Relatório de Situação nº 319 | 15/01/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Decreto-Lei n.º 6-E/2021 – Diário da República n.º 10/2021, 2º Suplemento, Série I de 2021-01-15
Presidência do Conselho de Ministros
Estabelece mecanismos de apoio no âmbito do estado de emergência
- Lei n.º 15/2021 – Diário da República n.º 67/2021, Série I de 2021-04-07
Assembleia da República
Alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto-Lei n.º 6-E/2021, de 15 de janeiro, que estabelece mecanismos de apoio no âmbito do estado de emergência
Despacho n.º 714-C/2021 – Diário da República n.º 10/2021, 2º Suplemento, Série II de 2021-01-15
Economia e Transição Digital – Gabinete do Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital
Proíbe a venda de bens tipicamente comercializados nos estabelecimentos de comércio a retalho encerrados ou com a atividade suspensa devido à declaração do estado de emergência
Despacho n.º 714-E/2021 – Diário da República n.º 10/2021, 2º Suplemento, Série II de 2021-01-15
Saúde – Direção-Geral da Saúde
Os cidadãos residentes em estruturas residenciais para idosos e em outras respostas dedicadas a pessoas idosas consideram-se equiparados, para efeitos do exercício do direito de voto na eleição do Presidente da República, aos cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado o isolamento profilático, devendo votar nos respetivos locais de confinamento
Resolução do Conselho de Ministros n.º 4-A/2021 – Diário da República n.º 10/2021, 2º Suplemento, Série I de 2021-01-15
Presidência do Conselho de Ministros
Alarga o Programa APOIAR, estabelece um programa de apoio ao setor cultural e medidas de apoio ao setor social e solidário
Portaria n.º 15-B/2021 – Diário da República n.º 10/2021, 2º Suplemento, Série I de 2021-01-15
Economia e Transição Digital, Finanças e Planeamento
Altera o Regulamento do Programa APOIAR
Boletim Epidemiológico Observações – Especial 12 COVID-19 – INSA
15-01-2021
Encontra-se disponível para consulta novo número especial do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) em acesso aberto. Este número especial é dedicado à COVID-19, destacando-se trabalhos desenvolvidos pelo INSA, nos últimos meses, em resposta à pandemia provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
O Boletim Epidemiológico Observações tem como objetivo contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa, divulgando resultados científicos gerados por atividades de observação em saúde, monitorização e vigilância epidemiológica nas áreas de atuação do INSA.
Dando especial atenção à disseminação rápida de informação relevante para a resposta a temas de relevo para a saúde, a publicação tem como principal alvo todos os profissionais de saúde, investigadores e decisores intervenientes na área da Saúde Pública em Portugal, dirigindo-se igualmente à comunidade em geral.
Consulte aqui o número especial do Boletim.
SUMÁRIO:
- Editorial
- O INSA na resposta à pandemia da COVID-19
- Pandemia da COVID-19 e as respostas de saúde pública
- I-MOVE-COVID-19: uma rede europeia para investigar, prevenir e controlar a pandemia da COVID-19
- O INSA e a resposta de emergência ao diagnóstico laboratorial da COVID-19 em Portugal
- Pandemia da COVID-19: caracterização da atividade dos Médicos-Sentinela durante o primeiro estado de emergência
- Impacto da pandemia em Portugal
- Limitações diária por motivos de saúde durante o primeiro período de confinamento em contexto da pandemia da COVID-19 em Portugal
- Acidentes domésticos e de lazer em tempos da pandemia da COVID-19 em Portugal
- Barómetro COVID-19 e Paralisia Cerebral: um instrumento para captar como a pandemia da COVID-19 afeta as pessoas que vivem com paralisia cerebral
- Saúde mental em tempos da pandemia da COVID-19: abordagem metodológica utilizada no projeto SM-COVID19
- Excesso de peso e obesidade parental e perceção do aumento de peso infantil, durante o confinamento em contexto da pandemia da COVID-19, em Portugal: Programa MUN-SI Cascais 2019/2020
- Investigação da infeção por SARS-CoV-2
- Estudo da diversidade genética do SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal
- Base genética de suscetibilidade à infeção por SARS-CoV-2, hipótese de abordagem por CGAS
SM-COVID19: Saúde mental em tempos de pandemia – relatório final – INSA
15-01-2021
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulga o relatório final do projeto “Saúde Mental em Tempos de Pandemia (SM-COVID19)”, coordenado pelo Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do INSA, em colaboração com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.
