COVID19 |Relatório de Situação Semanal nº 749 | 10/05/2022 a 16/05/2022 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL | Relatório de Situação Semanal
Covid-19 | Novas orientações
DGS atualiza procedimentos para termas e consultórios dentários
Os utentes de estabelecimentos termais maiores de 10 anos têm de usar máscaras em todos os espaços, só a podendo remover no gabinete de consulta ou no decorrer dos tratamentos, segundo uma orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgada quinta-feira, dia 19 de maio.
No documento «Covid-19: Estabelecimentos Termais», a DGS recomenda a utilização de «equipamentos de proteção individual (EPI), tais como máscaras cirúrgicas ou FFP2, para qualquer pessoa com idade superior a 10 anos», que deve «ser usada em todo o estabelecimento termal, incluindo na sala de espera ou na receção, só a podendo remover quando o utente estiver no gabinete de consulta e no decorrer dos tratamentos termais».
A orientação refere ainda que os estabelecimentos termais devem privilegiar «a marcação prévia das consultas e dos tratamentos termais de forma não presencial, organizando horários ajustados e circuitos de forma a evitar ter utentes aglomerados em áreas comuns como sejam a receção, a sala de espera, as salas de repouso ou os vestiários», bem como garantir «uma ventilação adequada de todos os espaços, privilegiando a ventilação natural».
Os estabelecimentos termais «devem assegurar a existência das condições necessárias para adotar as medidas preventivas recomendadas», para a promoção das boas práticas de higiene das mãos.
Também no dia 19 de maio, a DGS atualizou a orientação «Covid-19: Procedimentos em Clínicas, Consultórios ou Serviços de Saúde Oral dos Cuidados de Saúde Primários, Setor Social e Privado», onde refere que «a máscara deve ser usada dentro do espaço de receção, sala de espera e nas zonas de circulação, só sendo removida quando o utente estiver no gabinete de consulta e for dada instrução para tal».
«Antes da realização da consulta deve ser feita uma triagem prévia, para que o utente seja avaliado quanto à presença de sintomas sugestivos de Covid-19», refere a DGS.
A DGS recomenda ainda que «sempre que possível» a consulta deve ser marcada previamente, de forma remota, para minimizar o número e permanência de doentes em sala de espera, assim como promover a renovação frequente do ar da sala de espera, através da abertura das janelas e das portas (exceto portas dos gabinetes de consulta que devem manter-se fechadas) ou através da utilização de aparelhos de ar condicionado com extração, submetidos a limpeza e manutenção, de acordo com as indicações do fabricante.
Para saber mais, consulte:
Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 – 18/05/2022 – INSA
20-05-2022
A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 10 de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19. O documento inclui diversos indicadores, nomeadamente a incidência a sete dias e o índice de transmissibilidade (R(t)), nacionais e por região de saúde, entre outros.
A epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, com tendência crescente. Para este aumento da incidência poderão ter contribuído fatores que incluem a redução da adesão a medidas não farmacológicas, o período de festividades e o considerável aumento de circulação de variantes com maior potencial de transmissão. O impacto nos internamentos apresenta uma tendência crescente, enquanto o impacto na mortalidade geral se mantém reduzido.
O aumento da incidência pode continuar a contribuir para uma maior procura de cuidados de saúde e o aumento da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço.
Do presente documento, destacam-se ainda os seguintes pontos:
- O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 1 529 casos, com tendência crescente a nível nacional e das regiões exceto a RA Madeira, que apresentou uma tendência estável;
- O R(t) apresenta um valor igual ou superior a 1 a nível nacional (1,23) e em todas as regiões, à exceção da Região Autónoma da Madeira, o que indica uma tendência crescente nestas regiões;
- O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência crescente, correspondendo a 32,9% (no período anterior em análise foi de 23,1%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas;
- A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,14 com tendência estável. Este valor é inferior aos observados em ondas anteriores, indicando uma menor gravidade da infeção do que a observada anteriormente;
- Estima-se que a linhagem BA.5 da variante Omicron já seja dominante em Portugal, registando uma frequência relativa estimada de 63,6% ao dia 15 de maio de 2022. Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária;
- A mortalidade específica por COVID-19 (32,5 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência crescente. A mortalidade por todas as causas encontra-se ainda dentro dos valores esperados para a época do ano, o que indica reduzido impacto da pandemia na mortalidade.
Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 | Relatório n.º 10 – 18/05/2022
Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 nº 10 – DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 9 de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19. O documento inclui diversos indicadores, nomeadamente a incidência a sete dias e o índice de transmissibilidade (R(t)), nacionais e por região de saúde, entre outros.
Da análise dos diferentes indicadores, a epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, com tendência crescente. Para este aumento da incidência poderão ter contribuído fatores que incluem a redução da adesão a medidas não farmacológicas, o período de festividades e o considerável aumento de circulação de variantes com maior potencial de transmissão. O impacto nos internamentos apresenta uma tendência crescente, enquanto o impacto na mortalidade geral se mantém reduzido. O aumento da incidência pode continuar a contribuir para uma maior procura de cuidados de saúde e o aumento da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço.
Do presente documento, destacam-se ainda os seguintes pontos:
- O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 1 529 casos, com tendência crescente a nível nacional e das regiões exceto a RA Madeira, que apresentou uma tendência estável.
- O R(t) apresenta um valor igual ou superior a 1 a nível nacional (1,23) e em todas as regiões, à exceção da região Autónoma da Madeira, o que indica uma tendência crescente nestas regiões.
- O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência crescente, correspondendo a 32,9% (no período anterior em análise foi de 23,1%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
- A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,14 com tendência estável. Este valor é inferior aos observados em ondas anteriores, indicando uma menor gravidade da infeção do que a observada anteriormente.
- Estima-se que a linhagem BA.5 da variante Omicron já seja dominante em Portugal, registando uma frequência relativa estimada de 63,6% ao dia 15 de maio de 2022. Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária.
- A mortalidade específica por COVID-19 (32,5 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência crescente. A mortalidade por todas as causas encontra-se ainda dentro dos valores esperados para a época do ano, o que indica reduzido impacto da pandemia na mortalidade.
Covid-19 | Segunda dose de reforço
Mais de 12.600 idosos residentes em lares já foram vacinados
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou esta sexta-feira, dia 20 de maio, que já foram vacinadas mais de 12.600 pessoas residentes em lares com o segundo reforço da vacina contra a Covid-19.
António Lacerda Sales falava à margem do I Encontro de Investigação Clínica que decorreu na Reitoria da Universidade do Porto.
“Estão mais de 12.600 pessoas vacinadas nas estruturas residenciais para idosos. Vamos com certeza acelerar este processo. Estamos a vacinar pessoas com mais de 80 anos que estão a ser chamadas aos centros de vacinação”, afirmou António Lacerda Sales, mostrando-se confiante na evolução deste processo.
De acordo com o governante, haverá uma aceleração do processo a fim de que haja “um verão mais tranquilo, sem pressão” e, quando questionado, se no imediato, o processo de vacinação incluiria os profissionais de saúde, admitiu essa possibilidade, mas “só depois do verão”.
Recorde-se que, a reunião na quarta-feira com os peritos, António Lacerda Sales revelou que saiu a vontade de “reforçar e sensibilizar a população para um nível de responsabilização individual que as populações e as pessoas devem ter sobre as medidas que têm a ver com infeção”.
“Acreditamos muito na nossa população, no seu nível de responsabilidade individual e da autoavaliação do risco que cada um faz”, acrescentou o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
Para o governante, a doença tem um “nível intermédio de sintomatologia que não é, sequer, comparável com o passado inverno, de janeiro e fevereiro onde, de facto, a gravidade e a necessidade de recorrer a cuidados intensivos era grande”.
23 casos confirmados de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que foram confirmados mais nove casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, 23 casos confirmados. Aguardam-se resultados relativamente a outras amostras.
Os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), esta quinta-feira, dia 19, ao final do dia. Entre as amostras disponíveis, foi identificada ontem, através de sequenciação, a clade (subgrupo do vírus) da África Ocidental, que é a menos agressiva.
Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis e em ambulatório. Estão em curso os inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos.
Os indivíduos que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico.
