Relatório de Situação nº 395 | 01/04/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Decreto Regulamentar Regional n.º 3/2021/A – Diário da República n.º 64/2021, Série I de 2021-04-01
Região Autónoma dos Açores – Presidência do Governo
Regulamenta a aplicação, na Região Autónoma dos Açores, do Decreto do Presidente da República n.º 31-A/2021, de 25 de março, prevendo medidas específicas, de carácter preventivo, para o período da Páscoa
Controlar a Pandemia
Segunda fase do plano de desconfinamento avança na próxima segunda-feira
Portugal pode “dar o passo de avançar” com as medidas de desconfinamento previstas para a próxima segunda-feira, dia 5 de abril, afirmou hoje o Primeiro-Ministro no final do Conselho de Ministros. António Costa explicou que “a aplicação combinada dos dois critérios” – incidência e ritmo de transmissão da covid-19 – mantém Portugal “claramente no quadrante verde”.
Na segunda-feira, as lojas com porta para a rua com menos de 200 metros quadrados deixam de ter de vender ao postigo e passam a poder ter as suas portas franqueadas ao público, para, de acordo com a rotação e as regras da Direção-Geral da Saúde, poderem fazer atendimento presencial.
Os restaurantes, pastelarias e cafés com esplanada podem reabrir, com grupos limitados a quatro pessoas
A partir de segunda-feira, volta a ser possível comprar roupa e outros bens cuja venda estava proibida nos hipermercados, por motivos de concorrência, uma vez que passa também a ser possível comprá-los nas lojas de rua que tenham até 200 m2.
Nesta segunda fase de desconfinamento, reabrem também os ginásios, mas ainda sem autorização para aulas de grupo. Passa a ser permitida a prática de modalidades desportivas de baixo risco, enquanto os eventos desportivos continuarão a decorrer sem a presença de público.
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SNS24 | Mais de 1,6 milhões de chamadas
Aumento de mais do dobro de chamadas no 1.º trimestre face a 2020
Nos primeiros três meses deste ano, o Centro de Contacto SNS24 já recebeu mais de 1,6 milhões de chamadas, mais do dobro do verificado em igual período de 2020, divulgou o Presidente da SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
No primeiro trimestre de 2020, que inclui o mês de março, quando começou a pandemia em Portugal, foram atendidas cerca de 700 mil chamadas.
De acordo com o responsável da SPMS, o número de chamadas no primeiro trimestre de 2021 para o SNS24 ultrapassa “largamente todo o ano de 2019” em que foram atendidas 1.485.000 chamadas. Em janeiro deste ano, a Linha SNS recebeu quase 1.100.000 chamadas e em março atendeu cerca de 180 mil.
“Estamos como números cinco vezes abaixo daqueles que tínhamos em janeiro”, observou, salientando que a linha com a pandemia ganhou uma flexibilidade que não tinha “de se adaptar à procura, mantendo o nível de serviço tendencialmente sempre bom ou muito bom, apesar das flutuações bruscas de procura”.
Neste momento, o SNS24 está também a emitir requisições para os contactos de baixo risco, “uma mudança relativamente recente e que veio em resposta à nova estratégia no que respeita à testagem”.
Ao longo da pandemia, emitiu 86.790 requisições para a realização de testes e cerca de 950 mil declarações provisórias de isolamento profilático.
Para Luís Goes Pinheiro, o SNS24 – Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde “foi e continua a ser uma peça absolutamente crucial em toda a pandemia”.
“Não só porque permitiu encaminhar as pessoas, casos suspeitos ou casos suspeitos de contacto com pessoas com Covid-19, como durante a maior parte do tempo emitiu requisições para testes à Covid-19”, acrescentou.
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SNS24 > https://www.sns24.gov.pt/
Linha de Aconselhamento Psicológico
Linha atendeu 75 mil chamadas no primeiro ano de atividade
Cerca de 75 mil pessoas ligaram para a Linha de Aconselhamento Psicológico do SNS 24 desde que foi criada, há um ano, e cujo contrato foi prolongado por mais três anos, revelou o Presidente da SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro.
