Relatório de Situação nº 520 | 04/08/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Resolução da Assembleia da República n.º 230/2021 – Diário da República n.º 150/2021, Série I de 2021-08-04
Assembleia da República
Recomenda ao Governo que massifique a testagem para controlar a pandemia
Comunicação conjunta EMA e ECDC sobre COVID-19: EMA e ECDC recomendam vacinação em todos os cidadãos elegíveis – Infarmed
04 ago 2021
Vacinação completa é a chave para proteção contra COVID-19 grave e morte incluindo aquela resultante de infeção pela variante Delta do SARS-CoV-2
No segundo comunicado conjunto sobre a vacinação contra a COVID-19, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC na sigla em inglês) recomendam a vacinação o mais breve possível contra a COVID-19 de toda a população elegível que ainda não foi vacinada ou não tenha completado o esquema vacinal recomendado. Este comunicado surge na sequência do aumento da circulação da variante Delta do SARS-CoV-2 nos países da UE/EEE. Apenas com esquema vacinal recomendado com qualquer vacina autorizada na UE/EEE será possível proteção elevada contra doença grave, morte por SARS-CoV-2 incluindo variantes, como é o caso da variante Delta. A vacinação é igualmente importante para proteger a população com maior risco de doença grave e hospitalização, mas também para reduzir a disseminação do vírus e, como tal, evitar o surgimento de novas variantes de preocupação e de infeções entre aqueles já vacinados.
A EMA e o ECDC recomendam igualmente que, em alguns casos, se considere reduzir o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas contra a COVID-19 aprovadas com esquema recomendado de duas doses, dentro dos limites autorizados, em particular para pessoas com maior risco de COVID-19 grave que ainda não tenha completado o esquema vacinal recomendado.
O surgimento de novos casos entre as pessoas já vacinadas tem sugerido que, nestes casos, a vacina não funcionou. A EMA e o ECDC relembram que, apesar da efetividade das vacinas autorizadas na UE/EEE contra a COVID-19 ser muito elevada, nenhuma vacina é 100% eficaz. Ou seja, é expectável que entre os vacinados ocorram infeções. No entanto, os dados têm mostrado que, nestes casos, as vacinas podem prevenir a doença grave e reduzem consideravelmente o número de pessoas hospitalizadas por COVID-19.
Instituto Ricardo Jorge participa em estudo europeu de efetividade das vacinas contra a COVID-19
04-08-2021
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) encontra-se a participar num estudo multicêntrico europeu sobre a efetividade das vacinas contra a COVID-19. Os primeiros resultados deste trabalho, realizado pela rede I-MOVE-COVID-19, sugerem que as vacinas contra o SARS-CoV-2 apresentam uma efetividade moderada após a toma da primeira dose (62%) e uma efetividade elevada com o esquema de vacinação completo (89%).
De acordo com o estudo publicado recentemente na revista científica Eurosurveillance, que incluiu 4.964 participantes com 65 ou mais anos de idade, recrutados entre dezembro de 2020 e maio de 2021, a vacinação fornece proteção substancial contra a apresentação de COVID-19 a nível dos cuidados de saúde primários, particularmente após a vacinação completa.
Os próximos passos deste estudo incluem uma análise mais aprofundada da durabilidade do efeito protetor da vacinação ao longo do tempo e estimativas da efetividade nos grupos populacionais mais jovens. Adicionalmente, a integração de dados de sequenciação genética permitirá a obtenção das estimativas da efetividade das vacinas por variante.
Em Portugal, desde outubro de 2020, 13 unidades de saúde e 12 laboratórios integram esta rede no âmbito dos cuidados de saúde primários que, à data da redação da análise de dados para o artigo, tinham selecionado 579 doentes, que contribuíram para a análise conjunta deste estudo multicêntrico. Este trabalho é coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do INSA e conta com a colaboração do Laboratório Nacional de Referência da Gripe e outros Vírus Respiratórios, do Departamento de Doenças Infeciosas da mesma entidade.
A rede I-MOVE-COVID-19, financiada pelo programa Horizonte 2020, reúne informações epidemiológicas e clínicas sobre doentes com COVID-19, incluindo a caracterização virológica da SARS-CoV-2 em 11 países europeus. Uma componente do I-MOVE-COVID-19 é o estudo multicêntrico da efetividade da vacina que tem como objetivo avaliar o nível de proteção da vacina contra a COVID-19 em relação a casos da infeção sintomática por SARS-CoV-2 atendidos ao nível dos cuidados de saúde primários em oito países europeus.
