Relatório de Situação nº 610 | 02/11/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Orientação nº 009/2020 de 11/03/2020 atualizada a 02/11/2021 – DGS
COVID-19: Procedimentos para Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e para Unidades de Cuidados Continuados Integrados (várias tipologias).
Procedimentos para Estabelecimentos de Apoio Social de carácter residencial/estruturas residenciais, de utilização temporária ou permanente dedicadas a pessoas institucionalizadas, dependentes de terceiros nas atividades da vida diária.
Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 02-11-2021 – INSA
02-11-2021
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 19.892 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 303 concelhos de Portugal.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 538 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 127 concelhos por semana.
De acordo com o relatório do INSA, nas semanas 40 e 41 (entre 4 e 17 de outubro), com amostragens fechadas e análises concluídas, registou-se uma frequência relativa de 100% para a variante Delta (B.1.617.2). Na semana 42 (18 a 24 de outubro), apesar de a variante Delta apresentar uma frequência relativa de 100%, este valor é provisório pois os dados ainda estão a ser apurados.
Desde a semana 40 (4 a 10 de outubro) é apresentada uma evolução semanal da frequência relativa das diversas sublinhagens da variante Delta (recentemente definidas com o prefixo “AY.”). Esta subclassificação, através do agrupamento de vírus com maior proximidade genética/epidemiológica entre si, facilita a monitorização contínua da evolução genética e dispersão geotemporal de SARS-CoV-2, potenciando a deteção precoce de novas constelações de mutações (i.e., variantes) de interesse.
Segundo o relatório do INSA, a discriminação em sublinhagens não indica que estas apresentem diferenças funcionais (i.e., maior transmissibilidade, associação a doença severa, maior capacidade de evasão ao sistema imunitário, etc.), encontrando-se em constante revisão e refinamento, esperando-se a supressão e/ou adição de sublinhagens nas próximas atualizações. Em Portugal, as 10.412 sequências Delta analisadas até à data dividem-se em mais de 40 sublinhagens.
Desta monitorização contínua destaca-se a atual circulação de diversas sublinhagens da variante Delta em Portugal, sendo que 23 destas foram detetadas consecutivamente nas últimas três semanas ou na atual semana em análise, sendo que quatro sublinhagens apresentam uma frequência relativa com tendência crescente. Foram detetados até à data 10 casos associados à sublinhagem AY.4.2, os quais foram registados entre os dias 24 de agosto e 24 de outubro. Na semana 42 foram ainda detetados mais dois casos da sublinhagem AY.1, perfazendo um total de três casos detetados entre as semanas 40 e 42.
O relatório refere ainda que não é detetado qualquer caso associado à variante Gamma (P.1) desde a semana 37 (13 a 19 de setembro), situação semelhante à variante Beta, que não é detetada desde a semana 29 (19 a 25 de julho).
Desde abril de 2020, o INSA tem vindo a desenvolver o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal”, com o objetivo principal de determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal. Atualmente, esta monitorização contínua assenta em amostragens semanais de amplitude nacional. Os resultados deste trabalho podem ser consultados aqui.
DGS | Vacinação pneumocócica
Alargamento da gratuitidade e da comparticipação a mais doentes de risco
A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou as normas relativas à vacinação pneumocócica, recomendando a vacina polissacárida a todos os adultos com mais de 65 anos e alargando a sua gratuidade a doentes de risco a partir dos 18 anos.
A recomendação foi divulgada num comunicado da DGS relativo à vacinação contra a doença invasiva pneumocócica (DIP) dos adultos pertencentes a grupos de risco, cuja norma que vigorava desde 2015 foi agora atualizada.
Nesta atualização, passa a recomendar-se a vacina polissacárida pneumocócica de 23 serotipos (Pn23) a todos os adultos com 65 ou mais anos, entrando em vigor um regime especial com comparticipação de 69%. Tal como já acontecia com a vacina conjugada pneumocócica de 13 serotipos (Pn13), a vacina Pn23 passa a ser gratuita para pessoas maiores de 18 anos pertencentes a determinados grupos de risco clínico, especificados na Norma.
No que se refere aos grupos de risco clínico, para além dos já definidos em 2015, passam a ter vacinação gratuita no Serviço Nacional de Saúde (SNS) pessoas com insuficiência respiratória crónica.
Por outro lado, para além dos transplantados, a vacinação gratuita abrange agora também os candidatos a transplante, a partir do momento em que forem incluídos na lista de espera para esse procedimento.
