- Despacho n.º 64/2021 – Diário da República n.º 2/2021, Série II de 2021-01-05 Saúde – Gabinete da MinistraNomeia o Prof. Doutor Miguel Augusto Rico Botas Castanho para integrar o conselho consultivo do Hospital Distrital de Santarém, E. P. E., pelo período de três anos
«Despacho n.º 64/2021
Sumário: Nomeia o Prof. Doutor Miguel Augusto Rico Botas Castanho para integrar o conselho consultivo do Hospital Distrital de Santarém, E. P. E., pelo período de três anos.
1 – Nos termos e ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 1 e nos n.os 4 e 5 do artigo 21.º dos Estatutos dos Hospitais, Centros Hospitalares e Institutos Portugueses de Oncologia, E. P. E., aprovados no anexo ii ao Decreto-Lei n.º 18/2017, de 10 de fevereiro, nomeio o Prof. Doutor Miguel Augusto Rico Botas Castanho, personalidade de reconhecido mérito, para integrar o conselho consultivo do Hospital Distrital de Santarém, E. P. E., pelo período de três anos.
2 – O presente despacho produz efeitos a partir da data da sua assinatura.
21 de dezembro de 2020. – A Ministra da Saúde, Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões.
Súmula curricular
Miguel Augusto Rico Botas Castanho, nascido em Santarém, em 1967, onde estudou, nas escolas Ginestal Machado e Sá da Bandeira, até ingressar no curso de Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Atualmente reside em Santarém e é professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde dirige o Instituto de Bioquímica. Coordena ainda um grupo de investigação que integra o Instituto de Medicina Molecular.
Foi subdiretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa entre 2011 e 2016, altura em que foi nomeado vice-presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), tendo terminado em setembro de 2017.
Tornou-se professor catedrático aos 39 anos de idade.
Tem um percurso académico feito essencialmente em Portugal, sem que essa opção o tenha impedido de atingir reconhecimento nacional e internacional na comunidade científica. Já foi distinguido com vários prémios científicos nacionais e internacionais, como os prémios CGD/ULisboa Ciências Biomédicas da Universidade de Lisboa, «José Luís Champalimaud» do Ministério da Saúde, prémios DOR da Fundação Grünenthal e o «Zervas Award» da Sociedade Europeia de Péptidos. É perito da FEBS («Federation of the European Biochemical Societies»), publica regularmente os seus trabalhos em revistas internacionais de mérito reconhecido e integra as equipas de peritos editoriais de algumas dessas revistas. É frequentemente convidado como avaliador de projetos científicos e técnicos pela Comissão Europeia.
O seu grupo atrai estudantes estrangeiros (Alemanha, Brasil, Espanha, França), contrariando o «brain drain» histórico de Portugal e levando à existência do processo inverso, «brain gain», para o nosso país.
A sua investigação incide sobre soluções para problemas sociais prementes, como HIV, febre de Dengue, controlo e combate à dor, doença de Alzheimer, e a descobertas de novos antibióticos. Em resultado das suas pesquisas, a Comissão Europeia selecionou-o para financiamento de três dos projetos que coordena liderando consórcios internacionais (Portugal, Alemanha, Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos), ascendendo a mais de 5 milhões de euros, com a finalidade de desenvolver novos analgésicos, anticancerígenos inovadores e antibióticos alternativos.
Não só tem a preocupação de colocar o novo conhecimento produzido na investigação científica ao serviço efetivo das populações, como tem participado regularmente em iniciativas de divulgação e esclarecimento de matéria científica para públicos não especializados. Fá-lo quer em iniciativas públicas (nas escolas, por exemplo), quer por colaboração com jornalistas.
O seu percurso académico e profissional revela que já realizou atividade em três instituições diferentes (Instituto Superior Técnico da antiga Universidade Técnica de Lisboa e Faculdades de Medicina e de Ciências, ambas da antiga e atual Universidade de Lisboa), contrariando o «inbreeding» universitário, isto é a falta de mobilidade de docentes e investigadores universitários, frequentemente apontado como um dos piores defeitos da academia portuguesa.»