Relatório de Situação nº 414 | 20/04/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Atualizadas orientações na área da saúde materna e infantil – DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualiza esta terça-feira as Orientações sobre gravidez e parto (n.º 018/2020) e cuidados ao recém-nascido na maternidade (n.º 026/2020) em contexto de pandemia COVID-19.
A Orientação nº 018/2020 atualiza as recomendações de abordagem da grávida suspeita e confirmada de COVID-19, bem como os critérios de fim de isolamento, de acordo com a Norma 004/2020.
Esta atualização reforça que as unidades hospitalares devem assegurar as condições necessárias, de acordo com o seu Plano de Contingência, para a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto.
São também atualizadas as recomendações relativamente à utilização de testes laboratoriais para SARS-CoV-2 a grávidas em trabalho de parto e respetivos acompanhantes.
A Orientação sobre os cuidados ao recém-nascido na maternidade (nº 026/2020) atualiza as recomendações nos casos em que a mãe tenha suspeita ou infeção por SARS-CoV-2, nomeadamente no que diz respeito ao contacto pele a pele, à amamentação e ao aleitamento materno, que deve ser mantidos, se for essa a vontade da mãe e cumprindo com as medidas de proteção da COVID-19. As três situações já estavam previstas na anterior versão, tendo sido reforçadas e clarificadas nesta atualização.
As unidades de saúde devem assegurar as condições necessárias para garantir a presença dos pais (ou acompanhante definido do RN).
Com estas atualizações, o fim das medidas de isolamento da mãe, do recém-nascido e das grávidas passa a estar de acordo com o que está previsto na Norma 004/2020.
Comunicado EMA – COVID-19 Vaccine Janssen: EMA identifica uma possível ligação de casos muito raros de coágulos sanguíneos invulgares com nível baixo de plaquetas (tradução)
20 abr 2021
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) divulgou hoje um comunicado de imprensa, no seguimento de uma reunião do seu Comité de Farmacovigilância, sobre a vacina COVID-19 do laboratório Janssen.
Pode aceder ao comunicado original ou à tradução em anexo.
Presidência Portuguesa – Notícias (DGS)
PPUE: Conferência sobre doenças infeciosas emergentes e respetivos desafios
A Presidência Portuguesa do Conselho da UE e o Laboratório Europeu de Biologia Molecular coorganizam uma conferência, no próxima dia 27 de abril, que terá como foco aspetos-chave que emergiram nos últimos anos no âmbito das doenças infeciosas, mas que se tornaram mais prementes durante a pandemia de COVID-19, em 2020.
As alterações climáticas, a perda de ecossistemas e a diminuição da biodiversidade são alguns dos temas prementes e de grande preocupação que têm também graves repercussões em termos de saúde pública e da economia global.
A investigação ajuda a compreender e a lidar com a interconetividade destes fenómenos, através do seu estudo a vários níveis, desde as moléculas, células e tecidos até aos organismos, populações e ecossistemas.
Esta conferência reunirá peritos internacionais de renome na área da biologia molecular dos vírus, doenças infeciosas, imunologia e desenvolvimento de vacinas, para apresentar os progressos que a comunidade científica atingiu na resposta à pandemia de COVID-19 e para discutir a importância da infraestrutura científica e do financiamento da investigação.
Consulte o programa e registe-se aqui na Conferência.
Task Force | Plano de vacinação
280 postos de vacinação vão permitir vacinar 100 mil pessoas por dia
Vão ser criados duzentos e oitenta postos de vacinação rápida e de resposta reforçada em todo o país para se conseguir vacinar 100 mil pessoas por dia, afirmou esta terça-feira o Coordenador da Task Force do Plano de Vacinação contra a Covid-19, Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo.
De acordo com o Vice-Almirante Gouveia e Melo, o objetivo é “evitar stocks e acelerar a proteção da população portuguesa”. Nesse sentido, estão neste momento a ser criados 119 postos de vacinação rápida e 161 postos de vacinação reforçada, o que está a ser feito com o Ministério da Saúde e com “o auxílio precioso” dos autarcas, acrescentou.