O estudo SM-COVID19 teve como objetivo avaliar o impacto da COVID-19 na saúde mental e bem-estar dos profissionais de saúde e de outros profissionais que estão na primeira linha de combate à pandemia, assim como da população em geral. Os dados foram recolhidos através de um questionário estruturado autoadministrado via online com duas abordagens amostrais, uma de base populacional e, outra, incidente nos profissionais de saúde.
Foram consideradas, para efeitos deste trabalho, 6079 respostas de um total de 6859 questionários preenchidos, incluindo 3982 respondentes da população geral (continente e ilhas) e 2097 profissionais de saúde com atividade em território português. As dimensões de saúde mental consideradas (bem-estar psicológico, ansiedade, depressão, perturbação de stress pós-traumático, burnout e resiliência) foram avaliadas através de instrumentos específicos e escalas validadas.
Dos resultados e conclusões apresentadas no documento, destaca-se o seguinte:
- 34% dos indivíduos da população geral e 45% dos profissionais de saúde inquiridos apresentavam sinais de sofrimento psicológico no decurso dos 15 dias anteriores à participação no estudo;
- 27% dos inquiridos da população geral indicaram ter sintomas moderados a graves de ansiedade, 26% sintomas de depressão e 26% sintomas de perturbação de stress pós-traumático;
- São sobretudo as mulheres, os inquiridos entre os 18 e os 29 anos, os desempregados e os indivíduos com mais baixo rendimento quem apresenta mais frequentemente sintomas de sofrimento psicológico moderado a grave, ansiedade, depressão ou perturbação de stress pós-traumático;
- Nos profissionais de saúde, os resultados mostram percentagens mais elevadas de sofrimento psicológico relativamente à população geral, nomeadamente no que se refere a ansiedade moderada a grave. Os mais afetados são os que estão a tratar doentes com COVID-19, com um risco de sofrimento psicológico 2,5 vezes superior aos que não estão a tratar esses doentes. É também neste grupo de profissionais de saúde que os níveis de burnout (exaustão física e emocional) são mais elevados (43%);
- A dificuldade na conciliação trabalho-família, a preocupação com a manutenção do trabalho ou preservação do rendimento, a perceção de menos apoio social ou familiar e a preocupação relativamente ao futuro são determinantes relevantes de problemas de saúde mental na população geral;
- Por outro lado, a resiliência, bem como a manutenção de passatempos/hobbies, de rotinas diárias e/ou de atividade física, têm um efeito protetor do bem-estar psicológico e estão associadas a um risco diminuído de sintomas de ansiedade, depressão ou stress pós-traumático;
- Nos indivíduos que indicaram estar ou ter estado em quarentena, em isolamento ou já recuperados da COVID-19, 72% reportaram sofrimento psicológico e mais de metade referiu sintomas de depressão moderada a grave. Dos indivíduos infetados que estiveram em internamento hospitalar ou em cuidados intensivos, a maioria (92%) refere sintomas de ansiedade moderada a grave.
Consulte o relatório em acesso aberto aqui.
Estudo Saúde Mental em Tempos de Pandemia (SM-COVID19): principais resultados – INSA
15-01-2021
Os resultados do estudo “Saúde Mental em Tempos de Pandemia (SM-COVID19)” indicam que cerca de 25% dos participantes apresenta sintomas moderados a graves de ansiedade, depressão e stress pós-traumático. Estes resultados estão em linha com outros estudos a nível mundial, confirmando que as alterações profundas provocadas pela COVID-19 no quotidiano das pessoas tiveram impactos na sua saúde mental e bem-estar, em particular naquelas que estão na primeira linha de combate à pandemia.
