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Notícias em 13/01/2022

COVID19 |Relatório de Situação nº 682 | 13/01/2022

COVID19 |Relatório de Situação nº 682 | 13/01/2022 – DGS

Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL | Relatório de Situação

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Orientação nº 013/2021 de 01/10/2021 atualizada a 12/01/2022 – DGS

COVID19: Bares e discotecas

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Norma nº 019/2020 de 26/10/2020 atualizada a 12/01/2022 – DGS

COVID-19: Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2

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Recorde de cirurgias no SNS

13/01/2022

SNS realiza o maior número de sempre de cirurgias até novembro

Até novembro de 2021 o Serviço Nacional de Saúde (SNS) realizou mais de 654 mil intervenções cirúrgicas, o valor mais elevado desde que há registos relativamente ao mês de novembro.

Os dados provisórios mais recentes, a novembro de 2021, continuam a evidenciar a recuperação da atividade assistencial hospitalar, nomeadamente no que se refere à produção cirúrgica, resultado do esforço das entidades hospitalares, observando-se níveis de produção superiores aos registados pré-pandemia.

Os dados acumulados a novembro de 2021 demonstram que o SNS havia já realizado um total de 654.711 intervenções cirúrgicas (+23,5% face ao período homólogo de 2020 e + 0,4% em relação a novembro 2019), o valor mais elevado desde que há registos. Destas, perto de 567.400 foram cirurgias programadas e perto de 87.300 cirurgias urgentes.

As entidades hospitalares que registaram um aumento percentual mais expressivo na produção cirúrgica, comparando os dados acumulados a novembro de 2021 com os dados acumulados a novembro de 2019 (ano pré-pandemia), foram o Hospital de Braga, EPE (+34,8% de intervenções cirúrgicas), o Hospital de Cascais, PPP (+27,5%), o Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga, EPE (+17,8%), o Centro Hospitalar de Leiria, EPE (+17,1%) e o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE (+12,9%).

A recuperação da atividade assistencial no SNS tem constituído uma preocupação constante do Ministério da Saúde e das instituições do SNS, sendo de salientar os resultados das medidas legislativas como o regime excecional de incentivos à recuperação da atividade assistencial não realizada, por força da situação epidemiológica, cujos dados acumulados até novembro revelam a realização de um total de 62.964 cirurgias programadas no âmbito deste regime.

Salienta-se que o aumento da dotação dos Contratos-Programa com as entidades EPE no ano de 2021, aumentou 4,6% face a 2020, representando um reforço financeiro de, aproximadamente, mais 280 milhões de euros. Este reforço tem impacto na atividade assistencial contratada, onde se inclui a produção cirúrgica.


Promoção da alimentação saudável

13/01/2022

Portugal com elevado grau de implementação de políticas públicas

Portugal apresenta um elevado grau de implementação de políticas públicas para a promoção da alimentação saudável. Esta é uma das principais conclusões de um estudo promovido pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde, a propósito do seu 10.º aniversário, que se assinala esta quinta-feira, dia 13 de janeiro.

De acordo com os resultados deste estudo sobre o grau de implementação de políticas públicas para a promoção da alimentação saudável, Portugal obteve em 77% dos indicadores incluídos nesta análise um grau de implementação moderado ou elevado (56% grau de implementação moderado e 21% grau de implementação elevado).

O estudo foi realizado em vários países europeus, nomeadamente na Eslovénia, Estónia, Espanha, Finlândia e Itália e comparativamente com estes países Portugal destaca-se pela positiva na aplicação de políticas que contribuem para hábitos de alimentação mais saudáveis.

Em Portugal, foram identificadas diversas medidas que são internacionalmente consideradas boas práticas, entre as quais medidas que promovem a reformulação dos produtos alimentares, medidas para regular a publicidade alimentar dirigida a crianças, medidas relacionadas com as políticas de preços, medidas que visam regular a oferta alimentar em diferentes espaços públicos.

De salientar, ainda, a existência de programas nacionais específicos para a área da alimentação e da nutrição e de sistemas de monitorização dos ambientes alimentares, bem como a existência de mecanismos que promovem uma abordagem de intervenção intersectorial.