O artigo “Vaccine effectiveness against symptomatic SARS-CoV-2 infection in adults aged 65 years and older in primary care: I-MOVE-COVID-19 project, Europe, December 2020 to May 2021” encontra-se disponível aqui.
Covid-19 | Efetividade das vacinas
Instituto Ricardo Jorge participa em estudo europeu
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) encontra-se a participar num estudo multicêntrico europeu sobre a efetividade das vacinas contra a Covid-19.
Os primeiros resultados deste trabalho, realizado pela rede I-MOVE-COVID-19, sugerem que as vacinas contra o SARS-CoV-2 apresentam uma efetividade moderada após a toma da primeira dose (62%) e uma efetividade elevada com o esquema de vacinação completo (89%).
De acordo com o estudo publicado recentemente na revista científica Eurosurveillance, que incluiu 4.964 participantes com 65 ou mais anos de idade, recrutados entre dezembro de 2020 e maio de 2021, a vacinação fornece proteção substancial contra a apresentação de Covid-19 a nível dos cuidados de saúde primários, particularmente após a vacinação completa.
Os próximos passos deste estudo incluem uma análise mais aprofundada da durabilidade do efeito protetor da vacinação ao longo do tempo e estimativas da efetividade nos grupos populacionais mais jovens. Adicionalmente, a integração de dados de sequenciação genética permitirá a obtenção das estimativas da efetividade das vacinas por variante.
Em Portugal, desde outubro de 2020, 13 unidades de saúde e 12 laboratórios integram esta rede no âmbito dos cuidados de saúde primários que, à data da redação da análise de dados para o artigo, tinham selecionado 579 doentes, que contribuíram para a análise conjunta deste estudo multicêntrico.
Este trabalho é coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do INSA e conta com a colaboração do Laboratório Nacional de Referência da Gripe e outros Vírus Respiratórios, do Departamento de Doenças Infeciosas da mesma entidade.
Para saber mais, consulte:
INSA > Notícias
Vacinação contra a Covid-19
DGS determina patologias para vacinação de crianças entre 12 e 15 anos
As crianças com idades entre os 12 e os 15 anos que tenham cancro ativo, diabetes, obesidade, insuficiência renal crónica estão entre as que devem ser vacinadas prioritariamente contra a Covid-19.
A informação consta da norma da Campanha de Vacinação Contra a Covid-19, atualizada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no dia 3 de agosto, que determina também como doenças prioritárias para vacinação a transplantação e a imunossupressão.
Segundo a norma, estão ainda incluídas doenças neurológicas, que englobam a paralisia cerebral e distrofias musculares, as perturbações do desenvolvimento, como a Trissomia 21 e perturbações do desenvolvimento intelectual grave e profundo. A doença pulmonar crónica, doença respiratória crónica, como asma grave, e fibrose quística também estão entre as prioritárias.
As vacinas podem ser administradas nos menores desde que esteja presente quem tem a guarda do menor ou a pessoa a quem o menor tenha sido confiado.
Esta norma refere ainda que, relativamente às grávidas com 16 ou mais anos, não é necessária declaração médica, e, apesar de a recomendação para se vacinarem ser a partir das 21 semanas de gestação, após a realização da ecografia morfológica, «não existe idade gestacional limite para o início da vacinação».
A DGS sublinha ainda que, caso seja iniciado o esquema vacinal, sem conhecimento prévio da situação de gravidez, este deve ser completado no intervalo recomendado, independentemente da idade gestacional e da realização da ecografia morfológica.
A vacinação contra a Covid-19 na grávida deve respeitar um intervalo mínimo de 14 dias em relação à administração de outras vacinas, como a da tosse convulsa e da gripe.
A DGS refere que as grávidas constituem um grupo com risco acrescido para formas graves de Covid-19, quando comparadas com mulheres não grávidas da mesma idade, sendo o risco de doença grave maior no terceiro trimestre da gravidez.
«Por outro lado, a covid-19 tem sido também associada a desfechos obstétricos e neonatais adversos decorrentes sobretudo da maior taxa de parto pré-termo», refere a norma.
Apesar de a evidência (informação) científica sobre a segurança e eficácia da vacinação contra o SARS-CoV-2 na gravidez ser ainda limitada, «todas as vacinas disponíveis contra a Covid-19 utilizam tecnologias de vírus não-ativados, pelo que não são expectáveis riscos adicionais durante a gravidez e a amamentação», salienta.