Coordenado pelo Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em colaboração com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, o estudo SM-COVID19 visou avaliar o impacto da pandemia COVID-19 na saúde mental e no bem-estar da população em geral e dos profissionais de saúde, tendo em conta dimensões como ansiedade, depressão, stress pós-traumático, burnout e resiliência, entre outras.
De acordo com resultados deste trabalho, na população em geral, são sobretudo os jovens adultos e as mulheres que apresentam sintomas de ansiedade e de depressão moderada a grave. Já de entre os profissionais de saúde e também como esperado, são sobretudo aqueles que estão a tratar doentes com COVID19 que apresentam ansiedade moderada a grave (42%), sendo que é ainda neste grupo de indivíduos que os níveis de burnout (exaustão física e emocional) são mais elevados (43%).
No que se refere a outros grupos profissionais, destaca-se uma maior percentagem de indivíduos em burnout entre os profissionais em lares de idosos (43%), profissionais da área de atendimento ao público (e.g., comerciante, lojista, restauração, hotelaria, estética; 38%), e operários fabris (36%).
Na população em geral, em relação à situação face ao trabalho, ao rendimento e ao emprego, os dados do estudo indicam que são principalmente aqueles que têm um rendimento mais baixo (29%), bem como os que se encontram em situação de desemprego (39%) os que apresentam sintomas de depressão moderada a grave, de acordo com o escala de avaliação utilizada. No mesmo sentido apontam os resultados relativos a sintomas de ansiedade moderada a grave.
Outro dos resultados deste estudo sugere que as novas formas de trabalho, nomeadamente o teletrabalho não estão associadas a sintomatologia ligada a ansiedade e a depressão e 83% dos inquiridos afirmaram que algumas formas alternativas de organização do trabalho podem ser vistas como positivas (ex. teletrabalho).
Apesar das percentagens apresentadas relativamente às dimensões de saúde mental, os resultados do estudo SM-COVID19 indicam que cerca de um terço dos participantes revela um nível elevado de resiliência. São sobretudo os indivíduos a partir dos 50 anos (46%) bem como os empregados (41%) e os reformados (48%), com os homens a revelarem uma maior percentagem de resiliência elevada (43% vs. 36% nas mulheres).
Quanto a possíveis fatores de proteção, o estudo revela que a percentagem de indivíduos com ansiedade moderada a grave é mais baixa entre aqueles que conseguiram manter passatempos, hobbies e uma rotina diária (na hora de deitar, refeições, trabalho, etc.).
Ainda em relação à população em geral, no que diz respeito à expectativa face ao futuro após a pandemia, a maior parte dos indivíduos revela preocupação em não saber quando haverá um tratamento ou uma vacina eficaz (89%) e com a possibilidade de o país entrar numa crise económica muito grave (96%). Os participantes referiram ainda preocupação com o facto de não conseguirem recuperar o rendimento que tinham antes da pandemia (75%) e com o facto da sua forma de viver não voltar a ser a mesma que era antes (79%).
Apesar disso, mais de 40% do total de respondentes ao estudo SM-COVID19 sente-se otimista em relação ao futuro.
Os dados do estudo SM-COVID19 foram recolhidos através de um questionário online, que avaliou de forma estruturada as dimensões consideradas relevantes em Saúde Mental no contexto de pandemia, entre os dias 22 de maio e 20 de julho, tendo respondido 6079 participantes, dos quais 2097 são profissionais de saúde. A maioria dos participantes tem entre 30 e 59 anos de idade, é do sexo feminino e reside na área metropolitana de Lisboa (38,2%) e no Norte (26,6%).
