Relatório de Situação nº 562 | 15/09/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Taxa de incidência continua a descer
Incidência e índice de transmissibilidade descem em todo o país
A taxa de incidência nacional de infeções com SARS-CoV-2 nos últimos 14 dias voltou hoje a baixar, de 208,3 para 191,1 casos por 100 mil habitantes, e o índice de transmissibilidade desceu para 0,84.
No que respeita a Portugal continental, segundo o boletim epidemiológico conjunto da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgado hoje, a taxa de incidência (média de novos casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias) baixou de 214 para 196,1.
De acordo com o documento, o Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa portadora do vírus – está hoje em 0,84 a nível nacional e em 0,83 em Portugal continental.
Vacinação contra a Covid-19
Portugal é o líder mundial na taxa de população com vacinação completa
Portugal é hoje o país do mundo com maior taxa de cobertura da população com a vacinação completa contra a Covid-19.
Segundo o site de estatísticas Our World in Data, o país superou nos últimos dias Malta e regista 81,54% de população com a vacinação completa contra a infeção provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, enquanto Malta tem 80,95% da população totalmente imunizada face à Covid-19. Em terceiro lugar no ‘ranking’ mundial surgem os Emirados Árabes Unidos, com 78,80%.
No entanto, se forem incluídos os dados da população com o processo de imunização ainda incompleto, Portugal cai para o segundo posto a nível mundial, com 5,40% da população ainda por completar a vacinação, elevando o total de cobertura vacinal (primeiras e segundas doses) para 86,94%.
Nesta comparação, em primeiro lugar ficam os Emirados Árabes Unidos, com uma cobertura vacinal de 89,89% e Malta no terceiro país a nível mundial, com um total de população com primeira e segundas doses de 81,11%.
Recorde-se que de acordo com os dados do último relatório da Direção-Geral da Saúde, 80% da população portuguesa, o equivalente a mais de 8,2 milhões de pessoas, já concluiu o processo de vacinação contra o vírus SARS-CoV-2 e 85%, mais de 8,8 milhões, já tem a primeira dose da vacina.
Para saber mais, consulte:
Our World in Data – https://ourworldindata.org/ (em inglês)
42 anos do SNS
SNS assinala os seus 42 anos e antecipa o futuro em reunião de trabalho
No dia em que o Serviço Nacional de Saúde celebra o seu 42.º aniversário, várias dezenas de dirigentes participaram esta quinta-feira,15 de setembro, numa reunião para “Perspetivar o Futuro” do SNS no auditório do Infarmed.
“Um serviço público de saúde, símbolo de uma sociedade democrática e progressista”, continuará a requerer muito empenho” de todas as partes”, destacou a ministra da Saúde, Marta Temido. “Após um período em que os profissionais foram submetidos a uma prova tremenda”, é necessário agora “acelerar os objetivos definidos no programa de Governo para a Saúde”, para assim cumprir a prioridade de “responder aos problemas práticos e às expetativas das pessoas”, reforçou a ministra na sua intervenção.
Também o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, reiteraram o compromisso do SNS com qualidade da prestação de cuidados aos cidadãos.
Na abertura da sessão, António Lacerda Sales referiu que o SNS “se materializou numa obra maior da democracia portuguesa”, destacando que este é um Serviço que vai continuar a sua missão de “reduzir as desigualdades e assimetrias, promovendo melhor acesso a cuidados de saúde, maior proximidade ao cidadão e melhor resposta às necessidades da população.”
“O SNS é uma conquista que nos une a todos há mais de quatro décadas”, destacou, por sua vez, Diogo Serras Lopes, relembrando o sucesso do Plano de Vacinação contra a COVID-19 que “permitiu vacinar quase 85% da população em apenas 9 meses.”
A reunião dedicou um primeiro momento à apresentação das “Linhas gerais do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a Saúde”. Tiago Gonçalves, vogal da Administração Central do Sistema de Saúde, classificou o PRR como a oportunidade para implementar a Transição Digital na Saúde e para avançar com as reformas dos Cuidados de Saúde Primários e da Saúde Mental, permitindo ainda acelerar a reforma do modelo de governação dos hospitais públicos.
