2.164 transportes de suspeitos de infeção entre 19 e 25 de abril

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e os seus parceiros dos Sistema Integrado de Emergência Médica realizaram, entre 19 e 25 de abril, 2.164 transportes de utentes com suspeita de infeção por SARS-CoV-2.

Os meios afetos à Delegação Regional do Norte (DRN) efetuaram 760 transportes, os meios da Delegação Regional do Sul (DRS) 875 e os meios afetos à Delegação Regional do Centro (DRC) 436. Na Delegação Regional do Sul – Algarve foram registados 93 transportes de utentes com suspeita de infeção com o novo coronavírus.

De acordo com as normas em vigor, a definição de caso suspeito de Covid-19 é qualquer situação de falta de ar (dispneia) triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM.

No mesmo período, as Equipas de Enfermagem de Intervenção Primária do INEM recolheram 575 amostras biológicas para análise à Covid-19. A equipa da DRS efetuou 460 colheitas realizadas, a equipa da DRN recolheu 51 amostras, a da DRC 27 amostras e a da DRS-Algarve 13 amostras.

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Unidade já acompanhou mais de 50 doentes nos primeiros meses de atividade

A Equipa multidisciplinar do Hospital do Espírito Santo, EPE, em Évora, já acompanhou mais de 50 doentes, desde a criação do serviço de hospitalização domiciliária, em dezembro do ano passado.

Esta unidade tem como modelo a assistência hospitalar praticada no domicílio do doente, durante um período transitório, na fase aguda da doença, em alternativa ao internamento hospitalar convencional. Desta forma, é possível promover a recuperação funcional e desenvolver a autonomia do doente no seio da sua família e estimular a participação ativa da família na prestação de cuidados. Os doentes dispõem do mesmo acompanhamento se tivessem no hospital, com a diferença de estarem no conforto das suas casas.

Este serviço só poderá ser disponibilizado se o doente tiver um cuidador e residir no máximo de 30 minutos de distância e 30 quilómetros do Hospital.

A Unidade de Hospitalização Domiciliária Polivalente (UHDP) do Hospital de Évora constituída por uma equipa multidisciplinar com médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, nutricionistas e fisioterapeutas está de serviço ao longo de 24 horas.

Para saber mais, consulte:

Hospital do Espírito Santo, EPE – www.hevora.min-saude.pt

Hospital Pediátrico do CHUC divulga mensagem de sensibilização

O Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do Hospital Pediátrico (NHACJR-HP), com o apoio da Direção do Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), produziu uma mensagem de promoção do Bom Trato, a que todas as crianças e jovens têm direito, convictos de que a ação de cada um pode fazer a diferença na vida de crianças e jovens utentes do hospital.

A mensagem divulgada pelo CHUC – «Por tua causa … serei melhor Pessoa» e «Bom Trato» – pretende consciencializar os cidadãos de que as ações de cada um podem ser determinantes no processo de crescimento de uma criança e na sua formação como pessoa.

O NHACJR tem várias competências, tais como, detetar, sinalizar, acompanhar e encaminhar situações em que existe suspeita ou confirmação de situação de maus tratos ou negligência numa criança/jovem, promovendo a sua proteção e defesa dos seus direitos.

A sensibilização da comunidade, dos utente, dos profissionais e equipas do hospital pediátrico para a necessidade de deteção e sinalização das situações de risco são igualmente uma preocupação.

O NHACJR assegura, ainda, a participação em campanhas de prevenção na área dos maus tratos na infância e integra a rede de parceiros da Administração Regional de Saúde do Centro, da qual fazem parte várias instituições da cidade de Coimbra.

Para saber mais, consulte:

• CHUC – http://www.chuc.min-saude.pt/
• Portal do SNS > Prevenção dos maus tratos na infância

Prémio Bial distingue trabalho de especialistas do CHUP e do CHULN

O Prémio Bial de Medicina Clínica 2020 é entregue hoje a especialistas do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) e do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), que realizaram o estudo «A Paramiloidose em Portugal e no mundo: de doença fatal a doença crónica com qualidade de vida preservada».

A coordenadora da equipa que realizou este estudo, Teresa Coelho, destacou, em declarações à agência Lusa, a importância do diagnóstico atempado e do tratamento de uma patologia conhecida como «doença dos pezinhos» que «ainda é associada por muitos à forma como foi inicialmente descrita: uma doença de adultos jovens centrada no Norte Litoral».

«Com este trabalho evidenciamos que a doença está espalhada pelo território todo e não afeta apenas adultos jovens (…). O não diagnosticar impede o tratamento dos doentes. Muitas vezes os doentes chegam ao diagnóstico numa fase muito avançada da doença e quando os tratamentos já não são de grande utilidade», referiu a especialista.

A Diretora do Serviço de Neurofisiologia do CHUP, no qual se integra o Hospital de Santo António, sublinhou que a paramiloidose «é uma doença que neste momento tem tratamento» e que «quanto mais cedo for o diagnóstico, mais resultados tem o tratamento».

Com sintomas como alterações de sensibilidade e de força nos membros inferiores, a paramiloidose foi identificada pelo neurologista português Mário Corino de Andrade na década de 50, a partir do estudo clínico e patológico de um grupo de doentes oriundo predominantemente da região da Póvoa do Varzim e de Vila do Conde.