Reforçam-se as medidas a implementar perante sintomas suspeitos, devendo os indivíduos abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
Programa Nacional de Saúde Ocupacional | Relatório Final do PNSOC: Extensão 2018/2020 – DGS
A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional de Saúde Ocupacional (PNSOC), publica o “Relatório Final do PNSOC: Extensão 2018/2020” que sistematiza o trabalho realizado nas 29 ações programadas, assim como evidencia os principais resultados alcançados entre os anos 2018 e 2021.
No Relatório são realçados os principais constrangimentos ao desenvolvimento do PNSOC, o progresso alcançado e a definição de algumas linhas de orientação futura para a continuidade do PNSOC.
De salientar que o PNSOC teve início no ano 2009, encontrando-se em elaboração um novo ciclo programático, visando a prevenção dos riscos profissionais, a proteção e promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores e a capacidade de trabalho ao longo da vida profissional.
CHUSJ | Colheita de órgãos
São João mais do que duplica colheitas para transplante em 2021
O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, mais do que duplicou em 2021 o número de colheitas de órgãos para transplante, comparativamente com o ano anterior.
De acordo com dados que comparam 2020 e 2021, o CHUSJ registou um aumento superior a 104%, passando de 25 para 51 órgãos, e a maior colheita verificou-se no grupo de dadores em morte cerebral (38). Já as colheitas em dadores em morte circulatória não controlada (13) refletem o período de interrupção da atividade devido à Covid-19.
No CHUSJ fazem-se transplantes de rim e coração, bem como de tecidos (córneas e células hematopoiéticas). A colheita de outros órgãos beneficia outros centros hospitalares nos quais são feitos outro tipo de transplantes. Além dos doentes do CHUSJ, são referenciados para este hospital dadores dos chamados «hospitais afiliados»: Pedro Hispano (em Matosinhos), Penafiel e Viana do Castelo.
Em 2021, o CHUSJ registou «o maior número de transplantes de órgãos dos últimos anos» com 98 transplantes. O aumento registado face a 2020 (mais 57) deriva quase na totalidade do transplante renal, cujo peso representa 87% do total de órgãos transplantados. Dos 85 transplantes de rim realizados, cinco dos quais foram de dador vivo.
Já o serviço de cirurgia cardiotorácica realizou 13 transplantes cardíacos, para os quais contribuíram sete dadores de colheitas feitas no CHUSJ e seis dos hospitais afiliados.
No que se refere ao transplante de tecidos, o acréscimo foi de mais 43,8% face a 2020, com mais expressão no transplante de córneas (mais 65%).
Para saber mais, consulte:
Prevenção da Violência no Setor da Saúde
Curso de formação para forças de segurança decorre a 30 de maio
O Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde, em parceria com o Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde (PAPVSS) vai levar a cabo o curso “Prevenção da Violência no Setor da Saúde”, parceria entre Ministério da Saúde e GNR dirigida aos seus profissionais.
A formação, que se realiza no dia 30 de maio, em formato virtual, desenvolve-se em articulação com a Guarda Nacional Republicana (GNR), tem como destinatários a rede de pontos de contacto desta força de segurança e visa potenciar sinergias e a articulação entre as forças de segurança e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), de forma a estabelecer respostas protetivas, céleres e eficazes em situações de violência no Setor da Saúde.
O PAPVSS, integrado no Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida e coordenado a partir da Direção-Geral da Saúde (DGS), foi aprovado pela Resolução de Conselho de Ministro nº 1/2022, de 5 de janeiro. Preconiza o policiamento de proximidade e programas especiais de polícia destinados a prevenir a criminalidade nos serviços de saúde, pelo que esta articulação com a GNR é fundamental.
Luta Contra a Obesidade
Dia Nacional assinala-se a 21 de maio e visa sensibilizar a população
Celebra-se a 21 de maio o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, que visa sensibilizar a população para o problema da obesidade e das doenças associadas, bem como das consequências para a saúde.
A efeméride, assinalada no penúltimo sábado do mês de maio, tem também como objetivos promover a prática de exercício físico para prevenir o aumento da obesidade e incentivar a adoção de hábitos alimentares saudáveis.
