COVID19 |Relatório de Situação nº 704 | 04/02/2022 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL | Relatório de Situação
Informação sobre internamentos no âmbito da pandemia de COVID-19 – DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS) procede ao apuramento de três tipos de indicadores importantes relativamente aos internamentos no âmbito da pandemia de COVID-19.
1. Diariamente, as Administrações Regionais de Saúde recolhem manualmente de forma agregada junto dos hospitais o número total de camas ocupadas por pessoas com infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 em enfermaria e em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Estes dados são comunicados à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que os processa e valida, partilhando-os posteriormente com a Direção-Geral da Saúde para divulgação.
A monitorização desta informação de saúde é importante para fins de planeamento de cuidados hospitalares, para garantir que a capacidade de resposta hospitalar é mantida e para que sejam implementadas medidas de controlo de infeção. Este indicador fornece, portanto, em tempo real, mas sem grande detalhe, informação relativa à pressão sobre os serviços de saúde decorrente do número de doentes com infeção por SARS-CoV-2.
A Direção-Geral da Saúde divulga estes dados através do Relatório de Situação Diário (boletim diário).
Divulga ainda, semanalmente, no Relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas para a COVID-19, a proporção de camas de cuidados intensivos ocupadas relativamente à capacidade máxima definida como nível de alerta, no Continente e por região de saúde, e a caracterização das pessoas que as ocupam. Estes dados traduzem a capacidade hospitalar e o impacto na prestação de cuidados de saúde.
2. Interessa ainda conhecer a proporção de pessoas com infeção por SARS-CoV-2 que estão internadas por consequência direta da infeção.
A distinção entre um diagnóstico principal (o que motivou o internamento) e um diagnóstico secundário (não motivou o internamento, p. ex. pessoa com uma fratura que é diagnosticada com SARS-CoV-2) de COVID-19 ocorre no momento da alta hospitalar emitida pelo médico.
Cada diagnóstico é posteriormente codificado na base de dados que inclui todos os episódios hospitalares de internamento em Portugal (BDMH).
Estes diagnósticos decorrem sempre da avaliação clínica, ficando os dados disponíveis cerca de 2 meses após a data da infeção.
Historicamente, pela análise dos dados de internamentos referentes ao período entre 02/03/2020 e 10/12/2021, verifica-se que, das pessoas internadas com uma infeção por SARS-CoV-2, cerca de 75% estavam internadas por consequência direta dessa infeção.
A evolução temporal da proporção de internamentos por COVID-19 (diagnóstico principal) entre o total de internamentos com infeção por SARS-CoV-2 (diagnóstico principal e secundário) é apresentada na figura 1.
Com os elevados níveis de infeção na comunidade e a menor gravidade associada à variante Ómicron, é provável que este valor venha a reduzir-se. No entanto, o seu apuramento com rigor apenas é possível 2 meses após o internamento.
Figura 1. Proporção de casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19 internados por COVID-19 (diagnóstico principal), mensal, no Continente em Portugal, entre 02/03/2020 e 10/12/2021. Fonte: BDMH, ACSS; Autoria: DGS
3. Risco de internamento por causa da COVID-19 (diagnóstico principal) entre pessoas infetadas com SARS-CoV-2.
A informação sobre o diagnóstico principal é ainda importante para conhecimento da gravidade da doença, aferida através do risco de uma pessoa infetada com SARS-CoV-2 ser internada devido à COVID-19.
Uma vez que o estado vacinal e a idade influenciam de forma importante o risco de internamento, a Direção-Geral da Saúde divulga esta informação por grupo etário e estado vacinal no Relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas para a COVID-19.
Por exemplo, entre as pessoas infetadas com idade igual ou superior a 80 anos:
- Por cada 100 pessoas sem um esquema vacinal completo, cerca de 19 pessoas foram internadas por causa da COVID-19;
- Por cada 100 pessoas com um esquema vacinal completo, cerca de 8 pessoas foram internadas por causa da COVID-19;
- Por cada 100 pessoas com uma dose de reforço, cerca de 4 pessoas foram internadas por causa da COVID-19.
