Notícias em 27/04/2021

Relatório de Situação nº 421 | 27/04/2021

Relatório de Situação nº 421 | 27/04/2021 – DGS

Relatório de Situação nº 421 | 27/04/2021

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação


Covid-19 | Reunião de peritos

27/04/2021

Especialistas analisam situação epidemiológica em Portugal

«Estamos com uma letalidade que é metade do que era há um ano. (…) e com um número inferior a cinco óbitos por um milhão de habitantes», salientou a Ministra da Saúde, após a reunião no Infarmed, que juntou por videoconferência especialistas, membros do Governo e o Presidente da República para a análise da situação epidemiológica do país.

Para Marta Temido, a redução da letalidade da Covid-19 em Portugal é o «o aspeto mais positivo de todos aqueles resultados que foram alcançados nesta longa luta».

Sobre a vacinação, a governante realçou o cumprimento de objetivos mais imediatos, nomeadamente a vacinação de todas as pessoas com «mais de 60 anos na terceira semana» e a entrega antecipada de vacinas anteriormente contratadas à Pfizer/BioNTech anunciada pela Comissão Europeia.

A Ministra considera que «se mantém uma situação em que o país está a controlar a pandemia», apesar de ter reiterado a necessidade de «continuar a compensar o aumento dos contactos e da transmissibilidade, porventura também pelas novas variantes, mantendo as regras básicas» de vigilância epidemiológica.

André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde, revelou, na primeira apresentação desta manhã, que a região Norte mantém uma tendência crescente na infeção por SARS-Cov-2, mas inferior aos 120 casos /100 mil habitantes, e no Algarve a incidência tem diminuído, mas ainda com valores acima da média nacional.

Na sua apresentação, dedicada à situação epidemiológica no país, o especialista revelou que últimas duas semanas regista-se uma tendência estável da incidência cumulativa a 14 dias, o que o considerou «um bom sinal».

A evolução da incidência e transmissibilidade foi alvo de análise por parte do investigador Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que revelou que o índice de transmissibilidade (Rt) e a taxa de incidência de novos casos de Covid-19 registaram uma estabilização em Portugal nas últimas duas semanas.

Sobre as variantes genéticas do novo coronavírus em Portugal, João Paulo Gomes, investigador do INSA, revelou que foram detetados, na última semana, seis casos da variante indiana de Covid-19, «todos eles associados a Lisboa e Vale do Tejo».

Já a prevalência da variante do SARS-CoV-2 do Reino Unido continua a aumentar em Portugal, rondando os 90% do total de casos de Covid-19.

Na sua intervenção, Henrique de Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, revelou que a probabilidade de um doente morrer por Covid-19 baixou em Portugal de 4%, nos primeiros dois meses da pandemia, para 0,5%. O epidemiologista explicou que a redução da probabilidade de morrer por Covid-19 se justifica com a testagem, que é agora muito maior, mas também com os efeitos da aprendizagem na capacidade de resposta à doença.

Já Carla Nunes, diretora da Escola Nacional de Saúde Pública, revelou que o nível de confiança dos portugueses na capacidade de resposta dos serviços de saúde à Covid-19 e às outras patologias está a recuperar.

Numa intervenção dedicada às perceções sociais sobre a Covid-19, Carla Nunes destacou a evolução positiva dos cidadãos no recurso às consultas na primeira quinzena de abril, com apenas 10,4% das pessoas a indicar a decisão de não ir a uma consulta, por oposição a 24,5% entre 23 de janeiro e 05 de fevereiro.

No final da reunião, o coordenador da task force para o Plano de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal, Henrique Gouveia e Melo, apresentou o ponto de situação da vacinação no país.

O responsável referiu que espera que, dentro de um mês, todas as pessoas com mais de 60 anos tenham já recebido a primeira dose da vacina. O coordenador afirmou que a faixa etária das pessoas com mais de 80 anos está já totalmente vacinada, com pequenas exceções, e a faixa dos 70 aos 79 anos encontra-se agora entre os 65% e os 71% da vacinação.