«Muitas vezes os doentes não são diagnosticados porque temos a imagem da doença tal como foi descrita [adultos jovens do Norte Litoral], mas na região Centro, por exemplo, encontramos muitos doentes com 70 e 80 anos, exemplificou Teresa Coelho.

Além do CHUP, este estudo foi realizado por especialistas do CHULN, no se integra o Hospital de Santa Maria.

Patologia afeta cerca de 10 mil pessoas em todo o mundo

Foram utilizados os registos históricos de doentes que existem nos dois hospitais que são centros de referência para uma patologia neurodegenerativa rara e de transmissão genética que, segundo se estima, afeta cerca de 10 mil pessoas em todo o mundo.

Portugal lidera as estimativas mundiais com cerca de 20% do total global de doentes.

Trabalho de especialista do HFF recebe menção honrosa

Numa declaração enviada à Lusa, o presidente do júri do prémio, Sobrinho Simões, considerou que «o trabalho vencedor conta uma história que diz muito aos portugueses», uma história que «se espera venha a ter um final feliz».

Foram, ainda, atribuídas duas Menções Honrosas no valor de 10 mil euros cada uma, entre as quais o estudo «Abordagem do doente crítico com Covid-19», coordenado pelo médico João João Mendes, do Hospital Fernando da Fonseca, que analisa a resposta da medicina intensiva à primeira vaga da pandemia do novo coronavírus.

Para saber mais, consulte:

Bial > Prémio Bial de Medicina 2020

ACES Alentejo Central promove rastreios, durante o mês de maio

O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Alentejo Central vai realizar rastreios de saúde visual infantil destinados a crianças nascidas em 2019 e que estejam inscritas nos centros de saúde da sua área de influência.

Este programa de rastreio baseia-se em um exame aos olhos da criança, que permite detetar precocemente alterações da visão.

Consiste na realização de um exame de foto-rastreio aos olhos da criança, de uma forma rápida, segura e inofensiva, utilizando uma tecnologia inovadora, que permite identificar os fatores de risco capazes de provocar ambliopia («olho preguiçoso»), mesmo antes de ela se instalar, ou então numa fase muito precoce do seu desenvolvimento.

Para saber mais, consulte:

Administração Regional de Saúde do Alentejo > Notícias

«Temos de trabalhar juntos» para construir UE mais forte, defende Marta Temido

A Ministra da Saúde salientou hoje a importância da cooperação e solidariedade entre países para enfrentar a pandemia de Covid-19, na abertura da Conferência internacional «Disponibilidade, Acessibilidade e Sustentabilidade dos Medicamentos e Dispositivos Médicos».

«Esta pandemia deixou bem claro que, embora estejamos no caminho certo, ainda há muito trabalho a ser feito para mitigar as desigualdades sociais evidentes no acesso à saúde», afirmou Marta Temido.

A Ministra da Saúde lembrou que, quando a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia apresentou as suas prioridades no domínio da Saúde, «a questão da igualdade de acesso e disponibilidade de medicamentos e dispositivos médicos foi colocada em primeiro plano», sublinhando que, com esta opção, se reconheceu «a necessidade de fazer face a um dos desafios mais urgentes que a Europa enfrenta: as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde».

Para enfrentar o problema, a presidência portuguesa definiu uma ação em três vertentes: reforçar a autonomia estratégica da Europa no processo de fabricação de medicamentos e dispositivos médicos, avaliar o estado do acesso dos cidadãos a medicamentos, dispositivos médicos, e as opções gerais de tratamento olhando para a sustentabilidade real dos sistemas de saúde.

«Os últimos meses tornaram claro que é essencial promover uma maior autonomia estratégica europeia no que se refere ao acesso a medicamentos e dispositivos médicos, através do reforço da capacidade de produção e abastecimento da Europa», afirmou a governante.

Defendeu igualmente que a Europa não pode tornar-se cada vez mais dependente de países terceiros para satisfazer as suas necessidades básicas de acesso a medicamentos e dispositivos médicos e que «é fundamental» que os Estados-Membros trabalhem em conjunto para garantir que a Europa «retoma a sua posição como líder mundial no acesso aos cuidados de saúde».

A Ministra da Saúde disse ainda que o alargamento do acesso equitativo e eficaz em termos de custos aos cuidados de saúde e, em particular, às tecnologias inovadoras da saúde, é fundamental na criação de «uma verdadeira União Europeia da Saúde», sublinhando igualmente a necessidade de garantir a sustentabilidade de longo prazo dos sistemas de saúde.

«O nosso desafio coletivo tornou-se claro: temos de trabalhar juntos para construir uma União Europeia mais forte e reforçar a confiança dos nossos cidadãos no modelo social europeu, promovendo uma União Europeia enraizada nos princípios da solidariedade, convergência e coesão», acrescentou.

A conferência, promovida pelo Infarmed- Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, junta nos dias 29 e 30 de abril mais de 30 oradores mundiais para debater o acesso aos medicamentos e dispositivos médicos, focando-se em 3 pilares principais: Disponibilidade, Acessibilidade e Sustentabilidade.

O objetivo é definir prioridades e opções políticas que, consequentemente, se traduzirão em ações concretas relativas ao acesso a medicamentos e dispositivos médicos em toda a União Europeia.

(Fotografia: Pedro Sá da Bandeira )

Para saber mais, consulte:

• Infarmed > Conferência 3A’s
• 2021PORTUGAL.UE > Conferência