A DGS continua a proceder à partilha de informação com os cidadãos e órgãos de comunicação social, de forma regular e transparente, através dos seus relatórios diários e semanais ou de comunicados e relatórios, quando oportuno.
Portugal alcança 35 milhões de testes à COVID-19 – INSA
04-02-2022
Portugal alcançou, dia 1 de fevereiro, um total de 35.021.584 milhões de testes à COVID-19 efetuados desde o início da pandemia, aproximadamente 19,2 milhões de testes TAAN/PCR e perto de 15,9 milhões de Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) de uso profissional. Estes dados não incluem os autotestes.
No mês de janeiro, o País registou um novo máximo de testagem mensal à COVID-19, com cerca de 8 milhões de testes efetuados, o que corresponde a uma média diária superior a 257 mil testes. Destes, aproximadamente 2,4 milhões foram TAAN/PCR e perto de 5,6 milhões foram TRAg de uso profissional.
De acordo com os dados do ECDC – Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (semana 3/2022), Portugal foi o sexto país a realizar mais testes à COVID-19 na União Europeia, por 100 mil habitantes, na referida semana.
Os TRAg de uso profissional efetuados nos laboratórios e farmácias aderentes ao regime excecional de comparticipação são gratuitos desde o dia 19 de novembro de 2021, uma medida que abrange toda a população (quatro testes gratuitos por mês, a cada utente) e que pretende reforçar a proteção da saúde pública e o controlo da pandemia COVID-19, vigorando pelo menos até 28 de fevereiro.
A reativação do regime excecional e temporário de comparticipação dos TRAg visa contribuir para a deteção e isolamento precoce de casos, prevenir e mitigar o impacto da infeção por SARS-CoV-2 nos serviços de saúde e nas populações vulneráveis, assim como reduzir e controlar a transmissão da infeção por SARS-CoV-2 e monitorizar a evolução epidemiológica da COVID-19.
Risco de internamento com a variante Ómicron é 75% inferior ao da variante Delta – INSA
04-02-2022
As pessoas infetadas com a variante Ómicron têm um risco de internamento hospitalar 75% inferior ao das pessoas infetadas com a variante Delta, de acordo com um estudo realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com a colaboração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), laboratórios Unilabs, Cruz Vermelha Portuguesa e o Algarve Biomedical Center.
O estudo epidemiológico sobre a pandemia por COVID-19 foi realizado de forma semelhante ao de agências congéneres de Ministérios da Saúde de outros países da União Europeia e revela que, por cada 100 pessoas internadas que estavam infetadas com a variante Delta, só 25 pessoas seriam internadas se tivessem sido infetadas com a variante Ómicron, independentemente da idade, do sexo, do estado vacinal e de se ter tido uma infeção anterior.
O estudo mostra também que as pessoas infetadas com Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de morrer. Os detalhes do estudo podem ser consultados aqui.
Os primeiros relatórios de estudos em animais e laboratoriais mostraram que a Ómicron poderia ser menos grave. Esses resultados foram suportados por estudos em humanos realizados no Reino Unido. No entanto, a magnitude da redução do risco de internamento e mortalidade de infeções por Ómicron em comparação com Delta ainda não tinha sido totalmente clarificada.
Este estudo agora divulgado, realizado em pessoas residentes em Portugal no mês de dezembro, mostrou resultados encorajadores que suportam os achados de estudos semelhantes realizados em outros países.
No entanto, a Ómicron está associada a maior capacidade de escapar parcialmente à proteção do esquema vacinal completo e a uma elevada transmissibilidade, traduzida num maior número absoluto de casos, pelo que mesmo com redução de gravidade, pode existir risco de sobrecarga do sistema de saúde. Por isso, a DGS continua a recomendar a vacinação de reforço e a testagem regular, de forma a manter os efeitos da pandemia no sistema de saúde controlados.
