Relatório de Situação nº 385 | 22/03/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Circular Informativa Conjunta DGS/INFARMED/INSA nº 005/CD/100.20.200 de 19/03/2021
Portaria nº 56/2021, de 12 de março – Regime excecional no âmbito da COVID-19: Critérios de inclusão, operacionalização da utilização e reporte de resultados dos autotestes.
Portugal retoma hoje a vacinação com a AstraZeneca
Portugal retoma esta segunda-feira a vacinação contra a COVID-19 com a vacina da AstraZeneca.
As autoridades de saúde portuguesas decidiram na semana passada retomar a administração da vacina da AstraZeneca, depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter anunciado que esta vacina “é segura e eficaz” e que não está associada aos casos de formação de coágulos sanguíneos que levaram à suspensão da sua utilização em vários países europeus.
Em conferência de imprensa, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que a suspensão temporária da vacina, ao abrigo do princípio da precaução, foi uma decisão de saúde pública.
A pausa que se verificou na utilização da vacina da AstraZeneca, adiantou, é “facilmente recuperável e não vai impactar significativamente no esforço de vacinação”.
“O plano de vacinação sofreu uma pausa no que concerne à vacina da AstraZeneca e vai ser posto em marcha outra vez a partir de segunda-feira. Vamos retomar o plano, acelerando-o”, afirmou o coordenador da ‘task force’ para a vacinação contra a COVID-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, numa conferência de imprensa em que esteve também presente o presidente do Infarmed, Rui Ivo.
EMA desaconselha uso de ivermectina para prevenção ou tratamento de COVID-19 fora de ensaios clínicos randomizados – Infarmed
22 mar 2021
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) analisou as evidências publicadas recentemente de estudos laboratoriais, estudos observacionais, ensaios clínicos e meta-análises da substância Ivermectina.
Alguns estudos laboratoriais evidenciaram que a ivermectina pode bloquear a replicação do SARS-CoV-2 mas em concentrações de ivermectina muito mais altas do que as alcançadas nas doses atualmente autorizadas.
Os resultados dos estudos clínicos foram variados, com alguns estudos a não demonstrarem qualquer benefício e outros com relatos de um benefício potencial. A maioria dos estudos analisados pela EMA não eram suficientemente representativos e tinham outras limitações adicionais, incluindo diferentes regimes de dosagem e uso de medicamentos concomitantes.
Neste sentido, a EMA concluiu que a evidência atualmente disponível não é suficiente para apoiar o uso de ivermectina em COVID-19 fora de ensaios clínicos.
O Infarmed, no dia 11 de março, já tinha alertado para conclusões semelhantes, concluindo que não existem evidências que apoiem a utilização deste medicamento na profilaxia e tratamento da COVID-19.
Mais informações no website da Agência Europeia de Medicamentos.
Miguel Arriaga integra task force de ciências comportamentais
O Chefe da Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da Direção-Geral da Saúde, Miguel Arriaga, integra a task force criada pelo Ministério da Saúde com vários especialistas em ciências comportamentais, para o apoio na tomada de decisão no contexto da pandemia da COVID-19.
De acordo com o despacho publicado esta sexta-feira, “o comportamento humano tem um impacto decisivo no controlo da pandemia de COVID -19”, pelo que “os comportamentos devem estar no centro das estratégias de combate à situação pandémica, assim como na preparação das respostas a futuras crises de saúde pública”. Com esta participação, a DGS reforça a importância e o trabalho na área das ciências comportamentais.
O diploma refere que existe a necessidade de traçar um objetivo a curto prazo: “Uma mudança de comportamentos individuais e coletivos, para a qual é indispensável o contributo de estratégias sustentadas em evidência científica da área das ciências comportamentais e desenhadas e comunicadas tendo em conta as dificuldades e obstáculos que se colocam à adesão da população em geral e de grupos específicos”.
Neste sentido, caberá à task force, por exemplo, “a recolha, síntese e produção de evidência científica na área das ciências comportamentais aplicadas a contextos de pandemia; e a prestação de apoio direto à tomada de decisão e formulação de recomendações para políticas públicas baseadas na evidência”.
O grupo é constituído por elementos da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Trinity Centre for Practice and Healthcare Innovation, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica.
Saiba mais em https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/159762997/details/2/maximized?serie=II&parte_filter=31&dreId=159678463
Prorroga os períodos de carência de capital em empréstimos com garantia do setor público e aprova um regime especial de concessão de garantias pelo Fundo de Contragarantia Mútuo, no âmbito da pandemia da doença COVID-19
Estabelece medidas excecionais e temporárias relativas à pandemia da doença COVID-19 na área da educação
Covid-19 | Hospital de Évora
Estrutura de apoio suspende atividade após alta de último doente
A estrutura municipal de apoio ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) suspendeu a sua atividade temporariamente, no domingo, dias após o último doente com Covid-19 internado ter tido alta.