Mesmo as pessoas com 65 ou mais anos e com critérios clínicos para vacinação gratuita no SNS, no âmbito desta norma, podem optar por adquirir as vacinas na farmácia, auferindo também do regime especial com comparticipação de 69% que, neste caso, abrange também a vacina conjugada de 13 serotipos (Pn 13).
A Doença Invasiva Pneumocócica (DIP) pode provocar situações muito graves, com elevada probabilidade de complicações, sequelas e morte.
Existem dois tipos de fatores que representam um risco acrescido para a DIP, nomeadamente a idade, sendo a incidência maior nas crianças, no primeiro ano de vida – que já estão abrangidas pela vacinação universal desde 2015 – e nos adultos com 65 ou mais anos, e ainda fatores de risco clínico que surgem em pessoas de qualquer idade, com determinadas doenças descriminadas na Norma. A vacinação gratuita de todos os jovens (até aos 18 anos) com fatores de risco clínico está prevista desde 2010.
A DGS considera fundamental a adequação periódica da estratégia vacinal, tendo em conta a evolução da epidemiologia, do conhecimento científico, da disponibilidade de vacinas no mercado, e ainda o aumento progressivo da gratuitidade para as pessoas pertencentes aos grupos de risco.
Para saber mais, consulte:
Programa Bairros Saudáveis
Programa já transferiu 3,8 milhões de euros para 189 projetos
Dos 246 projetos aprovados pelo Programa Bairros Saudáveis, cerca de 95% têm protocolo assinado e 189 (77%) já receberam a primeira parte do financiamento, no valor total de 3,8 milhões de euros.
De acordo com a coordenadora nacional do Programa Bairros Saudáveis, Helena Roseta, citada pela agência Lusa, em outubro foram assinados 234 protocolos, o que corresponde a 95% dos 246 projetos aprovados para financiamento.
Em 29 de julho, o Governo determinou a prorrogação do Programa Bairros Saudáveis até 31 de dezembro de 2022, de forma a permitir que os destinatários finais das verbas do programa possam executar os respetivos projetos de acordo com o cronograma apresentado aquando das candidaturas.
A dotação total do programa é de 10 milhões de euros. Depois de ter recebido 774 propostas de projetos e a avaliação do júri, o Programa Bairros Saudáveis vai financiar 246 projetos.
Em termos de dispersão regional das candidaturas aprovadas para financiamento, 96 localizam-se em Lisboa e Vale do Tejo, 71 na região Norte, 35 no Centro, 27 no Alentejo e 17 no Algarve, verificando-se que, do total de projetos viabilizados, 69 são em territórios do interior do país.
Em vigor desde julho de 2020, o Programa Bairros Saudáveis aplica-se a Portugal continental e visa apoiar intervenções locais de promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades territoriais, através de projetos apresentados por “associações, coletividades, organizações não governamentais, movimentos cívicos e organizações de moradores”.
#MedSafetyWeek 2021
Infarmed participa em campanha europeia até dia 7 de novembro
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde participa até dia 7 de novembro, pelo sexto ano consecutivo, na campanha internacional #MedSafetyWeek, para promover a importância da notificação de suspeitas de reações adversas e que este ano tem como foco as vacinas.
Com esta campanha, que será promovida exclusivamente nas redes sociais e envolve as agências de medicamentos de 64 países, pretende-se “encorajar os profissionais de saúde, bem como as pessoas portadoras de doença, os seus cuidadores e familiares, a notificarem suspeitas de reações adversas com vacinas, incluindo vacinas Xovid-19”.
“As vacinas são a melhor forma de proteger os cidadãos contra doenças infeciosas e já salvaram milhões de vidas”, sublinha o Infarmed, em comunicado, lembrando que, tal como com todos os outros medicamentos, podem ocorrer reações adversas também às vacinas e que todas a suspeitas devem ser comunicadas ao instituto, para ajudar “a identificar novas reações e a obter mais informações sobre os efeitos conhecidos”.
Na campanha deste ano, “os profissionais de saúde que administram vacinas são especialmente encorajados a discutir as possíveis reações adversas com os cidadãos, de forma a que estes possam estar vigilantes relativamente a suspeitas de reações adversas novas ou raras com as vacinas”, acrescenta.
Segundo os últimos dados do Infarmed, mais de 15.900 suspeitas de reações adversas às vacinas contra a covid-19 foram notificadas em Portugal, das quais 5.929 forma classificadas como graves e incluem 85 casos de morte em idosos.
Desde o início da campanha de vacinação, a 27 de dezembro de 2020, até ao passado dia 26 de setembro, foram registadas 15.922 notificações de reações adversas (RAM), num total de 15.956.183 doses administradas, 5.929 (37%) classificadas como “graves” e 9.993 (63%) como “não graves”.
