COVID19 |Relatório de Situação nº 730 | 02/03/2022 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL | Relatório de Situação
Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 02-03-2022 – INSA
02-03-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 28.907 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 304 concelhos de Portugal.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 523 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 136 concelhos por semana.
Segundo o mais recente relatório do INSA, a frequência relativa da linhagem BA.1 atingiu um máximo na semana 2 (95,6%, 10 a 16 de janeiro), altura em que iniciou uma tendência decrescente. Em concordância, dados revistos e atualizados mostram que essa tendência decrescente na proporção de amostras positivas com “falha” na deteção do gene S (perfil SGTF) se mantém até à atualidade, registando-se uma frequência estimada de 41,8% ao dia 28 de fevereiro.
Recentemente, parte das sequências da linhagem BA.1 da variante Omicron foram reclassificadas internacionalmente, constituindo agora a sublinhagem BA.1.1, a qual se caracteriza por uma mutação adicional na ligação da proteína Spike às células humanas. Esta sublinhagem tem circulado em Portugal desde o início de dezembro e a sua frequência relativa tem aumentado progressivamente, representando cerca de 30% das sequências analisadas nas semanas 6 e 7 (7 a 20 de fevereiro) de 2022.
A linhagem BA.2 foi detetada pela primeira vez em Portugal em amostragens aleatórias por sequenciação na semana 52 (27 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022), tendo a sua frequência relativa aumentado paulatinamente desde então. Dada a circulação residual da variante Delta (<1% na semana 5), a linhagem BA.2 pode agora ser monitorizada indiretamente através da proporção de amostras positivas não-SGTF, pelo que se estima que esta linhagem seja já dominante em Portugal, representando 58,2% das amostras positivas ao dia 28 de fevereiro de 2022.
Direção-Geral da Saúde coordena fase piloto de projeto para fortalecer resposta no âmbito de uma pandemia
A Direção-Geral da Saúde (DGS) coordena a fase piloto do Universal Health and Preparedness Review (UHPR) em Portugal, projeto que visa o robustecimento nacional das respostas no âmbito de uma pandemia. A missão preparatória do UHPR teve lugar entre os dias 21 e 25 de fevereiro e contou com a presença de peritos da DGS, da sede da OMS e da OMS Europa, bem como de outras instituições parceiras.
Integrada na fase I do piloto (planeamento), esta missão teve como objetivos finalizar o dashboard de indicadores de saúde, rever a documentação de suporte, desenvolver uma análise preliminar dos resultados, identificando áreas de melhor e pior desempenho e, ainda, elaborar o primeiro rascunho do relatório nacional de revisão das capacidades. As sessões de trabalho decorreram, essencialmente, no formato ‘shoulder to shoulder’. Foi igualmente abordada a preparação da fase II (trabalho de campo) que terá lugar até ao início de abril.
Em novembro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou o UHPR como um sistema em que os países interessados concordam com um processo transparente e de revisão por pares que tem como objetivo o fortalecimento das capacidades nacionais de preparação para uma pandemia. A pandemia de COVID-19 revelou a necessidade de investir na prevenção, preparação e resposta a emergências de saúde, a nível nacional, regional e global. Este investimento deve ter por base uma abordagem multidisciplinar que envolva toda a sociedade. Para este feito, foi já constituída a Comissão Nacional do UHPR, formada por representantes das várias áreas envolvidas.
Acolhimento de refugiados: Alimentação e necessidades nutricionais em situações de emergência – DGS
No final de 2015, a Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional de Promoção de Alimentação Saudável (PNPAS), de forma inédita, publicou um manual com linhas de orientação para a receção a refugiados, intitulado “Acolhimento de refugiados: alimentação e necessidades nutricionais em situações de emergência”. Tratava-se de um documento inovador a nível nacional, utilizando a evidência científica mais recente proveniente de organismos internacionais e útil para quem ajudava, tanto em Portugal como a nível Europeu, no acolhimento a refugiados.
Vivemos tempos difíceis e acreditamos que este manual pode ser de grande utilidade para todos aqueles que prestam apoio, quer a nível individual quer a nível institucional.
O manual pode ser consultado, de forma gratuita em português e em inglês.
Equipa de Análise Retrospetiva de Homicídio em Violência Doméstica lança 16.º relatório – DGS
O Programa Nacional da Prevenção da Violência no Ciclo de Vida da Direção-Geral da Saúde divulga o último relatório publicado pela Equipa de Análise Retrospetiva de Homicídio em Violência Doméstica – Dossiê nº3/2020-AC, no âmbito das suas atribuições plasmadas na Portaria n.º 280/2016 de 26 de outubro.