O serviço de aconselhamento psicológico, que está integrado na linha telefónica do SNS 24 (808 24 24 24), foi criado no dia 1 de abril de 2020, um mês depois do início da pandemia de Covid-19 em Portugal, para dar apoio às preocupações e desafios psicológicos dos utentes e dos profissionais de saúde.
Luís Goes Pinheiro fez um balanço «muito positivo» deste serviço que atendeu num ano cerca de 75.000 pessoas, das quais quase seis mil eram profissionais de saúde, e adiantou que no passado dia 15 de março se iniciou «a execução do novo contrato de exploração da linha SNS24».
O novo contrato contém também a componente de aconselhamento psicológico nos moldes em que é prestado, ficando assim garantido o seu funcionamento «durante os próximos três anos, pelo menos», salientou.
Ao fim de um ano, salientou, «podemos dizer que tem sido um sucesso porque, acima de tudo, as pessoas têm procurado esta linha e têm obtido respostas».
Outubro foi o mês com «maior procura», seguido de abril do ano passado, após o lançamento do serviço numa altura em que o país vivia «ainda um período de grande incerteza quanto à pandemia» e decorria o primeiro confinamento.
«No primeiro confinamento as pessoas tinham muita ansiedade, muito stress, muitas dúvidas também quanto ao seu futuro, designadamente, profissional e, portanto, houve de facto uma procura da linha motivada pelo choque inicial do embate com a pandemia», apontou.
Voltou a sentir-se uma «maior procura em outubro» quando ocorreu a segunda vaga da pandemia e o crescimento do número de casos de Covid-19 gerou «uma intranquilidade nas pessoas que resultou nesta maior procura de apoio da linha do aconselhamento psicológico», situação que se verificou novamente em janeiro de 2021 quando ocorreu a terceira vaga.
Apesar desta linha não estar pensada para vigorar apenas durante o período de pandemia, «verificou-se efetivamente que esta realidade da pandemia da Covid-19 trouxe uma procura especial desta linha e, portanto, justificou-se de forma absolutamente plena a criação da linha neste contexto».
A linha de aconselhamento psicológico, que está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e que conta com 50 a 100 profissionais, um número que vai variando conforme a procura do serviço, enquadra-se na estratégia nacional de saúde mental.
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Novo tratamento em Guimarães
Hospital de Guimarães realiza procedimento inovador em urologia
O Serviço de Urologia do Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães (HSOG) está a realizar um procedimento cirúrgico inovador para o tratamento da Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP).
O procedimento consiste na utilização de um tipo de laser (Greenlight – BostonScientific) para realizar a fotovaporização (destruição por vaporização) do tecido benigno e obstrutivo da próstata, mantendo integras a ereção e continência urinária masculinas.
Até ao momento já foram realizadas cerca de 50 cirurgias na Unidade de Cirurgia de Ambulatório do HSOG, sendo uma novidade num hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a realização desta prática em ambulatório.
A partir dos 40-50 anos de idade, 2 em cada 3 homens podem sofrer de HBP, uma patologia que se traduz em queixas relacionadas com a micção, como por exemplo, dificuldade em iniciar ou manter a micção de forma continuada e aumento das idas à casa de banho durante o dia ou durante a noite.
Esta é uma condição que, embora benigna, afeta a qualidade de vida de muitos homens.
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Procedimento inovador em cardiologia
CHULC implanta próteses biológicas em doentes cardíacos graves
O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) realizou um procedimento inovador na área da cardiologia, executado pela primeira vez em Portugal.
O procedimento consiste na colocação por cateterismo de duas próteses biológicas, que se implantam na união das veias cavas superior e inferior com a aurícula direita, em pacientes com insuficiência cardíaca por regurgitação tricúspide grave com elevado risco cirúrgico ou considerados inoperáveis.
A intervenção pouco invasiva com dispositivos TricValve aconteceu pela primeira vez em 5 de março, no laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santa Marta, tendo sido dirigida por Duarte Cacela e realizada em dois doentes de faixas etárias distintas.