Relatório de Farmacovigilância: Monitorização da segurança das vacinas contra a COVID 19 em Portugal (atualizado) – Infarmed
04 fev 2022
Para: GERAL
Consulte o relatório de farmacovigilância atualizado relativo à monitorização da segurança das vacinas contra a COVID-19 em Portugal atualizado a 31 de janeiro de 2022.Covid-19 | Variante Ómicron
Risco de internamento é 75% inferior ao da variante Delta
O risco de internamento com a variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 é 75% inferior ao da variante Delta, sendo também mais reduzido o tempo de hospitalização.
Segundo um estudo epidemiológico realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com a colaboração da SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), dos laboratórios Unilabs, da Cruz Vermelha Portuguesa e do Algarve Biomedical Centre, os doentes infetados com a variante Ómicron passam em média menos quatro dias internados do que os infetados com a variante Delta.
Segundo este estudo, por cada 100 pessoas internadas que estavam infetadas com a variante Delta, só 25 seriam hospitalizadas se tivessem sido infetadas com a variante Ómicron, independentemente da idade, do sexo, do estado vacinal e de se ter tido uma infeção anterior.
O estudo dá conta também que os doentes infetados com a variante Delta ficavam, em média, 8,6 dias internados, enquanto com a Ómicron esse tempo desce para 3,7 dias.
O estudo mostra também que as pessoas infetadas com Ómicron têm, em média, menor risco de morrer, “representando uma redução no risco de morte de 86% quando infetadas com Ómicron em comparação com Delta”.
O estudo foi feito entre 1 e 29 de dezembro de 2021 quando foram registadas em Portugal 164 hospitalizações devido à variante Delta e 16 por causa da variante Ómicron do SARS-CoV-2.
Cuidados de saúde de proximidade
ULS da Guarda começa a reabrir extensões de saúde
A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda vai dar início ao processo de reabertura das extensões de saúde de Aldeia Viçosa, Famalicão da Serra, Porto da Carne e Trinta.
Em comunicado, a unidade afirma estar a “envidar todos os esforços para proceder à normalização do funcionamento das extensões de saúde e assim retomar a prestação de cuidados de saúde de proximidade às populações”.
Na próxima segunda-feira, dia 7 de fevereiro de 2022, reabre a Extensão dos Trinta que passará a funcionar durante o período da manhã às segundas, quartas e sextas-feiras.
Congresso de Endocrinologia
SEAS abre reunião anual da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, participou esta sexta-feira na sessão de abertura do Congresso Português de Endocrinologia – 73ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).
“As doenças das glândulas endócrinas têm um enorme impacto na saúde pública a nível mundial – e em Portugal em particular – e, por isso, são da maior relevância as oportunidades de debate, de reflexão e de planeamento estratégico em torno das mesmas”, disse o governante.
Referindo-se à diabetes e à obesidade, Lacerda Sales destacou que “a prevenção continua a ser absolutamente crucial para responder a grande parte dos desafios que se nos apresentam”, nomeadamente a aposta nas alterações dos estilos de vida e o tratamento precoce.
“Sabemos que, apesar de uma evolução positiva em alguns indicadores, ainda há um longo caminho a percorrer e para melhorar”, referiu.
No decorrer do evento, o Secretário de Estado aproveitou para agradecer aos profissionais de saúde presentes no evento “o extraordinário trabalho, entrega e esforço, que sempre manifestaram, e que se evidenciaram ao longo desta pandemia”.
HSOG | Campanha de sensibilização
Para assinalar o Dia Mundial da Luta contra o Cancro
No âmbito do Dia Mundial da Luta contra o Cancro, assinalado hoje, dia 4 de fevereiro, o Serviço de Oncologia e a Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Senhora da Oliveira-Guimarães, foram convidados a participar numa ação de sensibilização para a prevenção do cancro e desmistificação dos cuidados paliativos.
Esta ação realizada por Liliana Castro Oliveira, Oncologista do HSO e por Lídia Toscano, enfermeira gestora do serviço de Oncologia/Cuidados Paliativos, visa consciencializar, melhorar a educação, promover a ação pessoal e coletiva na luta contra o cancro e alertar para a importância dos cuidados paliativos, junto da população.
Desta forma, o HSOG, cumpre com a sua missão, junto da população, de promover a literacia na Saúde.