É função desta Equipa produzir recomendações para os diversos setores da administração pública com intervenção na proteção das vítimas de violência doméstica, no sentido de permitir a implementação de medidas eficazes de prevenção do fenómeno e de proteção das suas vítimas, uma mais-valia também para as boas práticas dos/as profissionais de saúde, num trabalho que se requer preventivo, multissetorial e em rede.
Partindo do caso em análise, sistematiza-se uma série de reflexões generalizadas a considerar na vigilância de saúde em pessoas adultas e crianças para a prevenção da violência no ciclo de vida, nomeadamente:
- Atenção aos sinais precoces de vitimação e perpetração, incluindo exploração de historial de violência na infância;
- Atenção aos sinais indiciadores de problemas de saúde mental, com respetiva referenciação para respostas específicas nesta área;
- Atenção especial a fatores de risco e de proteção nas dinâmicas de relação (aspetos relacionados com controlo, poder, violência “cruzada”, aumento da escalada e frequência dos atos violentos);
- Consideração do impacto da violência doméstica sobre crianças e jovens, igualmente vítimas, e agilização de mecanismos de proteção;
- Reforço da atuação da saúde com base nos protocolos e fluxogramas de intervenção, incluindo objetiva e rigorosa avaliação contínua dos indicadores de risco, atento o caráter dinâmico da relação;
- Adequado registo das situações identificadas nos sistemas de informação do SNS: Registo Clínico da Violência em Adultos (RSE) e Avaliação do Risco Familiar, no Módulo do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil em SClínico dos Cuidados de Saúde Primários;
- Sinalização das situações identificadas à respetiva Equipa de Prevenção da Violência em Adultos e, no caso de crianças no agregado, sinalização ao Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco da entidade de saúde, para acompanhamento e monitorização da situação com restantes profissionais de saúde em diferentes níveis de cuidados de saúde – primários e hospitalares;
- Estabelecimento de mecanismos de proteção, através de elaboração de plano de segurança em conjunto com a vítima, assim como intervenção em rede com entidades que integram a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, bem como o Sistema de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens – nomeadamente Comissões de Proteção de Crianças e Jovens;
- Realização de denúncia de crime, em cumprimento do art.º 242º, nº1 b) do Código de Processo Penal, incluindo particular atenção para todas as vítimas do agregado especialmente vulneráveis, como crianças e jovens.
Mais informação:
HVFX aumenta atividade
Fevereiro com mais atividade assistencial face ao ano de 2019
A atividade assistencial realizada no Hospital de Vila Franca de Xira, EPE (HVFX), durante o passado mês de fevereiro mantém a tendência de crescimento face ao mesmo período de 2019, período anterior à pandemia.
De acordo com o HVFX, a cirurgia programada, com um total de 893 cirurgias, regista um acréscimo de 4,7%, tendo sido realizadas mais 40 cirurgias programadas no mês de fevereiro de 2022, quando comparado com fevereiro de 2019.
A cirurgia de ambulatório mantém a tendência de crescimento, tendo sido realizadas um total de 671 cirurgias, mais 4,2% que em fevereiro de 2019.
O HVFX destaca ainda que as sessões de hemodiálise que no mês de fevereiro de 2022 registaram um aumento de 42,1% face ao mesmo mês de 2019, com um total de 452 sessões realizadas em fevereiro de 2022.
Ainda em crescimento o número de exames e análises realizados, meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT’s), que no mês de fevereiro de 2022 registam um aumento de 8,4% face a fevereiro de 2019, tendo sido realizados mais 9.686 procedimentos, no total de 124.529 MCDT’s realizados em fevereiro deste ano.
Carlos Andrade Costa, Presidente do Conselho de Administração do HVFX, sublinha que “estes resultados permitem olhar com tranquilidade para o futuro, até porque comparam com o período prévio à pandemia, tendo sido por outro lado, o passado mês de fevereiro um mês com a atividade ainda bastante condicionada pela pandemia.
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Consulta da Diabetes
Hospital de Santarém celebra 30 anos da consulta no mês de março
A Consulta de Diabetes do Hospital Distrital de Santarém comemora este mês 30 anos de atividade. Para celebrar a data estão previstas diversas iniciativas que vão decorre durante o mês de março.
Esta consulta surgiu da necessidade de seguimento do doente diabético de forma sistematizada por uma equipa especializada e diferenciada na área. Atualmente são seguidos regularmente na unidade hospitalar 1.300 doentes.
Nesta valência é dada assistência, predominantemente, a diabéticos tipo 1 e tipo 2 insulinotratados, com graves complicações, particularmente os que apresentam envolvimento órgão-alvo, com complicações oftalmológicas, nefrológicas, cardiológicas e neurológicas.
