Resolução do Conselho de Ministros n.º 29-F/2022 – Diário da República n.º 56/2022, 2º Suplemento, Série I de 2022-03-21
Presidência do Conselho de Ministros
Prorroga a declaração da situação de alerta, no âmbito da pandemia da doença COVID-19
Covid-19| Portugal doa mais de 400 mil vacinas à Arménia
No âmbito da iniciativa da União Europeia de apoio aos países da Parceria Oriental
Portugal entregou esta segunda-feira, dia 21 de março, mais de 400 mil vacinas contra a covid-19 da farmacêutica Pfizer à Arménia, no âmbito de uma iniciativa da União Europeia (UE) de apoio aos países da Parceria Oriental.
Esta doação insere-se no quadro de cooperação entre a UE e vários países vizinhos a leste (Parceria Oriental), que permitiu criar em dezembro de 2021 um programa de partilha de vacinas financiado pela UE, coordenado pela Polónia.
De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, citado pela agência Lusa, Portugal assumiu “desde o início o seu compromisso de apoiar o processo internacional de vacinação como parte dos esforços globais para ultrapassar a pandemia da Covid-19”.
Até final de fevereiro, foram doadas mais de 15 milhões de doses aos países da Parceria Oriental, através do mecanismo de partilha de vacinas da UE e da plataforma COVAX, liderada pela Organização Mundial da Saúde e por diversos parceiros internacionais.
Covid-19 | Balanço de dois anos
Durante a pandemia, HFF registou mais de seis mil internamentos
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) assinalou os dois anos de combate à Covid-19 com um balanço dos atendimentos realizados nesse período.
Em comunicado, o Presidente do Conselho de Administração do HFF, Marco Ferreira, refere que nos últimos dois anos «as urgências do HFF e os internamentos de doentes Covid-19 em enfermaria atingiram em alguns momentos, inequivocamente, máximos de toda a região de Lisboa e Vale do Tejo».
A 26 de janeiro de 2021, com 385 doentes Covid-19 internados em enfermaria. registou-se o pico histórico de assistência do HFF à pandemia e, entre 14 e 16 de fevereiro desse ano, foi atingido o máximo histórico de 42 doentes internados nas unidades de cuidados intensivos Covid-19 do HFF.
Nos últimos dois anos, o HFF realizou 78.624 atendimentos no Serviço de Urgência – Área dedicada a doentes respiratórios, 6.039 internamentos de doentes em enfermarias dedicadas à Covid-19, e 644 internamentos em Cuidados Intensivos. Foram ainda realizados 192.466 mil testes para detetar SARS-CoV-2 (PCR e AG), cuja taxa de positividade foi de 10,2%.
De acordo com o comunicado, para o combate à pandemia, o HFF reforçou o parque de equipamentos de diagnóstico e apoio ao tratamento da Covid-19, num investimento que ascende a 4 milhões de euros, e dos quais se destacam, entre outros, o aumento de ventiladores invasivos e não-invasivos, monitores multiparamétricos, sistemas de infusão, sistemas de endoscopia, uma Tomografia Computorizada (TAC) de última geração e dois equipamentos de raio-X.
Com o apoio das câmaras municipais de Sintra e Amadora, o HFF investiu mais de 2,6 milhões de euros para aumentar o seu nível de assistência à população, tendo construído, em tempo recorde, um novo serviço de urgência dedicado a doentes respiratórios e uma nova unidade de cuidados intensivos, estando neste momento em fase de finalização da requalificação da urgência pediátrica (Covid) e unidade de cuidados intensivos pediátrica. Destaca-se ainda a criação de uma nova área para a Farmácia de Ambulatório e o reforço da rede e tanques de oxigénio medicinal.
Para assinalar estes dois anos, o HFF vai divulgar um vídeo que recorda as memórias fotográficas deste período, no Núcleo Expositivo localizado no átrio da unidade hospitalar.
