Relatório de Situação nº 226 | 14/10/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
DGS: Norma nº 004/2020 de 23/03/2020 atualizada a 14/10/2020
COVID-19: FASE DE MITIGAÇÃO – Abordagem do Doente com Suspeita ou Infeção por SARS-CoV-2
Presidência do Conselho de Ministros
Declara a situação de calamidade, no âmbito da pandemia da doença COVID-19
Presidência do Conselho de Ministros
Define orientações e recomendações relativas à organização do trabalho na Administração Pública no âmbito da pandemia da doença COVID-19
Presidência do Conselho de Ministros
Define orientações e recomendações relativas à organização e funcionamento dos serviços públicos de atendimento aos cidadãos e empresas no âmbito da pandemia da doença COVID-19
Ministra apela a cumprimento de regras para inverter tendência crescente de novos casos
Portugal poderá chegar, nos próximos dias, aos três mil novos casos diários de infeção por Covid-19, anunciou hoje a Ministra da Saúde, Marta Temido, baseando-se numa estimativa feita pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
No dia em que Portugal registou o mais elevado número de novos casos de infeção (2.072), a Ministra da Saúde, Marta Temido, alertou para «uma tendência crescente, que tenderá a agravar-se nos próximos dias», caso não haja uma alteração de comportamentos da população.
Marta Temido salientou que estes números não têm em conta as medidas decididas e anunciadas hoje, dia 14 de outubro, em Conselho de Ministros, como o uso de máscara na via pública ou a redução para cinco pessoas do limite máximo de ajuntamentos. A governante apelou para o cumprimento das regras, caso contrário Portugal irá «enfrentar uma situação de contágio crescente que tenderá a agravar-se nos próximos dias».
A tendência de agravamento tem por base cálculos matemáticos feitos pelo INSA, que apontam para «perto de três mil casos dentro de alguns dias», afirmou a governante durante a conferência de imprensa sobre a evolução epidemiológica da pandemia em Portugal.
A governante sublinhou que a inversão dos modelos matemáticos depende daquilo que sejam as medidas que coletivamente se tomem, pelas organizações, pelo Governo e pela população.
Marta Temido assinalou ainda que a doença está a atingir sobretudo as faixas etárias entre os 20 e os 49 anos.
«Todos aqueles que têm a aspiração de fazer as suas vidas, regressarem à normalidade, é importante terem presente que a doença não desapareceu e que só juntos poderemos enfrentar esta nova fase de crescimento e dar resposta a esta prova muito dura. Depende de todos estarmos à altura», observou.
Para saber mais, consulta:
Facebook do SNS > Covid-19 | Conferência de Imprensa 14/10/2020
Medidas | Estado de calamidade
Governo aprova oito medidas para conter expansão da pandemia
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que o Conselho de Ministros adotou «oito decisões fundamentais» para «prevenir a expansão da pandemia».
Na conferência de imprensa após a reunião de hoje, o Primeiro-Ministro sublinhou a obrigação de evitar sacrificar o que é essencial: «A capacidade do Serviço Nacional de Saúde de responder aos doentes Covid-19 mas também a toda a atividade assistencial não Covid; a necessidade de prosseguir, sem incidentes ou novas interrupções, as atividades letivas em todos os estabelecimentos de ensino; e evitar medidas que agravem a crise económica e social que ameacem o emprego e o rendimento das famílias.
António Costa referiu que em toda a Europa se tem vindo a verificar um agravamento progressivo e consistente da pandemia de Covid-19 desde meados de agosto. «Infelizmente, Portugal não é exceção e podemos classificar evolução como uma evolução grave», disse.