Para dar continuidade à estratégia, os resultados deste estudo propõem a implementação de um conjunto de ações prioritárias:

  • O alargamento do plano para a reformulação dos produtos alimentares em vigor em Portugal a outras categorias alimentares, considerando também o setor da restauração;
  • Avaliação do sistema fiscal tendo em consideração os critérios nutricionais;
  • A definição de mecanismos que permitam a efetiva implementação das orientações existentes para a oferta alimentar em meio escolar, nomeadamente através da definição de um modelo de supervisão do cumprimento das normas;
  • A manutenção da aposta na acessibilidade aos serviços de nutrição nos cuidados de saúde primários;
  • A inclusão do programa de alimentação saudável na carteira básica de serviços dos Cuidados de Saúde Primários.

Para saber mais, consulte:

PNPAS > Relatório de Resultados


Parentalidade após a Neonatologia

13/01/2022

HFF promove webinar sobre stress pós-traumático, dia 17 de janeiro

A equipa de enfermagem do Serviço de Neonatologia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) vai realizar uma reunião científica dedicada ao tema «Stress Pós-traumático: a Parentalidade após a Neonatologia», a decorrer no dia 17 de janeiro, pelas 17 horas, em formato de webinar.

Sónia Semião, enfermeira-chefe especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria e coordenadora do Ciclo de Reuniões Científicas explica que «a admissão num Serviço de Neonatologia apresenta-se como um potencial evento traumático para os recém-nascidos e suas famílias, pela desorganização da dinâmica familiar que acarreta e pelo impacto significativo na construção do papel parental».

De acordo com a responsável, «com este webinar pretende-se sensibilizar os profissionais de saúde que prestam cuidados em Serviços de Neonatologia para as estratégias de intervenção capazes de atenuar e/ou mitigar os efeitos do trauma vivido pelas famílias».

A reunião científica conta com a participação da psicóloga Joana Baptista e da enfermeira Mary Coughlin e será moderada pela enfermeira Inês Henriques do Serviço de Neonatologia do HFF.

A participação é gratuita mas está sujeita a inscrição através do seguinte link: https://forms.office.com/r/WKXmMFRSQQ

Para saber mais, consulte:

HFF > Webinar «Stress Pós-traumático: a Parentalidade após a Neonatologia»


ULS Guarda | Doação

13/01/2022

Hospital de Seia recebe mais de 6 mil euros em equipamentos

O Hospital de Seia, inserido na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, recebeu, no início deste ano, uma doação de equipamentos de valor superior a 6 mil euros, da Liga de Amigos do Hospital Nossa Senhora da Assunção de Seia.

A Liga de Amigos do Hospital ofereceu um holter, três monitores de sinais vitais, dez oxímetros, uma almofada flotech, um andarilho com banco, meia bola mambo dynadone, um rolo e duas goivas, todos equipamentos de grande importância para apoio aos utentes daquela unidade hospitalar.

Em comunicado, a ULS da Guarda agradece a generosidade de todos os voluntários que ao longo dos últimos dez anos já doaram mais de quarenta mil euros em equipamentos aos utentes do Hospital de Seia.

Para saber mais, consulte:

ULS Guarda – http://www.ulsguarda.min-saude.pt/


Sistema de Avaliação em Saúde

13/01/2022

ULS Nordeste classificada com nível máximo em quatro categorias

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste foi classificada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), no âmbito do SINAS – Sistema Nacional de Avaliação em Saúde, com o nível máximo de excelência clínica – três estrelas – em quatro áreas hospitalares: Cuidados Intensivos, Ortopedia (tratamento cirúrgico da fratura proximal do fémur e artroplastias totais da anca e do joelho), Pediatria (cuidados neonatais) e Cuidados Transversais (tromboembolismo venoso no Internamento).