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HFF > Notícias
Dia Mundial da Saúde Oral
Data lembra importância da saúde oral ao longo da vida
Assinalou-se no domingo, 20 de março, o Dia Mundial da Saúde Oral, uma data que tem como objetivo dar visibilidade à saúde oral e reforçar a importância da sua manutenção ao longo da vida.
«Tem orgulho na tua Boca» é o lema adotado para o triénio 2021-2023, apelando à proatividade e responsabilidade de cada um em relação à sua própria saúde oral.
No âmbito desta efeméride, a Direção-Geral da Saúde (DGS) fez um balanço da atividade do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, nomeadamente do projeto «Escovar na Escola», que prevê, entre outras iniciativas, a distribuição de kits de saúde oral.
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INSA | Capacidade de resposta
Laboratório de alta segurança preparado para eventual ameaça biológica
O laboratório de alta segurança do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) reforçou stocks, otimizou técnicas e adquiriu novos equipamentos para poder responder a eventuais necessidades acrescidas resultantes do conflito na Ucrânia.
Segundo declarações de Sofia Núncio, coordenadora da Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação (UREB), «a nossa preparação é tentar termos um stock de reagentes preparado e como é evidente intensificamos e estamos a otimizar todas as metodologias».
Apesar da utilização de armas químicas e biológicas ser proibida pela Convenção sobre as Armas Químicas e Biológicas de 1972, Sofia Núncio referiu que, no caso de haver uma denúncia da sua utilização ao secretário-geral das Nações Unidas, a equipa da UREB já está preparada para apoiar na investigação.
A investigadora explicou que nos casos de ameaças biológicas são colhidas três réplicas de cada tipo de amostra: «Uma é identificada e estudada logo no laboratório local e as outras duas são enviadas para outros dois laboratórios para se ter a certeza de que a identificação é precisa e que é concordante».
Nos últimos tempos, o laboratório de segurança biológica de nível 3, instalado no quinto piso do INSA, em Lisboa, tem vindo a ser reforçado para responder em caso de emergência de origem biológica, como uma epidemia, ou devida à disseminação deliberada (bioterrorismo).
A preparação passa por ter um reforço do stock dos kits de deteção, o que já foi feito, renovar equipamentos e intensificar as colaborações com redes europeias.
O objetivo, disse, «é detetar o mais rapidamente (possível) a utilização desses agentes biológicos, evitar que se disseminem pela população, conseguir fazer o isolamento das populações afetadas, o diagnóstico do caso e eliminar as fontes de contaminação».
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CHTMAD | Nova unidade de Hospitalização Domiciliária
Doentes vão passar a ter cuidados com maior comodidade e bem-estar, em ambiente familiar
A Nova Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) iniciou atividade esta segunda-feira, 21 de março, em Vila Real e Chaves e, numa fase inicial, vai disponibilizar 10 camas de internamento no domicílio (5+5) que vão permitir aos doentes, que cumpram os critérios de admissão, cuidados com maior comodidade e bem-estar, em ambiente familiar.
A nova UHD do CHTMAD funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana, e conta com uma equipa multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, assistente social, assistente técnico e assistente operacional. A coordenação está a cargo de Olívia Cardoso e Fernando Salvador, Diretor do Serviço de Medicina Interna deste centro hospitalar.
Para que a equipa possa desenvolver o seu trabalho no dia-a-dia, foram disponibilizadas duas viaturas, diversos materiais de consumo clínico e informático.
Os trabalhos são diariamente planeados por todos os elementos da UHD, que fazem a avaliação das potenciais admissões, preparam as notas de alta e efetuam pedidos de colaboração. Todos os doentes e/ou familiares serão portadores dos contactos diretos da UHD. Existe, também, uma equipa de prevenção que prestará apoio, sempre que solicitado.
