Notícias em 24/08/2021

Relatório de Situação nº 540 | 24/08/2021

Relatório de Situação nº 540 | 24/08/2021 – DGS

Relatório de Situação nº 540 | 24/08/2021

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação


Despacho n.º 8339-A/2021 – Diário da República n.º 163/2021, 2º Suplemento, Série II de 2021-08-23
Defesa Nacional, Administração Interna, Ambiente e Ação Climática e Agricultura – Gabinetes dos Ministros da Defesa Nacional, da Administração Interna e do Ambiente e da Ação Climática e da Ministra da Agricultura
Declaração da situação de alerta entre as 00h00 e as 23h59 de 24 de agosto de 2021, para os distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Santarém, Vila Real e Viseu


Estudo nacional confirma evidência internacional sobre efetividade das vacinas mRNA – INSA

imagem do post do Estudo nacional confirma evidência internacional sobre efetividade das vacinas mRNA

23-08-2021

Um estudo epidemiológico do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), com colaboração da Unilabs, sobre a efetividade das vacinas mRNA contra a COVID-19 estimou que o risco de uma infeção pela variante Delta em vacinados é, aproximadamente, o dobro do risco de infeção pela variante Alpha, uma tendência verificada tanto em indivíduos com o esquema vacinal parcial como em indivíduos com o esquema vacinal completo. Estas conclusões estão de acordo com os estudos internacionais que avaliaram a efetividade das vacinas COVID-19 contra a variante Delta.

O estudo teve como objetivo comparar a efetividade das vacinas mRNA em casos da variante Delta e Alpha, recorrendo a um indicador aproximado de carga viral para apurar o potencial de transmissibilidade de cada caso. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que os infetados com a variante Delta apresentaram, em média, valores de carga viral mais elevados, o que poderá significar uma maior transmissibilidade. Estes resultados sugerem uma menor efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta em comparação com a variante Alpha.

O estudo contribui, assim, para robustecer a evidência científica sobre a menor efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta, assim como a maior transmissibilidade desta variante, atualmente dominante em Portugal e na Europa. O estudo em causa não analisou a efetividade das vacinas mRNA contra doença sintomática, hospitalização ou morte.

Se se considerar que, no período de predomínio da variante Alpha, a efetividade das vacinas mRNA contra infeção era de 55 a 70% com esquema parcial e de 70 a 90% para o esquema vacinal completo, com base nos resultados deste estudo do INSA e da DGS a efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta passariam a ser de 24 a 49% e de 41 a 80%, respetivamente para o esquema parcial e esquema completo.

Outro dos principais resultados deste trabalho refere que os indivíduos com o esquema vacinal completo apresentaram menor carga viral e potencialmente menor transmissibilidade do que os indivíduos não vacinados para ambas as variantes de preocupação analisadas (Delta e Alpha). No caso dos indivíduos infetados com a variante Delta, não se identificaram diferenças no indicador de carga viral entre os indivíduos não vacinados e os vacinados parcialmente, sugerindo assim equivalente nível de transmissibilidade.

Desenvolvido pelos departamentos de Epidemiologia, de Doenças Infeciosas e de Genética Humana do INSA, e pela Direção de Serviços de Informação e Análise da DGS, o estudo compreendeu o período de transição entre o predomínio da variante Alpha para a variante Delta (maio a julho de 2021) e analisou 2.097 casos de infeção por SARS-CoV-2 confirmada laboratorialmente por RT-PCR, para os quais foi possível identificar a variante de preocupação por sequenciação do genoma do total, realizada pela Unidade de Bioinformática do INSA, ou por amplificação do gene S, estes últimos analisados no laboratório Unilabs.

A informação sobre o estado vacinal foi recolhida do registo nacional de vacinação (Vacinas) e a informação sobre os infetados do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE).

As conclusões deste trabalho foram agora publicadas no artigo “Delta variant and mRNA Covid-19 vaccines effectiveness: higher odds of vaccine infection breakthroughs”, que se encontra disponível em pre-print no repositório medRxiv e pode ser consultado aqui.


Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 24-08-2021 – INSA

imagem do post do Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 24-08-2021

24-08-2021

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 14.748 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 300 concelhos de Portugal.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 565 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 121 concelhos por semana.

De acordo com o relatório do INSA, a variante Delta (B.1.617.2) apresenta uma frequência relativa de 100% na semana 32 (09-15 agosto) em todas as regiões. Do total de sequências da variante Delta analisadas, 66 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1). Esta sublinhagem tem mantido uma frequência relativa abaixo de 1% desde a semana 24 (14 a 20 de junho).

A frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), mantém-se baixa e sem tendência crescente, sendo que não foi detetado nenhum caso da primeira desde a semana 30 (26 julho-01 agosto), tendo sido detetados apenas dois casos da segunda na semana 31 (02-08 agosto). O relatório semanal do INSA sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, refere também que não se detetaram novos casos da variante Lambda (C.37), a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile.

partir de junho, o INSA adotou uma nova estratégia de monitorização contínua da diversidade genética do novo coronavírus em Portugal, a qual assenta em amostragem semanais de amplitude nacional. Esta abordagem permitirá uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados serão analisados continuamente, deixando de existir intervalos temporais entre análises.