A válvula tricúspide é referida no meio cardiológico como a «válvula esquecida», não sendo alvo das mesmas inovações tecnológicas disponibilizadas às válvulas aórtica e mitral. A sua insuficiência é uma patologia comum em doentes com doença cardíaca valvular mitral e/ou aórtica e está associada de forma independente a uma elevada taxa de mortalidade.
A maioria dos doentes com regurgitação significativa da válvula tricúspide é tratada com medicamentos, sendo que apenas cerca de 0,5% são submetidos a reparação e menos ainda a substituição valvular. Com o procedimento agora introduzido, a capacidade de tratar este tipo de pacientes ganha novos horizontes.
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CHULC > Notícias
Prevenção dos maus tratos na infância assinalada em abril
Todas as crianças têm o direito a crescer em ambientes seguros e protetores. A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida e do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, assinala em abril o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância.
A edição desde ano tem como tema “Trabalhar com e para as Crianças, pelo Direito a Crescer com Igualdade”. Nesse sentido, a DGS irá divulgar durante este mês a Carta dos Direitos da Criança nos Cuidados de Saúde Primários, projeto desenvolvido pelo Instituto de Apoio à Criança em parceria com o Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil da DGS.
O Serviço Nacional de Saúde, através da Rede Nacional de Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco, enquanto entidade com competência em matéria de infância e juventude e integrada no Sistema Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens, tem vindo a promover a defesa e concretização dos direitos das crianças e jovens.
De acordo com a Unicef, em todo o mundo, a pandemia por COVID-19 resultou numa crise dos direitos das crianças, com custos imediatos que devemos acautelar. Importa reforçar o direito de todas as crianças crescerem em ambientes seguros e protetores.
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Ação de Saúde para Crianças e Jovens em Risco
As estratégias para ajudar a prevenir o AVC
A Direção-Geral da Saúde assinalou o Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral (AVC), que se comemorou esta quarta-feira, dia 31 de março, com a publicação de diversos materiais nas redes sociais, onde destacou, por exemplo, as formas de prevenir o AVC.
Uma das estratégia a adotar é a promoção da medição regular e controlo da pressão arterial, já que 30% dos AVC podem ser prevenidos baixando a pressão arterial. Recomenda-se, por isso, que não seja adicionado sal aos alimentos.
Para ajudar a prevenir o AVC, divulgue a necessidade de deixar de fumar, uma vez que parar o uso do tabaco pode reduzir o AVC em 35%. Por outro lado, é importante o controlo da diabetes e do colesterol, bem como a prática de exercício diário. Trinta minutos de exercício diário podem diminuir o risco de AVC em 20%.
A obesidade também aumenta o risco vascular, pelo que o controlo do peso é de extrema importância. Adicionalmente, verifique periodicamente se as suas pulsações cardíacas são rítmicas. A fibrilhação auricular é uma arritmia que aumenta o risco de AVC, e o risco diminui com a anticoagulação.
Os depósitos das placas ateroscleróticas nas artérias carótidas são também uma importante causa de AVC. Discuta com o seu médico da necessidade de as detetar.
Como posso ajudar a reduzir a morte e incapacidade devido a AVC?
Saiba detetar o AVC e agir. Aprenda e ensine a família e amigos a detetar os 3 Fs – FACE, FORÇA, FALA.
Se acha que alguém pode estar a sofrer um AVC peça-lhe para fazer o seguinte:
- FACE: Peça à pessoa para sorrir. Um dos lados da cara está paralisado?
- FORÇA: Peça à pessoa para levantar os braços. Um dos braços descai?
- FALA: Peça à pessoa para repetir uma frase simples. As palavras saem “enroladas”? A pessoa consegue facilmente repetir a frase ou tem di¬ficuldade em falar ou compreender?
- TEMPO: Se a pessoa tem algum destes sintomas o tempo é fundamental. Ligue para o 112 e faça com que ela seja transportada imediatamente à urgência hospitalar.
Nova edição do Boletim de Farmacovigilância – Infarmed
01 abr 2021
Volume 25, nº2, fevereiro de 2021
Já está disponível a nova edição do Boletim de Farmacovigilância, Volume 25, n.º 2, fevereiro de 2021.
Pode consultar esta e outras edições na área das “Publicações“.