Com esta tipologia de tratamento em casa, o CHTMAD pretende reduzir não só a mortalidade, como as infeções, quedas e depressões, além de melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde, numa região de especial relevância, dadas as características demográficas e de envelhecimento que se verificam na área do Alto Tâmega e Barroso e Marão I – Douro Norte.
Melhora, também, a humanização dos cuidados prestados, nomeadamente através do envolvimento familiar e de outros cuidadores, com ganhos em eficiência e em qualidade reconhecidos.
Projeto de Terapia Ocupacional
CHUA aposta em horta terapêutica para reabilitação de utentes
O Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (CMR Sul) do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) iniciou, no final de 2021, o projeto «Horta Terapêutica», que visa dar resposta às necessidades de reabilitação dos utentes integrados no CMR Sul, em internamento e em ambulatório.
Este projeto inovador foi desenvolvido pela equipa de Terapia Ocupacional do CMR Sul, em conjunto com outras áreas terapêuticas do centro, que desta forma «conseguem trabalhar uma série de competências, não só motoras, mas cognitivas, psicossociais, mas acima de tudo também funcionais, melhorando de forma significativa a motivação dos utentes notando-se uma colaboração mais ativa no programa de reabilitação geral».
Em comunicado, a subcoordenadora de Terapia Ocupacional do CMR Sul, Inês Oliveira, explica que é de «extrema importância a implementação de um espaço físico que permita, não só a reabilitação mais facilitada, mas também o respetivo treino para posterior integração na comunidade e para que o utente volte a conseguir manter esta atividade no regresso ao domicílio».
A horticultura terapêutica prevê a participação dos utentes em atividades hortícolas, facilitadas por um terapeuta com competências, que permitam apoiar os objetivos do programa de reabilitação promovendo o bem-estar físico e mental através do envolvimento ativo ou passivo em atividades relacionadas com plantas hortícolas.
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CHUA > Notícias
Investigação e formação
ULSLA e Algarve Biomedical Center celebram protocolo de colaboração
A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) e o Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (ABC – Algarve Biomedical Center) assinaram, no dia 17 de março, um protocolo de colaboração nas áreas da investigação e formação.
O protocolo tem como objetivo apostar na formação dos profissionais da ULSLA e desenvolver a investigação clínica e translacional, visando a melhoria contínua dos cuidados prestados. Por outro, irá também permitir a utilização de simuladores de estudo clínico, potenciando a possibilidade da ULSLA integrar a rede de ensaios clínicos.
O Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve é constituído pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve, pela Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade do Algarve e pelo Algarve Biomedical Center – Research Institute, vocacionado para o desenvolvimento, formação e investigação.
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ULSLA > Notícias
Dia Internacional da Felicidade
HVFX assinala data com vídeo «5 minutos de felicidade»
O Dia Internacional da Felicidade, instituído em 2013, comemora-se anualmente em 20 de março. Esta data tem como objetivo promover a felicidade das pessoas e mostrar como esse sentimento é fundamental para o bem-estar das nações.
Para assinalar a data, o Hospital de Vila Franca de Xira (HVFX) e os seus profissionais realizaram o vídeo «5 minutos de felicidade», com contributos para a construção de momentos felizes.
Para saber mais, consulte:
Youtube | HVFX > 5 minutos de felicidade
Doação renal cruzada
Intervenção permitiu transplante simultâneo no Porto e em Lisboa
Um paciente do Hospital de Curry Cabral (Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central), recebeu, no dia 19 de março, um rim doado inicialmente a um paciente do Hospital de Santo António (Centro Hospitalar Universitário do Porto), enquanto ao doente do Porto foi implantado o órgão colhido na capital.
Em causa está uma prática chamada «doação renal cruzada» e duas intervenções que decorreram em simultâneo.
Em Lisboa, o paciente necessitava de um rim mas a dadora – sua filha – não era compatível. Já no Porto, um outro paciente deveria receber o rim da mulher, mas que era também incompatível. O diretor do gabinete coordenador de colheita e transplantação do Hospital de São José, Fernando Rodrigues, explica que «graças ao programa nacional de doação cruzada foi possível cruzar estes dois dadores e os dois recetores e realizar as duas intervenções».