Do total de reações adversas registadas em Portugal, 8.434 são referentes à vacina da Pfizer/BioNtech, num total de 10.731.924 doses administradas, 4.293 da Astrazeneca, em 2.202.274 doses, 1.778 da Moderna (1.901.818 doses) e 1.340 da Janssen (1.120.167).
O Infarmed ressalva que estes dados “não permitem a comparação dos perfis de segurança entre vacinas, uma vez que estas foram utilizadas em subgrupos populacionais distintos e em períodos e contextos epidemiológicos distintos”.
A reação mais notificada é dor de cabeça (3.826), seguida da febre (3.820), dor muscular (3.744), dor no local de injeção (3.347), fadiga (1.864), calafrios (1.618), náusea (1.453), dores nas articulações (1.187), dor generalizada (1.067), tonturas (960), mal-estar geral (900), dor nas extremidades corporais (830), aumento dos gânglios linfáticos(808), fraqueza orgânica (728), vómitos (716).
As autoridades reguladoras de medicamentos de 64 países em todo o mundo participam este ano na campanha internacional #MedSafetyWeek, liderada pelo Centro de Monitorização de Uppsala (UMC), o centro que colabora com a Organização Mundial da Saúde (OMS) na monitorização internacional de medicamentos.
Em Portugal, podem ser notificadas suspeitas de Reações Adversas a Medicamentos (RAM) no Portal RAM, no site do Infarmed.
Para saber mais, consulte:
Infarmed > Campanha Europeia – Med Safety Week 2021
Novos Monitores de sinais vitais
INEM equipa ambulâncias para realização de eletrocardiogramas
As Ambulâncias de Emergência Médica (AEM) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) estão, desde 1 de novembro, equipadas com um novo monitor de sinais vitais, que permite a realização de eletrocardiogramas (ECG).
De acordo com o Presidente do INEM, Luís Meira, o investimento de 600 mil euros num equipamento que vai permitir aos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) monitorizar os sinais vitais dos doentes vai representar um “ganho muito significativo” em termos de saúde.
Vai permitir também “uma melhoria significativa” das condições de trabalho dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH), uma vez que dispõem a partir de agora de um equipamento que “lhes vai facilitar, e muito, a sua missão, porque incorpora várias capacidades”, afirmou Luís Meira.
A disponibilização destes monitores nas 56 AEM do Instituto vai traduzir-se numa melhoria da prestação de cuidados de saúde a quem deles necessita, designadamente a doentes com sinais e sintomas de patologia cardíaca. De notar que, anualmente, são enviados meios de emergência para mais de 17 mil casos de dor torácica.
Os novos monitores permitem a realização de ECG de 12 derivações, para além de outras funcionalidades essenciais para a prestação de socorro, como a desfibrilhação automática externa (DAE). Através da aplicação do Protocolo de Dor Torácica, as equipas das AEM no terreno, constituídas por TEPH, têm a possibilidade de realizar este exame e enviar os resultados para os Médicos Reguladores presentes nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, permitindo assim um encaminhamento mais adequado dos doentes.
De acordo com o INEM, a utilização destes monitores vai contribuir para a identificação mais precoce de situações cujo atraso na implementação das medidas terapêuticas adequadas pode comprometer o prognóstico e, deste modo, possibilitar um melhor encaminhamento dos nossos doentes.
Para saber mais, consulte:
INEM > Notícias
Acidente Vascular Cerebral
Aumenta o número de tratamentos a doentes com AVC agudo
O número de doentes tratados precocemente com revascularização, nos hospitais, aumentou significativamente, divulgou a Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares, apontando que metade dos doentes internados com um acidente vascular cerebral (AVC) é tratado em unidades especializadas de AVC (UAVC).
Os elementos recolhidos junto das unidades hospitalares revelam que, entre os cerca de 25.000 doentes internados anualmente por AVC isquémico ou hemorrágico, cerca de 50% são tratados em unidades especializadas de AVC (UAVC), percentagem que tem aumentado progressivamente ao longo dos anos.
Em 2019, de 25.105 doentes admitidos por AVC nos hospitais públicos foram internados em UAVC 12.996: 9.841 por AVC isquémico, dos quais 2.467 foram tratados com medicamentos trombolíticos, e 2.057 foram submetidos a tratamento de trombectomia endovascular.
