Relatório de Situação nº 379 | 16/03/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
“O futuro é de esperança”. Diretora-Geral da Saúde deixa mensagem aos portugueses
Um ano após a declaração de pandemia de COVID-19 pela Organização Mundial da Saúde, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, deixou uma mensagem aos portugueses nas redes sociais. Uma reflexão sobre o desafio que todos enfrentámos e uma mensagem de esperança.
“O futuro é um futuro de esperança”, disse Graça Freitas. “Estou convicta que, à medida que formos tendo imunidade, mesmo que essa imunidade não seja perfeita, vamos adquirindo resistência ao vírus, vamos conseguir controlá-lo e vamos conseguir, de alguma forma, retomar os nossos hábitos”, acrescentou, reiterando esperança num futuro novamente equilibrado.
No início do vídeo, a Diretora-Geral da Saúde começou por recordar o desafio complexo que a população enfrentou no último ano com a pandemia da COVID-19: “Um ano com uma enorme pressão sobre as nossas vidas, uma pressão a todos os níveis: a pressão sanitária da doença, do sofrimento, da morte, a pressão psicológica, sobretudo, muito associada ao medo, ao medo do desconhecido, mas, também, depois, ao medo daquilo que fomos conhecendo em termos do impacto do vírus nas nossas vidas, na nossa saúde e na nossa, enfim, sobrevivência”.
Processo de vacinação contra a COVID-19 explicado em vídeo
A vacinação vai decorrer em quantas fases? Como foi possível termos vacinas contra a COVID-19 feitas tão rapidamente? Estas e outras questões foram esclarecidas num conjunto de vídeos partilhados pela Direção-Geral da Saúde nas redes sociais.
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, respondeu à questão “sabe quais são as grandes vantagens da vacinação?”, dando a conhecer as principais razões pelas quais nos devemos vacinar contra a COVID-19.
Válter Fonseca, coordenador da Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19, explicou em quantas fases vai decorrer o processo de vacinação e quais os grupos prioritários.
Já a farmacêutica Ema Paulino, membro da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19, esclareceu como decorreu o processo de desenvolvimento das vacinas, explicando como foi possível termos vacinas contra a COVID-19 produzidas tão rapidamente. Um esforço mundial que resultou em vacinas eficazes, seguras e de qualidade.
Uso da vacina da AstraZeneca suspensa
Portugal suspende o uso da vacina da AstraZeneca por “precaução”
As autoridades de saúde portuguesas decidiram hoje suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 por motivos de “precaução” e “saúde pública”.
A decisão foi anunciada pelo Infarmed, Direção-Geral da Saúde e o coordenador da Task Force para a vacinação contra a Covid-19 em conferência de imprensa e surge após vários países europeus também já terem suspendido a administração desta vacina devido a relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
Espanha, Itália, Alemanha, França, Noruega, Áustria, Estónia, Lituânia, Letónia, Luxemburgo e Dinamarca, além de outros países, incluindo fora da Europa, já interromperam por “precaução” o uso da vacina da AstraZeneca, após relatos de casos graves de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas com doses do fármaco da AstraZeneca.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmaram que os dados disponíveis não sugerem que a vacina da AstraZeneca tenha causado os coágulos e que as pessoas podem continuar a ser imunizadas com esse fármaco.
Covid-19 | Próximos passos
Ministros da Saúde da UE debatem o combate à pandemia
Reunidos por videoconferência, os Ministros da Saúde da União Europeia (UE) debateram esta tarde o «caminho a seguir» no combate à pandemia de Covid-19.
Nesta sessão, presidida pela Ministra da Saúde, Marta Temido, em representação da Presidência Portuguesa do Conselho da EU, foi analisada a abordagem à Covid-19, nomeadamente a importância das medidas não farmacológicas na resposta à pandemia, bem como o avanço da vacinação nos vários Estados-membros.
Os responsáveis pela pasta da Saúde nos Estados-Membros trocaram «opiniões sobre a abordagem na resposta à Covid-19, centrando-se na utilização de medidas de saúde pública, tais como o uso universal de máscaras faciais e os requisitos sobre testes para mobilidade dentro da UE.
Foi ainda feito ponto da situação sobre o pacote legislativo relativo à Saúde da EU constituído por três propostas de regulamentos, entre as quais a revisão de mandatos do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Em cima da mesa está ainda a proposta de regulamento relativo às ameaças de saúde transfronteiriças graves.
A este propósito, a Ministra da Saúde anunciou que «apesar do contexto pandémico» e consequente realização de reuniões à distância, entre outros constrangimentos, que influenciam o progresso dos trabalhos e da negociação, a «Presidência Portuguesa tem como ambição avançar tanto quanto possível nas três propostas durante o seu mandato».
