COVID19 |Relatório de Situação nº 681 | 12/01/2022 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL | Relatório de Situação
Covid-19 | Certificados digitais
Mais de 13,7 milhões de certificados digitais emitidos em Portugal
Mais de 13,7 milhões de certificados digitais já foram emitidos em Portugal, a grande maioria a atestar a vacinação contra a Covid-19.
A informação foi avançada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que referiu que dos cerca de 13.750.000 certificados emitidos «450.000 são certificados de recuperação [da infeção], 1.200.000 são certificados de testagem com resultado negativo e aproximadamente 12.100.000 correspondem a certificados de vacinação».
De acordo com a SPMS foram também disponibilizados cerca de 600.000 certificados digitais incluindo já a dose de reforço da imunização contra o vírus SARS-CoV-2.
Também a Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que a dose de reforço já foi integrada nos certificados de vacinação, que passam a ter nove meses de validade.
De acordo com a informação atualizada pela DGS, a partir de 1 de fevereiro passará a haver, na União Europeia, um prazo de validade com indicação do esquema vacinal primário: 1/1 (para vacinas de dose única ou para quem recuperou da infeção) e 2/2 (para vacinas de duas doses).
«Os certificados de vacinação que atestem a conclusão do esquema vacinal primário serão aceites até 270 dias (nove meses) após a data de administração da dose que completou o esquema vacinal primário», indica a informação da DGS, acrescentando que «os certificados de vacinação que atestem a administração de doses de reforço não estarão sujeitos a um período de aceitação».
A informação da DGS explica ainda que a dose de reforço administrada após esquema vacinal primário de duas doses é apresentada no certificado como esquema 3/3, após esquema vacinal primário de uma dose é apresentada como esquema 2/1 e nos recuperados da infeção aparece como esquema 3/1.
Acrescenta que é possível aceder ao certificado de vacinação com indicação da dose de reforço 14 dias após a data da administração e que durante este período pode ser usado o certificado de vacinação anterior.
SNS24 supera 90 mil chamadas por dia
Mais de 850 mil chamadas atendidas nos primeiros 11 dias deste ano
O Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS24) atendeu mais de 850 mil chamadas nos primeiros 11 dias do ano, numa média de 90 mil chamadas por dia útil, segundo dados divulgados esta quarta-feira, dia 12 de janeiro de 2022, pela SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
A elevada procura da linha deve-se ao grande número de casos de Covid-19 registados desde que se generalizou a infeção pela nova variante do vírus, a Ómicron, muito mais transmissível.
Só na primeira semana de janeiro, em que foram atendidas 545 mil chamadas, o total de atendimentos foi sete vezes e meia superior à primeira semana de novembro, na qual foram atendidas cerca de 72 mil chamadas, explica a instituição em comunicado.
A procura tem vindo a aumentar desde novembro e na primeira, segunda e terceira semanas de dezembro já tinham sido atendidas entre 170 mil e 205 mil chamadas.
Desde finais de dezembro, foram concluídos com sucesso cerca de 480 mil atendimentos automatizados, dos quais cerca de 352 mil só em janeiro, segundo o mesmo documento.
A SPMS explica, ainda, que também aumentou o número de emissões de Declarações Provisórias de Isolamento e que só na terça-feira, 11 de janeiro, foram emitidas mais de 75 mil.
Resposta hospitalar na região de Lisboa e Vale do Tejo
Ministra da Saúde deslocou-se ao Hospital de Vila Franca de Xira
Marta Temido reuniu ontem, 11 de janeiro, com o Conselho de Administração do Hospital de Vila Franca de Xira para se inteirar dos procedimentos adotados por esta unidade para responder às necessidades assistenciais da população.
Após a reunião, a Ministra da Saúde referiu que os hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, a região com maior pressão devido à pandemia, têm equilibrado a atividade programada com a resposta aos doentes de Covid-19.
De acordo com Marta Temido as atividades programadas, devido ao grande aumento e casos de Covid-19, não estão a ser adiadas, o que é positivo, mas menos positivo tem sido o reencaminhamento considerado inapropriado de doentes para os hospitais, algo que também está a ser revisto e que deve ser normalizado ainda esta semana ou na próxima.
Segundo a governante, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem cerca de 700 doentes internados em enfermaria por covid-19, quando há um ano eram quase 3.000. “São duas realidades muito distintas. Embora haja pressão, é uma pressão muito diferente”, salientou Marta Temido, ao avançar ainda que, dos 15.500 doentes internados em todos os hospitais do país, 1.564 são por covid-19, dos quais 44 com menos de 18 anos, o que representa 2,8%.
Nas declarações aos jornalistas após a visita ao Hospital a ministra referiu também que a linha Saúde 24, no momento atual da evolução da pandemia de covid-19, é dos serviços mais pressionados. Desde o início do ano, disse, a linha já atingiu perto de 700 mil chamadas, o que demonstra que “tem estado a resolver a situação de saúde de muitas pessoas”. A linha, acrescentou, “está a garantir uma resposta, que não é a perfeita”, mas que tem sido robustecida.
Seminário de Neuro-Oncologia
IPO Lisboa realiza curso nos dias 31 de março e 1 de abril
O Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) vai realizar, nos dias 31 de março e 1 de abril, o «Seminário de Neuro-Oncologia: da criança ao adulto».
O curso, que vai decorrer em formato presencial, é organizado pelo Serviço de Neurologia e pelo Centro de Investigação do Instituto e destina-se a especialistas de Anatomia Patológica, Biologia Molecular, Neuro- Cirurgia, Neurologia, Neurorradiologia, Oncologia Médica, Pediatria, Psicologia e Radioterapia.