ULS do Nordeste aumenta atividade
Crescimento verificado nos cuidados de saúde hospitalares
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste aumentou a atividade assistencial nos cuidados de saúde hospitalares em 2021, com crescimentos ao nível da realização de cirurgias, de consultas de especialidade, de exames complementares de diagnóstico e terapêutica e de sessões de hospital de dia nas Unidades Hospitalares de Bragança, de Macedo de Cavaleiros e de Mirandela.
Em comunicado, a instituição salienta que registou um incremento no número de intervenções programadas, ao nível da cirurgia de ambulatório e convencional, de cerca de 34%, o que corresponde à realização de um total de 6.435 cirurgias, mais 1.628 em relação a 2020.
As consultas de especialidades hospitalares também aumentaram em 2021, tendo sido realizadas um total de 94.096 consultas, mais 7.577 em relação a 2020, com um incremento significativo no número de primeiras consultas – agendadas tendo em conta o critério de prioridade clínica – com um total de 36.406 consultas, mais 5.032 em relação ao período homólogo.
A atividade assistencial em hospital de dia também aumentou, tendo sido tratados 1.426 doentes, mais 124 em relação a 2020, e realizadas 12.337 sessões, mais 503 do que em 2020.
Para mais informações, consulte:
www.ulsne.min-saude.pt
Dia Mundial da Luta contra o Cancro
Diagnóstico precoce de doentes com cancro voltou em 2021 aos níveis pré-pandemia
O diagnóstico precoce de doentes com cancro voltou em 2021 aos valores obtidos dos anos pré-pandemia, o número de cirurgias cresceu 19% face a 2019 e a média do tempo de espera dos doentes inscritos baixou para 34 dias. Os números foram avançados pela Ministra da Saúde, Marta Temido, na sessão online de apresentação dos Resultados dos Rastreios Oncológicos de Base Populacional 2019 e 2020 promovida pela Direção-Geral da Saúde.
“Sabemos bem que a pandemia de Covid-19 nos trouxe grandes desafios, sobretudo em 2020, causando disrupção em todos os sistemas de saúde na prevenção da doença, na prestação de cuidados no acompanhamento de casos, mas graças ao trabalho incansável de centenas de profissionais de saúde a recuperação tem sido conquistada diariamente”, salientou Marta Temido.
Ao nível das cirurgias, a Ministra da Saúde adiantou que o número de doentes oncológicos operados cresceu 19% face a 2019 e a média do tempo de espera dos doentes inscritos baixou para 34 dias.
“Foi porque unimos esforços que conseguimos estes resultados, porque foi possível manter os institutos de oncologia como hospitais ‘covid free’, porque foi possível continuar a investir na aquisição de equipamentos médicos pesados relevantes na área do cancro como os aceleradores lineares, porque foi possível contratar mais profissionais de saúde mesmo que saibamos que a área da oncologia pelo seu elevado desgaste beneficiaria de um regime diferenciado”, sublinhou.
Assinalou ainda que a incidência do cancro tem aumentado não só em Portugal como na União Europeia. “Em 2020, 207 milhões de pessoas foram diagnosticadas com doença oncológica e 1,3 milhões perderam a vida”.
A Ministra da Saúde defendeu a urgência de ter uma estratégia nacional de abordagem do cancro assente em várias dimensões e alinhada com o do plano europeu contra o cancro.
“Mas sobretudo importa ter bem presente que o desafio do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro é este ano o da luta contra a iniquidade no acesso e que há ainda demasiadas iniquidades para que possamos considerar que chegou o momento de descansar”, concluiu Marta Temido.
CHTS com consulta descentralizada de Urologia
Como o objetivo de melhorar a acessibilidade dos utentes aos cuidados hospitalares
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) arrancou com a Consulta Hospitalar Descentralizada na Unidade de Saúde de Cinfães, um projeto partilhado com o Agrupamento de Saúde do Tâmega I – Baixo Tâmega (ACES Tâmega I) e a Câmara Municipal de Cinfães que tem como objetivo melhorar a acessibilidade e qualidade assistencial aos utentes deste concelho.
