Relatório de Situação nº 371 | 08/03/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Portugal mantém tendência de descida de novos casos de COVID-19 – DGS
O Diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde, André Peralta santos, disse esta segunda-feira que Portugal mantém a tendência de descida de novos casos de COVID-19, registando, ao dia de ontem, uma incidência cumulativa a 14 dias de 141 casos por 100.000 habitantes.
“Vemos desde a última reunião do Infarmed que houve uma manutenção da tendência de descida [de novos casos]”, adiantou o responsável, na reunião do Infarmed, que decorreu em Lisboa, destacando que grande parte do território nacional já se encontra com incidências inferiores a 120 casos por 100.000 habitantes.
Segundo André Peralta, apenas a região de Lisboa e Vale do Tejo, algumas partes da região centro e da região do Alentejo continuam com incidências superiores à referida.
De uma forma geral, prosseguiu, o país continua com uma tendência decrescente, uma variação de incidência negativa, apesar de alguns municípios esporadicamente terem variações positivas da incidência, mas dispersos um pouco por todo o território.
Sobre a nova variante de SARS-CoV-2 associada ao Reino Unido, o diretor de serviços revelou que se verifica um crescimento da incidência, com maior expressão na região de Lisboa e Vale do Tejo, com aproximadamente 66% casos positivos. Observa-se também um crescimento na região Centro e na região Norte, com uma prevalência superior a 50%.
Quando a análise da situação epidemiológica é feita por faixas etárias, verifica-se que as incidências de COVID-19 estão a descer em todas as idades, sendo que o grupo dos 80 mais é aquele que mantém uma incidência mais alta.
No que diz respeito aos internamentos em enfermaria e em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), mantém-se também a tendência de descida, com 354 casos em UCI (números semelhantes à primeira semana de novembro).
De acordo com os dados apresentados pelo diretor de serviços da DGS, os internamentos em enfermaria são em maior número no grupo etário dos 80 mais, seguidos dos 70, 79, 60 e 69 anos. À medida que a idade diminui, os internamentos vão descendo. Já nos internamentos em UCI, o grupo etário com maior número de casos é o dos 60 aos 69. “Para termos impacto na redução da utilização de cuidados intensivos teremos que aguardar até que a vacinação se alargue e tenha grande expressão dos grupos mais de 50 anos”, defendeu.
Na mortalidade, concluiu, mantém-se também a tendência de descida.
Estudo revela perceções e inquietações dos portugueses ao longo de um ano de pandemia – DGS
O período durante a pandemia em que população residente em Portugal percecionou a ameaça como mais baixa coincidiu com os primeiros casos de COVID-19 confirmados no país e com o único dia em que o país registou zero óbitos. Também no período de Natal se verificou baixa perceção de ameaça, potencialmente associada em parte à “sensação de segurança” nos encontros familiares e às consequências do longo período de esforço no mês(es) precedente(s), indicador de fadiga pandémica, que limita capacidades para se ser vigilante. O maior grau de ameaça avaliada verificou-se em janeiro de 2021, quando Portugal atravessou a mais grave situação epidemiológica desde o início da pandemia.
Estes resultados mostram que para compreender oscilações nos comportamentos de prevenção de contágio durante a pandemia necessitamos de os estudar para compreender como diferentes pessoas em diferentes momentos, avaliam e respondem de forma diferente, às exigências colocadas pela pandemia.
Estas são as principais conclusões do estudo “Um ano de pandemia aos olhos dos portugueses: Resultados da monitorização das suas perceções, emoções e inquietações, partilhadas nas redes sociais”, realizado entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, com base na análise de mais de 120 mil comentários públicos de utilizadores de redes sociais, em resposta a publicações sobre a COVID-19 emitidas pela Direcção-Geral da Saúde e por sete meios de comunicação social nacionais.
As principais conclusões são agora apresentadas pelo Centro de Investigação do Bem-Estar Psicológico, Familiar e Social (CRC-W) da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, antecipando um relatório detalhado sobre estas perceções, que deverá ser publicado em formato de livro em maio.
O estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto ResiliScence 4 COVID-19, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e coordenado por Rui Gaspar, Docente e Investigador do Católica Research Centre for Psychological, Family and Social Wellbeing, em parceria com a Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a Ordem dos Psicólogos Portugueses e o ISPA-Instituto Universitário.