O número de doentes com AVC isquémico tratados precocemente com estas terapêuticas de revascularização tem também aumentado ao longo dos anos. Em 2017, de 20.505 doentes internados por AVC isquémico, há registo de 1.617 terem efetuado tratamento com medicamentos trombolíticos e de 1.297 terem sido submetidos a trombectomia endovascular. Em 2019, de 20.887 internados por AVC isquémico, esses tratamentos foram, respetivamente, 2.467 e 2.057.
De acordo com a DGS, os números estão em linha com os objetivos europeus para tratamento de AVC até final desta década: “Em 2019 foram, assim, tratados com medicamentos trombolíticos 12% dos doentes com AVC isquémico e 10% com trombectomia endovascular, o que está alinhado com os objetivos do Plano de Ação para o AVC na Europa até 2030 (objetivo de alcançar pelo menos 15% e 5%, relativamente a estes indicadores de tratamento), com que a DGS se comprometeu a colaborar”.
O acidente vascular cerebral é a primeira causa de morte e de incapacidade permanente em Portugal, afetando o cérebro, podendo provocar uma deficiência súbita, por entupimento (AVC isquémico) ou rotura (AVC hemorrágico) de uma artéria cerebral.
Os tratamentos de revascularização permitem o desentupimento da artéria afetada, facilitando o acesso do sangue ao cérebro.
O aparecimento súbito de um dos 3 sinais de alerta (3Fs) – dificuldade em falar, ou desvio da face, ou falta de força num braço – é motivo para telefonar imediatamente para o 112 e referir os sinais identificados.
A chegada atempada à unidade hospitalar permitirá a realização de tratamentos que apenas são eficazes nas primeiras horas após o início do AVC, diminuindo em cerca de 30 a 50% a probabilidade de morte ou de incapacidade grave.
Para saber mais, consulte:
DGS > Notícias
Jogo Ludus Med
ARS Algarve lança app com jogo interativo sobre a Dieta Mediterrânica
Ludus Med é o nome da nova App do jogo educativo criado pelo Gabinete de Nutrição do Departamento de Saúde Pública e Planeamento da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, no âmbito do Projeto MEDITA – «Dieta Mediterrânica Promove Saúde», com o objetivo de promover a importância da Dieta Mediterrânica, nas diversas dimensões como Saúde, Ambiente, Património, Cultura, Paisagem e Sustentabilidade.
Segundo a ARS Algarve, o jogo está disponível na plataforma Google Play Store e é acessível e gratuito para todos os telemóveis Android.
O Projeto MEDITA – «Dieta Mediterrânica Promove Saúde» foi desenvolvido em parceira pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, pela Administração Regional de Saúde do Algarve, pela Universidade do Algarve e pelo Servicio Andaluz de Salud da Junta de Andalucia, e financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do programa operacional INTERREG Espanha – Portugal (POCTEP).
Cada parceiro planeou atividades que visam a promoção da saúde de jovens que frequentam as Escolas Secundárias da região do Algarve e Andaluzia, de forma a melhorar os hábitos alimentares e promover o combate à obesidade, de acordo com uma das quatro metas do Plano Nacional de Saúde.
Neste contexto, surgiu o Ludus Med, sob a coordenação da ARS Algarve, com o objetivo de promover a saúde através do aumento da literacia em Dieta Mediterrânica. Foram concebidos conteúdos, através de 500 questões distribuídas por 12 domínios, em formato digital de modo a privilegiar a comunicação com a população mais jovem.
Com este jogo pretende-se transmitir conhecimentos e proporcionar experiências lúdicas que estimulem as competências necessárias à descoberta, valorização e proteção deste valioso património cultural, a Dieta Mediterrânica, enquanto estilo de vida saudável e ambientalmente sustentável.
A ARS Algarve tem sido responsável pelo desenvolvimento de diversas intervenções nesta área, cujo objetivo visa melhorar o estado nutricional da população, através do aumento do nível de adesão à Dieta Mediterrânica. Uma das vertentes do trabalho desenvolvido tem-se traduzido na produção de materiais de apoio à literacia nutricional e alimentar, como determinante na promoção da sua saúde.
Para saber mais, consulte:
ARS do Algarve > Notícias
Ludus Med > Download
Residência de Apoio Moderado
Primeira unidade residencial da RNCCI de Saúde Mental na região Alentejo
Foi celebrado, na quarta-feira, dia 27 de outubro, o contrato para o funcionamento da primeira Residência de Apoio Moderado, em Montemor-o-Novo, sob gestão do Instituto S. João de Deus/Hospital S. João de Deus, com a capacidade assistencial a 10 utentes.
Trata-se de uma nova resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), na área da Saúde Mental, disponibilizada à população que tenha necessidade de reabilitação psicossocial.
