Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 – 01/06/2022 – INSA
03-06-2022
A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 12 de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19. O documento inclui diversos indicadores, nomeadamente a incidência a sete dias e o índice de transmissibilidade (R(t)), nacionais e por região de saúde, entre outros.
A epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com inversão da tendência crescente que se vinha a observar nas últimas semanas. O impacto nos internamentos e a mortalidade específica por COVID-19 mantêm uma tendência crescente. É expectável o aumento da procura de cuidados de saúde e da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço.
Às 00:00 de 18 de maio de 2022 entrou em vigor a contabilização dos episódios de suspeita de reinfeção, com a atualização retrospetiva dos casos acumulados. Os novos casos passam a incluir todos os episódios de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19. Os indicadores apresentados neste relatório refletem esta atualização.
Do presente documento, destacam-se ainda os seguintes pontos:
- O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 1 707 casos, com tendência estável a nível nacional. A RA Açores, RA Madeira e a região de LVT apresentaram uma tendência crescente e as restantes regiões de saúde apresentaram uma tendência estável;
- O R(t) apresenta um valor igual a 1 a nível nacional (1,00), o que indica uma estabilização da tendência;
- O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência crescente, correspondendo a 42,0% (no período anterior em análise foi de 38,8%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas;
- A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,09, indicando uma menor gravidade da infeção quando comparada com ondas de COVID-19 anteriores, e semelhante à observada desde o início de 2022;
- A linhagem BA.5 da variante Omicron é dominante em Portugal, registando uma frequência relativa estimada de 87% no dia 30 de maio de 2022. Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária;
- A mortalidade específica por COVID-19 (43,9 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência crescente. Observa-se um excesso de mortalidade por todas as causas associado ao aumento da mortalidade específica por COVID-19.
Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 | Relatório n.º 12 – 01/06/2022
Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 nº 12 – DGS
A epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com inversão da tendência crescente que se vinha a observar nas últimas semanas. O impacto nos internamentos e a mortalidade específica por COVID-19 mantêm uma tendência crescente. É expectável o aumento da procura de cuidados de saúde e da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço.
Às 00:00 de 18 de maio de 2022 entrou em vigor a contabilização dos episódios de suspeita de reinfeção, com a atualização retrospetiva dos casos acumulados. Os novos casos passam a incluir todos os episódios de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19. Os indicadores apresentados neste relatório refletem esta atualização.
Do presente documento, destacam-se ainda os seguintes pontos:
- O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 1 707 casos, com tendência estável a nível nacional. A RA Açores, RA Madeira e a região de LVT apresentaram uma tendência crescente e as restantes regiões de saúde apresentaram uma tendência estável;
- O R(t) apresenta um valor igual a 1 a nível nacional (1,00), o que indica uma estabilização da tendência;
- O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência crescente, correspondendo a 42,0% (no período anterior em análise foi de 38,8%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas;
- A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,09, indicando uma menor gravidade da infeção quando comparada com ondas de COVID-19 anteriores, e semelhante à observada desde o início de 2022;
- A linhagem BA.5 da variante Omicron é dominante em Portugal, registando uma frequência relativa estimada de 87% no dia 30 de maio de 2022. Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária;
- A mortalidade específica por COVID-19 (43,9 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência crescente. Observa-se um excesso de mortalidade por todas as causas associado ao aumento da mortalidade específica por COVID-19.
COVID19 |Relatório de Situação Semanal nº 510 | 24/05/2022 a 30/05/2022 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL | Relatório de Situação Semanal
Orientação nº 002/2017 de 20/01/2017 atualizada a 03/06/2022 – DGS
Preparação e Condução de Auditorias da Qualidade e Segurança da Prestação de Cuidados de Saúde
143 casos confirmados de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal
A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirma mais 5 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, um total de 143 casos. A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve. Todos as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis. A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
Suspensão imediata da comercialização de vários lotes do dispositivo médico Paranix Champô Extra Forte – Infarmed
Circular Informativa N.º 055/CD/550.20.001 de 27/05/2022
Para: Divulgação geral
Tipo de alerta: dm
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
03 jun 2022
No âmbito de uma ação de fiscalização, foi identificada a disponibilização no mercado nacional de três lotes do dispositivo médico Paranix Champô Extra Forte, do fabricante Omega Pharma International NV, distribuídos pela empresa Perrigo Portugal, Lda. cuja data de validade apresentava uma etiqueta autocolante que cobria e alterava o prazo de validade impresso na rotulagem do produto.
