Notícias em 24/03/2021

Relatório de Situação nº 387 | 24/03/2021

Relatório de Situação nº 387 | 24/03/2021 – DGS

Relatório de Situação nº 387 | 24/03/2021

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação


Decreto-Lei n.º 23-A/2021 – Diário da República n.º 58/2021, 1º Suplemento, Série I de 2021-03-24
Presidência do Conselho de Ministros
Estabelece medidas de apoio aos trabalhadores e empresas, no âmbito da pandemia da doença COVID-19

Resumo em Linguagem Clara | Summary in plain english

Resolução do Conselho de Ministros n.º 33-A/2021 – Diário da República n.º 58/2021, 1º Suplemento, Série I de 2021-03-24
Presidência do Conselho de Ministros
Estabelece medidas de apoio no âmbito da pandemia da doença COVID-19

Veja ainda:

Novos termos de atribuição do subsídio extraordinário de risco no combate à pandemia da doença COVID-19


Covid-19 | Campanha de vacinação

24/03/2021

Previstos 2.500 enfermeiros para a 2.ª fase da vacinação

A segunda fase do plano de vacinação contra a Covid-19 vai contar com cerca de 2.500 enfermeiros segundo a estimativa apresentada hoje pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

«Serão necessários cerca de 2.500 enfermeiros para esta tarefa. Com certeza, quer dentro do Serviço Nacional de Saúde quer fora, nós teremos capacidade para este número de enfermeiros», afirmou António Lacerda Sales no Hospital das Forças Armadas, onde recebeu, esta terça-feira, a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

O governante esclareceu ainda que os 2.500 enfermeiros vão estar «alocados de forma permanente» à campanha de vacinação.

O momento da vacinação foi aberto à imprensa por iniciativa do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde para «dar confiança aos portugueses na vacina da AstraZeneca», depois de a sua administração ter sido suspensa e novamente validada pelas autoridades de saúde.

Consulte:

Portal SNS > Vacinação Covid-19


Resposta à Covid-19

24/03/2021

Centro Hospitalar do Oeste investiu mais de 1,9 M€ na resposta à pandemia

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) investiu, no último ano, mais de 1,9 milhões de euros (M€) no reforço de equipamentos para responder à pandemia de covid-19, divulgou hoje a Comissão Cívica de Utentes dos três hospitais da região.

Num balanço sobre a atividade anual do centro hospitalar, que integra o Hospital Distrital Caldas da Rainha, o Hospital Distrital Torres Vedras e o Hospital São Pedro Gonçalves Telmo – Peniche, a comissão divulgou os dados fornecidos pelo Conselho de Administração do CHO, destacando um investimento de 1.973.920 euros em equipamentos «de várias tipologias, no sentido do reforço da capacidade de resposta às necessidades impostas pela pandemia».

O balanço foi divulgado no encontro com a comunicação social, realizado nas Caldas da Rainha, onde o porta-voz da comissão, Vitor Dinis, deu nota de que a verba foi aplicada em ventiladores portáteis, ventiladores para cuidados intensivos, monitores multiparâmetros e monitores multiparâmetros não invasivos, seringas infusoras, bombas infusoras, entre as quais as destinadas a alimentação entérica e aparelhos de raio X portátil.

O CHO transmitiu ainda à comissão que, dado não dispor de unidades de cuidados intensivos ou intermédios em nenhum dos três hospitais, «afigurou-se necessário e urgente garantir a capacidade de ventilação e estabilização hemodinâmica dos doentes» enquanto aguardavam transferência para Unidades de Cuidados Intensivos de outras unidades hospitalares do país.

Nesse sentido, equipou-se, no último ano, com «20 equipamentos de ventilação, dois dos quais doados», no âmbito de campanhas de solidariedade das autarquias, do tecido empresarial e de particulares que «efetuaram inúmeras doações de equipamentos e bens alimentares, entre outros».

Unidade livre de Covid-19

No balanço enviado à comissão, o CHO recorda que, no que respeita à resposta à pandemia, o Hospital de Peniche foi mantido como unidade livre de Covid-19, tendo sido criadas ao longo de 2020, nas unidades das Caldas da Rainha e de Torres Vedras, enfermarias específicas para internamento de doentes infetados pelo coronavírus SARS-CoV-2 (causador da doença Covid-19).

«A capacidade instalada para internamento de doentes Covid-19 atingiu as 142 camas em janeiro de 2021, representando uma taxa de esforço de 58% da totalidade das camas do CHO», pode ler-se no balanço apresentado pela comissão.

No mesmo mês, refere ainda o documento, registaram-se «mais de 2 mil atendimentos» nas duas ADR (Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios) criadas nos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras.

No que respeita aos constrangimentos não diretamente ligados com a pandemia, Vitor Dinis destacou as «dificuldades apontadas pelas corporações de bombeiros das Caldas da Rainha, Bombarral, Lourinhã e Óbidos relativamente ao transporte inter-hospitalar».