A realização destes dois transplantes foi possível graças ao Programa Nacional de Doação Renal Cruzada que é utilizado no caso de pessoas que precisem de um transplante e têm um dador vivo que não é compatível.
Assim, recorrendo a uma base de dados que contém outros pares incompatíveis, procura-se encontrar um dador compatível para cada caso. Se o sistema encontrar uma combinação possível, podem acontecer dois ou mais transplantes em simultâneo através da «troca» de rins entre os vários pares participantes.
O diretor do gabinete coordenador de colheita e transplantação do Hospital de São José, que pertence ao Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, recordou que «quando não há compatibilidade o risco de rejeição do órgão que é transplantado é muito grande», mas que «por vezes existem pares que entre si não são compatíveis, mas de forma cruzada têm compatibilidade».
Portugal também aderiu já ao Programa de Doação Renal Cruzada Internacional, podendo fazê-lo com Espanha e Itália.
Para saber mais, consulte:
- Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central – https://www.chlc.min-saude.pt/
- Centro Hospitalar Universitário do Porto – https://www.chporto.pt/
Dia Mundial da Árvore
HSOG oferece uma árvore a cada bebé nascido na maternidade
No âmbito do Dia Mundial da Árvore, que se assinala no dia 21 de março, o Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães (HSOG) vai dar início ao projeto «Uma Árvore por Cada Vida – Criar Raízes Por Um Mundo Melhor».
Este projeto consiste em oferecer uma árvore (na forma de voucher a ser levantado no horto de Guimarães) a cada bebé nascido na maternidade do HSOG, para que os pais a plantem em terreno próprio ou em local público a designar.
Em comunicado, o HSOG explica que este gesto simbólico tem como objetivo a criação de um mundo melhor e mais sustentável para todos.
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Cirurgia ambulatória da mão
Unidade do Hospital de Alcobaça realizou 495 intervenções
A Unidade Funcional de Cirurgia Ambulatória da Mão e Artroscopia do Hospital de Alcobaça, inserido no Centro Hospitalar de Leiria (CHL), realizou 495 cirurgias no primeiro ano de existência e permitiu reduzir em 48 dias o tempo de espera.
De acordo com declarações do coordenador do serviço, Carlos Pina, a criação, em 17 de março de 2021, da Unidade Funcional de Cirurgia Ambulatória da Mão e Artroscopia do Hospital de Alcobaça, «permitiu aumentar exponencialmente o número de cirurgias e diminuir drasticamente o número de doentes em lista de espera».
Vocacionada para a cirurgia da mão com recurso a técnicas de anestesia local, a unidade tem desenvolvido tratamentos de patologia tendinosa, traumatologia da mão e, mais recentemente, em patologia nervosa traumática e traumatologia do punho e, ao longo do ano, foi também alargando o seu âmbito a «outros tipos de cirurgias como a artroscopia no joelho, tornozelo e outros tipos».
Deste modo foi possível aumentar o número de cirurgias do Serviço de Ortopedia II (a funcionar no Hospital de Leiria), que entre março de 2021 e março deste ano registou um aumento de 381 intervenções cirúrgicas, subindo de 114 para 631 intervenções, das quais 495 realizadas na unidade de Alcobaça.
A unidade funcional «contribui também para o enriquecimento da atividade de investigação médica e produção científica realizada no CHL», destacando-se «as componentes pós-graduada e académica» deste serviço.
Com esta unidade reduziu-se, também, o tempo médio de espera para cirurgia da mão, passando de 100 dias para uma média de 48 dias.