O Primeiro-Ministro reiterou a importância dos comportamentos e responsabilidades individuais na contenção da pandemia, tal como em março e abril de 2020, e enumerou as oito medidas aprovadas na reunião do Conselho de Ministros:
1) «Elevar o nível de alerta de situação de contingência para estado de calamidade em todo o território nacional, podendo o Governo adotar, sempre que necessário, medidas que se justifiquem para conter a pandemia, desde restrições de circulação a outras medidas que concreta e localmente venham a verificar-se justificadas;
2) A partir das 24 h00 de hoje deixará de poder haver ajuntamentos na via pública de mais de cinco pessoas. Esta limitação aplica-se quer a outros espaços de uso público de natureza comercial ou na restauração;
3) Limitar os eventos de natureza familiar (como casamentos, batizados e outros) que sejam marcados a partir de 14 de outubro a um máximo de 50 participantes, sendo que todos terão de cumprir normas de afastamento físico e de proteção individual como o uso de máscara;
4) Proibir nos estabelecimentos de ensino, designadamente nas universidades e nos politécnicos, todos os festejos académicos e atividades de caráter não letivo ou científico, como cerimónias de receção de caloiros e outro tipo de festejos que impliquem ajuntamentos, que têm de ser evitados a todo o custo para não repetir circunstâncias que já se verificaram de contaminação em eventos desta natureza;
5) Determinar às Forças de Segurança e à ASAE o reforço de ações de fiscalização do cumprimento destas regras, quer na via pública quer nos estabelecimentos comerciais e de restauração;
6) Agravar até 10 mil euros as coimas aplicáveis a pessoas coletivas, em especial aos estabelecimentos comerciais e de restauração, que não assegurem o escrupuloso cumprimento das regras em vigor quanto à lotação e ao afastamento que é necessário assegurar dentro destes estabelecimentos;
7) Recomendar vivamente a todos os cidadãos o uso de máscara comunitária na via pública e a utilização da aplicação Stayaway Covid e a comunicação através da aplicação sempre que haja um teste positivo.
8) Apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei, com tramitação de urgência, para impor a obrigatoriedade do uso da máscara na via pública (nos momentos em que há mais pessoas) e da utilização da aplicação Stayaway Covid em contexto escolar, profissional e académico, nas Forças Armadas, nas Forças de Segurança e no conjunto da Administração Pública».
Importância do comportamento individual
António Costa afirmou que o sucesso do combate a esta pandemia está dependente do comportamento individual, que foi decisivo para estancar a evolução em março e abril de 2020, e referiu que as faixas etárias mais jovens têm «uma perceção errada de um alegado menor risco dos efeitos da Covid-19.
«Esse menor risco é ilusório. Primeiro porque a contração do vírus é um risco para o próprio e um enorme risco de transmissão aos outos. O dever é de nos protegermos e de, indiscutivelmente, proteger os outros: quem connosco vive, os nossos pais, os nossos avós, os nossos colegas de trabalho, os amigos, os colegas de escola», acrescentou.
O Primeiro-Ministro disse ainda que a ciência ainda não conhece suficientemente este vírus, «designadamente as sequelas que pode deixar na saúde de cada infetado». «Nesse desconhecimento não podemos desvalorizar o risco futuro para a saúde de cada um de nós», afirmou.
«Vençamos o cansaço pela determinação que temos de ter para ganharmos esta maratona, que é longa e que só terminará quando houver um tratamento eficaz ou uma vacina suficientemente difundida para assegurar a imunização comunitária e motivemo-nos no que tem de ser uma prioridade muito clara: preservar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde, assegurar que as atividades letivas vão prosseguir ao longo do ano letivo sem interrupções ou incidentes, e que não temos de tomar nenhuma medida que agrave a crise económica e social e que tem consequências muito pesadas no emprego e no rendimento das famílias», reiterou.
Para saber mais, consulte:
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Covid-19 | Reforço na ULSAM
Cinco extensões de saúde de Viana do Castelo reabrem na próxima semana
Cinco das dez extensões de saúde do concelho de Viana do Castelo vão reabrir durante a próxima semana e, para as restantes, estão a ser encontradas “soluções estruturais” para retomar o atendimento aos utentes, revelou hoje a autarquia.
“Na próxima semana, temos a previsão de abertura das extensões de saúde de Vila Franca, Chafé, Castelo de Neiva, Geraz do Lima e Lanheses. Foram detetadas outras extensões que não têm condições estruturais para reabrir e estamos a resolver essa situação, nomeadamente em Alvarães, Meadela, Afife, Carreço e Vila Nova de Anha”, afirmou o vereador da Câmara de Viana do Castelo com o pelouro da promoção da saúde, Ricardo Rego.
O responsável, que falava em conferência de imprensa, referiu que “a diretora dos serviços de saúde primários manifestou sempre o carácter estratégico da reabertura das extensões”, nomeadamente por tal permitir evitar “a pressão sobre os três centros de saúde do concelho, situados no centro da cidade, e nas vilas de Barroselas e Darque”.
De acordo com o vereador, a reabertura das extensões de saúde de Alvarães, Meadela, Afife, Carreço e Vila Nova de Anha ocorrerá “forma gradual”.
Ricardo Rego afirmou que a abertura faseada das extensões de saúde resulta de um protocolo estabelecido entre a Câmara e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), com o envolvimento das Juntas.
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas, contando com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.
Fonte: Lusa
Visite:
Unidade de Saúde Local do Alto Minho – http://www.ulsam.min-saude.pt/