Globalmente, o nível de ameaça sentido pela população residente em Portugal ao longo da pandemia tendeu a refletir a situação epidemiológica (novas infeções e óbitos) a cada momento, mas houve períodos em que isso não aconteceu, devido a incerteza/desconfiança face à gravidade dos números comunicados. Também se registaram perceções de um elevado grau de ameaça quando os números não o evidenciavam, o que coincidiu com as preocupações relacionadas com o início do ano letivo.
Nas exigências específicas expressadas pelos cidadãos, indicadores de esforço foram sempre predominantes face ao perigo e incerteza existentes na situação, o que confirma que a atual crise de saúde se tornou crónica, predominando a denominada “fadiga pandémica”.
Como evidência de uma sociedade resiliente, após cada “período de crise”, em que a ameaça percebida aumentou consistentemente até atingir o pico, foi verificado um “período de restauração”, onde a ameaça percebida diminuiu consistentemente, atingindo os níveis médios do ciclo anterior.
Estes resultados podem indicar resiliência social e individual, indicando que após cada crise existe recuperação. Servem também como alerta, dado que a repetição de vários ciclos de crise-recuperação pode levar a um incremento de fadiga pandémica e consequente maior tempo de recuperação após cada período de crise, caso não sejam providenciados recursos sociais e pessoais aos cidadãos, que tornem a recuperação mais eficaz.
O estudo centrou-se na análise do comportamento humano como fator central na evolução da pandemia, devendo estar no centro das estratégias de combate à atual mas também a futuras crises de saúde pública.
Para incrementar a adesão dos cidadãos às diferentes recomendações de comportamentos de prevenção de contágio emitidas pelas autoridades de saúde, importa compreender os fatores que podem influenciá-la, nomeadamente como os cidadãos respondem a uma crise de saúde pública e socioeconómica, como a que carateriza a atual pandemia, e como estes avaliam os acontecimentos ao longo do tempo. Entre os quais destacam-se, por exemplo, as primeiras notícias vindas da China, a entrada do vírus na Europa e as consequências na emergência de preconceito e racismo, as exigências do 1º confinamento e a esperança no futuro durante o 1º desconfinamento, o aparente “normal” no verão e a perceção de risco no regresso à escola, a constatação do “não normal” em outubro/novembro e o aparente relaxamento do “efeito Natal”, seguido da perceção de perigo extremo associado ao maior grau de ameaça percecionada em Portugal desde o início da pandemia.
Esta avaliação pode ser analisada ao longo do tempo, com base em indicadores de como as pessoas percecionaram as exigências colocadas pela pandemia (perigo; esforço; incerteza) e os recursos de que dispunham para lidar com ela (conhecimento e habilidades; disposições; suporte externo).
Para este fim, foram avaliados um conjunto de indicadores de perceção de risco (para a saúde pública, social, económico e saúde psicológica), em 87 períodos de monitorização, de 4 em 4 dias, desde janeiro de 2020 a janeiro de 2021. Foram analisados 120.267 comentários públicos de utilizadores de redes sociais, em resposta a publicações sobre COVID-19 emitidas pela Direcção-Geral da Saúde de Portugal e por sete meios de comunicação social nacionais (Expresso, TVI24, RTP3, SIC Notícias, Correio da Manhã, Público e Observador), com vista a providenciar recomendações para uma eficaz comunicação de risco e comunicação de crise e mobilização social.
Saiba mais sobre a análise em: Comunicação de Crise e Perceção de Riscos.
Áustria retira por precaução lote da vacina AstraZeneca – Infarmed
07 mar 2021
A Áustria suspendeu a distribuição de um lote da vacina COVID-19 da AstraZeneca, após terem sido recebidas duas notificações de reações adversas graves com um mesmo lote da vacina da AstraZeneca.