Em comunicado, a ULS Nordeste refere que as restantes áreas clínicas avaliadas pela ERS nas unidades hospitalares de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela receberam igualmente distinção de excelência clínica, com níveis de uma e duas estrelas. Entre elas contam-se Cardiologia (enfarte agudo do miocárdio), Neurologia (acidente vascular cerebral), Cirurgia Geral (cirurgia do cólon), Cirurgia de Ambulatório, Ginecologia (histerectomias) e Obstetrícia (partos e cuidados pré-natais).

A avaliação da dimensão Excelência Clínica incidiu sobre episódios de internamento com alta entre 1 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2019, refletindo o desempenho anual das unidades hospitalares relativa a procedimentos e/ou diagnósticos nas referidas áreas.

Adicionalmente foram ainda avaliados, com bons resultados, os parâmetros relativos a Segurança do Doente, Adequação e Conforto das Instalações e Focalização no Utente.

Para saber mais, consulte:

ULS Nordeste > Notícias


Humanização de cuidados em cirurgia

13/01/2022

Hospital de Viana do Castelo lança livro para reduzir medo de operações

O bloco de ambulatório do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, lança na segunda-feira, dia 17 de janeiro, um conto infantil para reduzir a ansiedade e o medo das crianças e dos pais quando confrontados com o desconhecido do ambiente hospitalar.

Com o título «O Lourenço foi operado e o medo é que ficou assustado. Sabes o que aconteceu? O Medo encolheu», o livro de histórias surge no âmbito de um projeto que aquele serviço desenvolve há vários anos para reduzir da ansiedade de pais e filhos no bloco ambulatório que opera, maioritariamente, crianças entre os sete e os 10 anos.

A história, criada pela anestesista Joana Guimarães, autora dos desenhos e grafismos que ilustram o livro, conta «todo o percurso que as crianças que chegam ao meio hospitalar para cirurgia vão percorrer, desmistificando os medos».

«Por vezes, as crianças sentem medos que se forem devidamente explicados e conversados, acabam por encolher, diminuindo a ansiedade. O livro serve também para apoiar os pais que também precisam estar informados, permitindo uma convivência natural, agradável e menos traumática», explica o chefe de enfermagem do bloco ambulatório, David Lourenço.

O projeto de redução da ansiedade no bloco ambulatório tem sido desenvolvido e implementado, há vários anos, pelos respetivos médicos anestesistas e enfermeiros.

O Hospital de Santa Luzia localiza-se em Viana do Castelo e está inserido na Unidade Local de Saúde do Alto Minho.

Para saber mais, consulte:

Unidade Local de Saúde do Alto Minho – http://www.ulsam.min-saude.pt/


Dez anos de crescimento na promoção da alimentação saudável – DGS

Portugal apresenta um elevado grau de implementação de políticas públicas para a promoção da alimentação saudável. Esta é uma das principais conclusões de um estudo promovido pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde, a propósito do seu  10.º aniversário, que se assinala hoje.

De acordo com os resultados deste estudo sobre o grau de implementação de políticas públicas para a promoção da alimentação saudável, Portugal obteve em 77% dos indicadores incluídos nesta análise um grau de implementação moderado ou elevado (56% grau de implementação moderado e 21% grau de implementação elevado).

O estudo foi realizado em vários países europeus, nomeadamente na Eslovénia, Estónia, Espanha, Finlândia e Itália e comparativamente com estes países Portugal destaca-se pela positiva na aplicação de políticas que contribuem para hábitos de alimentação mais saudáveis.

Em Portugal, foram identificadas diversas medidas que são internacionalmente consideradas boas práticas, entre as quais medidas que promovem a reformulação dos produtos alimentares, medidas para regular a publicidade alimentar dirigida a crianças, medidas relacionadas com as políticas de preços, medidas que visam regular a oferta alimentar em diferentes espaços públicos. De salientar, ainda,  a existência de programas nacionais específicos para a área da alimentação e da nutrição e de sistemas de monitorização dos ambientes alimentares, bem como a existência de mecanismos que promovem uma abordagem de intervenção intersectorial.