As principais queixas das corporações prendem-se com o transporte de doentes para o serviço de Ortopedia do Hospital de Torres Vedras, dado não haver internamento desta especialidade nas restantes unidades e que resulta «num elevado tempo de espera».

Com base nas preocupações manifestadas pelas diversas entidades ligadas à saúde a Comissão Cívica de Utentes do CHO propõe-se agora, em 2021, em «lutar para resolver todas estas questões» e exigir ao Governo a «criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos num dos hospitais do Oeste», concluiu Vitor Dinis.

Visite:

CHO – http://www.choeste.min-saude.pt


Cuidados de proximidade

24/03/2021

Doação de tablets aproxima doentes e familiares nos cuidados paliativos

O Departamento de Cuidados Paliativos e Continuados da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste recebeu 10 tablets que vieram reforçar a comunicação entre os doentes ali internados e os seus familiares.

Trata-se de uma adesão da ULS do Nordeste ao projeto “Estou”, iniciativa pioneira da associação sem fins lucrativos SemeiAbraços, com o objetivo de combater o isolamento dos doentes e contribuir para a humanização dos hospitais.

Através deste donativo, os doentes internados podem agora realizar videochamadas com os seus familiares, de forma gratuita, sem limite de tempo e sem a necessidade de intervenção de um profissional de saúde. Isto porque os tablets disponibilizados usam um software específico, muito simples, cedido ao Estou, que reduz as barreiras à comunicação digital nos doentes menos familiarizados com as novas tecnologias.

O Estou dirige-se aos doentes que têm capacidades físicas e cognitivas para usar o equipamento, contudo, não possuem equipamentos eletrónicos para o fazer, sendo-lhes, assim, atribuídos tablets associados ao projeto durante todo o internamento.

Segundo a Diretora do Departamento de Cuidados Paliativos e Continuados da ULS do Nordeste, Liseta Gonçalves, um dos maiores benefícios da implementação deste projeto é a redução da ansiedade e o aumento do bem-estar emocional, quer dos doentes quer dos seus entes queridos, por se poderem ver e falar de forma mais direta, numa altura em que as visitas hospitalares sofrem ainda alguns condicionamentos, por força da pandemia.


Videoconsultas reforçadas

24/03/2021

CHULC alarga projeto a mais 30 áreas médicas e não médicas

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) alargou o projeto das videoconsultas a mais 30 áreas médicas e não médicas. No total, a modalidade já inclui 41 consultas, distribuídas pelos seis polos do Centro Hospitalar.

A aposta recente abrange, por exemplo, as áreas de Enfermagem e Psicologia e prevê a abertura próxima de mais 15, entre elas na área da Farmácia. Destaque também para as consultas multidisciplinares na área da Obesidade e da Medicina Física e de Reabilitação com a modalidade de consultas em grupo e mista (presencial e online, em simultâneo).
O projeto arrancou, no CHULC, em abril de 2020. Até agora foram realizadas mais de 500 consultas com recurso a esta tecnologia. Destas, pelo menos, 250 concretizadas este ano.

Os atuais tempos de pandemia tornaram clara a oportunidade de potenciar a expandir a implementação das consultas à distância, sempre que se justifiquem. O objetivo é estar mais próximo dos doentes, através de um contacto seguro, especializado, focado e direto.
Desafiados pelo Conselho de Administração, os profissionais das várias áreas têm trabalhado nesta que é uma solução também cada vez mais aceite pelos doentes, com recurso a uma plataforma flexível e multifacetada integrada nos sistemas de informação do CHULC.

Para saber mais, consulte:

CHULC – http://www.chlc.min-saude.pt/


Dia Mundial da Tuberculose

24/03/2021

Tuberculose mantém tendência decrescente em Portugal

A taxa de notificação da tuberculose (TB) em Portugal manteve a tendência decrescente em 2018/19, mas a mediana de dias até ao diagnóstico permanece elevada, o que significa menor grau de suspeição da doença.

Estas são duas das principais conclusões do Relatório de Vigilância e Monitorização da Tuberculose em Portugal, referente aos anos 2018/19, publicado esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, a propósito do Dia Mundial da Tuberculose, comemorado, anualmente, em 24 de março.

Em 2019, foram notificados 1.848 casos de tuberculose em Portugal (1.886 em 2018), correspondendo a uma taxa de notificação de 18,0 por 100 mil habitantes, em 2019, e de 18,4 por 100 mil habitantes, em 2018. O decréscimo anual da taxa de notificação nos últimos cinco anos é de 3,9%/ano.

No que diz respeito aos novos casos, em 2019 ocorreram 1.696 (1.740 em 2018) e 152 retratamentos (146 em 2018). A taxa de incidência (número de novos casos) acompanhou a tendência decrescente, sendo em 2018 de 17,0 por 100 mil habitantes e em 2019 de 16,5 por 100 mil habitantes.

Embora se verifique a diminuição progressiva da incidência de tuberculose em Portugal, a mediana de dias até ao diagnóstico tem-se mantido elevada: 74 dias em 2019 quando comparada com 79 dias em 2018 e 61 dias em 2008, traduzindo a menor suspeição da doença, quer pela população quer pelos profissionais de saúde.

