Relatório de Situação nº 268 | 25/11/2020 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
COVID-19 – Foram atualizadas as FAQ 5.9 e 5.10 do conjunto de FAQ disponíveis no mini site dedicado.
ULSAM | Departamento Medicina Crítica
Hospital de Viana do Castelo aumenta para 35 as camas em medicina crítica
O Hospital Santa Luzia de Viana do Castelo, integrado na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) aumentou, em quatro meses, o número de camas nos cuidados intensivos de oito para 35, apresentado uma taxa de ocupação entre os 80 a 90%, revelou esta quarta-feira o Diretor de Medicina Crítica, José Caldeiro.
«Desde a primeira vaga da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Departamento de Medicina Crítica e toda a instituição têm feito um trabalho de casa notável. Conseguimos aumentar uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) que tinha oito camas, e profissionais preparados para este número, para as 35 camas atuais», afirmou o responsável à agência Lusa.
O Diretor do Departamento de Medicina Crítica do Hospital Santa Luzia de Viana do Castelo explicou que aquela capacidade foi criada através da «adaptação de uma unidade de cuidados intermédios», transformando-a «em UCI».
«Conseguimos parar as cirurgias programadas e transformar o bloco operatório numa UCI não- Covid. Além disso, temos feito formação para as equipas médicas e de enfermagem para que os profissionais que não tinham experiência em cuidados intensivos possam, neste momento, assumir, com segurança, o tratamento destes doentes», especificou.
«Foi um trabalho notável a todos os níveis. De recursos humanos, formação e aquisição de equipamentos para nos prepararmos para esta segunda vaga. Já prevíamos, há três, quatro meses, que poderia acontecer», reforçou.
25 camas destinadas a doentes Covid-19
Do total das 35 camas criadas, 25 estão destinadas a doentes Covid-19 e 10 a outros doentes que necessitem de cuidados de medicina crítica.
«Neste momento, das 25 camas para tratamento de doentes Covid-19, temos 21 ocupadas. Já das 10 camas para doentes não covid-19, temos sete ocupadas», referiu José Caldeiro.
Apesar da capacidade não estar esgotada, José Caldeiro destacou a imprevisibilidade de evolução da doença e alertou para o «aumento significativo, na última semana, do número de doentes na UCI».
«Na última semana têm entrado no serviço uma média de dois a três doentes por dia», frisou.
O responsável realçou o esforço feito pela administração da ULSAM na aquisição de equipamento, sendo que o hospital de Santa Luzia dispõe atualmente de «mais de 40 ventiladores, invasivos e não invasivos, oxigenadores de alto fluxo e vários mecanismos que permitem controlar estes doentes, dependendo da gravidade dos casos».
Recursos humanos
José Caldeiro adiantou que a ULSAM está a tentar reforçar o número de profissionais de saúde, mas admitiu que, «neste momento, a contratação de intensivistas não é fácil por não existirem profissionais disponíveis no mercado».
«Nesta altura temos 11 intensivistas, com reforço de médicos de outras especialidades, mas precisaríamos no mínimo de mais 11 médicos com experiência em cuidados intensivos para enfrentarmos esta fase. Tem havido contratação de enfermeiros, mas eram necessários, só para o departamento de medicina crítica, mais 10 destes profissionais», observou.
José Caldeiro reconheceu «algum desgaste dos profissionais de saúde, motivado sobretudo pela utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)», mas garantiu ter «uma equipa sólida e com moral».
«Temos tido um ou outro caso de infeção, por contágio fora do hospital, mas temos conseguido gerir os casos», referiu.
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 2.500 profissionais, entre eles, cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.
Para saber mais, consulte:
ULSAM > Notícias
Covid-19 | Equipas multidisciplinares
Mais de 22 mil pessoas contactadas na Área Metropolitana de Lisboa
As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa contactaram, entre 30 de junho e 24 de novembro, um total de 22.035 pessoas nos concelhos da Amadora, Lisboa, Sintra, Almada, Seixal, Moita, Barreiro, Setúbal, Loures e Odivelas.
Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.
Assim, entre 30 de junho e 24 de novembro, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde da Amadora, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida e Loures-Odivelas, realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 22.035 pessoas foram alvo desta intervenção.
Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.
Para saber mais, consulte:
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo > Notícias
Covid-19 | Saúde mental
CHL disponibiliza apoio emocional a crianças e adolescentes
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) disponibiliza apoio emocional aos filhos dos seus profissionais de saúde e à população jovem até aos 18 anos, no âmbito da atual pandemia, com o objetivo de promover e proteger a saúde mental.
O apoio é prestado pela Unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do CHL, constituída por duas pedopsiquiatras e dois psicólogos.
«Neste período de pandemia e, perante o isolamento social e incerteza em que vivemos, torna-se crucial adotar medidas de promoção da saúde mental, pois só dessa forma conseguiremos minorar o impacto da situação atual. É um período difícil para todos nós, é natural que surjam dúvidas e dificuldades face a novos desafios», explica Graça Milheiro, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do CHL. «Os nossos jovens são particularmente vulneráveis, pelo impacto importante que a pandemia pode ter no desenvolvimento de várias competências, pessoais e sociais.»
«O apoio em causa destina-se a filhos de colaboradores, crianças e adolescentes, e não substitui a resposta que o Centro Hospitalar de Leiria dá à população em termos de saúde na especialidade. Trata-se de uma resposta adicional para fazer face aos efeitos da pandemia, de uma forma rápida e flexível», destaca Licínio de Carvalho, presidente do Conselho de Administração do CHL.
Para solicitar ajuda para os seus filhos, os profissionais de saúde do CHL deverão enviar um e-mail para covid19.apoioparentalidade@chleiria.min-saude.pt. Quanto ao pedido de apoio para crianças e jovens até aos 18 anos da área de abrangência do CHL, os interessados deverão contactar a instituição através do e-mail covid19.PedSaudeMental@chleiria.min-saude.pt.
Para saber mais, consulte:
CHL > Notícias