Relatório de Situação nº 442 | 18/05/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Decreto-Lei n.º 35-A/2021 – Diário da República n.º 96/2021, 1º Suplemento, Série I de 2021-05-18
Presidência do Conselho de Ministros
Regula o acesso, a ocupação e a utilização das praias de banhos, no contexto da pandemia da doença COVID-19, para a época balnear de 2021
Retoma da atividade assistencial do SNS
Ministra da Saúde diz que abril foi “um dos meses mais produtivos”
“É com satisfação que podemos dizer que não só os números da covid-19 estão mais baixos, mas também os números da atividade assistencial [não covid] estão a ser recuperados”, observou hoje a Ministra da Saúde no final do debate na Assembleia da República sobre os dois últimos relatórios do estado de emergência, referentes aos períodos de 1 a 15 de abril e de 16 a 30 de abril.
Marta Temido considerou que o mês de abril “terá sido um dos meses mais produtivos no Serviço Nacional de Saúde” na recuperação de consultas e cirurgias que ficaram atrasadas devido à pandemia de covid-19, tendo conseguido ultrapassar mais de dois milhões e meio de consultas a mais nos cuidados de saúde primários, mais de 400 mil consultas a mais na área hospitalar e mais de 32 mil cirurgias a mais na atividade hospitalar”.
“Como é que isso se faz? Faz-se com aprovações do Orçamento do Estado como aquele que aprovamos há uns meses, faz-se reconhecendo que a tempestade não desapareceu por completo e que depende de cada um nós continuar a trabalhar”, explicou, destacando que os profissionais de saúde “têm-no feito todos os dias”.
Dia Mundial da Vacina contra a Sida
Data reconhece o trabalho desenvolvido a nível mundial por todos os profissionais
Hoje assinala-se o Dia Mundial da Vacina contra a Sida. O seu objetivo é reconhecer e agradecer aos milhares de voluntários, profissionais de saúde e cientistas que trabalham a nível mundial para encontrar uma forma segura e eficaz contra o vírus responsável pela Sida.
Esta data é também mais um dia de consciencialização para a doença, nomeadamente, sobre a necessidade de prevenção e o benefício do diagnóstico precoce.
Espaço Memória da Saúde
CHUA salvaguarda património e integra Rede de Museus do Algarve
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), que passou a integrar recentemente a Rede de Museus do Algarve (RMA), associa-se às comemorações do Dia Internacional dos Museus, que se assinala hoje, 18 de maio.
De acordo com o centro hospitalar, a integração na RMA vai ser materializada com a criação do Espaço Memória da Saúde do CHUA que será «constituído por equipamentos ou utensílios já obsoletos para efeitos operacionais, mas carregados de histórias de uso, que continuam guardados nos serviços como forma de preservar memórias e que vale a pena registar, salvaguardar e divulgar».
A competência para salvaguardar e valorizar o Património Cultural do CHUA está a cargo do Departamento de Ensino, Inovação e Investigação, ao qual caberá a inventariação do material atualmente existente e disperso pelos diferentes espaços do CHUA.
Além de integrar a Rede de Museus do Algarve, uma rede informal que agrega diferentes profissionais, com diferentes formações e saberes, o centro hospitalar destaca que ainda que «já estabeleceu parcerias com os municípios algarvios, a ETIC Algarve, a Universidade do Algarve e o Museu da Saúde, com o intuito de potenciar este projeto».
Imagem: Espaço Museológico do ex-Sanatório Carlos Vasconcelos Porto
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Serviço de Cirurgia do HFF
Novo equipamento permite realizar cirurgias com recurso a fluorescência
O Serviço de Cirurgia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) passou a dispor de um novo equipamento altamente diferenciado e que vem melhorar de forma significativa a segurança de diversos tipos de cirurgias.
Trata-se do Sistema de Fluorescência EleVisionTM IR, que permite a realização de cirurgias com recurso à técnica de fluorescência.
Esta técnica consiste na administração de um composto (verde de indocianina) que faz com que determinados tecidos do corpo humano fiquem fluorescentes quando fotoestimulados pelo laser. A diferente luminescência dos tecidos permite diferenciá-los claramente, sendo assim possível uma melhor identificação de zonas críticas, identificar estruturas anatómicas relevantes como gânglios ou áreas com zonas tumorais.