Com um painel de convidados nacionais e internacionais, este encontro pretende fazer um ponto de situação da realidade neuro-oncológica da criança ao adulto, debatendo também duas áreas de grande interesse: a neurofibromatose tipo 1, como protótipo de doença genética neuro-oncológica, e os sobreviventes de tumor cerebral.
O final do curso será dedicado à apresentação e discussão de casos clínicos, que poderão ser submetidos pelos participantes.
As inscrições já se encontram a decorrer e estão sujeitas à atual lotação do anfiteatro (100 lugares). Os interessados devem fazer a inscrição até 28 de fevereiro de 2022 no portal de internet do IPO Lisboa, onde podem encontrar toda a informação sobre o evento.
Para saber mais, consulte:
IPO Lisboa > Seminário de Neuro-Oncologia no IPO Lisboa
Novo Regulamento Europeu de Ensaios Clínicos entra em aplicação a 31 de janeiro – Infarmed
12 jan 2022
A condução dos ensaios clínicos na União Europeia (UE) será objeto de uma alteração profunda quando o Regulamento dos Ensaios Clínicos (Regulamento (UE) n.º 536/2014) entrar em aplicação a 31 de janeiro de 2022. O regulamento harmoniza os processos de submissão, avaliação e supervisão dos ensaios clínicos na UE através de um ponto de entrada único, o Sistema de Informação de Ensaios Clínicos (CTIS).
O Infarmed disponibiliza informação atualizada sobre este tema na página “Novo Regulamento Europeu de Ensaios Clínicos”.
Atlas da Mortalidade por Cancro em Portugal e Espanha mostra padrões de risco semelhantes – INSA
12-01-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e o Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII) desenvolveram um estudo com o objetivo de proceder à análise da distribuição geográfica, na Península Ibérica, da mortalidade por alguns dos principais cancros. Intitulado “Atlas of Cancer Mortality in Portugal and Spain 2003–2012”, este trabalho indica a existência de zonas de risco para alguns tumores em regiões dos dois países, o que sugere a presença de fatores de risco comuns.
Os resultados desta investigação, concluída no final de 2019, sugerem ainda diferenças geográficas e por sexo e idade dos fatores de risco de alguns dos principais cancros na Península Ibérica, o que vai ao encontro de outros estudos já desenvolvidos sobre os fatores de risco destes cancros e reforça o papel de outros fatores menos conhecidos, como sejam os socioculturais. As principais conclusões encontram-se divididas por tipo de cancro e descritas no final do respetivo capítulo, podendo ser consultadas aqui.
Desenvolvido pelos departamentos de Epidemiologia do INSA e do ISCIII, no âmbito do projeto “Atlas municipal de mortalidade por cancro em Portugal e Espanha (2003-2012), AMOCAPE”, este relatório conjunto utiliza dados oficiais de mortalidade de cada país, além de métodos avançados de análise geográfica, o que permite identificar, pela primeira vez, manchas de distribuição transfronteiriça de alguns dos principais tipos de cancro. O documento final contou ainda com contributos de especialistas em cancro de cada país.
Esta análise permite obter uma imagem da incidência de morte por determinados cancros, estratificada por grupos etários e ao nível do município, ou seja, também ao nível da sua distribuição, o que aumenta o conhecimento não apenas do desfecho, mas também dos fatores de risco subjacentes, independentemente de barreiras fronteiriças.
O Atlas pretende servir de apoio a profissionais de saúde, investigadores e responsáveis políticos afetos às questões de saúde pública de ambos os países, e facilitar um estudo mais profundo das causas associadas aos padrões de risco encontrados. Este estudo é, também, o primeiro a proporcionar imagens em alta resolução da distribuição espacial da mortalidade por regiões, em Portugal e Espanha (arquipélagos incluídos).
O estudo da distribuição geográfica do risco de morte por cancro é uma das ferramentas usadas na epidemiologia para gerar hipóteses sobre as possíveis implicações de fatores ambientais na origem dos tumores, apesar de, não raras vezes, a exposição a estes fatores não se circunscreva aos limites fronteiriços dos países. Por esse motivo, o INSA e o ISCIII têm vindo a trabalhar, há vários anos, na observação dos padrões de mortalidade por cancro partilhados pelos dois países.
A publicação do Atlas constitui um dos objetivos fixados no projeto AMOCAPE, que pretende explorar a viabilidade da análise da mortalidade dos dois países de forma conjunta, e a exequibilidade na elaboração de mapas comuns que sirvam como instrumento de vigilância e gerador de hipóteses sobre fatores etiológicos.
Embora o Atlas tenha sofrido atrasos na sua publicação devido, por um lado, à pandemia de COVID-19, e, por outro, à necessidade de ajuste da metodologia e da homogeneização de dados, a informação obtida reveste-se de grande utilidade, apresentando conclusões ajustáveis à atualidade, na medida em que os indicadores de mortalidade não sofrem, habitualmente, alterações significativas no curto prazo. Para além disso, está prevista a atualização dos dados nos próximos anos, de acordo com os protocolos estabelecidos nesta colaboração internacional.
O “Atlas of Cancer Mortality in Portugal and Spain 2003–2012”, que agora se publica, é fruto da ação colaborativa internacional (AMOCAPE) liderada em Portugal pela investigadora Rita Roquette, e em Espanha por Pablo Fernández Navarro, investigador do Centro Nacional de Epidemiologia do ISCIII.