Covid-19 | Segunda dose da vacina
Para profissionais de saúde que receberam a primeira administração ainda em 2020
É já no próximo domingo que começam a ser administradas as segundas doses das vacinas contra a COVID-19 aos profissionais de saúde que receberam a primeira administração ainda em 2020. A partir deste momento, já será possível dizer que teremos os primeiros portugueses vacinados contra a COVID-19, uma vez que até aqui só tinham sido administradas primeiras doses.
Ao longo da próxima semana, serão vacinados quase 30 mil profissionais de saúde de contextos prioritários, de hospitais e cuidados de saúde primários, de Norte a Sul do País.
As primeiras administrações deverão decorrer no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.
Recorde-se que a vacina Cominarty, da Biotech-Pfizer, é uma vacina multi-dose, o que significa que são necessárias duas doses para se completar o esquema de vacinação. Segundo o Resumo das Características do Medicamento (RCM), as doses devem ser administradas num intervalo de pelo menos 21 dias.
Ainda assim, mesmo após ser vacinada, a pessoa deve continuar a observar todas as medidas preconizadas para a sua proteção e contenção da transmissão, incluindo o uso de máscara.
Vacina contra a Covid-19
Portugal já administrou 106 mil vacinas
Até ao momento, já foram administradas 106 mil vacinas em Portugal continental. Este número pode ser consultado, a partir de hoje, nas plataformas online do Ministério da Saúde e do Governo, garantindo transparência em todo o processo de vacinação.
Desta forma será possível a qualquer pessoa monitorizar a execução do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A atualização será semanal e poderá ser consultada em:
CHVNG/E | Combate à Covid-19
Gaia reforça enfermaria com 24 camas para receber doentes infectados
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) “reconverteu” uma enfermaria com 24 camas para receber doentes com Covid-19, tendo em conta a evolução da epidemia a nível nacional e a necessidade de vir a aumentar a resposta aos doentes infectados com o novo coronavírus.
Em declarações à agência Lusa, o CHVNG/E indicou que, “dado que é expectável um súbito aumento de procura”, foi reconvertida uma enfermaria que “permanece em ‘stand by’ e será usada conforme a necessidade”.
Atualmente o CHVNG/E tem internados em enfermaria 75 doentes com infeção pelo novo coronavírus e 10 em cuidados intensivos.
Visite:
CHVNG/E – https://www.chvng.min-saude.pt/
Santarém | Resposta à pandemia
Mais camas na UCI e no internamento para combate à Covid-19
O Hospital Distrital de Santarém (HDS) vai abrir mais 10 camas na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) para doentes Covid-19, aumentado a capacidade de serviço para um total de 20 camas.
A Unidade de internamento Covid-19 vai contar com mais 12 camas, passando de 81 para 93 camas no total.
O plano de contingência máximo inicial da unidade hospitalar de Santarém contemplava 62 camas em internamento e 10 em UCI.
Tendo presente «esta dura realidade, os hospitais têm de se adaptar e reinventar para de dar resposta às exigências acrescidas da pandemia», refere Conselho de Administração do HDS em comunicado, onde acrescenta que que «tem promovido estratégias de adaptação constante e dinâmicas, mobilizando recursos, materiais e humanos, e motivando os seus profissionais para que possam prestar os melhores cuidados à sua população».
Para saber mais, consulte:
HDS | Humanização na pandemia
Doentes internados falam com os familiares por videochamada
Enfermeiros do Hospital Distrital de Santarém (HDS) começaram a fazer videochamadas entre os doentes e familiares porque «não é fácil estar internado num hospital em época de pandemia, em que os doentes se veem privados de receber visitas».
Estas visitas «virtuais» têm sido realizadas via Facebook, quando estão reunidas as condições, ou seja, quando enfermeiros e familiares estão disponíveis. No futuro, o desejo é poder desenvolver este projeto de forma mais alargada, eventualmente com um horário marcado.