Com esta articulação entre os serviços torna-se possível a resposta imediata no agendamento de consulta a realizar por especialistas médicos e de profissionais de enfermagem, assim como todas as sessões de Hospital de Dia, nomeadamente cuidados de saúde urológicos, pensos cirúrgicos, administração de fármacos, incluindo oncológicos.
A descentralização da consulta da especialidade de urologia pretende ser uma resposta eficaz à melhoria da acessibilidade dos utentes aos cuidados hospitalares, assim como experiência para potenciar uma maior descentralização das consultas hospitalares das diferentes especialidades médicas.
O CHTS integra os hospitais de Penafiel e Amarante, servindo uma população de cerca de 500 mil habitantes, de 12 concelhos, em quatro distritos.
Para mais informações, consulte:
www.chts.min-saude.pt
Saúde Mental em debate
Apresentação do Livro “Não há mal que sempre dure – Saúde Mental para todos”, em Braga
Decorre no próximo dia 11 de fevereiro, sexta-feira, pelas 18h30, na Livraria Centésima Página, em Braga, a apresentação do livro “Não há mal que sempre dure – Saúde Mental para todos”, da autoria de Mariana Duarte Mangas, com ilustrações de Mariana Mangas.
A apresentação do livro estará a cargo de Ana Matos Pires, psiquiatra e membro da Coordenação Nacional de Saúde Mental.
DGS incentiva profissionais de saúde a registar casos de Mutilação Genital Feminina
A Direção-Geral da Saúde (DGS) assinala, a 6 de fevereiro, mais um dia de tolerância zero à Mutilação Genital Feminina (MGF), sensibilizando profissionais de saúde para a importância dos registos de casos de MGF na plataforma “Registo de Saúde Eletrónico (RSE– AP)”.
A prática da MGF constitui uma grave violação dos direitos das meninas e das mulheres, sendo condenada em diversos tratados e convenções internacionais, ratificadas por Portugal.
Para os dados clínicos da mutilação genital feminina foi criado um separador individualizado na plataforma Registo de Saúde Eletrónico (RSE – AP) onde é possível registar, para cada mulher submetida ao corte, informação considerada relevante para melhorar o conhecimento do fenómeno em Portugal.
É muito importante que os/as profissionais de saúde saibam identificar as situações de Mutilação Genital Feminina e que introduzam os registos dos seus achados na plataforma. Conhecer cada vez mais a realidade do fenómeno em Portugal é fundamental para melhorar o apoio às mulheres e meninas submetidas à prática ou que estão em risco de o ser, promovendo estratégias eficazes para a erradicação do fenómeno.
Para além disso, a utilização da plataforma SER – AP na prática clínica da abordagem a mulheres sujeitas a mutilação genital feminina funciona como um guia orientador da entrevista para profissionais de saúde.
Mais informações:
- Orientação DGS nº 8/2021 – Mutilação Genital Feminina
- Guia Prático de Abordagem, Diagnóstico e Intervenção – Maus Tratos em Crianças e Jovens
- Violência Interpessoal – Abordagem, diagnóstico e intervenção nos Serviços de Saúde
- Rede Nacional de NACJR/NHACJR/EPVA
Conheça as oportunidades na área do Cancro no âmbito do EU4Health Programme – DGS
No dia Mundial de Luta Contra o Cancro, que se assinala hoje, dia 4 de fevereiro, a Direção-Geral da Saúde dá a conhecer as oportunidades na área do Cancro no âmbito do EU4Health Programme para 2022.
A luta contra o cancro é uma das áreas prioritárias da Comissão Europeia, que alinhada com o Programa Europeu de Luta Contra o Cancro, financiará diversos projetos e iniciativas nesta área, nomeadamente através do Horizon Europe Health Research (Cluster 1) e do EU4Health Programme.