Esta informação em tempo real permite aos cirurgiões uma maior precisão no ato cirúrgico. Vários estudos clínicos realizados apontam para diversos benefícios resultantes do recurso a esta técnica, entre os quais o aumento da segurança do ato cirúrgico.
O Diretor do Serviço de Cirurgia do HFF, Vítor Nunes, destaca «a renovação que vem sendo realizada ao nível do equipamento tecnológico do bloco operatório, permitindo uma cada vez maior diferenciação da atividade cirúrgica do hospital».
O responsável salienta ainda que este equipamento de ponta «destina-se a ser utilizado em diversos tipos de cirurgias e especialidades cirúrgicas do HFF, que podem recorrer a esta técnica, beneficiando assim um maior número de utentes».
Apesar de a oftalmologia e a cardiologia serem as especialidades precursoras na utilização desta técnica, tem-se assistido a um crescente e sustentado uso pela cirurgia geral, com diferentes intuitos.
«Com este equipamento e com a utilização desta técnica, o HFF acompanha a evolução da medicina e os desafios a que a excelência obriga, tornando cada vez mais evidente que ela deve ser personalizada, multidisciplinar, exigente, mais precisa e, portanto, mais segura», conclui Vítor Nunes.
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Secretário de Estado Adjunto e da Saúde visita Instituto Ricardo Jorge
18-05-2021
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, visitou, dia 17 de maio, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa, onde teve oportunidade de conhecer os novos Laboratórios Nacionais de Referência do INSA nas áreas da gripe e outros vírus respiratórios e das doenças evitáveis pela vacinação, assim como o Laboratório de Imunologia. O governante participou ainda na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da segunda fase do Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (ISN COVID-19).
No âmbito do Plano de Expansão Laboratorial para resposta à COVID-19, enquadrado no Plano de Estabilização Económica e Social, o INSA requalificou recentemente o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, o Laboratório Nacional de Referência das Doenças Evitáveis pela Vacinação e o Laboratório de Imunologia do Departamento de Doenças Infeciosas, responsável pela realização dos procedimentos laboratoriais do Inquérito Serológico Nacional à COVID-19.
A reabilitação destes laboratórios, que incluiu também a aquisição de equipamentos laboratoriais, permitiu aumentar a capacidade de resposta do INSA ao nível do diagnóstico laboratorial de SARS-CoV-2, mas também de outras doenças infeciosas como o sarampo ou a rubéola, num investimento total de cerca de 750 mil euros. O investimento efetuado permitiu ainda construir uma “sala de frio”, onde serão agora concentrados e instalados todos os equipamentos de ultracongelação utilizados pelos vários laboratórios.
Na abertura da conferência de imprensa de apresentação dos resultados da segunda fase do ISN COVID-19, António Lacerda Sales começou por recordar que foi nas instalações do INSA que, no dia 2 de março de 2020, foram diagnosticados os primeiros casos de COVID-19 em Portugal e que se nessa altura existia apenas um único laboratório a fazer testes agora existem mais de 150 laboratórios em todo o país.
“Desde então, foram realizados mais de 11.100.000 testes, dos quais no 39,5% no Serviço Nacional de Saúde, 49,5% em laboratórios privados, e 11% na academia. Destes, quase 50% (49,2%) foram realizados em 2021, sendo que 34,5% foram efetuados desde fevereiro e 26,3% desde março, já depois do pico da terceira onda. O trabalho feito nos 160 laboratórios espalhados pelo país permitiu aumentar conhecimento sobre este vírus. E este é um trabalho contínuo”, sublinhou o responsável.
Sobre os resultados da segunda fase do ISN COVID-19, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde enalteceu o trabalho do INSA e dos seus parceiros no âmbito deste estudo, destacando de seguida a importância do trabalho desenvolvido. “É essencial para percebermos para onde devemos ir. Para planearmos medidas mais efetivas de controlo da pandemia. E para estimarmos o impacto do atual programa de vacinação contra a COVID-19”, disse.
“Apesar de termos hoje mais informação sobre a presença de anticorpos, precisamos de continuar a fazer estudo sero-epidemiológicos, para conhecer melhor a duração da imunidade, quer após a infeção, quer após a vacinação”, referiu também o governante que, face às incertezas que ainda persistem relativamente à duração da imunidade, apelou à manutenção das “medidas de proteção da COVID-19, como o uso de máscara, o distanciamento físico, a etiqueta respiratória e a lavagem das mãos”.
