06/08/2020
O Hospital do Espírito Santo de Évora realizou a primeira implantação de uma válvula aórtica através da técnica minimamente invasiva, a um doente de alto risco com cirurgia coronária prévia, com dois bypass de mamária permeáveis, que inviabilizavam uma reoperação de estenose aórtica e que teve alta ao fim de 24 horas.
De acordo com Lino Patrício, que liderou a equipa multidisciplinar «O hospital executou um plano específico a vários níveis para assegurar condições similares às de outros centros nacionais, com cardiologia de intervenção, cirurgia cardíaca, anestesista, imagiologia, enfermagem e técnicos treinados. Dispusemos de equipamentos de assistência circulatória em caso de emergência, o que raramente acontece, mas é indispensável pois, apesar de ser já uma rotina em muitos locais, trata-se de um procedimento altamente diferenciado por cateterismo».
O Coordenador do Centro de Respostas Integradas Cérebro-Cardiovascular acrescentou «esperamos assim desenvolver uma resposta multidisciplinar em parceria para que os doentes que necessitam de tratar a estenose aórtica possam, doravante, ser avaliados e tratados em proximidade».
A técnica minimamente invasiva para implante de uma válvula aórtica foi introduzida em Portugal há 12 anos e constitui, para muitos doentes, a única opção, possibilitando uma rápida recuperação dos doentes.
Estenose aórtica
A estenose aórtica é uma doença que afeta cerca de 32 mil portugueses, sobretudo acima dos 70 anos, limitando as suas capacidades e qualidade de vida.
Se não for detetada atempadamente, esta doença pode ter um desfecho fatal, uma vez que a válvula aórtica vai tornar-se cada vez mais estreita, impedido o fluxo sanguíneo para fora do coração.
Os sintomas são cansaço, dor no peito e desmaios.
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