Assim, para 2022, o EU4Health Programme financiará as seguintes Action Grants na área do Cancro:
- CR-g-22-09.01/02/03: “Call for proposals to monitor and strengthen the implementation of innovative approaches to prostate, lung and gastric cancer screening at Union level”
- CR-g-22-08.02: “Call for proposals on cancer and other NCDs prevention – action on health determinants”
- CR-g-22-08.06: “Call for proposals to support the roll-out of the second cohort of the inter-speciality cancer training programme”
Apesar das calls de apresentação de candidaturas para as Action Grants acima mencionadas ainda não se encontrarem abertas, a leitura do descritivo associado a cada uma delas no Work Programme para 2022, permitirá iniciar os trabalhos de preparação de uma eventual candidatura e constituição atempada de um consórcio.
Para mais informações deverá consultar:
Reformulação dos produtos alimentares
No próximo dia 15 de fevereiro, pelas 15h00, serão apresentados os resultados do Progresso da Reformulação dos Alimentos em Portugal durante o período de 2018 a 2021.
A reformulação dos produtos alimentares em Portugal é um amplo compromisso formalizado em 2019 entre a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares (FIPA), a Associação Portuguesas de Empresas de Distribuição (APED) e a NielsenIQ. A melhoria da composição nutricional dos alimentos disponíveis insere-se no âmbito da estratégia alimentar e nutricional nacional desenvolvida pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) e pela Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS).
A sessão de encerramento contará com a presença do Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Dr. António Lacerda Sales.
O evento será transmitido online, através do Canal YouTube da DGS.
Junte-se a nós no dia 15 de fevereiro!
OMS-Europa renova acreditação do Laboratório Nacional de Referência para vírus do Sarampo e da Rubéola do Instituto Ricardo Jorge
04-02-2022
A Organização Mundial da Saúde para a região europeia (OMS-Europa) renovou a acreditação do Laboratório Nacional de Referência de Doenças Evitáveis pela Vacinação (LNRDEV) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) como Laboratório Nacional de Referência para os vírus do Sarampo e da Rubéola. Esta reacreditação significa que o laboratório do INSA cumpre as metodologias preconizadas pela OMS-Europa para o diagnóstico laboratorial destes vírus, através de técnicas serológicas, por RT-PCR e de sequenciação, esta última no caso do Sarampo.
De acordo com a avaliação efetuada pela OMS-Europa, o LNRDEV cumpre todos os requisitos objeto de análise, tendo a renovação da acreditação, válida para o ano de 2022, sido já comunicada às autoridades de saúde nacionais. A avaliação das condições dos laboratórios nacionais de referência é efetuada regularmente pela OMS Europa, com o objetivo de verificar as condições de funcionamento destas infraestruturas, bem como a uniformização dos algoritmos de diagnóstico dos vírus entre os diferentes laboratórios.
O LNRDEV do INSA, que dispõe desta acreditação desde 2007, tem como missão a confirmação de todos os casos prováveis de sarampo, rubéola e rubéola congénita no âmbito do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo e da Rubéola. O diagnóstico laboratorial para os vírus do sarampo e da rubéola envolve a deteção de anticorpos IgG e IgM, teste de avidez, deteção do RNA viral, isolamento viral e genotipagem.
A OMS lançou em 2005 o Programa de Eliminação do Sarampo e Rubéola e Prevenção da Rubéola Congénita na Região Europeia, tendo como meta o ano de 2010. Com o objetivo de dar cumprimento às metas estabelecidas foi então definido criar uma rede europeia de laboratórios para o sarampo e rubéola acreditada pela OMS, que teria como missão efetuar o diagnóstico laboratorial de todos os casos prováveis destas doenças de forma a permitir uma adequada classificação dos mesmos, ou seja, como confirmados ou excluídos.
O sarampo é uma doença grave, altamente contagiosa causada por um vírus da família Paramyxovirinae. É uma das principais causas de morte infantil apesar da disponibilidade, há quase 50 anos, de uma vacina barata, segura e eficaz. A rubéola é igualmente uma doença viral e apesar de ser considerada uma doença benigna pode causar malformações graves como cataratas, cardiopatias ou microcefalia quando ocorre em mulheres grávidas sobretudo no primeiro trimestre de gravidez.