Em Portugal, o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) assinala Dia Nacional de Luta contra a Obesidade, no dia 22 de maio, com a organização da caminhada “Pela Nossa Saúde”, pelo Eco-Trilho da Vala, em Tomar, que vai contar com cerca de duas centenas de participantes que se inscreveram nesta atividade.
A partir das 9h30, os Profissionais de Saúde do CHMT vão realizar rastreio de Diabetes aos participantes no ponto de encontro (portão da Fábrica de Fiação). Vai ser realizada uma aula de ginástica ao ar livre e oferecido um lanche saudável.
Para saber mais, consulte:
CHMT > Notícias
Hoje assinala-se o Dia Internacional dos Ensaios Clínicos – Infarmed
20 mai 2022
O dia 20 de maio está associado à data em que terá sido realizado aquele que é considerado o primeiro ensaio clínico randomizado, em 1747, pelo médico escocês James Lind, a bordo de um navio da Marinha Real Britânica que patrulhava o Canal da Mancha, para investigar o tratamento de escorbuto, que afetava mais marinheiros britânicos do que franceses e espanhóis.
Este dia é comemorado um pouco por todo o mundo, por várias organizações, desde as autoridades reguladoras aos promotores.
Assista ao vídeo produzido pela Agência Europeia dos Medicamentos neste âmbito: “Ensaios Clínicos na União Europeia”.
Dia Internacional dos Ensaios Clínicos – ACSS
Assinala-se hoje o Dia Internacional do Ensaio Clínico, uma área que em Portugal tem registado um crescimento exponencial, sendo que os números de ensaios clínicos autorizados passaram de 87 para 144 nos últimos 5 anos. Estes dados evidenciam o interesse crescente nesta área e refletem o trabalho de vários profissionais de saúde em todo o país.
Para o presidente da ACSS, Victor Herdeiro, o nosso país tem todas as condições para ser um “setor premium nacional” nesta área. Os ensaios clínicos são decisivos para retermos talento, desenvolvermos investigação de vanguarda e garantir a inovação terapêutica aos doentes.
Segundo os dados do Infarmed, em Portugal a área da investigação clínica tem tido um crescimento exponencial, sendo que os números de ensaios clínicos autorizados, nos últimos 5 anos, passaram de 87 para 144 . Estes dados evidenciam o interesse crescente nesta área e refletem o trabalho de vários profissionais de saúde em todo o país.
Saiba mais sobre ensaios clínicos em
https://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/medicamentos-uso-humano/ensaios-clinicos
Publicado em 20/5/2022
SEAS | Investigação Clínica
Governo quer duplicar Ensaios Clínicos até ao final da legislatura
“A área governativa da Saúde assume a ambição de duplicar o número de ensaios clínicos realizados em Portugal até ao final desta legislatura”, anunciou o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, esta quinta-feira, dia 19 de maio, no Porto.
Na sessão de encerramento da conferência “Dia Internacional dos Ensaios Clínicos – Investigação Clínica em Portugal”, António Lacerda Sales defendeu que “o país tem incrementando a atratividade para o desenvolvimento de novos projetos de investigação, criando valor para os doentes, para quem investe em Portugal e para o nosso país. “Aumentou o número de ensaios clínicos autorizados em Portugal na última década e entre 40 a 50% dos ensaios envolveram medicamentos dirigidos à doença oncológica”, disse.
“A ciência vive de pequenas conquistas. Mas precisamos de mais”, admitiu Lacerda Sales, para apresentar em seguida os objetivos: priorizar o investimento em I&D, atrair investimento farmacêutico, aumentar o número de ensaios clínicos e a taxa de recrutamento de doentes, e apostar na literacia em saúde da população.
Lacerda Sales salientou que esta aposta permitirá “reforçar a estrutura de unidades de I&D, públicas e privadas, e valorizar a inovação”, conduzindo à promoção da investigação em Saúde, “em benefício do doente, ao mesmo tempo que contribuímos para a economia de Portugal”, reforçou.
No final da intervenção, o governante agradeceu aos promotores da iniciativa, salientando que “este é um caminho que só pode ser feito com o apoio e a colaboração das entidades” que constituem “uma verdadeira parceria estratégica”, numa referência à Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica, à Fundação para a Ciência e a Tecnologia, à Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, à Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica e ao Health Cluster Portugal.