Este pacote foi apresentado pela Comissão em meados de novembro de 2020 como «uma oportunidade para a União Europeia reforçar a sua resiliência em saúde pública, tendo em conta as lições aprendidas com a pandemia», observou Marta Temido.
Foi também feito um ponto de situação sobre o «Regulamento HTA», que pretende criar um mecanismo de avaliação conjunta, a nível europeu, da eficácia clínica de novos medicamentos e dispositivos médicos.
Promovida pela Presidência Portuguesa do Conselho da UE, esta reunião virtual teve início às 9 horas, com o debate sobre o Plano Europeu de Luta Contra o Cancro.
Consulte:
Portal SNS > Ministros da Saúde | Reunião informal
Ministros da Saúde | Reunião informal
Luta contra o cancro e combate à pandemia, são pontos centrais da agenda
Marta Temido preside hoje à reunião de Ministros da Saúde da União Europeia (UE), em representação da presidência portuguesa do Conselho.
A discussão sobre o Plano Europeu de Luta Contra o Cancro deu início à sessão, tendo a Ministra da Saúde assegurado que ficou «convencida de que as ideias hoje manifestadas constituirão um importante contributo para a Comissão na execução do plano de ação».
«É fulcral que façamos os possíveis, nos próximos tempos, para implementar as estratégias de prevenção, deteção precoce e tratamento de doenças oncológicas aqui delineadas pela Comissão», observou Marta Temido no final do debate onde foi também considerada, entre outros pontos, prioritária a questão da igualdade no acesso à prevenção e ao tratamento.
Assim, «torna-se cada vez mais essencial que se promova a partilha de dados em saúde, de modo a que, juntos, possamos investir em políticas de saúde pública mais eficazes, bem como promover um acesso mais alargado à prestação de cuidados de saúde oncológicos na União Europeia», defendeu a Ministra da Saúde.
O Plano articula-se em torno de quatro ações-chave: prevenção, deteção precoce, diagnóstico e tratamento, e qualidade de vida dos doentes e sobreviventes de cancro. Contém dez iniciativas emblemáticas e múltiplas ações de apoio que serão executadas através de diferentes instrumentos de financiamento da UE.
Este programa tem por objetivo reduzir a carga que esta doença representa para os doentes, as suas famílias e os sistemas de saúde de cada Estado-Membro.
Combate à pandemia
À semelhança de outras reuniões regulares, a pandemia será o assunto dominante no período da tarde. Os trabalhos concentram-se nos próximos passos de abordagem à Covid-19, especificamente na importância das medidas não farmacológicas na resposta à pandemia, bem como na análise à evolução da vacinação nos vários Estados-Membros.
Por essa razão, caberá aos responsáveis pela pasta da Saúde dos Estados-Membros trocar «opiniões sobre a abordagem na resposta à Covid-19, centrando-se na utilização de medidas de saúde pública tais como o uso universal de máscaras faciais e os requisitos sobre testes para mobilidade dentro da UE».
Participam na reunião representantes do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), Andrea Ammon, e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Emer Cooke.
Enquanto do ECDC se espera um balanço sobre a situação epidemiológica atual na UE, caberá à EMA a informação dos ministros sobre o ponto da situação da autorização e desenvolvimento das vacinas Contra a Covid-19.
Esta sessão, que substitui a reunião formal EPSCO (Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores), é organizada pela Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
Covid-19 | Vacinação CHBV
Hospitais da região de Aveiro vacinaram quase todos os profissionais
O Centro Hospitalar do Baixo Vouga, nos quais se integram o Hospital Infante D. Pedro – Aveiro, o Hospital Distrital de Águeda e o Hospital Visconde de Salreu – Estarreja, vacinou já 98% dos seus profissionais, revelou hoje o conselho de administração.
«A vacinação vem reforçar a segurança na prestação de cuidados, dos doentes e profissionais, não se descurando, contudo, o rigoroso cumprimento das regras sanitárias nas três unidades», sublinha um comunicado do CHBV, em que é feito um apelo à população para não faltar a consultas ou atos médicos que possam estar agendados.
O conselho de administração revela que desde 29 de dezembro de 2020 até à primeira quinzena de março deste ano, foi possível vacinar «cerca de 98% dos seus profissionais, dos quais 67% se encontram já com o ciclo de vacinação completo e 31% receberam a primeira inoculação da vacina».
Dos cerca de 50 profissionais não vacinados, 12 não o foram por contraindicações clínicas temporárias, 16 por gravidez, seis porque alegadamente se atrasaram no processo de inscrição e 18 por recusarem a vacina.
Segundo a administração hospitalar, o último caso de infeção de um profissional do CHBV por SARS-coV-2 foi detetado a 26 de fevereiro, num profissional que tinha sido vacinado sete dias antes, mas que esteve sempre assintomático.
O primeiro caso detetado havia sido a 12 de março de 2020, «tendo sido contraído na comunidade».
