Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 28-06-2022 – INSA
28-06-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 37.605 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 304 concelhos de Portugal.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm vindo a ser analisadas uma média de 514 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 139 concelhos por semana.
Segundo o relatório do INSA, as amostragens semanais por sequenciação, juntamente com a avaliação diária da proporção de amostras com perfil SGTF, têm mostrado que, após a sua primeira deteção na semana 13 (28 de março a 3 de abril), a linhagem BA.5 tem apresentado uma frequência relativa marcadamente crescente, sendo dominante em Portugal desde a semana 19 (9 a 15 de maio), apresentando uma frequência relativa de 94,8% de acordo com a amostragem aleatória por sequenciação na semana 24 (13 a 19 de junho).
Por outro lado, a linhagem BA.2 apresenta uma frequência relativa continuamente decrescente, tendo deixado de ser dominante desde a semana 19, ponto a partir do qual a linhagem BA.5 se tornou dominante em Portugal. Estima-se que a sua frequência relativa na semana 24 seja de 4,1% (dados em apuramento). A sublinhagem BA.2.12.1, detetada nas sete regiões e que apresentou um máximo de frequência relativa de 1,3% na semana 19, tem mostrado uma tendência decrescente desde então.
A sublinhagem BA.2.35 da BA.2 tem vindo a ser caracterizada pela mutação adicional L452R na proteína Spike, associada à resistência a anticorpos neutralizantes e marcadora de outras variantes de interesse/preocupação, tais como as variantes Delta, Kappa e Omicron BA.4/BA.5. Após a deteção a 1 de março de 2022 (semana 9), tem apresentado uma frequência relativa com tendência decrescente desde a semana 18 (2 a 8 de maio), onde atingiu o seu pico com 3,6%.
A frequência relativa da linhagem BA.1 atingiu um máximo na semana 2 (95,6%, 10 a 16 de janeiro), altura em que iniciou uma tendência decrescente. Estima-se que a sua circulação seja residual atualmente, tendo sido detetada a uma frequência inferior a 1% desde a semana 16 (18 a 24 de abril). Desde a semana 19, foram identificadas 11 sequências da linhagem BA.4 da variante Omicron em Portugal, associados a casos confirmados em 5 das 7 regiões do país.
O relatório do INSA refere ainda que, em Portugal, os poucos vírus recombinantes identificados, até ao momento, foram detetados em casos esporádicos nas amostragens aleatórias semanais. Entre estes, destacam-se casos associados aos recombinantes com as designações internacionais “XM”, “XN”, “XE”, “XH” e “XQ”, sendo que todos são caracterizados por um perfil genético híbrido em que uma parte inicial do genoma corresponde à linhagem BA.1 e o restante à linhagem BA.2.
373 casos confirmados de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal
A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirma mais 8 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, um total de 373 casos. A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas já existem casos nas restantes regiões (Norte, Centro, Alentejo e Algarve). Todos as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis. Recorda-se que uma pessoa que esteja doente deixa de estar infeciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.
A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
EMA inicia revisão de Vacina para Varíola dos Macacos – Infarmed
28 jun 2022
O Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP, na sigla em inglês) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) iniciou uma revisão da vacina Imvanex, já autorizada na União Europeia contra a varíola em adultos, de forma a estender a sua utilização contra a varíola dos macacos.
A decisão de iniciar esta revisão baseia-se nos resultados de estudos laboratoriais (dados não clínicos) que sugerem que a vacina desencadeia a produção de anticorpos que visam o vírus da varíola dos macacos e podem assim ajudar a proteger contra a doença.
Para mais informações aceda ao Comunicado original da EMA.
Ação corretiva voluntária: Bombas de insulina das séries MiniMed 600 e 700 – Infarmed
Circular Informativa N.º 070/CD/550.20.001 de 27/06/2022
Para: Divulgação geral
Tipo de alerta: dm
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
28 jun 2022
O fabricante das Bombas de insulina das séries MiniMed 600 e 700 (Medtronic MiniMed) está a realizar uma ação corretiva voluntária devido a um potencial problema com a tampa do compartimento da pilha.
A tampa da pilha é constituída por uma parte de plástico e por um contacto metálico que funcionam em conjunto com a pilha AA para alimentar a bomba. Caso o contacto metálico se solte ou caia da parte de plástico da tampa da pilha, tal poderá impossibilitar a alimentação elétrica. Quando a bomba detetar que não existe nenhuma fonte de alimentação, será disparado um alarme de “Inserir pilha”, e a administração de insulina irá parar imediatamente. Após 10 minutos, o som do alarme poderá aumentar para uma sirene e a bomba irá desligar-se.
Se a bomba interromper a administração de insulina devido a perda de energia, isto poderá resultar em níveis variáveis de açúcar elevado no sangue, e com consequências para a saúde, tendo o fabricante recebido notificações de incidentes relativas a este problema.
Perante o acima exposto, o fabricante emitiu um aviso de segurança e está a desenvolver um novo design da tampa do compartimento da pilha.
Assim, o Infarmed recomenda aos utilizadores destes dispositivos que sigam as recomendações do fabricante constantes no aviso de segurança (em anexo).
Quaisquer incidentes ou outros problemas relacionados com estes dispositivos médicos devem ser notificados à Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 71 45; fax: +351 21 111 73 16; e-mail: dvps@infarmed.pt.
O Vice-Presidente do Conselho Diretivo
(António Faria Vaz)