Alerta de supervisão n.º 2/2021 – ERS
8/03/2021
Exercício do direito ao acompanhamento durante o parto, no âmbito da situação atual de pandemia SARS-CoV-2 e de infeção epidemiológica por COVID-19
Considerando que a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) tomou conhecimento de várias reclamações de utentes, beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS), evidenciando constrangimentos ao direito ao acompanhamento durante o parto, por imposição de realização prévia de teste de rastreio à COVID-19 ao acompanhante, teste cuja realização, nos termos do disposto na Orientação da Direção Geral de Saúde n.º 018/2020 de 30 de março, atualizada em 9 de outubro de 2020, não é obrigatória para efeitos de exercício daquele direito, mas antes uma medida de prevenção a considerar pelos estabelecimentos prestadores de cuidados de Saúde, a ERS emite o seguinte alerta a todos os serviços e estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde do SNS.
Covid-19 | Reunião com peritos
Ministra alerta para as ameaças a enfrentar na fase de desconfinamento
A subida do risco transmissão de Covid-19, as novas variantes e a situação europeia em contraciclo com o contexto português «são ameaças que continuamos a enfrentar» para a próxima fase de desconfinamento, afirmou hoje a Ministra da Saúde, Marta Temido, no final da reunião com especialistas do Infarmed.
Apesar da tendência decrescente da pandemia, com menos casos e mortes por dia e a descida dos internamentos Covid em enfermaria e cuidados intensivos, Marta Temido fez questão de destacar três «ameaças» que não devem ser desvalorizadas.
A governante referiu que o primeiro alerta é que o índice de contágio Rt atingiu valor mínimo de 0,61 em meados a 10 de fevereiro e «está novamente a subir», um «sinal ao qual temos que estar atentos».
Em segundo lugar, a variante britânica, que é mais contagiosa, já representa 65% dos casos positivos em Portugal.
Outra questão está relacionada com o facto de os portugueses estarem a sair mais de casa, apesar das medidas do estado de emergência. «Há várias semanas que o índice de confinamento, apesar das restrições, tem vindo a reduzir-se. Registámos uma adesão mais elevada das medidas no final de janeiro, mas desde então registamos maior mobilidade da população», afirmou Marta Temido.
Na sequência das propostas e critérios apresentados pelos especialistas para um de confinamento por fases, a governante lembrou que o assunto será debatido na próxima reunião do Conselho de Ministros, que decorre dia 11 de março.
Para saber mais, consulte:
- Situação epidemiológica no país – PDF – 1,7 Mb
- Evolução da incidência e transmissibilidade em Portugal e na Europa – PDF – 1,6 Mb
- Atualização da vigilância de variantes genéticas do novo coronavírus em Portugal – PDF – 3 Mb
- Respostas à pandemia. Percursos para a decisão – PDF – 1,3 Mb
- Critérios para uma pandemia controlada: fase 2 e 3 – PDF – 1,4 Mb
- Plano para redução das medidas restritivas – PDF – 1 Mb
- Proposta de plano para redução das medidas restritivas – PDF – 1,5 Mb
Descida de novos casos de Covid-19
Incidência está a baixar com 141 casos por 100 mil habitantes
Portugal mantém a tendência de descida de novos casos de Covid-19, sendo a incidência, no domingo, de 141 casos por 100 mil habitantes, disse hoje o diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS), André Peralta, na reunião a decorrer no Infarmed, que junta especialistas, membros do Governo e o Presidente da República.
Relativamente à nova variante associada ao Reino Unido, André Peralta afirmou que se observa «um crescimento da incidência» com maior expressão na região de Lisboa e Vale do Tejo, com aproximadamente 66% casos positivos, mas com um crescimento na região Centro e na região Norte com uma prevalência superior a 50% atualmente.
Analisando a dispersão geográfica da incidência, André Peralta adiantou que se observa «uma melhoria de acordo com os patamares do ECDC (Centro Europeu de Controlo de Doenças) da incidência a nível nacional, com grande parte do território já com incidências inferiores a 120 casos por 100 mil habitantes».
Segundo o investigador da DGS, a região de Lisboa e Vale do Tejo, algumas partes da região centro e da região do Alentejo continuam com incidências superiores a 120 casos por 100 mil habitantes.
«Quando observamos a variação da incidência de forma geral o país continua com uma tendência decrescente, uma variação de incidência negativa, apesar de alguns municípios esporadicamente terem variações positivas da incidência, mas dispersos um pouco por todo o território, mais no interior, mas comum número reduzido», salientou.