CHL | Cuidados Paliativos
Nova unidade começou a funcionar no Hospital de Alcobaça
A primeira unidade de cuidados paliativos do distrito de Leiria começou a funcionar no Hospital de Alcobaça, prevendo receber cerca de 250 doentes por ano.
A Unidade de Internamento de Cuidados Paliativos (UICP) no Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira abriu portas na segunda-feira para prestar «acompanhamento dos doentes com necessidades paliativas mais complexas», refere o Centro Hospitalar de Leiria em comunicado.
O serviço vai funcionar num espaço físico independente, com uma equipa multidisciplinar a tempo inteiro, cobrindo toda a área de influência do CHL, num total de cerca de 400 mil utentes.
O Presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio Carvalho, estima que aquela valência, «há muito ambicionada e necessária», prevê prestar cuidados especializados a «cerca de 250 doentes por ano».
A nova UICP, que ocupa o antigo Serviço de Cirurgia Geral do hospital, conta com 12 camas, distribuídas por 10 quartos, espaços de trabalho para os profissionais, sala de tratamentos, zona de limpos e sujos, refeitório, e sala de convívio e de atividades.
A unidade integra o Serviço de Cuidados Paliativos, que inclui uma equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos, a consulta externa e o hospital de dia.
O projeto teve um investimento de cerca de 680 mil euros, cofinanciado em 156.825 mil euros no âmbito do Programa Portugal 2020. A unidade contou ainda com uma contribuição da Câmara Municipal de Alcobaça, no valor de 75 mil euros, para aquisição de equipamentos e mobiliário.
As UICP são serviços específicos de cuidados paliativos em unidades hospitalares, que dispõem de espaço físico independente, com médicos e enfermeiros a tempo inteiro, e que se destinam ao acompanhamento dos doentes com necessidades paliativas mais complexas, em situação de descompensação clínica ou emergência social, como seja a exaustão grave do cuidador.
Visite:
Centro Hospitalar de Leiria – http://www.chleiria.pt/
CHBM inicia videoconsultas
Projeto contribui para o aumento da segurança e do conforto do utente
O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) está a implementar um projeto de realização de consultas através de videochamada, «modelo contribui para o aumento da segurança e do conforto do utente, uma vez que evita as deslocações não essenciais ao hospital», destaca o centro hospitalar.
A consulta é realizada através de uma chamada de vídeo em que o médico interage, em tempo real, com o doente, contribuindo para uma melhor avaliação clínica à distância. Com a implementação desta tecnologia é possível ao médico consultar a história clínica do utente, bem como planear a prestação de cuidados de saúde (por exemplo agendamento de próximas consultas, exames, entre outros).
O projeto tem início com as especialidades de Gastroenterologia e Medicina Interna. Posteriormente será alargado às especialidades de Cardiologia, Pediatria e Psiquiatria.
Para que a videoconsulta se realize é importante que o utente tenha os seus contactos de telefone e e-mail atualizados. No dia da consulta deve aceder ao link recebido, na hora agendada, através do seu computador, smartphone ou tablet e aguardar que o médico inicie a consulta.
Para saber mais, consulte:
CHBM > Notícias
Coordenadora do Sistema EVITA do Instituto Ricardo Jorge integra Comissão Nacional de Trauma
16-03-2021
Tatiana Alves, responsável pelo sistema EVITA (Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, é um dos elementos que integra a Comissão Nacional de Trauma, recentemente renovada. Fazem parte desta Comissão representantes dos diversos organismos do Ministério da Saúde com atribuições no domínio da saúde e da gestão dos meios especialmente relevantes para a coordenação respeitante ao trauma.
Propor o modelo de funcionamento e articulação dos agentes participantes na rede de trauma, identificar e fomentar a divulgação e implementação de normas de boa prática em trauma, assim como garantir a implementação da Via Verde do Trauma, na prestação de cuidados de saúde pré e intra-hospitalares, são algumas das competências atribuídas à Comissão, que terá ainda a responsabilidade de promover a concretização de equipas de trauma na rede hospitalar.
A Comissão deverá também propor a implementação do Registo Nacional de Trauma nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes e meios de emergência médica pré-hospitalar e na rede hospitalar de urgência/emergência, e consequente vigilância epidemiológica do trauma em Portugal, em articulação com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e o INSA.
Outro dos objetivos da Comissão passa por valorizar a relevância da problemática da violência doméstica, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) e o INSA, bem como ponderar a possibilidade da criação de um percurso clínico para a melhor identificação e sistematização da gestão clínica da situação do doente geriátrico com fratura proximal do fémur, em colaboração com a DGS e o INSA.
- Despacho n.º 2534/2021 | D.R. n.º 45/2021, Série II de 2021-03-05
Constitui a Comissão Nacional de Trauma e determina as suas competências