Presidente do INSA, Fernando Almeida, durante a habitual conferência de imprensa sobre a pandemia em Portugal, os novos estudos vão partir dos resultados preliminares no primeiro inquérito serológico que deverão ser conhecidos ainda em julho.
Segundo Fernando Almeida, o objetivo do INSA, passa por perceber o nível de anticorpos e o nível de imunização decorrentes da doença, e no caso das grávidas e recém-nascidos para perceber em que medida, por exemplo, uma mãe que teve Covid-19 pode transmitir anticorpos ao bebé.
“Vamos fazer uma determinação que não tem a ver só com os anticorpos totais, mas também com aquilo a que chamamos imunoglobinas, para de um modo mais fino percebermos o tipo de imunização e o tipo de anticorpos que a população portuguesa eventualmente poderá ter, nomeadamente no que se refere à proporção dos positivos”, esclareceu Fernando Almeida.
Segundo Fernando Almeida, a amostragem inicialmente prevista de 2.072 participantes foi ultrapassada, afirmando que é possível que ainda recebam mais análises ao longo da semana.
“Esperamos perceber concretamente a proporção de casos de pessoas com algum nível ou com um nível elevado de anticorpos”, referiu Fernando Almeida, explicando que os testes utilizados nesta altura do inquérito permitem apenas identificar a presença de anticorpos.
A partir da segunda quinzena de julho serão apresentados os relatórios preliminares do estudo atual sobre anticorpos, que primeiro ainda será testado e mostrado a uma comissão de acompanhamento destes inquéritos.
Na conferência de imprensa diária, o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, destacou a importância do trabalho do INSA, afirmando que os resultados dos inquéritos serológicos vão permitir preparar da melhor forma a resposta à Covid-19 no futuro.
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Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de imprensa 07/07/2020
Alto Minho | Retoma atividade
ULS está a reagendar a atividade assistencial programada pendente
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Minho já realizou 38.100 consultas, entre o início de maio e o fim de junho, com a retoma gradual da atividade assistencial.
A ULS, que retomou a atividade hospitalar da consulta externa, análises clínicas e radiologia em 7 de maio e a atividade cirúrgica em 15 de junho, destaca em comunicado divulgado que:
- No período da pandemia foram desmarcadas 5.700 consultas, no entanto já foram realizadas/marcadas 3.400 consultas.
- Não se realizaram, por força da pandemia, 2.051 cirurgias, contudo, nesse período, foram realizadas todas as cirurgias urgentes e oncológicas, num total de 443 cirurgias.
A Unidade Local de Saúde informa que está «atualmente a reagendar a atividade assistencial programada pendente, de forma gradual e dinâmica, de modo a assegurar o cumprimento rigoroso das normas e orientações da Direção-Geral da Saúde em termos de segurança para utentes e profissionais de saúde, e sem descurar a salvaguarda da prontidão de resposta necessária a um eventual aumento da incidência da por força da pandemia Covid-19».
A ULS está a realizar programas de recuperação cirúrgicos no sentido de efetuar as cirurgias não realizadas, «e estamos a prever que até ao final do ano, caso a situação epidemiológica do país o permita, recuperar todas as cirurgias».
Medidas adotadas pela ULS do Alto Minho:
- Garantir a continuidade da realização da atividade assistencial com recurso a meios não presenciais, utilizando teleconsulta, telemonitorização e teleconsultadoria;
- Garantir atividade presencial nos casos que tal seja clinicamente aconselhável;
- Programar agendamentos de consulta/ intervenções por hora marcada, garantindo que os utentes permanecem nos serviços de saúde apenas durante o período estritamente necessário;
- Promover a realização de atividade de consulta hospitalar, de forma descentralizada, nos cuidados de saúde primários, nomeadamente através de teleconsultadoria.
Para saber mais, consulte:
ULS Alto Minho – http://www.ulsam.min-saude.pt/