Tudo começou em março 1992, com uma equipa multidisciplinar de enfermagem, medicina interna e nutrição, com a colaboração de oftalmologia, cirurgia, cardiologia, urologia e neurologia. A atividade foi alargada com a criação de um hospital de dia de diabetes, em 1999. Um ano depois foi criado o Núcleo de Diabetes e efetivada a Consulta de Diabetes e Gravidez. Em 2011, a integração de um podologista permitiu alargar as competências e a diferenciação.
A equipa do Núcleo de Diabetes é atualmente constituída por seis assistentes hospitalares e dois enfermeiros dedicados à área, dois nutricionistas e uma podologista. Do corpo clínico inicial mantêm-se em funções as médicas Cristina Esteves, que é também a coordenadora, e Cristina Santos e o nutricionista Santo Amaro.
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CHBM | Tratamento do cancro da mama
Unidade de Senologia foi novamente reconhecida internacionalmente
A Unidade de Senologia do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) foi novamente reconhecida como Centro de Referência pela Breast Centres Network, tendo sido o 9.º Centro do país a obter este reconhecimento em dezembro de 2018.
A Breast Centres Network é a primeira rede internacional de centros clínicos dedicados exclusivamente ao diagnóstico e tratamento do cancro da mama, sendo um projeto da European School of Oncology, com o objetivo de promover e melhorar os cuidados em cancro da mama, na Europa e no mundo.
De acordo com a Responsável da Unidade de Senologia, Lurdes Ramalho, este reconhecimento significa que” a nossa Unidade trabalha de acordo com os mais altos padrões de qualidade, e sempre apoiada numa metodologia multidisciplinar exemplar”. Relativamente ao futuro, “pretendemos manter a alta taxa de acessibilidade, rapidez no atendimento e orientação de todos os casos que sejam remetidos para a Unidade de Senologia”.
A Unidade de Senologia do CHBM efetua diagnóstico e tratamento cirúrgico de toda a patologia mamária, em ambos os sexos, com enfoque especial no cancro da mama e, ainda dedicados ao ensino e à investigação. O serviço desenvolve a sua atividade nas áreas da Consulta Externa, Hospital de Dia, Internamento e Cirurgia.
Nos últimos 2 anos, período dominado pela pandemia Covid-19, “a Unidade de Senologia manteve o seu rumo, mesmo no auge da pandemia, confiando nos seus profissionais e não perdendo nunca o seu foco principal, o doente, aumentando, mesmo na adversidade, os números de doentes recebidos, número de consultas, de sessões de Hospital de Dia e de doentes operados”, explica a Lurdes Ramalho. Em 2021, a Unidade de Senologia realizou 3.643 consultas, 2.024 sessões de Hospital de Dia, com um total de 227 doentes operados. Também no ano passado trabalhou em parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, recebendo os doentes do rastreio efetuado nos concelhos abrangidos pelo CHBM.
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HFF | Viatura Médica de Emergência
VMER do Hospital Amadora-Sintra é a que regista mais saídas no país
A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) registou um total de 3510 saídas em 2021, o que equivale a uma média de saídas diárias de 10. Este indicador coloca a VMER Amadora-Sintra no primeiro lugar destacado a nível nacional em termos de número de saídas, sendo que todas as 44 VMER do território continental têm em média metade das saídas diárias, tendo dado resposta a 83429 ocorrências.
De acordo com Patrícia Freitas, internista e coordenadora médica da VMER do HFF “o balanço que fazemos é muito positivo e uma das razões é o facto de uma vez mais, termos assegurado 100% operacionalidade de escala”.
Em funcionamento desde o dia 1 de março de 2016, a VMER Amadora-Sintra conta com uma equipa constituída por 28 médicos e 19 enfermeiros, com formação específica e competências adquiridas na abordagem do doente critico.
“Ao longo destes seis anos de atividade a VMER do HFF foi ativada 21295 vezes, tendo assistido 21200 vítimas e realizado 55 partos. A estatística revela ainda que 91% das saídas correspondem a saídas médicas e 9% a situações de trauma. Nas saídas médicas destacam-se alguns números: 2164 ocorrências relativas a dor torácica, 1254 crises convulsivas e 1199 ocorrências referentes a alteração do estado de consciência”, explica Patrícia Freitas.
Para saber mais, consulte:
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca – http://hff.min-saude.pt/
Nova edição do Boletim de Farmacovigilância – Infarmed
02 mar 2022
Volume 26, nº2, fevereiro de 2022
Já está disponível a nova edição do Boletim de Farmacovigilância, Volume 26, nº 2, fevereiro de 2022.
Pode consultar esta e outras edições na área das “Publicações”.