Para saber mais, consulte:
DGS > Norma nº 002/2021 de 30/01/2021 atualizada a 03/08/2021
Não dê férias à segurança
Campanha da DGS e Autoridade Marítima visa evitar acidentes nas praias
A Direção-Geral de Saúde (DGS) e a Autoridade Marítima Nacional (AMN) lançaram a campanha «Não dê férias à segurança», com recomendações de segurança para minimizar os riscos de acidentes nas praias.
Em comunicado, a AMN realça que a campanha pretende sensibilizar para «uma cidadania responsável, através de recomendações no âmbito da segurança e de comportamentos a adotar nas praias que ajudem a minimizar os riscos de acidentes balneares».
«Durante a época balnear 2021, já ocorreram nove acidentes mortais, sendo a causa provável, na larga maioria das situações, doença súbita. Este ano, tal como nos últimos anos, verificamos que muitas das situações que resultam em acidentes nas praias não se devem a pessoas em dificuldades na água, mas a outras situações como paragens da digestão, choque térmico, desidratação ou paragem cardiorrespiratória», refere a nota da AMN.
Entre as recomendações, as duas entidades reforçam que devem ser frequentadas as praias vigiadas, respeitando as indicações das autoridades e dos nadadores-salvadores, evitadas as exposições ao sol entre as 11 e as 16 horas, deve ser usado protetor solar com fator superior a 30 de duas em duas horas, que se opte por refeições ligeiras, respeitando os períodos de digestão, e que não se deixe lixo nas praias.
As entidades apelam ainda para que os utentes prefiram praias vigiadas com baixa taxa de ocupação, que pode ser consultada na aplicação InfoPraia, e que seja respeitada a sinalização das praias.
Em caso de emergência, devem ser chamados os nadadores-salvadores ou contactado o número de emergência nacional 112.
No âmbito da prevenção contra a Covid-19, os utilizadores das praias devem usar máscara na deslocação até ao areal e manter o distanciamento físico, nomeadamente com o respeito pela distância de 1,5 metros entre toalhas e de três metros entre chapéus de sol.
A campanha pede ainda especial atenção às crianças, principalmente perto da água, que se tenha em atenção a profundidade dos locais de mergulho e que sejam evitadas as arribas instáveis.
Para saber mais, consulte:
- DGS – https://www.dgs.pt
- AMN – https://www.amn.pt
CHUA | «Semana de Verão»
Iniciativa tem como objetivo promover convívio e contacto com a natureza
O Centro de Desenvolvimento Pediátrico do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) encontra-se a realizar, entre 2 e 6 de agosto, a «Semana de Verão», na Quinta da Calma, em Almancil.
Esta iniciativa tem como objetivo proporcionar um maior contacto com a natureza e o convívio fora do ambiente hospitalar e destina-se a crianças com idades entre os 5 e os 7 anos, seguidas na consulta do Centro de Desenvolvimento Pediátrico do CHUA.
De acordo com a coordenadora do Centro de Desenvolvimento Pediátrico, a neuropediatra Carla Mendonça, este centro «pretende fomentar soluções que minimizem as dificuldades sentidas pelas crianças com patologia do desenvolvimento e seus familiares», sendo que «muitas destas crianças têm poucas oportunidades de integração no tecido social de acordo com as suas especificidades e são muitas vezes confrontadas com uma realidade de exclusão, que pode levar a frustração e sentimentos de abandono».
No sentido de dar resposta às famílias, que veem reduzidos os seus apoios no período de encerramento dos estabelecimentos de ensino, o Centro de Desenvolvimento Pediátrico criou este projeto-piloto gratuito com «o objetivo de promover o bem-estar e facilitar a interação de crianças e jovens com necessidades específicas durante o período de férias escolares, tendo em conta a pouca oferta de atividades para esta população no verão».
Assim, e durante esta semana, as dez crianças são acompanhadas por uma educadora de infância, uma enfermeira, uma auxiliar da ação médica e uma terapeuta ocupacional do CHUA e cinco voluntários.
Na Quinta da Calma, as crianças têm oportunidade de estabelecer «contacto direto com a natureza e com os pares, fazendo uso de ferramentas que convidam ao desenvolvimento humano, tais como a meditação, o yoga, a música, o canto, a dança, o movimento, as artes plásticas e domésticas, a expressão artística, a horticultura, caminhadas na natureza e contacto com animais».
Ao longo da semana, os pais também serão convidados a participar, com vista a partilhar experiências e encontrar estratégias que ajudem a potencializar a harmonia familiar e identificar mecanismos para o melhor desenvolvimento das crianças.