A implementação desta unidade, que envolveu um investimento inicial de cerca de 76 mil euros, fomenta também a produção cirúrgica em ambulatório, diminui gastos cirúrgicos, melhora os tempos de resposta cirúrgica nas patologias abrangidas e permite que sejam libertados tempos operatórios no bloco para cirurgias mais complexas.
Para saber mais, consulte:
CHL – https://www.chleiria.pt/
CHUSJ | Estudo do sono
Doentes já podem realizar estudo no domicílio, com apoio remoto
Os doentes do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) já podem realizar os estudos sobre o sono no domicílio, sem necessidade de internamento.
Esta nova possibilidade deve-se à implementação em regime de ambulatório da polissonografia, uma nova técnica para diagnóstico de patologias do sono que, de acordo com a pneumologista do CHUSJ, Marta Drummond, permite resultados mais fiáveis, diminuição da lista de espera e um maior conforto para o doente.
Ao fazer este estudo no domicílio, o doente apenas necessita de recorrer ao hospital para colocar os sensores no corpo no dia do procedimento. Já em casa, um técnico dará instruções ao paciente, monitorizando o processo através de tecnologia remota, quer via áudio quer via vídeo.
Marta Drummond explica que o «técnico vai, em tempo real, interagindo com o doente» e que «durante a noite é possível captar o registo dos sensores, mas também imagem que ajuda em situações de sonambulismo, agressividade ou falar durante o sono».
Os sensores colocados no doente são respiratórios, cardíacos, de saturação de oxigénio, bem como sensores de eletroencefalograma que permitem ver as fases do sono.
Com a passagem do estudo para o domicílio, diminuiu-se «de forma drástica» o tempo médio de espera para primeira consulta de Patologia Respiratória do Sono no CHUSJ, que está agora em 56 dias.
Em 2021, o Centro de Responsabilidade Integrado de Sono e Ventilação não Invasiva do CHUSJ fez 3.100 primeiras consultas de Patologia Respiratória do Sono e 8.400 consultas subsequentes, o que corresponde a um aumento em mais de 20% do número de consultas em comparação com 2020.
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INEM | Informação Antivenenos
Centro de Informação recebeu mais de 25 mil consultas em 2021
O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recebeu 25.574 consultas telefónicas em 2021, menos 1.713 do que em 2020.
De acordo com dados do CIAV, nos últimos dois anos verificou-se uma redução no número de consultas recebidas, «eventualmente relacionada com a pandemia por SARS-CoV2 e os períodos de confinamento daí decorrentes».
Em 2021, o CIAV recebeu 25.574 consultas, das quais 24.400 (95,40%) correspondem a uma exposição a um potencial tóxico, correspondendo as restantes 1.174 (4,60%) a pedidos de pareceres técnicos, dados estatísticos ou informações na área da toxicologia.
A maioria das consultas recebidas foram referentes a adultos, num total de 15.429 (63%), e 635 envolveram mulheres. De acordo com o INEM, 8.429 consultas envolveram crianças, correspondendo 62% a menores de 5 anos.
Os dados estatísticos indicam que a maior parte dos casos (61,5%) resultou de uma exposição não intencional. A esmagadora maioria das situações resultaram de uma exposição por via digestiva, correspondente a 80,53% do total, e 9.762 adultos e 5.248 crianças tiveram uma exposição a medicamentos.
Os dados mostram também que 6.575 adultos e 3.201 crianças entraram em contacto com produtos químicos de utilização doméstica, nomeadamente a lixívia, que representou 15,86% das exposições. Já os produtos biocidas tiveram maior expressão nas crianças, com 325 casos.
O INEM indica ainda que, no momento do contacto com o CIAV, 12.279 dos casos apresentavam sintomas e a esmagadora maioria (94%) tinham sintomas ligeiros. Entre os sintomas apresentados, metade correspondiam ao foro neurológico, seguindo-se do foro digestivo (25%). Em 47,78% dos casos foi possível resolver a situação no local através da chamada telefónica para o CIAV sem necessidade de recorrer a uma unidade de saúde.
