O número de órgãos transplantados atingiu os 878 em 2019, mais 49 (5,9%) face ao ano anterior, tendo o transplante pulmonar registado o maior aumento de sempre, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Português do Sangue Transplantação (IPST).
“Os resultados da atividade nacional de doação e transplantação de órgãos em 2019 foram globalmente positivos, seguindo a tendência crescente dos últimos cinco anos”, refere o IPST em comunicado.
“A doação de órgãos (total de 430 dadores) manteve a sua tendência ascendente, com uma subida de 3,4%”, adiantam os dados da Coordenação Nacional da Transplantação, adiantando que as causas de morte, no dador falecido, foram em 80% dos casos por doença médica e destas, 82% por acidente vascular cerebral.
O IPST observa que, em 2019, se atingiu um novo limite com o dador mais idoso, com 90 anos, que foi dador de fígado e o órgão foi transplantado com sucesso.
Em relação às oscilações do transplante em 2019 comparativamente ao ano de 2018, o instituto refere que “o transplante cardíaco manteve-se em curva descendente (12,1%) devendo-se em parte ao envelhecimento populacional”.
Já o transplante pulmonar registou, no ano passado, um aumento de 40%, atingindo o maior número de pulmões transplantados até hoje: 70 órgãos em 39 doentes.
O IPST salienta ainda o impacto dos primeiros meses de pandemia por SARS-CoV-2 na atividade de doação e transplantação de órgãos em Portugal, considerando o período compreendido entre março e junho de 2020 comparativamente ao período homólogo de 2019.