Para saber mais, consulte:


“A pandemia gerou medos, sendo fundamental promover a confiança na vacinação” – DGS

“A pandemia gerou medos, sendo fundamental promover a confiança na vacinação”

A OMS Europa elegeu como lema da Semana Europeia da Vacinação 2021, que decorrerá entre 26 de abril e 2 de maio, “Vaccines bring us closer”, traduzido por “As vacinas aproximam-nos”.

Ana Leça, Presidente da Comissão Técnica de Vacinação, explica que “este lema pretende reforçar a consciencialização sobre a importância da vacinação como um bem público que salva vidas e protege a saúde e visa aumentar a cobertura vacinal e contribuir para a cobertura universal de saúde.

Em entrevista, assinala que “é muito importante realçar este tema no momento atual. A pandemia gerou dúvidas, medos e incertezas, sendo fundamental, hoje mais do que nunca, promover a confiança na vacinação e lutar contra a desinformação.”

Leia aqui a entrevista completa: Semana Mundial da Imunização – eVacinas.


Vacinação contra a Covid-19

27/04/2021

Três milhões de doses de vacinas administradas em Portugal

O Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, esteve ao início desta tarde no Centro de Vacinação do Barreiro, a acompanhar a inoculação da vacina que assinala a marca das três milhões de doses administradas em Portugal.

A vacina foi administrada a Herculana Queimada, de 82 anos.

Diogo Serras Lopes referiu que nos meses de maio e junho vão ser recebidas mais vacinas, pelo que considera que vai ser possível começar a passar a administrar cerca de 100 mil vacinas por dia.

Sobre a possibilidade de auto-agendamento das vacinas, o governante considera que se trata de uma ferramenta muito importante, que permite ganhos de tempo e que se traduz numa melhoria do processo.

O Secretário de Estado acrescentou que o auto-agendamento está a decorrer sem dificuldades e que as vacinas agendadas por este meio vão começar a ser administradas esta quarta-feira, dia 28 de abril.

Diogo Serras Lopes referiu ainda que, se as vacinas chegarem ao ritmo a que está previsto, é provável que se consiga atingir os 70% de população vacinada no início ou meio do verão.


HDS | Importância da vacinação

27/04/2021

Vacinação evita quatro mortes por minuto, 5.760 mortes por dia

Na Semana Europeia da Vacinação, que decorre entre 26 de abril e 2 de maio, o Hospital Distrital de Santarém chama a atenção para a importância da vacinação através de um vídeo partilhado nas redes sociais.

Neste vídeo, o hospital recorda que a primeira vacina foi criada em 1796 para a varíola, o que permitiu erradicar a doença mundialmente em 1980. Várias vacinas se seguiram contribuindo para a saúde global e salvando milhões de vida por ano.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no mundo, a vacinação evita quatro mortes por minuto, 5.760 mortes por dia. Estes cálculos envolvem doenças como difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola e tétano.

Para saber mais, consulte:


INE | Taxa Mortalidade Infantil

27/04/2021

Em 2020, taxa de mortalidade infantil foi a mais baixa de sempre em Portugal

A taxa de mortalidade infantil em Portugal em 2020 foi a mais baixa de sempre, divulgou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), que registou 205 mortes de crianças com menos de 1 ano.

Nas Estatísticas Vitais de 2020, o INE salienta que morreram em 2020 menos 41 crianças com idade inferior a 1 ano do que em 2019, o que significa uma taxa de 2,4 mortes por mil nascimentos.

Trata-se do «valor mais baixo alguma vez registado em Portugal», assinala o Instituto, cujos dados indicam que é o segundo ano consecutivo em que a taxa de mortalidade infantil desce.

Na última década, o valor mais alto verificou-se em 2012, com uma taxa de mortalidade infantil de 3,4.

Reportando-se a dados de 2019, o ano mais recente para o qual se podem comparar dados, o INE refere que Portugal era o décimo país da União Europeia com maior taxa de mortalidade infantil.

A média dos 27 estava nesse ano nos 3,4 por mil nados-vivos. O país com a taxa mais baixa era a Estónia (1,6 por mil) e Malta era onde se verificava a taxa mais alta (6,7 por mil).