Em declarações, Isilda Ferreira, Enfermeira-chefe do Serviço de Cirurgia Geral/ Unidade 2, destaca que «é importante oferecer este serviço a doentes internados, sobretudo os mais idosos que não têm facilidade no acesso às novas tecnologias». Afirma ainda que esta possibilidade de utilização das tecnologias permite «um ambiente mais humanizado, bem como poderá ser tranquilizador com esta proximidade que se obtém através das tecnologias por videochamada».
«Desejamos e tentaremos continuar a proporcionar este tipo de comunicação online entre os doentes e os seus familiares», acrescenta.
A enfermeira refere ainda que «esta comunicação digital poderá ser menos eficiente para o doente em situações que está mais prostrado», contudo, considera que para a família é importante, pois permite que a mesma possa acompanhar o evoluir da situação do seu familiar.
Por seu lado, Graça Lanhoso, enfermeira-chefe do Serviço de Cirurgia Geral/Unidade 1, realça que «numa altura como a que vivemos, em que os doentes internados não conseguem ver os seus familiares, é muito importante desenvolver iniciativas como esta.»
Para saber mais, consulte:
Plano de Vacinação contra a Covid-19
Profissionais de saúde do privado já receberam as primeiras vacinas
Iniciou-se hoje a vacinação dos profissionais de saúde dos serviços prioritários do setor privado e social.
Como anunciado pela Ministra da Saúde, Marta Temido, na passada segunda-feira, as vacinas da Moderna, cuja primeira tranche de 8.400 doses chegou esta semana a Portugal, foram distribuídas para a vacinação dos «profissionais de saúde prioritários de hospitais do setor privado e social que têm colaboração com o Serviço Nacional de Saúde no tratamento e nas respostas a doentes Covid».
Os grupos privados e entidades do setor social com convenções com as Administrações Regionais de Saúde celebradas no âmbito da pandemia receberam um total de 2.370 doses.
Covid-19 | Medidas de confinamento
Conheça as principais regras e restrições do confinamento
O decreto do Governo que regulamenta o novo confinamento geral devido à pandemia de Covid-19, publicado em Diário da República, determina as regras e restrições que estão em vigor desde as 00:00 de sexta-feira, dia 15 de janeiro.
A principal alteração relativamente ao primeiro confinamento geral aplicado em março e abril é a continuação do ensino presencial em todos os níveis de ensino.
Entre as medidas que estarão em vigor até 30 de janeiro estão restrições à circulação da população, obrigatoriedade do teletrabalho e encerramento do comércio, com exceção dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.
As regras gerais passam por ficar em casa, limitar os contactos ao agregado familiar, reduzir as deslocações ao essencial, usar máscara de proteção, manter o distanciamento físico, lavar as mãos e cumprir etiqueta respiratória.
«De forma a responder ao aumento do número de novos casos de contágio da doença covid-19, torna-se necessária a adoção de medidas restritivas adicionais com vista a procurar inverter o crescimento acelerado da pandemia e a salvar vidas, assegurando, no entanto, que as cadeias de abastecimento fundamentais de bens e serviços essenciais se mantêm», lê-se no decreto do Governo.
Assim, é referido, são recuperadas «soluções já adotadas durante os meses de março e abril de 2020» e medidas que são «essenciais, adequadas e necessárias para, proporcionalmente, restringir determinados direitos para salvar o bem maior que é a saúde pública e a vida de todos os portugueses».
Visto que durante o período de vigência do decreto se realizam as eleições presidenciais, em 24 de janeiro, estabelecem-se também «medidas que permitem a realização da campanha eleitoral e os atos associados aos dias das eleições, seja no dia da votação seja nos dias de votação antecipada em mobilidade, de forma a assegurar o livre exercício do direito de voto».
Para saber mais, consulte:
Decreto n.º 3-A/2021 – Diário da República n.º 9/2021, 1º Suplemento, Série I de 2021-01-14
PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
Regulamenta o estado de emergência decretado pelo Presidente da República
CHULN | Sucesso na resposta à Covid-19
Cesariana de prematuro com uma grávida Covid-19 ligada a ECMO
O Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) divulgou, nas suas redes sociais, o caso de Elizangela, de 31 anos, «um dos mais extraordinários da pandemia a nível mundial» e destaca o trabalho de equipa e interdisciplinar e a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde.
