Orientação nº 004/2022 de 31/05/2022 atualizada a 06/07/2022 – DGS
Abordagem de casos de infeção humana por vírus Monkeypox (VMPX)
Portugal já recebeu as primeiras 2.700 doses da vacina.
Portugal já recebeu as primeiras 2.700 doses de vacinas contra o vírus Monkeypox, adquiridas pela Comissão Europeia para serem distribuídas entre os Estados-Membros mais afetados pelo surto.
A informação foi avançada à agência Lusa pela Comissária Europeia da Saúde, Stella Kyriakides, que sublinhou que no espaço de duas semanas a Comissão Europeia adquiriu cerca de 110 mil doses de vacinas e iniciou as entregas aos países mais afetados.
«Este trabalho vai agora continuar e intensificar-se à medida que nos encaminhamos para outro período de outono e inverno, com a pandemia da Covid-19 por perto» assinalou a comissária.
«Esta é uma União Europeia de Saúde que produz resultados tangíveis para as pessoas, com a nossa Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA) a reagir rapidamente e a adquirir vacinas para todos os Estados-Membros que manifestaram a sua necessidade», comentou a Comissária Europeia da Saúde.
De acordo com os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde, divulgados dia 30 de junho, os casos de Monkeypox em Portugal ultrapassaram os 400, tendo sido já notificados também casos na Madeira.
Na sexta-feira, dia 1 de julho, a Organização Mundial da Saúde revelou que o número de infeções pelo vírus Monkeypox triplicou nas últimas duas semanas na Europa, onde já foram confirmados em laboratório mais de 4.500 casos em 31 países e territórios.
Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas. Estes sinais e sintomas geralmente duram entre duas a quatro semanas e desaparecem por si só, sem tratamento.
DGS recomenda medidas de proteção para o aumento da temperatura.
Na sequência da previsão do aumento gradual de temperatura nos próximos dias, que podem atingir os 41 graus Celsius em algumas zonas do país, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou a adoção de medidas de proteção adicionais nos próximos dias.
Entre as recomendações, a DGS salienta a necessidade de dar especial atenção a grupos mais vulneráveis ao calor, como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas.
A DGS aconselha o aumento da ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. A exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas, é desaconselhada, devendo ainda ser evitadas as atividades desportivas e de lazer no exterior que exijam grandes esforços físicos.
Para viajar devem ser escolhidas as horas de menor calor e os doentes crónicos ou sujeitos a medicação ou dietas específicas devem seguir as recomendações do médico assistente ou do SNS 24.
Para as crianças é recomendado que consumam frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado, enquanto as com menos de seis meses não devem estar sujeitas a exposição solar.
A DGS aconselha também a contactar e acompanhar os idosos e outras pessoas que vivam isoladas, devendo ser assegurada a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado.
Para saber mais, consulte:
- DGS – https://www.dgs.pt/
- Instituto Português do Mar e da Atmosfera – https://www.ipma.pt/
Médio Tejo reforça atividade no primeiro semestre de 2022.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), constituído pelas Unidades de Torres Novas, Abrantes e Tomar, reforçou, nos seis primeiros meses deste ano, a atividade assistencial à população dos 14 concelhos da sua área de influência.
A recuperação da atividade cirúrgica foi uma das prioridades assumidas pelo CHMT para 2022, e os números do primeiro semestre revelam o esforço da instituição e dos seus profissionais.
Assim, o CHMT realizou mais 1.087 cirurgias do que no semestre homólogo de 2021, num total de 4.588 atos cirúrgicos, expressando um crescimento de 31% comparativamente ao mesmo período do ano passado. Deste total, o CHMT destaca as 721 cirurgias – um acréscimo de 8% face aos atos cirúrgicos que foram realizados no período homólogo de 2021, e 5% acima das cirurgias realizadas em 2019, ano de referência assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os serviços de urgência das três unidades do CHMT reforçaram a sua assistência à população em níveis históricos, dando pronta resposta a 75.059 episódios de urgência nos seis primeiros meses de 2022, um aumento de 47% face ao período homólogo de 2021, e 2% acima dos níveis recorde registados em 2019.