Para saber mais, consulte:

INE > Estatísticas Vitais 2020


Prémio FLAD de Saúde Mental

27/04/2021

Projeto de especialista do Hospital de Braga vence 1.ª edição do galardão

Um projeto para ajudar a melhorar o diagnóstico e perceber melhor a resposta dos doentes com perturbação obsessivo-compulsiva aos tratamentos é o vencedor da primeira edição do FLAD Science Award Mental Health, no valor de 300 mil euros, o maior na área da saúde mental em Portugal.

A iniciativa tem o reconhecimento da Ministra da Saúde, Marta Temido, da Organização Mundial de Saúde e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Pedro Morgado, o investigador responsável pelo projeto, sublinhou, em declarações à agência Lusa, a importância do prémio, apontando a escassez de fundos para este tipo de investigação aplicada e que procura resolver problemas já na fase clínica das doenças.

«Temos muita investigação básica, que procura perceber o mecanismo das doenças, mas é depois difícil a investigação aplicada em Portugal. E é um salto muito importante», afirmou.

Psiquiatra no Hospital de Braga e professor e investigador na Escola de Medicina da Universidade do Minho, Pedro Morgado destacou ainda que o prémio atribuído pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento FLAD vai permitir à equipa desenvolver o projeto em parceria com uma universidade norte-americana.

«Será feito em colaboração com uma equipa sediada na Universidade de Nova Iorque, liderada pela professora Emily Stern, que tem também muita experiência em ensaios clínicos em doentes com perturbação obsessivo compulsiva», acrescentou.

O investigador explicou que a perturbação obsessivo-compulsiva afeta em Portugal cerca de 4% das pessoas e provoca «um enorme sofrimento a estes doentes».

O FLAD Science Award Mental Health é um apoio inédito a jovens investigadores em Portugal para que desenvolvam novas linhas de investigação clínica em Saúde Mental, desde a prevenção até ao tratamento e à reabilitação. O objetivo é contribuir para a qualidade de vida das pessoas que sofrem de perturbações mentais, numa época em que as necessidades em torno da Saúde Mental são ainda mais evidentes.

Para saber mais, consulte:


Viana do Castelo | USF da Meadela

27/04/2021

Aprovada abertura de concurso para nova unidade por 2,2 M€

Foi aprovada a abertura do concurso público para a construção da nova Unidade de Saúde Familiar (USF) na freguesia da Meadela, no montante d 2,276 milhões de euros.

«Ao abrigo de um protocolo entre a autarquia e a Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Minho para a execução da empreitada, assinado em dezembro passado, a ULS ficou responsável pela elaboração do projeto e a Câmara Municipal pela execução da empreitada da nova Unidade de Cuidados de Saúde Primário», refere a autarquia, em nota enviada à imprensa.

Melhor adequação da prestação de cuidados e melhor acessibilidade

A construção da Unidade de Saúde Familiar da Meadela permitirá uma melhor adequação da prestação de cuidados de saúde e vai proporcionar aos utentes uma melhor acessibilidade.

Acresce, ainda, a maior eficiência resultante da incorporação da extensão de saúde da Meadela na USF Tiago de Almeida, que transitará do edifício do antigo Centro de Saúde de Viana do Castelo para a Meadela, libertando o espaço onde se encontra para alojar a USPAM – Unidade de Saúde Pública do Alto Minho.

Neste edifício, será também alojado a direção do agrupamento de centros de saúde e o CCeS, sem instalações adequadas, estando provisoriamente no Hospital, em espaço necessário. A unidade terá ainda, uma sala de reuniões com espaço adequado que irá permitir a realização da contratualização interna.

Esta nova unidade comporta, ainda, um espaço apropriado para a realização do atendimento complementar no âmbito dos cuidados de saúde primários, aos fins de semana e feriados.