De acordo com André Peralta, as incidências de Covid-19 também estão a descer em todas em todas as idades, continuando o grupo etário com 80 ou mais anos com a «incidência mais alta» e o grupo dos 60, 70 e 70, 80 continuam a ter uma incidência menor e são dos grupos mais protegidos.
Em termos de evolução dos internamentos e internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos mantém-se a tendência de descida com 354 casos em unidade de cuidados intensivos semelhante à primeira semana de novembro.
O internamento em enfermaria é em maior número no grupo etário dos 80 mais, seguido dos 70, 79, 60, 69 e vai decrescendo à medida que a idade também diminui.
Nos internamentos em cuidados intensivos o padrão é diferente e o grupo etário com maior número de casos é o dos 60 aos 69. «Para termos impacto na redução da utilização de cuidados intensivos teremos que aguardar até que a vacinação se alargue e tenha grande expressão dos grupos mais de 50 anos», defendeu.
Relativamente à mortalidade, também se mantém a tendência de descida, com 56 mortos por milhão de habitantes, sendo semelhante à terceira semana de outubro.
Covid-19 | Índice de transmissibilidade
Portugal tem o índice de transmissibilidade mais baixo da Europa
Portugal apresenta atualmente o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 mais baixo da Europa, com um valor estimado para os últimos cinco dias de 0,74 para o território nacional, revelou hoje o investigador do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Baltazar Nunes.
Na reunião que junta especialistas e políticos para a análise e avaliação da situação epidemiológica do país, o epidemiologista afirmou que «continuamos a apresentar o Rt mais baixo da Europa e com uma incidência já perto dos 120 [novos casos] por 100 mil habitantes».
O investigador do INSA, que integra o grupo de peritos que presta apoio ao Governo na tomada de decisões no âmbito da pandemia de Covid-19, sublinhou que a «tendência de decréscimo [da incidência] tem vindo a desacelerar» e alertou que o índice de transmissibilidade está «abaixo de 1 em todo o continente, mas superior a 1 nas regiões autónomas» da Madeira e dos Açores.
Situação epidemiológica da Covid-19
Ministra reúne com peritos para analisar evolução da pandemia
A Ministra da Saúde reúne-se esta manhã no Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento com epidemiologistas, para uma nova sessão de apresentação sobre a evolução da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.
No início à sessão, Marta Temido salientou que, além da análise da situação epidemiológica em Portugal, haverá também lugar nesta reunião a uma análise sobre os critérios para o desconfinamento.
Assim, a primeira parte desta reunião é dedicada à situação da pandemia e conta com apresentações sobre a situação epidemiológica do país, a evolução da incidência e transmissibilidade e a atualização da vigilância de variantes genéticas do novo coronavírus em Portugal.
Na segunda parte do encontro estará em análise proposta sobre a resposta à pandemia, critérios para uma pandemia controlada e plano para redução das medidas restritivas.
Para saber mais, consulte:
Programa – PDF – 1,3 Mb
Covid-19 | Testes rápidos
Governo aprova 19,8 milhões para testes em escolas e setor social
O Conselho de Ministros aprovou uma resolução que permite às escolas e ao setor solidário efetuar despesa na realização de testes rápidos de antigénio à Covid-19, num montante global de 19,8 milhões de euros.
«Desta forma, o Governo pretende preparar a reabertura gradual e sustentada das atividades presenciais, dando continuidade à implementação da Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2 2020», refere o comunicado do Conselho de Ministros.
A resolução, que foi aprovada de forma eletrónica, autoriza a realização de despesa, por parte da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e do conselho diretivo do Instituto da Segurança Social, para a aquisição de serviços de realização de testes rápidos de antigénio em estabelecimentos de educação e ensino públicos e em respostas sociais de apoio à infância do setor social e solidário, até um montante de 19,8 milhões de euros.
A norma da Direção-Geral da Saúde sobre a Estratégia Nacional de Testes, atualizada no dia 26 de fevereiro, prevê que os «testes à SARS-CoV-2 vão abranger todas as escolas de Portugal continental e contemplar a amostra de saliva para a realização dos rastreios laboratoriais».