O CIAV é o único centro de intoxicações existente em Portugal que recebe chamadas de qualquer ponto do país, percorrendo transversalmente todos os escalões etários e os mais variados produtos ou substâncias. Está disponível através do número telefónico gratuito 800 250 250 e funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano.
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INEM > Notícias
Escolas vão receber 100 mil kits de saúde oral – DGS
As escolas do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo vão, mais uma vez, receber 100 mil kits de higiene oral para distribuir pelos alunos do jardim de infância e do 1.º Ciclo. O projeto surge no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) da Direção-Geral da Saúde (DGS) e integra-se no Projeto SOBE+ (Saúde Oral Bibliotecas Escolares).
No Dia Mundial da Saúde Oral, que se assinala a 20 de março, a DGS faz um balanço da atividade, nomeadamente do projeto “Escovar na Escola”, que prevê, entre outras iniciativas, a distribuição dos kits, constituídos por dentífrico e escova, dentro de um copo com tampa, para as crianças escovarem os dentes na escola.
Podem concorrer ao projeto todas as instituições escolares da rede pública, privada e social. Para isso, basta que apresentem um projeto de promoção da saúde oral que inclua a escovagem diária dos dentes, realizada em ambiente escolar, e em parceria com unidades de saúde do SNS (equipas de saúde oral e/ou saúde escolar). Ao abrigo do projeto, que promove a escovagem dos dentes nos jardins-de-infância e nas escolas, foram disponibilizados mais de um milhão de kits nos últimos anos.
Em contexto escolar, são recomendadas diversas outras práticas promotoras da saúde e da literacia, como a adoção de uma alimentação equilibrada, tendo em atenção a necessária redução do consumo de alimentos e bebidas açucaradas, o bochecho com uma solução fluoretada no 1.º ciclo e a aplicação de vernizes de flúor às crianças que frequentam o jardim-de-infância.
Ainda no âmbito do Projeto SOBE+, está disponível, em formato digital, o livro “O meu espelho da saúde oral”, da autoria de Miguel Lopes Oliveira. O livro, disponível em SOBE+ e também nas bibliotecas da Rede de Bibliotecas Escolares, convida a uma autoavaliação da sua saúde oral, dando ainda a conhecer as doenças orais e as suas consequências e apresentando propostas de boas práticas em saúde.
O Projeto SOBE+, desenvolvido em parceria pela DGS, Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL2027), tem disponibilizado às bibliotecas da RBE vários materiais lúdico-pedagógicos (livros, filmes, jogos, músicas e outros).
Acesso a cuidados de saúde oral
O acesso a consultas de Estomatologia, Medicina Dentária e Higiene Oral tem sido reforçado, quer através da atribuição de cheques-dentista, quer através de referenciações para consulta de Medicina Dentária e de Higiene Oral nos centros de saúde que dispõem destes profissionais.
Os grupos que atualmente acedem a consulta de Higiene Oral no centro de saúde são as crianças e jovens com 4, 7, 10 e 13 anos. Os grupos com acesso a consulta de Estomatologia ou Medicina Dentária através da emissão de cheque-dentista são as grávidas, crianças e jovens de 2 aos 18 anos, os beneficiários do complemento solidário, os portadores de VIH/SIDA e utentes com lesões suspeitas de cancro oral.
Desde 2008, foram investidos mais de 190 milhões de euros destinados a 19,5 milhões de tratamentos dentários que abrangeram cerca de 4,7 milhões de utentes.
A taxa de utilização global dos cheques-dentista e das referenciações para consultas de higiene oral nos centros de saúde ronda os 70%, realçando-se que cerca de 60% dos tratamentos realizados a estes utentes foram preventivos.
Atualmente, mais de 5.700 médicos dentistas e estomatologistas atendem, em mais de 11.100 consultórios privados, os utentes do SNS portadores de cheque-dentista.