De acordo com o centro hospitalar, infetada com Covid-19 e grávida de 27 semanas, Elizangela teve que ser internada nos cuidados intensivos do Hospital de Santa Maria (integrado no CHULN) no início de novembro de 2020.
Em situação crítica, com os pulmões «num estado muito grave, teve de ser colocada em ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorporal, uma técnica de suporte vital de fim de linha) pouco tempo depois, para manter os seus níveis de oxigénio e os do bebé».
Mas, segundo relata o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, a meio de novembro, com apenas 29 semanas de gestação, o agravamento do seu estado de saúde levou as equipas do centro hospitalar a avançarem para um procedimento de que não havia registos em termos mundiais: uma cesariana de um prematuro com uma grávida com Covid-19 ligada a ECMO.
De acordo com CHULN, a operação decorreu no bloco de ginecologia, adaptado para esta fase de pandemia, e o plano resultou num enorme sucesso. O bebé, apesar de prematuro, com cerca de 1 kg e de a mãe ter passado os últimos dias de gestação em estado grave, ficou bem e sem sequelas, ao cuidado do Serviço de Neonatologia. «Mas a incerteza em relação a Elizangela manteve-se depois do parto: continuou em coma ligada à ECMO e com um prognóstico muito incerto».
No dia 7 de dezembro, Elizangela saiu dos cuidados intensivos, depois de uma recuperação que os especialistas que a acompanharam classificam de «espantosa». Dez dias depois, teve alta da Medicina II F e já pôde passar o Natal em casa, mas ainda sem o seu filho. Há menos de uma semana, o bebé teve também alta do Hospital de Santa Maria, onde vai continuar a ser acompanhado regularmente pela Neonatologia, revela o CHULN.
«Intensivistas, obstetras, neonatologistas, anestesistas, enfermeiros, terapeutas de reabilitação, técnicos de diagnóstico, profissionais de várias áreas, este foi um verdadeiro trabalho de equipa e interdisciplinar, só possível num hospital diferenciado e que prova a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. Parabéns a todos!», enaltece o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
Para saber mais, visite:
Facebook > CHULN
ULSBA | Combate à Covid-19
Reforço do número de camas no Serviço de Medicina e na UCI
A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) aumentou o número de camas para internamento de doentes com Covid-19, quase duplicando de 24 para 46 as do serviço de medicina e dobrando de quatro para oito as de cuidados intensivos.
O aumento de camas surge na sequência da evolução da pandemia de Covid-19 e do consequente aumento do número de infetados com o vírus que provoca aquela doença com necessidade de internamento.
ULSBA destaca que tem «vindo a desenvolver um esforço de capacitação enorme, na esperança de dar a melhor resposta possível a todas as situações».
Segundo a administração da ULSBA, no dia 8 deste mês, foram adicionadas seis camas às 24 inicialmente existentes no Serviço de Internamento de Medicina Covid-19, situado no piso 3 do Hospital de Beja.
Após atingida a ocupação máxima, foi possível adicionar mais seis camas na passada terça-feira, passando o total para 36.
«Perante novo cenário de ocupação plena», foi possível adicionar, no dia 14 de janeiro, mais 10, passando para 46 o total de camas disponíveis no Serviço de Internamento de Medicina Covid-19 do Hospital de Beja.
Já na área dedicada à Covid-19 na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital de Beja, as quatro camas de nível III inicialmente existentes ficaram ocupadas, o que obrigou ao aumento para o dobro no dia 10 deste mês.
Atualmente, a área dedicada à Covid-19 na Unidade de Cuidados Intensivos tem oito camas, que hoje estão todas ocupadas, revela a ULSBA.