Para dar continuidade à estratégia, os resultados deste estudo propõem a implementação de um conjunto de ações prioritárias:

  • o alargamento do plano para a reformulação dos produtos alimentares em vigor em Portugal a outras categorias alimentares, considerando também o setor da restauração;
  • avaliação do sistema fiscal tendo em consideração os critérios nutricionais;
  • a definição de mecanismos que permitam a efetiva implementação das orientações existentes para a oferta alimentar em meio escolar, nomeadamente através da definição de um modelo de supervisão do cumprimento das normas;
  • a manutenção da aposta na acessibilidade aos serviços de nutrição nos cuidados de saúde primários;
  • a inclusão do programa de alimentação saudável na carteira básica de serviços dos Cuidados de Saúde Primários.

A metodologia de avaliação foi desenvolvida pela International Network for Food and Obesity/NCDs Research, Monitoring and Action Support (INFORMAS) em colaboração com o Imperial College London. Utiliza um índice com 50 indicadores agrupados em 13 domínios diferentes que representam as principais áreas de intervenção e de estruturas de apoio para a criação de ambientes alimentares saudáveis.


10 anos do PNPAS – Uma década a promover a alimentação saudável em Portugal

A 13 de janeiro de 2012, foi criado, pelo Despacho n.º 404/2012, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) um programa de saúde prioritário gerido pela Direção-Geral da Saúde e integrado no Plano Nacional de Saúde.

Portugal era um dos poucos países Europeus que, até 2012, não dispunha de um programa nacional de alimentação, ou seja, “um conjunto concertado e transversal de ações destinadas a garantir e incentivar o acesso e o consumo de determinado tipo de alimentos tendo como objetivo a melhoria do estado nutricional e de saúde da sua população”. A importância da formulação de políticas alimentares e de nutrição no âmbito da promoção da saúde era e é prioritária, tanto em 2012, quando Portugal atravessava uma grave crise económica com enormes desigualdades sociais no acesso a uma alimentação saudável, como agora, quando atravessamos uma grave crise sanitária.

A alimentação inadequada mantem-se como um determinante central da saúde dos portugueses. A nossa qualidade de vida é fortemente influenciada por um conjunto de doenças que estão associadas à alimentação e que podiam ser evitáveis. Mais propriamente, são 243 567 os anos de vida perdidos por morte prematura, por doença e/ou incapacidade, sendo que 1 em cada das 10 vidas poderiam ser salvas todos os anos se a nossa população tivesse uma alimentação saudável.

Problemas desta dimensão, exigem uma estratégia a médio prazo, envolvendo toda a sociedade, todo o sistema alimentar, alinhada com a melhor ciência e com as melhores práticas internacionais embora adaptada à realidade alimentar nacional, capazes de serem avaliadas anualmente de forma transparente e sem conflito de interesses.

O PNPAS colocou como sua finalidade e desde o seu início “melhorar o estado nutricional da população, incentivando a disponibilidade física e económica de alimentos constituintes de um padrão alimentar saudável e criar condições para que a população os valorize, aprecie e consuma, integrando-os nas suas rotinas diárias”.

Para atingir este objetivo foi necessário criar instrumentos de diagnóstico da situação alimentar nacional, trabalhar em estreita colaboração com a Organização Mundial da Saúde e com a Comissão Europeia na definição das melhores estratégias, implementar medidas que permitissem capacitar os cidadãos para as escolhas alimentares saudáveis e ao mesmo tempo intervir no dia-a-dia alimentar da sociedade para tornar os produtos alimentares mais saudáveis e ao mesmo tempo restringir o acesso e a publicidade a produtos alimentares de pior qualidade alimentar através de legislação própria. Isto ao mesmo tempo que capacitávamos os nossos recursos humanos da educação, da segurança social e da saúde para uma intervenção de maior qualidade nestes domínios. Algumas das mais importantes iniciativas ao longo desta década, são descritas no quadro seguinte e podem ser analisadas ao pormenor em https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/.

Muitas destas ações foram inovadoras a nível europeu. Uma parte substancial destas medidas tiveram amplo escrutínio científico e político. Muitas delas fazem hoje parte do catálogo das “estratégias de qualidade” utilizadas por outros países europeus e recomendadas pela OMS. O PNPAS é hoje considerado uma referência internacional nesta área e, mais importante, conseguimos melhorar a saúde dos portugueses nesta área, por exemplo, reduzindo a obesidade infantil ou melhorando os cuidados nutricionais prestados nas nossas unidades de saúde.