Segundo o responsável, estão também a ser adaptados os sistemas de informação com agendamento centralizado e opções complementares aos métodos de agendamento até agora praticados, como o auto-agendamento.
O coordenador da Task Force salientou ainda que numa fase inicial o “principal desafio” foi a disponibilidade de vacinas e nesta o desafio será ter a capacidade para administrar “os nove milhões de vacinas previstos para chegar a Portugal neste segundo trimestre”.
Covid-19 | Vacinação na ULS Nordeste
Mais de 50 mil doses de vacina administradas no distrito de Bragança
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste já administrou mais de 50 mil vacinas contra a Covid-19 no distrito de Bragança.
Desde o início do processo de vacinação e até ao dia 18 de abril, foram administradas 51.021 vacinas contra a Covid-19 na área de abrangência da ULS do Nordeste, de acordo com a priorização estabelecida no Plano Nacional de Vacinação, tendo já sido abrangidos profissionais de saúde, colaboradores e utentes das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas e outros lares residenciais, utentes que integram o primeiro e segundo grupos de prioritários e profissionais essenciais.
Durante o fim de semana, decorreu a bom ritmo e com tranquilidade a vacinação de profissionais da comunidade educativa, de Respostas Sociais – Serviço de Apoio Domiciliário e de outros profissionais elegíveis no Plano de Vacinação, tendo sido inoculadas cerca de 2.400 pessoas nos Centros de Vacinação instalados nos 12 concelhos do distrito de Bragança.
De acordo com a ULS, a vacinação contra a Covid-19 na comunidade está a ser assegurada pelas equipas dos Cuidados de Saúde Primários, que, a par da administração de vacinas, têm desenvolvido um trabalho fundamental ao nível do contacto e esclarecimento de dúvidas dos utentes.
A ULS do Nordeste reitera a mensagem de tranquilidade à população do distrito de Bragança, assegurando que todas as pessoas irão ser convocadas para efetuar a vacina, de acordo com a priorização determinada no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 e no estrito cumprimento de todas as normas e orientações das entidades competentes nesta matéria.
Para saber mais, consulte:
ULS do Nordeste > Notícias
CHTMAD | Serviço de Psiquiatria
Medicação antipsicótica disponibilizada gratuitamente a utentes
O Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) disponibiliza de forma gratuita, desde final de março, medicação antipsicótica de longa duração aos seus utentes.
Para a diretora do Serviço de Psiquiatria, Dulce Maia, «por se tratar de medicação onerosa, constatou-se que por motivos económicos os pacientes adotavam uma toma inconstante ou simplesmente a suspendiam. Portanto, esta autorização de administração gratuita a pacientes em regime de tratamento ambulatório compulsivo ou com documentada insuficiência económica, representa um importante passo para garantir a continuidade destes tratamentos nestes pacientes».
São disponibilizados em Hospital de Dia «fármacos antipsicóticos intramusculares de segunda geração e de libertação prolongada, que permitem uma maior estabilização clínica e, consequentemente, uma menor taxa de recaídas».
Para a responsável, esta medida permite «uma melhoria cognitiva e motora importante, um mínimo de efeitos secundários e, portanto, menor abandono do tratamento de pacientes com patologias psicóticas e outras doenças mentais graves».
Dulce Maia acrescenta que «atualmente contamos já com cerca de 40 pacientes abrangidos por este programa, mas pretendemos chegar ao maior número possível e estamos já a trabalhar no alargamento deste regime de administração às outras unidades hospitalares”.
Para o Conselho de Administração do CHTMAD, esta medida torna os cuidados mais justos e inclusivos, permite um melhor acompanhamento dos doentes e, assim, uma melhor resposta às necessidades da população, garantindo uma cobertura universal em saúde.
