Relatório de Situação nº 526 | 10/08/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Direção-Geral da Saúde atualiza recomendação sobre a vacinação contra a COVID-19 em adolescentes com 12-15 anos
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que, relativamente à vacinação contra a COVID-19 em adolescentes com 12-15 anos, foi possível analisar novos dados disponibilizados nos últimos dias, sendo de referir, à data, que:
- Os mais de 15 milhões de adolescentes vacinados nos Estados Unidos da América (EUA) e na União Europeia (UE) confirmam que os episódios já reportados de miocardite e pericardite são extremamente raros e têm uma evolução clínica benigna. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) continua a monitorizar estes episódios.
- Não foram conhecidos novos alertas de segurança com a utilização destas vacinas na UE nestas faixas etárias.
- Assim, dando continuidade à comunicação de 30 de julho, a DGS, ouvida a Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19 (CTVC):
- Mantém a recomendação da vacinação prioritária das pessoas com 16 ou mais anos e dos adolescentes com 12-15 anos com comorbilidades de risco.
- Recomenda a vacinação de todos os adolescentes de 12-15 anos. Esta recomendação, que surge na sequência da análise dos dados de vacinação nestas faixas etárias, nos EUA e na UE, tem um caráter universal, pelo que as vacinas estarão disponíveis para os adolescentes, acompanhado(s) pelo(s) pai(s)/tutor legal, sem necessidade de indicação médica.
- Vai atualizar a Norma 002/2021, para contemplar a nova recomendação.
A DGS e a CTVC continuam a acompanhar a evolução do conhecimento científico, da situação epidemiológica e da informação sobre as vacinas contra a COVID-19, podendo atualizar as suas recomendações a qualquer momento.
COVID-19: Julho foi o mês com mais testes realizados desde o início da pandemia – INSA
10-08-2021
No mês de julho de 2021 foi alcançado um novo máximo mensal de testagem à COVID-19 em Portugal, com a realização de mais de 2 milhões de testes de diagnóstico à COVID-19 (TAAN + TRAg). O esforço de testagem, que decorre desde março de 2020, é, a par da vacinação e das medidas não farmacológicas como o uso de máscara e o distanciamento físico, um dos pilares fundamentais da prevenção de focos de contágio e de controlo da pandemia.
Entre 1 e 31 de julho realizaram-se, em território nacional, 2.031.649 testes de diagnóstico à COVID-19 (TAAN + TRAg), com uma média diária de 65.537 testes. Tratam-se dos números de testagem mensal mais elevados desde o início da pandemia, e que correspondem a 12,9% do total de testes de diagnóstico efetuados desde março de 2020. De resto, em 2021 foram realizados, até ao momento, mais de 63% da totalidade dos testes de diagnóstico desde o início da pandemia, com os meses de abril, maio, junho e julho (até 26 de julho) a concentrarem cerca de 40% do número total de testes efetuados.
Do total de testes realizados desde o início da pandemia, 38,8% foram feitos no Serviço Nacional de Saúde, 50,7% nos privados e 10,5% na academia/outros. No que diz respeito ao tipo de testes, realizaram-se cerca de 12,3 milhões de testes RT-PCR e aproximadamente 3,5 milhões de TRAg de uso profissional.
Este aumento da testagem em Portugal assenta no plano de promoção da operacionalização da estratégia de testagem em Portugal que tem três eixos de intervenção: testagem dirigida, testagem programada e testagem generalizada. Este plano vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), e dá continuidade a um vasto programa de testagem, massiva e sistemática, alinhado com a Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2, tal como definido pela Norma n.º 019/2020 da Direção-Geral da Saúde.
Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 10-08-2021 – INSA
10-08-2021
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 13.807 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 298 concelhos de Portugal.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 588 sequências por semana desde o início de junho de 2021. De acordo com o relatório do INSA, esta amostragem envolveu laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 118 concelhos por semana.
Entre as novas sequências analisadas, a variante Delta (B.1.617.2) é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 98.9% na semana 30 (26 de julho a 01 de agosto), estando acima de 95% em todas as regiões. Do total de sequências da variante Delta analisadas até à data, 62 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1). Esta sublinhagem tem mantido uma frequência relativa abaixo de 1% desde a semana 24 (14 a 20 de junho), não tendo sido detetado, de acordo com os dados disponíveis até à data, nenhum caso na semana 30.
O relatório de diversidade genética do SARS-CoV-2 indica também que a frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, mantém-se baixa e sem tendência crescente, sendo que não foi detetado nenhum caso destas linhagens na semana 30, de acordo com os dados apurados até à data. Não se detetaram novos casos da variante Lambda (C.37), a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile.
Entre outras variantes de interesse (VOI – variants of interest) em circulação em Portugal, destacam-se as variantes B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia) e Eta (B.1.525) (detetada inicialmente na Nigéria), as quais apresentam mutações na proteína Spike, que são partilhadas com algumas das variantes de preocupação (VOC – variants of concern). Estas variantes apresentam uma baixa frequência em Portugal, tendo sido detetadas abaixo de 0,8% (B.1.621) ou 0,3% (Eta B.1.525) desde a semana 25 (21 a 27 de junho).
A partir de junho, o INSA adotou uma nova estratégia de monitorização contínua da diversidade genética do novo coronavírus em Portugal, a qual assenta em amostragem semanais de amplitude nacional. Esta abordagem permitirá uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados serão analisados continuamente, deixando de existir intervalos temporais entre análises.
Desde abril de 2020, o INSA tem vindo a desenvolver o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal”, com o objetivo principal de determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal. Os resultados deste trabalho podem ser consultados aqui.