A norma indica que «são recomendados rastreios laboratoriais regulares (de 14 em 14 dias) nos estabelecimentos de ensino ao pessoal docente e não docente» e que a incidência da testagem nas escolas prevê recolhas em concelhos com incidência cumulativa a 14 dias superior 120 por 100 mil habitantes.
Para saber mais, consulte:
Portal do Governo > Comunicado do Conselho de Ministros eletrónico de 7 de março de 2021
Covid-19 | Gravidez e parto
CHUC passa a permitir visitas às puérperas
O Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) aprovou, dia 4 de março, um procedimento que passa a permitir o acompanhamento e visitas a puérperas na Maternidade Daniel de Matos e na Maternidade Bissaya Barreto, que integram o CHUC.
No CHUC, o acompanhamento na sala de partos foi sempre possível, sendo agora também permitidas visitas durante «o período de internamento, restritas ao acompanhante escolhido», que serão limitadas a 30 minutos e que terão de ser previamente agendadas, informou o CHUC, em resposta à agência Lusa, no dia 5 de março.
«No momento da visita deve ser realizado um inquérito clínico e epidemiológico e assegurada a utilização de máscara cirúrgica, bata de proteção e correta higiene das mãos», vincou o CHUC.
Na Maternidade Daniel de Matos, as puérperas podem receber o acompanhante num espaço dedicado, à entrada da enfermaria, assegurando-se «a privacidade, ventilação adequada e higiene e desinfeção do espaço entre visitas», aclarou o hospital.
Segundo a mesma nota, na Maternidade Bissaya Barreto as puérperas «poderão receber o acompanhante no quarto, devendo estar corrida a cortina que separa as duas camas e assegurando que as visitas de cada puérpera internada não ocorrem em simultâneo». A presença de um acompanhante durante o parto é permitido, sendo que a pessoa terá que realizar um teste de deteção do novo coronavírus previamente.
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Covid-19 | Vacinação na ULS Nordeste
Mais de 23 mil doses de vacina administradas no distrito de Bragança
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste fez, até ao dia 5 de março, «23.161 inoculações da vacina contra a Covid-19 no distrito de Bragança», divulga, em comunicado.
Iniciada a 27 de dezembro de 2020, a vacinação dos profissionais de saúde é coordenada pelo Serviço de Saúde e Risco Ocupacional da ULS do Nordeste, continuando a decorrer de acordo com o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. Abrange os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e também os dos setores privado e social.
De acordo com a ULS, «por sua vez», a vacinação na comunidade, levada a cabo pelas equipas do Departamento de Cuidados de Saúde Primários da ULS do Nordeste, e que teve início no passado dia 4 de fevereiro, no concelho de Vimioso, «está a decorrer a bom ritmo», em todos os Centros de Saúde do distrito de Bragança (14), onde estão a ser administradas três das vacinas já aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento: a da Pfizer, a da AstraZeneca e a da Moderna.
Vacinação na comunidade
As 19.504 inoculações efetuadas na comunidade em apenas um mês (entre 4 de fevereiro a 5 de março), correspondem a 8.234 pessoas com a primeira dose da vacina administrada e 5.635 com as duas doses da vacina, ou seja, o processo completo, informa a ULS do Nordeste.
A vacinação na comunidade inclui os utentes e colaboradores das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas e outros lares residenciais (1.279 com a primeira dose e 5.238 com as duas doses), os profissionais essenciais como os agentes de segurança da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) e os bombeiros (970 com a primeira dose, estando em curso a administração da segunda dose) e as pessoas com mais de 80 anos e mais de 50 anos e patologias associadas, nomeadamente insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crónica ou doença respiratória crónica (5.985 com a primeira dose, estando em curso a administração da segunda dose).
Segundo a ULS, o processo de vacinação contra a Covid-19 é assegurado por equipas multidisciplinares, «mediante o estrito cumprimento de todos os procedimentos de qualidade e segurança, desde a preparação, à administração e à vigilância pós-vacinação».
«Encarando a toma da vacina com um sentimento de esperança na resolução da pandemia, a população está a aderir à convocatória efetuada pelo centro de saúde, em articulação, sempre que necessário, com as entidades parceiras na comunidade» esclarece a ULS do Nordeste.