Para saber mais, consulte:
CHTMAD – http://www.chtmad.min-saude.pt/
Cirurgia Bariátrica
São João e Hospital da Ilha Terceira cooperam para criar unidade
O Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, nos Açores, é a segunda instituição hospitalar portuguesa que o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) auxilia na formação e na implementação de uma Unidade de Cirurgia Bariátrica, ao abrigo de um protocolo de cooperação entre ambas as entidades.
Assim, e no âmbito deste protocolo, no mês de abril um cirurgião do Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) do CHUSJ viajou até Angra do Heroísmo para realizar os primeiros cinco procedimentos.
O diretor do CRI de Obesidade do CHUS, John Preto, sublinhou que «todas as cirurgias foram bem sucedidas e ficaram já delineadas as próximas visitas àquela instituição».
A Unidade de Tratamento Cirúrgico de Obesidade do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira tem cerca de 250 pacientes com esta patologia em avaliação e cerca de 20 inscritos para cirurgia.
O CRI de Obesidade do CHUSJ, desde a sua criação em 2019, tem procurado melhorar o tempo de acesso e de tratamento dos pacientes referenciados ao CHUSJ e, também, estabelecer parecerias nacionais com outras instituições do Serviço Nacional de Saúde, com vista à implementação de novos programas de tratamento cirúrgico de obesidade.
Relativamente ao primeiro objetivo, o responsável referiu que a criação do CRI de obesidade permitiu melhorar o acesso e diminuir o tempo de espera para cirurgia dos pacientes referenciados ao CHUSJ, sendo que «mesmo em ano de contingência devido à Covid-19 (2020) foi possível operar 535 pacientes».
Relativamente ao segundo objetivo, tem sido importante para o CRI de Obesidade do CHUSJ ajudar a estabelecer este tipo de parceiras, que visam a criação de novos programas de tratamento cirúrgico de obesidade, de maior proximidade às populações.
Em 2019, o CHUSJ ajudou o Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa a implementar uma Unidade de Cirurgia Bariátrica, que no primeiro ano de atividade realizou 50 procedimentos e que tem como objetivo, neste segundo ano, alcançar as 100 intervenções.
Para saber mais, consulte:
CHUSJ > Notícias
Nova Unidade de Farmacovigilância
Hospital de Braga cria unidade para avaliar reações a medicamentos
O Hospital de Braga procedeu à criação de uma Unidade de Farmacovigilância, integrando assim o Sistema Nacional de Farmacovigilância, coordenado pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde
Esta nova unidade, que vai servir a população do distrito de Vila Real, Bragança e parte de Braga, tem como objetivos a deteção, registo e avaliação de reações adversas a medicamentos, a fim de determinar a incidência, gravidade e vínculo causal com os fármacos, com base no estudo sistemático e multidisciplinar dos efeitos dos medicamentos.
Para o coordenador da Unidade de Farmacovigilância de Braga, Alexandre Carvalho, «o reforço da rede já existente prevê uma maior monitorização e recolha de dados que se tornam fundamentais para um sistema nacional de farmacovigilância cada vez mais robusto e eficaz».
Acrescenta, ainda, que «continuar a promover-se uma cultura de segurança do doente nos cuidados de saúde torna-se fundamental como defesa da saúde pública na minimização do risco».
A equipa desta unidade é composta pelo seu coordenador mais dois elementos dos serviços farmacêuticos do hospital que, em conjunto, desenvolverão um processo de estudo farmacológico, registando medidas corretivas e preventivas para uma maior segurança na administração de medicação aos utentes.
Para saber mais, consulte:
Hospital de Braga > Notícias
DSIA organiza curso de vigilância epidemiológica para os PALOP – DGS
A Direção-Geral da Saúde, através da Direção de Direção de Serviços de Informação e Análise (DSIA), vai promover um curso de formação em Vigilância e Investigação Epidemiológica para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor Leste, que terá início esta quarta-feira, dia 21 de abril.
O curso online, que terá cinco módulos, será disponibilizado através da plataforma NAU, recorrendo essencialmente ao vídeo para apresentação dos conteúdos. Já as sessões práticas, ocorrem por videoconferência.
Estão inscritos no curso 22 participantes de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Timor-Leste.