Vacinação sem agendamento
Modalidade «Casa Aberta» disponível para maiores de 18 anos
A vacinação contra a Covid-19 na modalidade «Casa Aberta» passou hoje a estar disponível para pessoas a partir dos 18 anos.
A informação foi avançada pela task force que coordena o processo de vacinação, na sequência da decisão da Direção-Geral da Saúde de avançar para a vacinação universal de jovens entre 12 e 15 anos e da chegada de um reforço de vacinas ao país.
Esta modalidade está disponível para a vacinação de primeiras doses para utentes que não estejam agendados e que não tenham sido infetados com Covid-19 nos últimos seis meses, com idade igual ou superior a 18 anos.
Na segunda-feira, dia 9 de agosto, ficou também disponível um novo sistema de senhas digitais na maioria dos centros de vacinação existentes em Portugal, que permite aos utentes evitar filas de espera.
Para usufruir do sistema de senha digital da modalidade «Casa Aberta» é necessário que o utente aceda ao portal criado para o efeito e tire uma senha no próprio dia em que pretende ser vacinado, obrigatoriamente para um centro de vacinação localizado no seu concelho de residência. O número de senhas disponíveis está condicionado à disponibilidade de vacinas em cada centro.
Na solicitação da senha digital, o utente deve antecipadamente verificar se o centro de vacinação pretendido tem o semáforo verde, consultando essa informação no portal da afluência. Após preencher e submeter o formulário, deverá receber a sua senha digital com o respetivo número e hora prevista. As segundas doses serão sempre no local da primeira dose.
Para saber mais, consulte:
- Covid-19 > Senha Digital | Casa Aberta + 18 anos
- Covid-19 > Afluência dos centros de vacinação | Semáforos virtuais
- Covid-19 > Casa Aberta | Horário de funcionamento
Covid-19 | Vacinação de crianças
DGS recomenda vacinação universal das crianças dos 12 aos 15 anos
A Direção-Geral da Saúde recomendou hoje a vacinação universal das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos, deixando assim de ficar circunscrita a situações específicas, como os casos em que têm doenças de risco.
Em conferência de imprensa, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que a decisão surge depois de analisados «novos dados disponibilizados nos últimos dias», em concreto os impactos registados nos «mais de 15 milhões adolescentes vacinados nos Estados Unidos e na União Europeia» que revelaram ser «extremamente raros» os casos de miocardites e pericardites.
Tendo em conta os novos dados, a DGS decidiu alargar a todos os jovens desta faixa etária a vacina contra a Covid-19, que deverá começar a ser ministrada em breve, dependendo do plano de vacinação da task force que coordena este processo.
Sobre a possibilidade de os mais novos – cerca de 400 mil – começarem a ser vacinados contra a Covid-19 antes do arranque do ano letivo, Graça Freitas disse esperar que tal aconteça, mas caso arranque uns dias depois do início das aulas tal «não terá um impacto negativo importante» para a saúde.
Médio Tejo | Ortopedia
Serviço de Ortopedia do Hospital de Abrantes com mais seis camas
O Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), localizado na Unidade Hospitalar de Abrantes, teve um aumento de 20% no número de camas, o que se traduz em mais 6 camas.
Em comunicado, o CHMT explica que este aumento para 36 camas, concretizado no inicio do mês de agosto, acontece com a perspetiva de, a curto prazo, o Serviço de Ortopedia ter um novo aumento de camas para cirurgia ortopédica programada.
Esta dinâmica de crescimento do Serviço de Ortopedia vai permitir retomar com maior expressão a atividade cirúrgica e reduzir os tempos de espera para a realização de cirurgia ortopédica.
Para saber mais, consulte:
HFF | Farmácia de Ambulatório
Novas instalações visam melhoria do serviço prestado aos utentes
A Farmácia de Ambulatório do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) conta com novas instalações, localizadas no hall da entrada principal do hospital.
Este novo espaço tem como objetivo melhorar o conforto e a segurança dos utentes que diariamente recorrem a este serviço, evitando que tenham de se deslocar pelo interior das instalações hospitalares para proceder ao levantamento da medicação.
A Farmácia de Ambulatório está integrada no Serviço de Farmácia, que tem por objetivo assegurar a terapêutica necessária ao tratamento dos doentes com qualidade, segurança e eficácia, monitorizando os resultados e a satisfação dos doentes e dos profissionais envolvidos.
Para o diretor deste serviço, Vasco Rodrigues, «as especificidades do funcionamento da Farmácia de Ambulatório foram contempladas nestas novas instalações, quer ao nível da funcionalidade do espaço, quer ao nível dos requisitos técnicos necessários».
A nova Farmácia de Ambulatório dispõe de quatro gabinetes de atendimento, armazém e respetivo posto de trabalho, ocupando uma área total de cerca de 70 metros quadrados.
«Além da comodidade para os utentes, que podem recolher os seus medicamentos de ambulatório num local de fácil acesso, as novas instalações dispõem também de melhores condições de privacidade, pelo que o HFF dá mais um pequeno passo para melhorar o serviço que presta aos seus utentes», diz Vasco Rodrigues.
O investimento realizado foi de cerca de 65 mil euros, em obras e equipamento. As novas instalações «inserem-se num plano de melhoria das instalações que o hospital tem vindo a implementar de forma faseada, visando a melhoria das condições proporcionadas aos utentes, mas também aos profissionais que aqui trabalham», refere Joana Chêdas, vogal do Conselho de Administração do HFF.
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HFF > Notícias