Delegação do Parlamento do Estado Federado da Saxónia visita Instituto Ricardo Jorge
20-05-2022
Uma comitiva composta por um grupo de quinze deputados da Comissão dos Assuntos Sociais e da Coesão Social do Parlamento do Estado Federado da Saxónia visitou, dia 17 de maio, as instalações do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) com o objetivo de partilhar informações e experiências sobre a gestão da pandemia de COVID-19. Além da reunião de trabalho no INSA, a delegação teve também a oportunidade de se encontrar com o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, no Ministério da Saúde.
Por solicitação da Embaixada Alemã em Portugal, a delegação chefiada pela deputada Susanne Schaper, e que contou com a presença da Ministra do Governo Regional da Saxónia, Petra Köpping, esteve em Lisboa para abordar com especialistas do INSA temas como o controlo da pandemia, a taxa de sucesso de vacinação, o impacto da COVID-19 na população mais desprotegida, os possíveis problemas como a pobreza e desigualdades que daí advêm e ainda a abordagem de programas de coesão e integração social para mitigar os efeitos da pandemia na sociedade.
Após a reunião de trabalho, a comitiva aproveitou ainda para realizar uma breve visita ao Departamento de Doenças Infeciosas, com especial enfoque no Laboratório Nacional de Referência para o vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, e ao Departamento de Genética Humana, mais concretamente à Unidade de Tecnologia e Inovação, para um contacto mais aprofundado com o trabalho desenvolvido no INSA na área da sequenciação genómica do SARS-CoV-2.
No final da visita, a deputada Susanne Schaper considerou “muito interessante a troca de informações e de experiências ao nível da gestão da pandemia”, acrescentando que “há muitas experiências semelhantes em Portugal e na Alemanha”, e que no INSA puderam “aprender muito sobre a cooperação interinstitucional e a importância da digitalização”, além de ter sido “extremamente útil ver como é feito o trabalho de prevenção, bem como a quota de vacinados em Portugal, que está bem acima do que acontece na Alemanha”.
Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Ricardo Jorge colabora em eventos sobre obesidade na Macedónia do Norte
20-05-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, enquanto Centro Colaborativo da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Nutrição e Obesidade Infantil (CC/OMS), colaborou em duas iniciativas sobre obesidade que decorreram na Macedónia do Norte, promovidas pelo Gabinete Europeu das Doenças Não Transmissíveis da OMS-Europa. A participação do INSA foi assegurada pela investigadora Ana Rito, em representação do CC/OMS.
Intitulado “Prevenção e tratamento de obesidade infantil”, o primeiro evento realizou-se nos dias 16 e 17 de maio, em Escópia, enquanto que no dia 19 teve lugar o evento “Iniciando o diálogo politico em obesidade nos países Balcãs Ocidentais”. Estas ações, que reuniram investigadores de vários países, entre os quais a Albânia, Macedónia do Norte, Bósnia-Herzegovina, Kosovo e Montenegro, contaram ainda com a presença de altos representantes da OMS e representantes políticos dos vários países.
O apoio do CC/OMS do INSA a estes eventos foi fundamental para a partilha dos seus trabalhos e estudos em curso, principalmente aquele que conduz em 30 países da Europa sobre o impacto da pandemia por “COVID-19 no estado nutricional infantil”. O Departamento de Alimentação e Nutrição do INSA é, desde julho de 2015, CC/OMS para a Nutrição e Obesidade Infantil.
Esta colaboração estende-se a várias áreas de trabalho, sobretudo ao nível da vigilância e prevenção, e inclui ações de vigilância do estado nutricional infantil e divulgação de resultados nesta área, a organização de eventos técnico-científicos relacionados com a obesidade infantil e a monitorização da ingestão alimentar e da composição de alimentos, entre outras iniciativas.
Prevê ações de vigilância do estado nutricional infantil e divulgação de resultados nesta área, a organização de eventos técnico-científicos relacionados com a obesidade infantil, além de apoiar na identificação e divulgação de programas de base comunitária a nível nacional com base na Rede Internacional de Cidades Saudáveis da OMS. O contributo para a monitorização e estudo do marketing alimentar dirigido a menores em Portugal e outros países do sul da Europa é também uma componente forte desta colaboração.