Ainda muito está por fazer na política alimentar e nutricional nacional. Mas o percurso foi iniciado e consolidado ao longo desta última década.


O meu espelho da saúde oral – Livro disponível em formato digital

Livro de Miguel Lopes Oliveira, que já se encontra nas bibliotecas da Rede de Bibliotecas Escolares, está agora disponível em formato digital no sítio do SOBE+ www.sobe.pt

https://www.m4oh.com/book.php

Para além de possibilitar uma maior interação com o leitor, que é convidado a fazer uma autoavaliação da sua saúde oral, o livro dá a conhecer as doenças orais e as suas consequências, apresentando também propostas de boas práticas em saúde.

É, assim, mais um recurso de suporte à dinamização de atividades no âmbito da saúde oral.

A Direção-Geral da Saúde (DGS), a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e o Plano Nacional de Leitura (PNL) celebraram, em julho de 2011, um protocolo que visou desenvolver ações de promoção da leitura, do saber e da saúde, no enfoque do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral. Tendo em conta o interesse do modelo de intervenção do Projeto SOBE para a melhoria da literacia em saúde e para a promoção da saúde em geral e prevenção da doença, este passou, em 2018, a designar-se Projeto SOBE+, alargando assim o seu âmbito a outras áreas da saúde.


Consórcio IcPerMed destaca Estudo Português de Hipercolesterolemia Familiar como exemplo de boa prática em medicina personalizada – INSA

13-01-2022

O consórcio internacional para o desenvolvimento da medicina personalizada (ICPerMed), do qual o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) faz parte, decidiu destacar no seu site o Estudo Português de Hipercolesterolemia Familiar (EPHF) como um dos exemplos de melhor prática de investigação e implementação em medicina personalizada. Coordenado e desenvolvido pelo INSA, este estudo visa identificar a causa da genética da hipercolesterolemia em indivíduos com critérios clínicos de Hipercolesterolemia Familiar (FH, na sigla inglesa).

Desde a sua criação em 1999, já foram estudadas no âmbito do EPHF mais de três mil famílias com critérios clínicos de FH, encontrando-se identificados geneticamente cerca de 950 casos em Portugal. A FH é uma doença genética e hereditária, caracterizada por elevados níveis de colesterol desde o nascimento, que levam ao aparecimento de aterosclerose e doenças cardiovasculares precoces, mas para a qual existem métodos de diagnóstico e tratamentos eficazes disponíveis.

ICPerMed é um consórcio internacional de mais de 35 instituições e entidades europeias e internacionais, em representação de ministérios da ciência e da saúde, bem como agências de financiamento de investigação e desenvolvimento, que tem como objetivo o desenvolvimento da medicina personalizada na Europa, através de uma maior coordenação e alinhamento das atividades de investigação. Portugal está representado pelo INSA, através do seu Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção das Doenças Não Transmissíveis, e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

A medicina personalizada é um modelo de prática médica que integra a caracterização fenotípica e genotípica do indivíduo, ou seja, inclui dados sociodemográficos, ambientais e de estilos de vida e informação clínica e de imagem médica e perfis genéticos, na estimativa da predisposição individual para uma doença e na definição de estratégias preventivas e terapêuticas para cada indivíduo. Outros termos, como medicina de precisão ou medicina de estratificação são utilizados para aludir a este conceito, com diferenças subtis de significado.

Os grandes avanços na implementação da medicina personalizada têm sido feitos essencialmente na área da oncologia e das doenças raras, sendo um exemplo o Programa Nacional de Rastreio Neonatal, vulgarmente conhecido como Teste do Pezinho. O EPHF que inclui o diagnóstico molecular da hipercolesterolémia familiar, para identificação de indivíduos com elevado risco cardiovascular e definição de estratégias de prevenção e tratamento, é um exemplo da aplicação da medicina personalizada a uma doença comum.

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