De acordo com o HESE, o último doente internado na estrutura municipal de apoio (EMA) teve alta na quarta-feira e que a atividade deste equipamento, no domingo, foi suspensa temporariamente, com “o abrandamento da infeção” pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 “a nível local e regional”.
Foram internados na Estrutura Municipal de Apoio ao Hospital (EMA) do hospital de Évora 123 doentes com Covid-19, entre o dia 9 de janeiro, quando foi ativada, e o dia 17 deste mês,
“Esta estrutura foi um sucesso pela rapidez com que entrou em funcionamento, fazendo frente às necessidades do momento, pelo trabalho que foi desenvolvido pelas equipas” e “pelos doentes que tratou”, constituindo “um exemplo da importância da articulação e parceria entre instituições”, salientou o HESE, em comunicado.
A Presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes, realça que “o trabalho desenvolvido pelas equipas e por cada uma das instituições ultrapassou todas as expetativas. Criou-se uma unidade verdadeiramente focada no doente, concebida e desenvolvida por equipas dedicadas. Em articulação com os outros Serviços do HESE, a rotatividade e articulação dos doentes foi muito bem conseguida, nomeadamente com o Serviço de Urgência, Unidade de Cuidados Intensivos, Medicina Interna, Unidade de Hospitalização Domiciliária Polivalente, Enfermarias COVID-19, Medicina Apoio, entre outros.
A EMA foi cedida à unidade hospitalar pela Câmara de Évora e recebeu os primeiros três doentes a 9 de janeiro.
Os cuidados aos doentes transferidos para este equipamento foram prestados por uma equipa multidisciplinar do HESE, que incluiu médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes sociais.
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Reabilitação de doentes Covid-19
HDFF complementa em ambulatório trabalho iniciado em enfermaria
O Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) disponibilizou aulas de exercício terapêutico para reabilitação de doentes em convalescença após Covid-19, provenientes do internamento ou da consulta de pneumologia.
De acordo com o HDFF, «considerou-se ser essencial dar continuidade ao apoio prestado, pelo Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, aos doentes internados com Covid-19» naquele hospital «complementando em ambulatório o trabalho iniciado em enfermaria».
Nesse sentido, foram criadas as classes de exercício terapêutico para, de forma progressiva e adaptada às capacidades de cada utente, promover e otimizar as suas capacidades funcionais de modo a potenciar um retorno à vida ativa o mais precocemente possível.
Cada classe é composta por quatro utentes. Tem frequência bissemanal, com ciclos de seis semanas. Após cada ciclo, ou sempre que se justificar, o utente é reavaliado para decisão da manutenção do plano ou ter alta, esclarece ainda o HDFF.
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Sangue | Hospital de Cantanhede
Hospital passa a efetuar transfusões de sangue no âmbito de protocolo com CHUC
O Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede (Hospital de Cantanhede), no distrito de Coimbra, vai passar a efetuar transfusões de sangue dentro de uma semana, no âmbito de um protocolo com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), foi hoje anunciado.
Segundo a Presidente do Conselho de Administração daquela unidade, Diana Breda, trata-se de reativar um procedimento que deixou de ser efetuado há cerca de uma década e que vai trazer muitas vantagens para os doentes da unidade de cuidados paliativos e para as pessoas da sua área de abrangência.
O procedimento será efetuado no Hospital de Dia e permite «uma lógica de resposta de proximidade, evitando que os doentes tenham de se deslocar ao CHUC», disse a responsável, numa breve cerimónia no Hospital de Cantanhede, que antecedeu o início da formação dos profissionais de saúde.
«O nosso primeiro foco foram os nossos doentes em cuidados paliativos, muito fragilizados, que tinham de ser transportados ao CHUC. Depois, vamos também trabalhar os doentes de ambulatório com os serviços de saúde primários e com o próprio CHUC para perceber de que maneira os vamos passar a atender», explicou.
Para a Enfermeira Diretora do CHUC, Áurea Andrade, a parceria com o Hospital de Cantanhede é «bem-vinda e encarada com agrado», na medida em que «são bem-vindos todos os projetos a favor da qualidade de vida e bem-estar dos doentes».
«É uma mais-valia e uma grande vantagem para os doentes internados, que podem receber transfusões na sua cama sem terem de se deslocar», salientou.
O Diretor do Serviço de Sangue e Medicina Transfusacional do CHUC, Jorge Tomás, sublinhou que o protocolo estabelecido «é a demonstração inequívoca de que o Serviço Nacional de Saúde consegue funcionar sem ser em silos, com vasos comunicantes e focado no bem-estar do doente e das populações».
«Para nós, o importante é chegar com segurança à população, permitindo que estes doentes sejam transfundidos com critérios de qualidade e segurança, como se fosse no CHUC, com a vantagem de não terem o ónus da deslocação», frisou.