O segundo painel, composto pelos Coordenadores do Grupo de Apoio técnico à implementação das Políticas de Saúde (GAPS), foi dedicado aos “Desafios futuros do SNS” e centrou-se nas áreas que representa: Cuidados de Saúde Primários, Cuidados Hospitalares, Cuidados Continuados, Cuidados Paliativos e Saúde Mental.
João Rodrigues, coordenador para a área dos Cuidados de Saúde Primários, defendeu a necessidade de reforçar a capacidade de “atrair e reter recursos humanos nas Unidades de Saúde Familiar através de incentivos à dedicação plena.”
Luís Campos, responsável pela coordenação para a área dos Cuidados Hospitalares, apontou o aumento da longevidade e as consequentes comorbilidades como os desafios que “requerem toda a capacidade de adaptação das equipas hospitalares, preservando sempre a relação médico – doente”.
Quanto ao futuro dos Cuidados Continuados Integrados, Cristina Henriques, coordenadora da Rede Nacional, destacou a necessidade do reforço da capacidade deste setor “através da criação de novas e alargamento das atuais respostas”.
Já Rui Silva, presidente da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, apontou o caminho para o “fortalecimento da rede e da proteção social do doente e familiares”, bem como dos “cuidados centrados na pessoa com doença e no seu núcleo familiar.”
Miguel Xavier, Diretor do Programa Nacional de Saúde Mental, classificou a doença psiquiátrica como um “enorme problema de saúde pública, que tem de ser atacada à medida da sua dimensão”. Nesse sentido, apresentou uma estratégia em três passos: criar uma rede de serviço de Saúde Mental, realizar uma integração de projetos e colocar a Saúde Mental em todas as políticas.
Assista aqui ao vídeo 42 anos do SNS: https://www.sns.gov.pt/noticias/2021/09/15/42-anos-do-sns/
Departamento da Qualidade na Saúde renova certificação da qualidade pela APCER
O Departamento da Qualidade (DQS) da Direção-Geral da Saúde foi auditado nos dias 14 e 15 de junho, pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER), com vista à obtenção da recertificação ao Sistema de Gestão da Qualidade pela Norma ISO 9001:2015.
Esta auditoria de recertificação foi concluída com sucesso, dando início a um novo ciclo de três anos. Os resultados desta auditoria comprovam a consolidação do Sistema de Gestão da Qualidade do DQS e o compromisso de todos os colaboradores com as atribuições do Departamento na promoção da decisão clínica baseada na evidência, da adequação, segurança e humanização da prestação de cuidados e na avaliação e certificação das unidades de saúde. O Departamento da Qualidade na Saúde renova a sua certificação num momento único e particularmente desafiante para o sistema de saúde, imposto pela pandemia COVID-19.
Desta forma, o Departamento reitera o compromisso em manter um sistema de gestão coerente com os princípios da qualidade e com os requisitos aplicáveis para prosseguir a sua missão de promover a melhoria continua da qualidade no sistema de saúde e no Serviço Nacional de Saúde.
13.ª Reunião Anual PortFIR – INSA
15-09-2021
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, promove dia 28 de outubro, em formato online, a 13.ª Reunião Anual PortFIR, este ano dedicada ao tema “Alimentação saudável e sustentabilidade alimentar | O que trouxe a pandemia?”. O evento visa abordar os temas da alimentação saudável, sustentabilidade alimentar e saúde, procurando refletir e debater os impactes, desafios e oportunidades que se colocam em consequência da COVID-19, bem como divulgar movimentos e iniciativas regionais e locais, centradas na alimentação, consumo e sociedade, levadas a cabo para mitigação dos efeitos da pandemia em diferentes setores.
A 13.ª Reunião Anual PortFIR (Plataforma Portuguesa de Informação Alimentar) tem também como objetivo divulgar trabalhos de investigação na área da alimentação, nutrição e/ou segurança alimentar. Destinada aos membros das Redes, profissionais de saúde, laboratórios, comunidades científica e académica, indústria alimentar e da distribuição, e todos os demais interessados nesta temática, a reunião será transmitida em direto através de plataforma digital a indicar brevemente e terá acesso livre, sendo sujeito a inscrição prévia.