Desde abril de 2020, o INSA tem vindo a desenvolver o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal”, com o objetivo principal de determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal. Os resultados deste trabalho podem ser consultados aqui.


65% dos portugueses com certificado digital

24/08/2021

Foram já emitidos cerca de 6,5 milhões de certificados digitais em Portugal

Cerca de 6,5 milhões de portugueses, o equivalente a 65% da população, dispõem do certificado digital europeu, de acordo com dados hoje divulgados pela SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

“Até ao momento, já foram emitidos cerca de 6,5 milhões de certificados digitais da União Europeia”, documento que permite atestar que o seu portador foi vacinado contra a covid-19, efetuou um teste com resultado negativo ou já recuperou da infeção pelo vírus SARS-CoV-2, informou fonte da SPMS citada pela agência Lusa.

Estes certificados começaram a ser emitidos em Portugal em 16 de junho e entraram em vigor em toda a União Europeia em 1 de julho, com o objetivo de facilitar a livre circulação dos cidadãos nos Estados-membros de forma segura durante a pandemia.

Em Portugal continental, o documento é necessário para viagens aéreas ou marítimas, aceder a estabelecimentos turísticos e de alojamento local, entrar no interior de restaurantes aos fins de semana e feriados, para aulas de grupo nos ginásios e frequentar termas e spas, casinos e bingos, casamentos e batizados com mais de 10 pessoas, e eventos culturais, desportivos ou corporativos para mais de 1.000 pessoas (em ambiente aberto) ou 500 pessoas (em ambiente fechado).

O certificado digital covid da UE pode ser obtido através do portal do SNS 24 na internet ou da aplicação móvel SNS 24.


Covid-19 | Efetividade das vacinas

24/08/2021

Estudo do INSA e da DGS confirma efetividade das vacinas mRNA

Um estudo epidemiológico promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), com colaboração da Unilabs, sobre a efetividade das vacinas mRNA contra a Covid-19 estimou que o risco de uma infeção pela variante Delta em vacinados é, aproximadamente, o dobro do risco de infeção pela variante Alpha.

Esta é uma tendência verificada tanto em indivíduos com o esquema vacinal parcial como em indivíduos com o esquema vacinal completo, sendo que as conclusões vão ao encontro dos estudos internacionais que avaliaram a efetividade das vacinas Covid-19 contra a variante Delta.

O estudo teve como objetivo comparar a efetividade das vacinas mRNA em casos da variante Delta e Alpha, recorrendo a um indicador aproximado de carga viral para apurar o potencial de transmissibilidade de cada caso.

De acordo com os resultados obtidos, observou-se que os infetados com a variante Delta apresentaram, em média, valores de carga viral mais elevados, o que poderá significar uma maior transmissibilidade. Estes resultados sugerem uma menor efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta em comparação com a variante Alpha.

O estudo contribui, assim, para robustecer a evidência científica sobre a menor efetividade das vacinas mRNA contra a infeção pela variante Delta, assim como a maior transmissibilidade desta variante, atualmente dominante em Portugal e na Europa. O estudo em causa não analisou a efetividade das vacinas mRNA contra doença sintomática, hospitalização ou morte.

Outro dos principais resultados deste trabalho refere que os indivíduos com o esquema vacinal completo apresentaram menor carga viral e potencialmente menor transmissibilidade do que os indivíduos não vacinados para ambas as variantes de preocupação analisadas (Delta e Alpha). No caso dos indivíduos infetados com a variante Delta, não se identificaram diferenças no indicador de carga viral entre os indivíduos não vacinados e os vacinados parcialmente, sugerindo assim equivalente nível de transmissibilidade.

O estudo compreendeu o período de transição entre o predomínio da variante Alpha para a variante Delta (maio a julho de 2021) e analisou 2.097 casos de infeção por SARS-CoV-2.

Para saber mais, consulte:


Tratamentos de radioterapia

24/08/2021

CHUC com dois novos aceleradores lineares, um investimento de 7 M€

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) já começou a realizar tratamentos de radioterapia com o primeiro de dois novos aceleradores lineares, um investimento de sete milhões de euros (M€) que vem reforçar a capacidade assistencial do Serviço Nacional de Saúde.

Em comunicado, o CHUC explica que estas aquisições vêm dar «continuidade ao projeto de remodelação e modernização do Serviço de Radioterapia, permitindo o acesso a tratamentos através das técnicas atualmente recomendadas, nomeadamente imagem guiada, intensidade modulada, arcoterapia com intensidade modulada e técnicas de sincronização com base no ciclo respiratório do doente».

De acordo com o documento, os novos aceleradores lineares «potenciam a capacidade destes tratamentos com uma diminuição dos seus efeitos secundários para o utente».

O Serviço de Radioterapia trata diariamente cerca de uma centena de doentes provenientes da região centro, sendo responsável pelo tratamento de quase metade dos doentes oncológicos sujeitos a radioterapia na região.

Para saber mais, consulte:

CHUC – http://www.chuc.min-saude.pt/