A vacinação na área de abrangência da ULS do Nordeste «vai continuar até à inoculação de todas as pessoas que fazem parte do primeiro grupo prioritário», de acordo com o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, estendendo-se posteriormente, na população, para a segunda e a terceira fases, conforme estipulado pelas instâncias superiores, assegura ainda a unidade local de saúde.
Para saber mais, consulte:
ULS do Nordeste > Notícias
Dia Internacional da Mulher 2021
Ministério da Saúde presta homenagem às profissionais de saúde
Para assinalar o Dia Internacional da Mulher em 2021, que se assinala esta segunda-feira, 8 de março, o Ministério da Saúde presta homenagem às mulheres que trabalham na saúde em Portugal, destacando todas as que continuam na linha da frente e as que foram afetadas pela pandemia.
Atualmente, as mulheres desempenham um papel fundamental no Serviço Nacional de Saúde (SNS), representando 77,4% dos profissionais de saúde.
Conheça alguns testemunhos das mulheres e profissionais de saúde do SNS:
Hoje, ontem e amanhã são dias para valorizar o papel que as mulheres desempenham na saúde em Portugal.
Visite:
SNS vídeos > Youtube.
Homenagem às mulheres na Saúde
Secretário de Estado Adjunto e da Saúde visita a Maternidade Alfredo da Costa
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, visitou esta tarde a Maternidade Alfredo da Costa, onde felicitou as profissionais de saúde e utentes desta unidade hospitalar, numa homenagem extensível a todas as mulheres que trabalham na área da Saúde em Portugal no âmbito do Dia Internacional da Mulher.
António Lacerda Sales, acompanhado pela Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Rosa Matos, ficou a conhecer a forma como a instituição soube adaptar-se em tempos de pandemia.
Desfibrilhação Automática Externa
INEM licenciou mais de 500 desfibrilhadores para espaços públicos em 2020
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) licenciou mais de 500 desfibrilhadores para utilização em espaços públicos em 2020, elevando para 2.681 o número dos equipamentos disponíveis no país para situações de paragem cardiorrespiratória.
Segundo o INEM, em 2020, foram licenciados 494 novos programas de Desfibrilhação Automática Externa (DAE), abrangendo 509 equipamentos e 3.337 operacionais certificados para a sua utilização. Números que representam um incremento da capacidade de resposta da sociedade a eventuais casos de paragem cardiorrespiratória em locais públicos.
Em 2020, o número de utilizações de DAE, no âmbito do Programa Nacional descrito pelo INEM, ascendeu às 8.822 em 2020. Em 711 dessas utilizações, foi recomendado pelo equipamento a administração de pelo menos um choque, o que é demonstrativo de um número significativo de vidas salvas pela utilização do DAE.
No total, existem em Portugal 2.343 programas licenciados pelo INEM, o que representa um total de 2.681 equipamentos colocados em espaços públicos e 25.244 operacionais formados para os utilizar.
Antes de os DAE serem instalados em espaços públicos, os programas têm de ser licenciados pelo INEM, a quem cabe garantir que a sua eventual utilização é feita por um operador treinado e certificado, atuando por delegação médica.
Desde 2012 que passou a ser obrigatória a instalação de equipamentos de DAE em locais de acesso público que cumpram determinados requisitos, caso de estabelecimentos comerciais de maior dimensão, aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem com fluxo médio diário superior a 10 mil passageiros e recintos desportivos, de lazer e de recreio com lotação superior a 5 mil pessoas.
Segundo o INEM, “são cada vez mais as entidades” que, mesmo não tendo a missão prioritária de prestar a assistência médica pré-hospitalar, solicitam o licenciamento de programas de DAE, como é o caso da GNR. “A Guarda Nacional Republicana de Faro iniciou recentemente o processo de licenciamento com vista à colocação destes equipamentos em onze viaturas dos seus postos territoriais”, exemplificou.
Portugal conta ainda com mais de 1.200 viaturas de emergência médica pré-hospitalar equipadas com aparelhos de DAE, nomeadamente os meios do INEM e dos parceiros do Sistema Integrado de Emergência Médica, nomeadamente Bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, o que representa mais uma garantia de acesso à desfibrilhação a quem dela precise.