No SNS existem 110 higienistas orais a nível dos Cuidados de Saúde Primários e 138 gabinetes com consulta de Estomatologia/Medicina Dentária.
O Dia Mundial da Saúde Oral, instituído pela Federação Dentária Internacional (FDI), celebra-se no dia 20 de março, desde 2013, com o objetivo de dar visibilidade e reforçar a importância da manutenção da saúde oral ao longo da vida e do seu impacto na saúde geral. “Tem orgulho na tua Boca” é o lema adotado para o triénio 2021-2023, apelando à proatividade e responsabilidade de cada um em relação à sua própria saúde oral.
Estratégia sobre a evolução do RSE em debate – ACSS
A ACSS realiza no próximo dia 25 (sexta-feira), a partir das 14h30, um Webinar sobre o Registo de Saúde Eletrónico (RSE), destinado à apresentação e debate das diferentes perspetivas de desenvolvimento estratégico para os próximos três anos desta importante ferramenta digital.
A iniciativa tem o objetivo de ajudar a refletir sobre o modelo de informação que melhor poderá responder às necessidades existentes e futuras, através de uma abordagem pragmática, considerando os recursos de desenvolvimento disponíveis e os constrangimentos existentes em termos de sistemas de informação.
A estratégia para o desenvolvimento do RSE é coordenada pela ACSS.
O RSE permite o registo e partilha de informação clínica entre o utente, profissionais de saúde e entidades prestadoras de serviços de Saúde, de acordo com os requisitos da Comissão Nacional de Proteção de Dados. É constituído por diferentes âmbitos de interação que respondem a necessidades distintas e que devem, na sua abordagem de desenvolvimento, centrar-se no perfil de utilizador a que se destinam. As áreas disponíveis são “Área Pessoal”, “Área do Profissional” e “Área Institucional”.
Durante o Webinar serão partilhadas experiências e as diferentes visões de vários intervenientes na área da Saúde.
Consulte o programa e inscreva-se através do e-mail comunicacao@acss.min-saude.pt.
Publicado em 21/3/2022
Ministra da Coesão Territorial visita Instituto Ricardo Jorge
21-03-2022
A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve, dia 14 de março, no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa, com o objetivo de conhecer um pouco melhor a atividade desenvolvida pelo INSA, nomeadamente o papel desempenhado pelo Instituto no combate à pandemia de COVID-19 ao longo dos últimos dois anos. A governante visitou alguns dos laboratórios dos departamentos de Alimentação e Nutrição, de Doenças Infeciosas e de Genética Humana e esteve reunida com o Conselho Diretivo e quadros dirigentes da instituição.
Além de ter visitado o Laboratório de Química dos Alimentos do Departamento de Alimentação e Nutrição, a Ministra da Coesão Territorial esteve também no Laboratório Nacional de Referência da Gripe e outros Vírus Respiratórios e no Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas. Ana Abrunhosa conheceu ainda a Unidade de Tecnologia e Inovação do Departamento de Genética Humana, com particular destaque o trabalho desenvolvido ao nível da sequenciação genómica do vírus SARS-CoV-2.
Antes disso, a governante esteve reunida com o Conselho Diretivo do INSA, quadros dirigentes e coordenadores dos seis departamentos técnico-científicos do Instituto, onde teve a oportunidade de conhecer os intervenientes e as principais responsabilidades asseguradas pelas diferentes áreas e unidades da instituição no cumprimento da sua tripla missão como laboratório do Estado no setor da saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde.
Fundado em 1899 pelo médico e humanista Ricardo Jorge, como braço laboratorial do sistema de saúde português, o Instituto Ricardo Jorge tem por missão contribuir para ganhos em saúde pública, para a definição de políticas de saúde e para o aumento da qualidade de vida da população. Dispõe de unidades operativas na sua sede em Lisboa, em centros no Porto (Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira) e em Águas de Moura (Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas Doutor Francisco Cambournac).