Apesar de o fabricante ter apresentado evidência técnico-científica que suporta o novo prazo de validade mais alargado, os lotes em questão encontram-se em situação irregular uma vez que a informação relativa do prazo de validade deve ser inequívoca e indelével por se tratar de aspeto crítico do ponto de vista de segurança e desempenho para o utilizador. Neste sentido, a empresa Perrigo Portugal, Lda. suspendeu de imediato e de forma voluntária a venda das unidades do produto, dos lotes afetados, que ainda dispunha em stock.
Assim, o Infarmed ordena a imediata suspensão da comercialização dos lotes D0250121/R, D0250131/R e L9251221/R do dispositivo médico Paranix Champô Extra Forte que à data ainda se encontrem em stock.
Poderão ser escoados e utilizados os produtos que já se encontrem no restante circuito de comercialização.
Para obtenção de informações e esclarecimentos adicionais, deverá ser contactada a empresa Perrigo Portugal, Lda.
O Vice-Presidente do Conselho Diretivo
António Faria Vaz
812 doentes assistidos nos três anos de funcionamento da Unidade
Em funcionamento há três anos, a Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Centro Hospitalar do Oeste (CHOste) já prestou cuidados de saúde no domicílio a um total de 812 doentes, libertando 8.628 dias de internamento convencional no hospital.
Foram realizadas 15.832 visitas, tendo sido percorridos 242.803 quilómetros pelos concelhos da área de influência do CHOeste.
Dos 812 doentes assistidos no domicílio, registou-se uma demora média de 10,7 dias no internamento. São referenciados para a UHD doentes internados no CHOeste, ou provenientes do Serviço de Urgência e da Consulta Externa, assim como dos cuidados de saúde primários.
A UDH tem em funcionamento duas equipas, uma na Unidade Hospitalar de Caldas da Rainha e outra na Unidade Hospitalar de Torres Vedras. As equipas, constituídas por médicos, enfermeiros, uma assistente técnica, uma gestora, uma assistente social, uma farmacêutica, e uma nutricionista, têm a cargo uma lotação de 5 camas cada, traduzindo-se numa lotação total de 10 camas, que funcionam 24h por dia, 7 dias por semana.
Após três anos de atividade, o reconhecimento e o grau de satisfação por parte dos utentes e familiares são demonstrativos da relevância deste projeto na prestação de cuidados de saúde de proximidade aos utentes da região Oeste, para além da rentabilização da capacidade instada do hospital.
Para saber mais, consulte:
CHOeste > Notícias
CHULN vai integrar um projeto europeu para testar uma técnica inovadora
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), constituído pelos hospitais Santa Maria e Pulido Valente, vai integrar um projeto europeu para testar a aplicação clínica de uma técnica inovadora, denominada “radioterapia Flash”, em doentes com cancro de pele.
De acordo com o CHULN, único centro hospitalar português a integrar o consórcio internacional FLASHKNiFE, a “radioterapia Flash” permite realizar apenas uma sessão de tratamento em cada doente.
Com um orçamento total de 8,2 milhões de euros, o consórcio internacional pretende introduzir na prática clínica o novo equipamento de radioterapia que se distingue pela possibilidade de utilizar tecnologia Flash, permitindo uma “resposta radiobiológica inovadora”.
Para promover a aplicação clínica da radioterapia Flash, o Consórcio irá realizar a partir de 2023 um ensaio clínico multicêntrico em cancro da pele. Mais de 10 milhões de doentes são tratados anualmente em todo o mundo com recurso à radioterapia, uma ferramenta essencial para o tratamento do cancro, juntamente com a cirurgia e a quimioterapia.
No entanto, 30% a 40% dos doentes tratados são resistentes à radioterapia e os efeitos colaterais induzidos pela radiação limitam a dose de radiação administrada no tumor.
“O conceito da tecnologia Flash permite administrar uma elevada dose de radiação em microsegundos (400 vezes mais rápida do que a irradiação convencional), e observou-se redução da toxicidade em estudo pré-clinicos, sendo uma arma mais eficiente no tratamento do cancro”, destaca o CHULN.
O consórcio, cofinanciado pelo Instituto Europeu de Inovação & Tecnologia para a Saúde (EIT Health) e pelas instituições parceiras, está a desenvolver e testar um novo acelerador que pretende solucionar este desafio utilizando a radioterapia Flash.
Segundo o CHULN, o Consórcio reúne instituições de grande relevo em toda a Europa, as quais trabalharão nos próximos três anos para atingir este objetivo: PMB, Alcen, Institut Gustave Roussy, Centro Hospitalar Lisboa Norte, Universitätsklinikum Erlangen e ProductLife Group.
Para saber mais, consulte:
CHULN > Sala de imprensa
Interrupções da Gravidez por opção da mulher registam redução nos últimos dez anos – DGS
O número de Interrupções da Gravidez (IG) por opção da mulher tem diminuído de forma consistente desde 2011, tendo-se registado 11640 IG em 2021.