Visite:

ULS do Alto Minho – http://www.ulsam.min-saude.pt/


Unidade de Farmacovigilância de Braga inicia atividades

Nova unidade regional de farmacovigilância de Braga

27 abr 2021

O Sistema Nacional de Farmacovigilância conta agora com um nova Unidade Regional de Farmacovigilância (URF), em Braga. Esta unidade, que iniciou a sua atividade este mês, está sediada no Hospital de Braga e será responsável pelo tratamento das notificações de Reação Adversas a Medicamentos (RAM) ocorridas nos distritos de Vila Real, Bragança e nos concelhos de Amares, Barcelos, Braga, Vieira do Minho, Vila Verde, Esposende, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vila Nova de Famalicão, pertencentes ao distrito de Braga,  correspondendo a uma população de cerca de 912mil pessoas e mais de 4000 profissionais de saúde.

Para além do processamento e análise de RAM, a Unidade de Farmacovigilância de Braga irá também assegurar outras atividades fundamentais à monitorização da segurança dos medicamentos como sendo a colaboração na deteção de sinal de segurança, a deteção de suspeitas de defeito de qualidade, a divulgação e promoção do sistema nacional de farmacovigilância e a realização de estudos de farmacoepidemiologia ou segurança de medicamentos.

Com a abertura desta nova URF, o território nacional – continente e regiões autónomas –  fica totalmente coberto com um total de 11 unidades e o Sistema Nacional de Farmacovigilância fica assim reforçado e mais próximo das instituições e profissionais de saúde bem como dos cidadãos em geral.


Infarmed junta Comissão Europeia, OMS e Estados-membros em conferência sobre medicamentos

Imagem oradores Conferência 3As PPUE2021

27 abr 2021

O Infarmed organiza esta quinta e sexta-feira (29 e 30 de abril) uma conferência internacional que vai juntar os principais agentes europeus e mundiais na área dos medicamentos e dispositivos médicos. Todas as sessões do evento serão públicas e em formato virtual, bastando apenas a prévia inscrição já disponível.

A Comissão Europeia (CE) far-se-á representar pela Comissária para a Saúde, Stella Kyriakides. O Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, participará na abertura da Conferência. Em nome do Governo Português estará a ministra da Saúde, Marta Temido e o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes. O presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, intervirá igualmente na Conferência. Estarão também presentes alguns dos responsáveis que, no último ano, assumiram um maior protagonismo na esfera pública devido à pandemia como a diretora executiva da Agência Europeia do Medicamento (EMA na sigla em inglês), Emmer Cooke, e o seu vice-diretor, Noël Wathion.

Os participantes terão ainda a oportunidade de escutar o diretor da Direção-Geral da Saúde da CE, Andrzej Rys, o presidente do Fórum Europeu dos Pacientes, Marco Greco, e o presidente das Autoridades Competentes para os Dispositivos Médicos, Thomas Wejs Møller.

O tema da Conferência será a “Disponibilidade, Acessibilidade e Sustentabilidade dos Medicamentos e Dispositivos Médicos” (que dão nome aos 3A’s da Conferência – Availability, Accessibility and Affordability) e tem como objetivo debater em concreto os tópicos assumidos como prioritários nesta área pela Presidência Portuguesa de forma a construir uma posição convergente entre os participantes que permita, depois, apresentar um conjunto de medidas concretas a adotar como conclusões do Conselho da União Europeia.

Desde o início do ano que a Presidência Portuguesa, através do Ministério da Saúde e do Infarmed, tem defendido e trabalhado para contribuir para a construção de uma União Europeia da Saúde, enquadrada na implementação da Estratégia Farmacêutica para a Europa, recentemente adotada pela Comissão Europeia, e tem dado passos para apoiar o reforço do papel das agências europeias e a sua coordenação com as agências nacionais dos Estados-membros.

O evento foi desenhado de maneira a promover a cooperação e colaboração entre os Estados-membros da União Europeia. Durante os dois dias da Conferência, os participantes vão abordar as políticas de preço e comparticipação, o custo-benefício dos medicamentos, como os apoios públicos se traduzem no preço, colaboração regional, além da transparência ao longo da cadeia de valor e da sustentabilidade dos sistemas de saúde europeus. Vai procurar, igualmente, as novas e melhores formas de garantir o acesso e a acessibilidade em áreas onde existem necessidades não satisfeitas e como melhorar o lançamento no mercado de produtos autorizados centralmente.

Para mais informação, consulte o microsite do Infarmed dedicado à Presidência Portuguesa da UE.