O atraso no diagnóstico relaciona-se em dois terços dos casos com o atraso do utente na valorização dos sintomas e procura de cuidados de saúde e em um terço dos casos com a resposta dos cuidados de saúde.

Literacia em tuberculose

A região de Lisboa e Vale do Tejo e a região do Norte mantêm-se como as regiões de maior incidência (22,1 e 20,9 casos por 100 mil habitantes, respetivamente).

Os homens continuam a ser mais afetados do que as mulheres (66,9% do total de casos notificados em 2019), especialmente na idade adulta. E a localização mais frequente da doença continua a ser pulmonar (74,1% em 2019 e 70,5% em 2018).

Em 2019, 79,9% dos casos notificados foram testados para vírus da imunodeficiência humana (VIH) – 88,1% em 2018 – e 9% apresentavam coinfeção TB/VIH.

A demora no diagnóstico levou o Programa Nacional para a Tuberculose, da Direção-Geral da Saúde, a iniciar o processo de melhoria na literacia em tuberculose na população, através da produção de vídeos e folhetos dirigidos à população, e de formações aos profissionais de saúde.

Apesar da tendência decrescente, a tuberculose mantém-se como uma das 10 principais causas de morte a nível mundial. Para 2021-2022, o Programa Nacional para a Tuberculose define como prioridade a reorganização da resposta assistencial à tuberculose, a otimização das plataformas de notificação, a melhoria da literacia em tuberculose na população em geral e nos profissionais de saúde, e, por fim, a interligação entre as várias estruturas da saúde e sociais, permitindo uma resposta integrada.

Uma população informada terá, inevitavelmente, um papel decisivo no diagnóstico e tratamento precoce da doença, revelando-se fundamental para a concretização dos objetivos estabelecidos, caminhando assim para a eliminação da tuberculose em Portugal.

Para saber mais, consulte:

DGS – https://www.dgs.pt/


Vigilância molecular da Tuberculose multirresistente em Portugal – INSA

imagem do post do Vigilância molecular da Tuberculose multirresistente em Portugal

24-03-2021

O Laboratório Nacional de Referência de Tuberculose (LNR-TB) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) tem atualmente capacidade instalada para fazer uma previsão de resistência aos antibacilares de primeira e segunda linha em cerca de uma semana após isolamento cultural, em vez dos vários meses necessários para um antibiograma fenotípico completo. Os resultados moleculares obtidos dos casos de tuberculose multirresistente (TB-MR) são fundamentais para efeitos de adequação terapêutica e vigilância epidemiológica.

Em Portugal, desde 2014 que existem centros de referência para os casos de TB-MR, com profissionais dedicados que fazem o seguimento dos doentes e centralizam a informação das entidades de Saúde Pública e do LNR-TB. Dado que todas as estirpes de Mycobacterium tuberculosis complex, isoladas dos casos de TB-MR, são enviadas ao INSA para efeitos de diagnóstico de resistências e vigilância, o LNR-TB desenvolveu metodologias de sequenciação de nova geração de forma a permitir um diagnóstico mais rápido destes casos particulares.

No âmbito da sua missão, o LNR-TB faz a vigilância sistemática de todos os casos de TB-MR e desde 2016 que não se detetam clusters moleculares. Os casos recentes estão relacionados com casos de anos anteriores, alguns com espaçamento de mais de três anos, o que se pode dever a uma reativação de um contacto ou à prevalência de uma determinada estirpe que se mantém em circulação.

“Embora o tratamento seja obviamente mais demorado nos casos de TB-MR, espera-se que o risco de infecciosidade não seja aumentado relativamente aos casos de TB sensível, principalmente se a terapêutica instituída for a adequada, pelo que o facto de não existirem casos de transmissão recente nos últimos anos é um indicador muito favorável”, sublinha Rita Macedo, responsável pelo LNR-TB do INSA, em Lisboa, acrescentando que a “implementação deste sistema de monitorização e vigilância de casos permitiu aumentar a eficácia dos programas de controlo e medidas de prevenção e formação adotadas pela Direcção-Geral da Saúde”.

Segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), na zona Euro, foram notificados 49.752 casos de TB em 2019, continuando a tendência decrescente desde 2010, sendo que destes, 834 eram casos de TB-MR. Sendo que a maioria das mortes por TB poderiam ser prevenidas com acesso a diagnósticos atempados e tratamento eficaz, a introdução de testes moleculares para diagnóstico rápido de TB-MR pode ajudar na prevenção da transmissão destes casos e permitir uma melhor adequação terapêutica.

Com mais de 10 milhões de doentes e 1.7 milhões de mortes em 2019, a tuberculose continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade por doença infeciosa a nível mundial. Estes dados são agravados pela ausência de diagnóstico e notificação dos casos, estimada em 3 milhões de casos em 2019, que aumenta nos casos de TB resistente aos antibacilares.