16/11/2020
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai receber cerca de 1,3 milhões de euros (M€) do programa H2020 para criar um serviço de reabilitação remota para áreas isoladas.
O projeto insere-se numa candidatura apresentada por um consórcio de 12 instituições, liderado pelo Instituto Aragones de Ciencias de la Salud, ao programa H2020 H2020-SC1-DTH-2020-1, com o projeto ROSIA – Remote Rehabilitation Service for Isolated Areas (Serviço de reabilitação remota para áreas isoladas).
A candidatura foi aprovada com o financiamento total de €4,968,784.59, sendo que o CHUC recebe um financiamento de €1,297,001.25 para despesas de compra pública de inovação, recursos humanos e outros custos relacionados com o projeto.
De acordo com comunicado do CHUC, «trata-se de um modelo de reabilitação no domicílio, desenhado a partir de um modelo de cuidados integrados com base em medidas que otimizam a qualidade e a utilização de recursos clínicos».
Este modelo de cuidados, que «necessita de um forte envolvimento da comunidade, é diversificado na utilização de tecnologia e implica soluções disruptivas em casa, intervenções orientadas a dados e uma plataforma aberta para soluções de terceiros que integra comunicação oportuna e eficaz».
O documento refere ainda que «o investimento em reabilitação é insuficiente e o envelhecimento da população aumenta a sua necessidade. Com este projeto pretende-se criar um modelo de cuidados de saúde organizado em torno da autogestão e autocuidado».
O projeto «planeia desbloquear o mercado atual para buscar soluções disruptivas para a reabilitação domiciliária através do desenvolvimento do Ecossistema de Inovação ROSIA, para possibilitar aos clínicos a prescrição de soluções certificadas e facilitar às Pequenas e Médias Empresas e pesquisadores o acesso ao sistema de saúde».
«Em algumas regiões europeias, onde se inclui Portugal, as áreas geográficas remotas enfrentam grandes índices de despovoamento, o que aumenta, por sua vez, a necessidade de cuidados relacionados à idade, onde se inclui a reabilitação», salienta o comunicado, acrescentando que «os recursos mantêm-se limitados e os inconvenientes da viagem tornam o tratamento penoso e muitas vezes até inviável».
O ROSIA inclui parceiros especializados em áreas como: cuidados integrados, gestão de dados e plataformas abertas, saúde baseada em valor, experiência do doente, compra pública para a inovação, coordenação e disseminação.
Para saber mais, consulte:
CHUC – http://www.chuc.min-saude.pt