Em consequência do aumento do número de camas, «foi necessário um rigoroso trabalho de gestão e de afetação de recursos humanos e de equipamento» da ULSBA, frisa a administração, registando, «com agrado, a imediata cooperação das equipas envolvidas e de todo o pessoal que, nas diferentes áreas de trabalho, permitiram a criação das condições para que tudo se concretizasse».
Para saber mais, consulte:
ULSBA > Notícia
Recolha do medicamento Betamox, amoxicilina + ácido clavulânico, pó para solução para perfusão, 2000 mg + 200 mg – Infarmed
Circular Informativa N.º 004/CD/550.20.001 Data: 15/01/2021
Para: Hospitais
Tipo de alerta: med
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
15 jan 2021
Na sequência da deteção de resultados fora da especificação no Ensaio de Esterilidade, decorrente de análises laboratoriais realizadas no laboratório do Infarmed no âmbito da monitorização do mercado, o Infarmed determinou a recolha do lote H004419H, com o prazo de validade 04/2021, do medicamento Betamox, amoxicilina + ácido clavulânico, pó para solução para perfusão, 2000 mg + 200 mg, com o número de registo 2879385.
Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização deste lote.
Atendendo a que este medicamento é de uso exclusivo em meio hospitalar, as entidades que disponham destes lotes em stock não os poderão vender ou administrar, devendo proceder à sua devolução.
O Presidente do Conselho Diretivo
Rui Santos Ivo
Programa Estratégico de Cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau (2021-2025) – DGS
Foi assinado no passado dia 13 de janeiro, o novo Programa Estratégico de Cooperação (PEC) entre Portugal e a Guiné-Bissau (2021-2025), por ocasião da visita a Portugal de Sua Exa. a Ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades da Guiné-Bissau.
Obedecendo a uma lógica de continuidade, este PEC alicerça-se sobre os resultados obtidos na vigência do anterior (2015-2020), capitalizando as capacidades e competências nele desenvolvidas, pretendendo atingir um novo patamar no relacionamento bilateral no quadro da cooperação para o desenvolvimento.
Este PEC centrar-se-á nos seguintes sectores de intervenção: i) Educação e Cultura; ii) Justiça, Segurança e Defesa; iii) Saúde, Assuntos Sociais e Trabalho; iv) Agricultura, Pescas, Energia e Ambiente; v) Infraestruturas, Economia e Finanças; e vi) Áreas transversais.”
CHBM | Gastroenterologia
Barreiro Montijo cria Centro de Responsabilidade Integrado
O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) criou o Centro de Responsabilidade Integrado de Gastroenterologia (CRI.GASTRO), que tem como objetivo consolidar a atividade que tem vindo a ser realizada por esta especialidade, bem como promover o desenvolvimento da capacidade técnica e clínica da Unidade de Gastroenterologia.
Os Centros de Responsabilidade Integrados são novos modelos organizacionais da atividade assistencial, que visam valorizar uma área de especialidade em desenvolvimento crescente.
A criação do CRI.GASTRO prevê um aumento gradual da atividade a realizar bem como da capacidade instalada, no que diz respeito a recursos humanos e equipamentos, de modo a permitir o incremento da atividade de prestação de cuidados, em ambulatório ou em internamento, na área de atuação clínica da Gastroenterologia.
Com a criação deste Centro de Responsabilidade Integrado, e no âmbito do Plano de Ação assinado pela Unidade de Gastroenterologia, «no próximo triénio 2021-2023 estão previstas 15.800 consultas externas; 1.900 sessões de hospital de dia; 12.900 exames de gastroenterologia e 550 rastreios do cancro do colon e reto», segundo a Diretora do Conselho de Gestão do CRI.GASTRO, Catarina Lima Vieira.
O CRI.GASTRO iniciou a sua atividade no mês de janeiro e é constituído por uma equipa multidisciplinar, da qual fazem parte 26 elementos, entre médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, assistentes técnicos e administrador hospitalar.
Para saber mais, consulte:
CHBM > Notícias