Para saber mais, consulte:
INEM > Notícias
INEM | Centro de Apoio Psicológico e Intervenção
Mais de mil pessoas pediram ajuda em 2020 face à morte de familiar
Mais de mil pessoas que viveram situações de morte inesperada ou traumática de um familiar procuraram ajuda em 2020 junto do Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC), do Instituto Nacional Emergência Médica (INEM), quase o dobro do ano anterior.
Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, os psicólogos do INEM receberam 20.704 chamadas relacionadas com alterações comportamentais/estado emocional, comportamentos suicidários, comportamentos homicidas, violência interpessoal, situação social e incidentes críticos.
Em 2019 foram 20.104 as chamadas para o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise, tendo os psicólogos atuado quer ao nível do aconselhamento, na estabilização emocional, no aconselhamento na notificação de morte, no apoio ao início do processo de luto, na negociação da aceitação de ajuda, na negociação em suicídio e na ativação da rede social.
Incidente crítico
A procura de ajuda face a uma morte inesperada de um familiar enquadra-se na categoria incidente crítico.
Em 2020 o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise recebeu 1.220 pedidos de ajuda perante a morte inesperada de um familiar quando em 2019 foram 748 as pessoas que solicitaram acompanhamento pela mesma razão. E entre janeiro e fevereiro deste ano, 2021, quando Portugal vivia a terceira vaga da pandemia batendo todos os máximos de casos, mortes e internamentos, 244 pessoas recorreram à linha pelo mesmo motivo. Em 2020 o serviço recebeu 124 de pedidos de ajuda face à morte inesperada de um familiar.
Segundo dados da Direção-Geral da Saúde, no mês de janeiro foram registados mais de metade do total de óbitos que ocorreram no domicílio desde o início da pandemia.
Sónia Cunha, responsável do CAPIC, explicou, em declarações à agência Lusa, que em 2020 estas situações foram particularmente sentidas no último trimestre de 2020, período em que foi visível um aumento de situações de morte relacionadas com a Covid-19, mas também com doenças crónicas.
Ao nível da alteração comportamental/estado emocional, foi também registado um aumento de chamadas relacionadas com esta ocorrência, tendo o centro recebido 4.066 pedidos de ajuda, mais 846 do que em 2019.
Dentro desta categoria, segundo os dados estatísticos do CAPIC, estão 1.331 casos de psicopatologia agudizada (mais 305), 1.291 de crise de ansiedade (mais 207), 110 de ataques de pânico (mais 15), 509 de perda de controlo emocional (mais 121) e 460 de situações de agressividade (mais 130).
Comportamentos suicidários
Já no que respeita a comportamentos suicidários, o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise registou também em 2020 um aumento face a 2019.
Foram registadas 748 chamadas de tentativa de suicídio (mais 148 face a 2019), 1.110 de intenção suicida (mais 335) e 1.491 de ideação suicida (mais 349 do que no ano anterior).
«Houve um aumento da ideação suicida, mas mais significativo ao nível da intenção. Portanto revela-nos que os comportamentos suicidários tiveram um aumento, mas sobretudo ao nível da intenção e para nós é um indicador importante porque não é só o pensar sobre o suicídio, mas um nível de decisão mais presente, com maior gravidade», explicou Sónia Cunha, destacando a importância de se vigiar estes indicadores.
O Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise foi criado pelo INEM em 2004, com o intuito de atender às necessidades psicossociais da população e dos profissionais. É formado por uma equipa de psicólogos clínicos com formação específica em intervenção em crise psicológica, emergências psicológicas e intervenção psicossocial em catástrofe.
Este serviço garante o posto no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), em regime 24/24 horas, numa escala bacional, e a operacionalização das Unidades Móveis de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE).
Para saber mais, consulte:
Maior capacidade de resposta
Hospital de Ovar com 21 camas no serviço de medicina interna
O serviço de medicina interna do Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (Hospital de Ovar) passa, a partir desta segunda-feira, a disponibilizar 21 camas, alargando em 31% a sua capacidade permanente de resposta.
«Dentro das condicionantes dos tempos que vivemos, estamos, de forma sustentada, a normalizar os diferentes serviços e a otimizar os recursos, sendo que, neste caso particular, este alargamento da nossa capacidade para acolher mais utentes, oferecendo sempre as melhores condições e a dignidade que se impõem, vem aumentar a relevância do nosso hospital no contexto regional», diz o Presidente do Conselho Diretivo do Hospital de Ovar, Luís Miguel Ferreira.