Para saber mais, consulte:
CHUA > Notícias
Novo serviço no Hospital de Leiria
Serviço de Pediatria restruturado e com nova Unidade de Ambulatório
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) procedeu à reorganização estrutural do Serviço de Pediatria, que conta agora com uma Unidade de Ambulatório que integra um hospital de dia pediátrico.
Durante o mês de agosto iniciam-se as consultas de Pediatria no novo espaço, localizado no piso 1 da torre poente do Hospital de Santo André (HSA), em Leiria, o que torna a Pediatria mais autónoma e funcional, dotada de recursos humanos, tecnológicos e materiais para este tipo de atividade assistencial.
«Esta nova unidade, cheia de luz e de cor, está preparada para receber as nossas crianças, jovens e suas famílias que necessitem de recorrer a qualquer uma das valências de consulta que o Serviço de Pediatria oferece e substitui o antigo espaço da Consulta Externa situada no piso 02 do HSA», destaca a diretora do Serviço de Pediatria do CHL, Lina Winckler.
«A abertura deste novo espaço e respetivo equipamento permite uma maior proximidade com os profissionais da área da Pediatria, que trabalham noutros setores, e concentra num mesmo piso a maioria dos setores de cuidados à criança», realça Lina Winckler. «Vai ainda possibilitar o crescimento de outras valências na área da Pediatria. É, sem dúvida, mais um passo dado pelo CHL para melhorar o atendimento e acompanhamento da faixa mais jovem da população, da sua área de influência», sublinha a médica pediatra.
A empreitada, que teve início a 14 de dezembro de 2020, está agora concluída e resulta na disponibilização de 18 gabinetes médicos, sala de pessoal, três salas de enfermagem, quatro arrumos, uma sala de espera, hospital de dia, sala para realização de exames por telemedicina, secretaria e instalações sanitárias.
Este projeto teve um investimento total de cerca de 662 mil euros e obteve o cofinanciamento de 499.665,54 euros do Programa Operacional da Região Centro.
O Presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio de Carvalho, salienta que «esta é a primeira alteração estrutural da Pediatria desde a abertura do HSA em 1995 e integra o nosso plano estratégico no âmbito do reforço das funções assistenciais e modernização das instalações. Esta remodelação permite um redimensionamento da Pediatria, que visa a melhoria das condições para a prestação dos cuidados pediátricos, e que agrega no mesmo espaço os equipamentos e recursos para esta especialidade, com maior conforto e humanização para os pequenos utentes e suas famílias».
Para saber mais, consulte:
CHL > Notícias
Campanha “Não dê férias à segurança”
A Autoridade Marítima Nacional e a Direção-Geral da Saúde associam-se para uma campanha de sensibilização para os cuidados a ter nesta época balnear, com o mote “Não dê férias à segurança”.
Esta campanha conjunta tem como objetivo incentivar a uma cidadania responsável, através de recomendações no âmbito da segurança e de comportamentos a adotar nas praias que ajudem a minimizar os riscos de acidentes balneares.
Durante a época balnear 2021, já ocorreram nove acidentes mortais, sendo a causa provável na larga maioria das situações, doença súbita.
Este ano, tal como nos últimos anos, verificamos que muitas das situações que resultam em acidentes nas praias não se devem a pessoas em dificuldades na água, mas a outras situações como paragens da digestão, choque térmico, desidratação ou paragem cardiorrespiratória.
Assim, de forma a minimizar o número de acidentes durante a presente época balnear, a Autoridade Marítima Nacional e a Direção-Geral da Saúde reforçam a importância do cumprimento das recomendações, para que possamos ter uma época balnear mais segura.
Conselhos:
- Evite as horas de maior exposição solar (11h-16h);
- Aplique protetor solar (FP>30)a cada duas horas;
- Frequente as praias vigiadas;
- Verifique a taxa de ocupação das praias na aplicação InfoPraia e opte por praias vigiadas com taxa de ocupação baixa;
- Respeite a sinalização das praias e opte por praias com menor taxa de ocupação;
- Circule de acordo com as indicações;
- Utilize máscara na deslocação até ao areal;
- Respeite a distância de 1,5m entre toalhas e 3m entre chapéus de sol;
- Mantenha o distanciamento físico;
- Siga as indicações dos nadadores-salvadores e dos agentes de autoridade;
- Esteja sempre atento às crianças, principalmente dentro ou perto de água;
- Proteja-se e evite arribas instáveis;
- Mergulhe com segurança. Tenha em atenção a profundidade do local/ zona em que mergulha;
- Opte por refeições ligeiras e respeite os períodos de digestão;
- Não deixe lixo na praia;
- Em caso de emergência não entre na água. Chame o nadador-salvador ou ligue 112.