A prestação de cuidados nesta nova unidade far-se-á em estreita colaboração entre a equipa técnica desta Residência e os profissionais do Serviço Local de Saúde Mental do Hospital do Espirito Santo de Évora.
Os primeiros utentes foram identificados pelo Serviço Local de Saúde Mental de Évora e serão admitidos na Residência de Apoio Moderado de formal gradual.
A cerimónia teve lugar em Montemor-o-Novo, com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão, do Diretor do Hospital S. João de Deus, David Padeiro, do Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, do Diretor do Centro Distrital de Évora do Instituto de Segurança Social, José Ramalho, da Coordenadora Regional da Saúde Mental, Ana Matos Pires, bem como representantes da Equipa Coordenadora Regional, Equipa Coordenadora Local, Diretor e Equipa Técnica da Residência de Apoio Moderado.
DGS e DGAV assinalam Dia Mundial da “Uma só Saúde”
A Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) assinalam, no dia 3 de novembro, as celebrações do Dia Mundial da “Uma só Saúde” com um evento que irá reunir diversos especialistas.
O evento vai decorrer entre as 10 e as 13 horas, na Companhia das Lezírias, em Samora Correia, sendo organizado com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
“Uma só Saúde” é um paradigma que visa reforçar a saúde pública e proteger todos os seus intervenientes através da promoção da interligação entre a saúde humana, animal e ambiental.
Segundo esta abordagem, os três setores devem trabalhar interligados com o propósito de alcançar um futuro mais sustentável e de prevenir doenças de origem animal com elevada transmissibilidade para o ser humano.
Prémio de melhor comunicação oral em Congresso Português de Aterosclerose – INSA
01-11-2021
Joana Rita Chora, bolseira de doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e membro do grupo de investigação cardiovascular do Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis (DPS) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e do BioSystems & Integrative Sciences Institute (BioISI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, foi distinguida com o prémio de melhor comunicação oral no XXIX Congresso Português de Aterosclerose, que decorreu nos dias 15 e 16 de outubro.
O “Prémio Pedro Marques da Silva”, em honra do conhecido lipidologista português, foi atribuído pela Sociedade Portuguesa de Aterosclerose ao trabalho “Cardiovascular risk estimation and management in familial hypercholesterolemia patients”, desenvolvido pelo grupo de investigação cardiovascular do DPS. O trabalho premiado sublinha a importância de uma boa avaliação do risco cardiovascular da população geral e em indivíduos com Hipercolesterolemia Familiar.
De acordo com as guidelines da Sociedade Europeia de Aterosclerose (EAS), cerca de dois terços dos indivíduos com suspeita clínica de Hipercolesterolemia Familiar tem alto risco cardiovascular, 24% tem risco muito alto e 9% tem risco extremo. Cerca de 24% dos indivíduos com um quadro clínico de Hipercolesterolemia Familiar já teve eventos cardiovasculares prévios, quatro vezes mais do que a população geral, ou 20 vezes mais se se considerar dois eventos em menos de dois anos.
O trabalho premiado refere ainda que os valores alvo de LDL-C definidos pela EAS não estão a ser atingidos pela maioria dos indivíduos com colesterol elevado, principalmente no grupo de indivíduos com alto e muito alto risco cardiovascular. Os resultados globais deste trabalho sugerem também que mais pessoas da população geral poderiam beneficiar de tratamento farmacológico para baixar o colesterol e que indivíduos com Hipercolesterolemia Familiar precisam de ser medicados mais intensivamente, na maioria dos casos com terapêutica combinada com dois ou mais fármacos para que se possa atingir uma prevenção cardiovascular efetiva.
Esta é a segunda vez que uma aluna de doutoramento da FCUL/INSA ganha este prémio, depois de Ana Margarida Medeiros, em 2019, ter sido também distinguida pelo trabalho “Lipoproteina (a) levels and LPA genotype in patients with Familial Hypercholesterolemia”, que sublinhava a importância do doseamento da Lipoproteína (a) na identificação da origem da hipercolesterolemia e na avaliação do risco cardiovascular em indivíduos com suspeita clínica de Hipercolesterolemia Familiar.
Segundo a coordenadora da Unidade de Investigação e Desenvolvimento do DPS, Mafalda Bourbon, “com este estudo, o grupo de investigação cardiovascular do Instituto Ricardo Jorge continua a demonstrar a excelência do trabalho de investigação realizado na área das dislipidemias genéticas, reconhecido nacional e internacionalmente”. O INSA estuda a Hipercolesterolemia Familiar desde 1999, no âmbito do Estudo Português de Hipercolesterolemia Familiar.