De acordo com o Relatório de Análise Preliminar dos Registos das Interrupções da Gravidez (2018-2021), que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje (dia 3 de junho), a IG por opção da mulher até às 10 semanas de gestação continua a ser o principal motivo de IG em todas as idades, sendo o segundo motivo mais representado a IG associada a grave doença ou malformação congénita do nasciturno.
A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a registar a maior percentagem de interrupções, que têm sido realizadas dentro dos tempos previstos na legislação. O tempo médio de espera para realizar uma IG por opção da mulher ronda os 6,4 dias (com uma mediana de 5 dias) e a idade gestacional mediana manteve-se nas 7 semanas.
O procedimento mais utilizado de IG por opção da mulher continuou a ser o medicamentoso e, nas unidades de saúde privadas, o método cirúrgico.
A idade mediana da mulher manteve-se nos 28 anos.
Número de IG foi o mais baixo dos últimos 15 anos
O número de Interrupções da Gravidez (IG) por opção da mulher tem diminuído de forma consistente desde 2011, tendo-se registado 11640 IG em 2021. O ano passado registou, os números mais baixos dos últimos 15 anos – desde que a IG foi aprovada.
De acordo com o Relatório de Análise Preliminar dos Registos das Interrupções da Gravidez (2018-2021), que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publica esta sexta-feira, dia 3 de junho, a IG por opção da mulher até às 10 semanas de gestação continua a ser o principal motivo de IG em todas as idades, sendo o segundo motivo mais representado a IG associada a grave doença ou malformação congénita do nasciturno.
O ano de 2021 contou com menos 15,5% (11.640) de interrupções voluntárias da gravidez (IVG) em Portugal face a 2020, ano em que o número já tinha descido.
A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a registar a maior percentagem de interrupções, que têm sido realizadas dentro dos tempos previstos na legislação. O tempo médio de espera para realizar uma IG por opção da mulher ronda os 6,4 dias (com uma mediana de 5 dias) e a idade gestacional mediana manteve-se nas 7 semanas.
Segundo a DGS, o procedimento mais utilizado de IG por opção da mulher continuou a ser o medicamentoso e, nas unidades de saúde privadas, o método cirúrgico.
Consulte:
Direção-Geral da Saúde > Relatório sobre Interrupção da Gravidez- 2018-2021
Instituto Ricardo Jorge organiza workshop internacional sobre Modelos de Economia da Saúde
03-06-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças não Transmissíveis (DPS), promoveu, nos dias 23 e 24 de maio, o primeiro workshop “1+MG Health Economics and Outcomes Research” (HEOR). Organizado pelo projeto “Beyond 1 Million Genomes” (B1MG), mais concretamente pelo workpackage Delivering Personalised Medicine cross-borders: Implementation in Healthcare Systems and Societal Impact, coordenado pelo DPS, este evento teve como principal objetivo promover a discussão em torno da harmonização dos modelos económicos para implementação da medicina genómica nos serviços de saúde.
Dirigido a peritos que colaboram com o projeto B1MG nesta área, o workshop decorreu em formato híbrido e contou com a colaboração dos parceiros internacionais Lygature e Elixir. Estiveram presentes um total de 12 peritos europeus que partilharam experiências de identificação de benefícios da medicina genómica para os doentes, nomeadamente na melhoria do acesso a terapias inovadoras de base genética para tratamento de cancro, antecipação e melhoria do diagnóstico de doenças raras, incorporação de estimativas de risco para o desenvolvimento de doenças complexas para aplicação de medidas preventivas, e a utilização da farmacogenómica como ferramenta para promover a utilização racional e segura de medicamentos e evitar reações adversas.
A ausência de harmonização relativamente aos modelos de financiamento e reembolso e de cálculo custo-benefício entre os países europeus constitui atualmente uma barreira ao acesso equitativo à medicina genómica pelos cidadãos europeus e, consequentemente, ao usufruto dos seus amplos benefícios. Neste sentido, foi elaborado neste workshop um conjunto de recomendações a transmitir à Comissão Europeia (CE) com vista a incentivar a promoção da avaliação económica, a análise de custos-benefícios e impactos societais e a aplicação de testes genómicos a nível europeu. Estas recomendações têm como objetivo reduzir as desigualdades verificadas entre os cidadãos europeus no acesso à medicina genómica.
O projeto B1MG é uma Ação de Coordenação e Suporte, financiada pela CE, para apoiar a iniciativa europeia 1+Million Genomes no desenvolvimento de uma rede de dados genómicos e clínicos de pelo menos 1 milhão de cidadãos europeus. Esta iniciativa pretende contribuir para a investigação com impacto clínico, e promover o acesso equitativo a abordagens de medicina personalizada no espaço europeu.