O novo serviço entra em funcionamento «no espaço máximo de uma semana», após um período inicial de formação teórica e prática a sete enfermeiros e cinco médicos do Hospital de Cantanhede.
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Teleconsulta para doentes com insuficiência cardíaca
Hospital de Évora acompanha à distância cerca de 30 pacientes
O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) implementou um sistema de teleconsulta para doentes com insuficiência cardíaca, devido à pandemia de covid-19, e que já acompanha à distância cerca de 30 pacientes.
Em comunicado, a instituição indicou que o Hospital de Dia de Insuficiência Cardíaca por Teleconsulta arrancou em dezembro de 2020 e, atualmente, acompanha cerca de 30 doentes.
Desenvolvido pela equipa do Serviço de Cardiologia o projeto, considerado pelo HESE como “pioneiro no Alentejo”, começou a ser definido “há cerca de um ano”, devido à pandemia de covid-19.
Segundo o HESE, esta nova forma de consulta permite também “um atendimento multidisciplinar” em que “o doente é avaliado por uma equipa médica e de enfermagem que promove a sua saúde e autonomia”.
Esta teleconsulta destina-se aos doentes que sofrem de insuficiência cardíaca e que já são acompanhados pelo Serviço de Cardiologia do HESE, abrangendo toda a região do Alentejo.
Dia Mundial da Água
«Valorizar a água» é o tema escolhido pela ONU para 2021
O Dia Mundial da Água é celebrado, anualmente, no dia 22 de março, depois de a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ter aprovado a data, por resolução, em 1993.
O tema escolhido para a ONU em 2021 é «Valorizar a água». Pretende-se desta forma alertar para as consequências negativas do crescimento populacional, do aumento do seu uso na agricultura e na indústria e das alterações climáticas na preservação da água.
Para assinalar a data, realiza-se a campanha a H2Off – Hora de fechar a torneira. A campanha pretende mobilizar as pessoas a não abrirem as torneiras das 22 às 23 horas, de forma a tomarem consciência da importância deste bem.
Para saber mais, consulte:
- ONU Água > Dia Mundial da Água – em inglês
- H2Off – Hora de fechar a torneira
Dia Mundial da Água 2021 – INSA
22-03-2021
Comemora-se a 22 de março o Dia Mundial da Água, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1993, com o objetivo de promover a reflexão sobre a importância vital dos recursos hídricos. Alinhado com o 6º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, que visa garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos até 2030, o tema deste ano é “Valorizar a água”, com vista a reconhecer e destacar o papel da água nas suas diferentes perspetivas, tanto do ponto de vista do consumo doméstico e dos aspetos económicos e sociais, como das questões da saúde, ambiente, cultura e educação.
Apesar do seu valor para os ecossistemas e da sua importância como bem essencial de consumo, a água é um recurso ameaçado na sua origem pela crescente contaminação com matéria orgânica, maioritariamente de origem antropogénica. A eutrofização das massas de água doce superficial é um fator que estimula o crescimento de microalgas, particularmente de cianobactérias.
As cianobactérias, apesar de serem constituintes naturais dos ecossistemas aquáticos, em condições propícias (excesso de nutrientes, luz e temperaturas elevadas) têm a capacidade de crescer massivamente. Este fenómeno, denominado de bloom, constitui um risco para a saúde humana e ambiental, pois é frequentemente caracterizado pela presença de espécies produtoras de toxinas (cianotoxinas) com efeitos hepatotóxicos e neurotóxicos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou recentemente a segunda edição do livro “Toxic Cyanobacteria in Water – A Guide to Their Public Health Consequences, Monitoring and Management”. Este importante guia técnico-científico atualiza o conhecimento a respeito da ocorrência de cianobactérias e cianotoxinas e recomenda valores-guia e de referência para as cianotoxinas anatoxina-a, cilindrospermopsina e saxitoxina, para além do já existente para a microcistina-LR (1µg/L, D.R. n.º 306/2007 e D.R. n.º 152/2017).
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Água e Solo do Departamento de Saúde Ambiental, intervém, desde 1996, na monitorização de águas doces superficiais relativamente às cianobactérias e toxinas associadas. Na edição 30 do Boletim Epidemiológico Observações (BEO – setembro 2021) será publicado um artigo que visa a divulgação das informações contidas no livro da OMS, pretendendo desta forma contribuir para a disseminação da informação relativa à monitorização de cianobactérias e cianotoxinas em águas de consumo e balneares.
Neste Dia Mundial da Água, o INSA junta-se à campanha H2Off – Hora de fechar a torneira, promovida pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA). Esta ação de sensibilização pretende promover o uso correto e eficiente da água, num apelo generalizado de fecho das torneiras das 22:00 às 23:00.
ONU Água | Dia Mundial da Água 2021 (em inglês)