A submissão de resumos para apresentação em poster deverá ser efetuada até 28 de setembro de 2021, através do email roberto.brazao@insa.min-saude.pt e de acordo com os critérios de elaboração e submissão. A aceitação dos resumos será comunicada até ao dia 07 de outubro 2021. Dos resumos apresentados, o júri selecionará dois para serem apresentados também oralmente na Sessão da Tarde da Reunião. Os Posters deverão ser enviados até ao dia 21 de outubro de 2021, para o email anteriormente indicado. Todos os trabalhos aceites e apresentados na forma de poster são candidatos ao prémio de melhor poster.
O Programa PortFIR – Plataforma de Informação Alimentar tem como objetivo a implementação de redes portuguesas de partilha de conhecimento em segurança alimentar e nutrição, assente num portal que inclui a Tabela da Composição de Alimentos portuguesa (TCA) e que, futuramente, incluirá outras bases de dados, sustentáveis e de qualidade reconhecida, sobre contaminação de alimentos e consumos alimentares. Atualmente conta com cerca de 150 membros, de mais de 90 organismos e entidades públicas e privadas, nomeadamente legisladores e reguladores, laboratórios, universidades, centros de investigação, associações e organizações do setor agroalimentar e da saúde e empresas da produção e/ou distribuição alimentar, restauração e saúde.
Instituto Ricardo Jorge participa na Noite Europeia dos Investigadores 2021
15-09-2021
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através dos seus departamentos de Genética Humana (DGH) e de Alimentação e Nutrição (DAN), volta a participar em 2021 na Noite Europeia dos Investigadores (NEI), um evento público que decorre em simultâneo em toda a Europa e que pretende aproximar os investigadores e o público. Este ano com um formato misto (presencial e online), a iniciativa terá lugar no dia 24 de setembro com foco no tema da “Ciência para o Clima” e das alterações ambientais.
A NEI 2021 irá basear-se nas dimensões social, económica e ambiental para a sustentabilidade, promovendo a relevância da ciência e da investigação enquanto contributos para a neutralidade climática no futuro. O tema da edição deste ano está alinhado com o Pacto Ecológico Europeu, que propõe que o impacto no clima seja neutro até 2050, através da promoção de iniciativas que protegem o meio ambiente e impulsionam a economia verde, reduzindo a poluição.
Nesse sentido, os investigadores do DGH Marisa Silva, Rafaela Lacerda e Pedro Fonseca desenvolveram uma atividade pensada para jovens e adultos denominada “DNA, RNA, proteínas e outras “criaturas” fantásticas: Presente e Futuro em Mudança“, com o objetivo de proporcionar uma atividade de comunicação em ciência promotora da literacia em Genética Humana, salientando o seu papel num ambiente em mudança. Para o efeito, é explicado de forma simples como o conhecimento dos genes e do seu funcionamento, bem como as alterações que causam doenças genéticas ou aumentam o risco de doença, são importantes para uma gestão de saúde ambientalmente mais sustentável.
Por sua vez, os investigadores Carla Motta, Ricardo Assunção, Alexandra Sanfins e Tiago Moreira do DAN convidam todos os interessados a participar num debate tendo como ponto de partida a pergunta: “Como pode ter uma dieta equilibrada de base vegetal e diminuir o impacto na mudança climática global?”. A discussão pretende abordar a base científica associada à contribuição da adoção de uma alimentação de base vegetal equilibrada para a sustentabilidade ambiental, à importância do consumo de leguminosas e a como obter os nutrientes essenciais numa dieta de base vegetal. O debate terá a presença de investigadores do INSA e de docentes da Egas Moniz – Cooperativa de Ensino Superior.
Lançada em 2005 e financiada pela Comissão Europeia, no âmbito das Ações Marie Curie, a NEI tem como objetivo celebrar a Ciência e aproximar investigadores e cidadãos. O evento que procura quebrar as barreiras que separam a Ciência dos cidadãos e desmistificar a imagem distante que o cidadão tem do cientista, é uma oportunidade para divulgar o trabalho de grande qualidade e inovação desenvolvido pelos investigadores portugueses, bem como para realçar a importância de uma comunicação eficiente entre centros de investigação e a sociedade civil.