A unidade hospitalar, que tinha até agora 16 camas em enfermaria no serviço de medicina, tem procurado otimizar a sua atividade assistencial no cumprimento das orientações definidas pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde e das respostas possíveis para este hospital em concreto.
Já no início do mês de março, a atividade cirúrgica no Hospital de Ovar, suspensa desde 12 de janeiro, retomou nas várias especialidades. Com esta alteração, o serviço de Hospitalização Domiciliária será igualmente transferido para outro local do hospital que está a ser preparado para o efeito.
«O Hospital de Ovar começou, gradualmente, a retomar a atividade regular, dada a redução da pressão sentida no internamento Covid e não Covid nas últimas semanas, permitindo, assim, otimizar os recursos para uma resposta cada vez mais ajustada à população servida e às necessidades da região», acrescenta Luís Miguel Ferreira.
Para saber mais, consulte:
Hospital de Ovar – http://www.hovar.min-saude.pt/
PPUE: DGS organiza conferência sobre Saúde Global
A Direção-Geral da Saúde coorganiza com o Ministério da Saúde uma Conferência sobre Saúde Global, no próximo dia 25 de março, a partir das 08.30, no Centro Cultural de Belém, no âmbito da Presidência Portuguesa União Europeia (PPUE).
A conferência (Global Health Conference: Strengthening the role of EU on Global Health) é subordinada ao Reforço do papel da União Europeia na Saúde Global, nas dimensões da Diplomacia de Saúde Global, com especial articulação com a Agenda UE-África, da Liderança no desígnio da Cobertura Universal de Saúde e do impacto das alterações climáticas na saúde, com especial destaque para a questão das doenças transmitidas por vetores e os desafios da resistência antimicrobiana.
Os desafios da saúde global transcendem não só as fronteiras, mas também as divisões Norte-Sul, Este-Oeste e público-privado, expondo as limitações das abordagens segmentadas. São necessárias estratégias mais holísticas, inclusivas, abrangentes e coordenadas para enfrentar estes desafios verdadeiramente globais.
A diplomacia de saúde global assume importância crescente num sistema multilateral que procura contribuir para um bom funcionamento da ordem global. Exige o reconhecimento de que tanto a ciência como a política são essenciais para informar as negociações.
A pandemia da COVID-19 demonstrou a importância vital da solidariedade global para enfrentar ameaças de saúde pública partilhadas. Consciente de que nenhum país está seguro, até que todos estejam seguros, a União Europeia tem-se mostrado empenhada na promoção prossecução deste desígnio.
O Programa da conferência está disponível aqui.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas aqui.
Mais informações aqui.
Projeto da DGS forma “agentes de saúde pública” de proximidade
O contexto da atual pandemia veio sublinhar a importância da disseminação de informação fidedigna e válida pelo maior número de pessoas possível. A ativação das pessoas deve visar a promoção de mudanças comportamentais bem-sucedidas e mantidas ao longo do tempo.
É com este objetivo que a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Escola Nacional de Bombeiros vão realizar uma formação de agentes de Saúde Pública para os Formadores desta Escola no dia 11 de março.
Esta iniciativa integra o Projeto de Mobilização Social, que a DGS tem vindo a desenvolver desde março de 2020, e que pretende garantir a formação de Microinfluenciadores sociais (elementos “chave” da comunidade) para que, posteriormente, transmitam informação relevante e capacitem a comunidade nos diferentes settings e oportunidades de atuação.
O projeto conta com o apoio de inúmeras organizações parceiras (GNR, PSP, ANEPC, Cruz Vermelha, Academia, Associações Académicas, Associações de Voluntariado, Escuteiros ou Municípios) e são agora mais de 3 mil os Agentes de Saúde Pública que, espalhados por todo o país, realizam atividades junto das suas comunidades, para que a informação e o conhecimento dos comportamentos a adotar chegue a todos, não deixando ninguém para trás.
O papel destes Microinfluenciadores será o de transmitir a informação recebida junto das suas comunidades, estabelecendo-se desta forma uma disseminação em cascata das principais recomendações que visem a resposta à pandemia.