Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 26-04-2022 – INSA
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 33.101 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 304 concelhos de Portugal.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 522 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 138 concelhos por semana.
Segundo o relatório do INSA, a frequência relativa da linhagem BA.1 atingiu um máximo na semana 2 (95,6%, 10 a 16 de janeiro), altura em que iniciou uma tendência decrescente. Esta linhagem regista uma frequência relativa por sequenciação de 2,5% na semana 15 (11 a 17 de abril; dados em apuramento), não sendo possível estimar a frequência atual da linhagem através da avaliação da proporção de amostras positivas com “falha” na deteção do gene S (SGTF – S gene target failure), uma vez que co-circula outra linhagem com este perfil.
De acordo com a proporção de amostras positivas não-SGTF (perfil indicador de caso provável de Omicron BA.2), estima-se que a linhagem BA.2 representou 86,9% das amostras positivas ao dia 25 de abril. Entre a elevada diversidade genética atualmente existente entre as sequências BA.2 destaca-se a recente deteção de um cluster caracterizado pela mutação adicional L452R na proteína Spike, tendo sido já detetada em quatro regiões (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo), num total de 17 concelhos. Representou 4,0% das sequências analisadas na semana 15 (dados em apuramento). Em relação à linhagem BA.3 não foi detetado qualquer caso em Portugal desde a semana 11.
O documento indica também que, recentemente, foram classificadas duas novas linhagens da variante Omicron, BA.4 e BA.5, tendo esta última linhagem (BA.5) sido detetada em Portugal pela primeira vez na semana 13 e apresentando atualmente uma frequência relativa crescente de >3% na amostragem nacional das semanas 14 e 15 (4 a 17 de abril de 2022; dados em apuramento). Circula com maior intensidade nas regiões Norte, Centro e Alentejo, onde representou >4% das sequências analisadas na semana 15 (dados em apuramento). Até à data, não foi detetado qualquer caso BA.4 em Portugal.
O relatório do INSA refere ainda que, em Portugal, os poucos vírus recombinantes identificados, até ao momento, foram detetados em casos esporádicos nas amostragens aleatórias semanais. Entre estes, destacam-se casos associados aos recombinantes com as designações internacionais “XM”, “XN”, “XE” e “XH”, sendo que todos são caracterizados por um perfil genético híbrido em que uma parte inicial do genoma corresponde à linhagem BA.1 e o restante à linhagem BA.2. Não existe evidência de que apresentem diferenças funcionais (ex., diferenças de transmissibilidade ou de evasão do sistema imunitário) em relação às linhagens parentais BA.1 e BA.2.
Novo Balcão SNS 24
Freguesia de Cardosas, em Arruda dos Vinhos, com novo serviço
Entrou em funcionamento, no dia 25 de abril, o Balcão SNS 24 localizado na Junta de Freguesia de Cardosas, no concelho de Arruda dos Vinhos.
Com o apoio de mediadores digitais, e de forma segura, eficiente e mais próxima, os serviços podem ser prestados através de acesso facilitado ou acesso mediado, permitindo, por exemplo, marcar consultas, renovar medicação crónica, realizar uma teleconsulta, entre outros serviços.
Qualquer pessoa pode recorrer a estes balcões se necessitar de aceder aos serviços digitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sobretudo quem tem pouca literacia digital, sem acesso a equipamentos tecnológicos ou à internet e sem condições ou competências necessárias para aceder remotamente aos serviços de saúde disponibilizados pelo SNS.
Esta iniciativa resulta da parceria entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, municípios, juntas de freguesia e agrupamentos de centros de saúde.
Para saber mais, consulte:
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Cancro Hereditário do Ovário
IPO Lisboa promove ação de formação, a decorrer no dia 9 de maio
No âmbito do Dia Internacional do Cancro do Ovário, que se assinala no dia 8 de maio, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) vai realizar uma formação presencial dedicada ao «Cancro Hereditário do Ovário» no dia 9 de maio.
A sessão é organizada pelo Serviço de Ginecologia, em colaboração com a Clínica de Risco Familiar, e destina-se a especialistas e internos de Medicina Geral e Familiar e de Ginecologia/Obstetrícia. A inscrição é gratuita, mas obrigatória, sujeita à lotação do anfiteatro do IPO Lisboa.
A formação realiza-se da parte da manhã, estando dividida em dois blocos: «Mutações genéticas associadas ao cancro do ovário» e «O que há para oferecer».
Para saber mais, consulte:
IPO Lisboa > Formação sobre «Cancro Hereditário do Ovário»
Dia Mundial para a Segurança e Saúde do Trabalho
No dia 28 de abril, celebra-se o Dia Mundial para a Segurança e Saúde do Trabalho (World Day for Safety and Health at Work), uma comemoração que tem como objetivo sensibilizar para a necessidade de reduzir e prevenir acidentes de trabalho e doenças profissionais a nível mundial.
A Direção-Geral da Saúde associa-se a esta iniciativa que pretende alertar a comunidade internacional para os riscos profissionais e robustecer os Serviços de Saúde e Segurança do Trabalho/Saúde Ocupacional (SST/SO), assim como promover a saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores.
O tema deste ano incide sobre a atuação conjunta assente na participação ativa dos vários stakeholders e no diálogo social para a criação de uma cultura positiva de SST/SO. À medida que a crise pandémica de saúde pública vai sendo ultrapassada, mostra-se fundamental avançar para a construção de uma cultura positiva de SST/SO, que inclua a participação ativa dos órgãos de gestão e soberania, empregadores, trabalhadores, sindicatos, agentes de saúde pública e de outros intervenientes, cruciais para promover ambientes de trabalho saudáveis e salvaguardar a segurança e a saúde dos trabalhadores. Estes são os principais pontos abordados no relatório publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), “Enhancing social dialogue towards a culture of safety and health: What have we learned from the COVID-19 crisis?”.