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Programa Bairros Saudáveis: Candidaturas ao Programa prorrogadas até dia 2 de dezembro

26/11/2020

O prazo para apresentação de projetos no âmbito do Programa Bairros Saudáveis foi prorrogado até 2 de dezembro, em resposta ao elevado número de candidaturas abertas e ainda não submetidas na plataforma, anunciou hoje a entidade responsável.

De acordo com a Coordenadora Nacional do Programa, Helena Roseta, até à passada sexta-feira, 20 de novembro, “estavam registadas na plataforma de candidaturas 1.169 entidades de todo o território continental nacional, estando abertas 465 candidaturas”.

Em vigor desde julho, o Programa Bairros Saudáveis visa apoiar intervenções locais de promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades territoriais, no território continental português, através de projetos apresentados por “associações, coletividades, organizações não governamentais, movimentos cívicos e organizações de moradores”, dispondo de uma dotação de 10 milhões de euros, a executar até ao final de 2021.

Desenvolvidos nos eixos da saúde, social, económico, ambiental ou urbanístico, os projetos a candidatar podem ser pequenas intervenções (até 5.000 euros), serviços à comunidade (até 25.000) ou projetos integrados (até 50.000 euros), em que são todos avaliados e pontuados por um júri independente.

No processo de consulta pública do programa, que decorreu entre 08 e 27 de setembro, foram identificados “mais de 820 territórios em todo país” que por serem vulneráveis podem ser “potencialmente elegíveis” para apoio de projetos, revelou a coordenadora Helena Roseta, ressalvando que “não quer dizer que estes sejam os territórios onde vai haver projetos”.

Helena Roseta, em declarações à agência Lusa, manifestou a expectativa de receber uma “avalanche” de candidaturas de projetos para a dotação total disponível de 10 milhões de euros, explicando que, se todos os projetos forem na ordem dos 50 mil euros, a verba dá para apoiar “cerca de 200 projetos”.

Destacando a “energia e vontade” dos cidadãos na participação do Programa Bairros Saudáveis, Helena Roseta considerou que “faltam programas como este, faltam programas mais simples, mais acessíveis e mais rápidos”, esperando conseguir apoio financeiro para haver uma avaliação científica independente do programa, com uma equipa multidisciplinar que acompanhe e avalie “como é que o dinheiro está a ser gasto, como é que os projetos estão a ser desenvolvidos e quais são os impactos”.

“Para que se façam as críticas e as correções que se tiverem de fazer, mas sobretudo para que se consiga demonstrar que, realmente, é possível em Portugal, no século XXI, comunidades vulneráveis gerirem dinheiro bem gerido e fazer com ele muito mais do que se calhar é feito pelas entidades públicas”, declarou a Coordenadora do Programa.

Dirigido ao território continental português, o Programa Bairros Saudáveis dispõe de cinco equipas regionais – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve -, que estão a trabalhar na identificação dos territórios vulneráveis, inclusive através de sessões de esclarecimento aos cidadãos, transmitidas online no Facebook do Programa, para explicar como se faz um projeto e como se preenche o formulário de candidatura.

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