Na valência da consulta externa, no primeiro semestre deste ano foram realizadas 89.502 consultas, um número que revela um aumento de seis% face ao mesmo período de 2021. O reforço da atividade assistencial é mais expressivo nas primeiras consultas: foram realizadas 33.801 primeiras consultas, um crescimento de 13% face ao período homólogo de 2021. Já as consultas domiciliárias cresceram 29% homólogos, e realizaram-se 15.829 sessões de «Hospital de Dia» nas três unidades do CHMT, mais 15% do que nos primeiros seis meses de 2021.
Na Maternidade da Unidade de Abrantes foram realizados 352 partos (mais 4% de nascimentos do que aqueles que se registaram no mesmo período de 2021).
No internamento dedicado à Covid-19 passaram 968 utentes, dos quais 65 precisaram de cuidados de saúde altamente diferenciados prestados na Unidade de Cuidados Intensivos da instituição.
Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração do CHMT, realça que a instituição mantém «como objetivo igualar ou mesmo superar o nível assistencial de 2019, ano de referência do SNS. Em alguns indicadores, como a cirurgia urgente, o serviço de urgência e a hospitalização domiciliária, já estamos acima dessa fasquia, o que revela cuidados de saúde emergentes, esforço dos profissionais envolvidos no desígnio da saúde pública».
Para saber mais, consulte:
Hospital de Cantanhede aposta em projetos de proximidade aos utentes.
O Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, está empenhado em prestar cada vez mais e melhores serviços de proximidade e destaca a importância do trabalho em rede para chegar às pessoas mais desprotegidas.
De acordo com a Presidente do Conselho Diretivo do Hospital do Arcebispo João Crisóstomo, Diana Breda, em declarações à agência Lusa, têm sido desenvolvidos vários projetos, que foram pensados para chegar às pessoas mais desprotegidas.
«Temos um projeto muito interessante, que passa por realizar meios complementares de diagnóstico, eletrocardiogramas, análises e ecografias, através de uma equipa que se desloca aos cuidados de saúde primários. A ideia é aproximarmo-nos das pessoas mais desprotegidas, permitindo que os cuidados de saúde primários tenham mais capacidade resolutiva», explicou a responsável.
Outro dos projetos intitula-se «Hospital amigos dos mais Velhos», cuja ação estratégica tem como objetivo fundamental a valorização da pessoa idosa, pela promoção da saúde e bem-estar, independência e autonomia, mobilidade e oportunidade para contribuir na comunidade em que se insere.
Trata-se de um projeto que «parte da necessidade de intervir na organização e na dinâmica dos serviços de saúde, tornando-os definitivamente espaços de inclusão e de resposta às necessidades dos cidadãos».
De acordo com Diana Breda, os projetos são pensados em articulação com a Câmara Municipal de Cantanhede e, mais recentemente, com as juntas de freguesia. «Tentamos que haja uma interação maior entre os profissionais do hospital e os cuidados de saúde primários e, nos últimos três meses, temos também feito deslocações a instituições particulares de solidariedade social (IPSS) com estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI), afirmou.
A Presidente do Conselho Diretivo do Hospital Arcebispo João Crisóstomo realçou que encontrar um propósito para o hospital e definir uma lógica de proximidade «ajudou verdadeiramente a que os próprios profissionais de saúde se sintam motivados».
«É muito interessante pensar como podemos prestar melhores serviços de proximidade às pessoas e ao mesmo tempo transformarmo-nos num hospital onde as pessoas gostam de trabalhar. Isso levou a que fossemos reconhecidos, já em 2022, com um selo de local de trabalho saudável, pela Autoridade para as Condições de Trabalho», concluiu.
Para saber mais, consulte:
Hospital Arcebispo João Crisóstomo – https://www.hdcantanhede.min-saude.pt/
Reformulação da extração de ar com investimento de 140 mil euros.
O Hospital de Braga efetuou uma obra de reformulação da extração de ar no Serviço de Anatomia Patológica, de forma a aumentar a higiene e segurança dos profissionais de saúde e a qualidade do ar interior.
Esta intervenção, cujo investimento foi de cerca de 140 mil euros, já se encontra finalizada e consistiu na instalação de novos sistemas de ventilação e extração de ar em cada espaço de trabalho onde são manuseados produtos voláteis e tóxicos.
Simultaneamente, foram criados dois armazéns dotados de ventilação e extração, para um melhor armazenamento de peças anatómicas e outros produtos com necessidades de ventilação, extração e temperatura específicos.
Para João Porfírio Oliveira, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga, a concretização desta obra de reformulação do sistema de extração de ar revela-se, a par da contínua qualidade dos cuidados de saúde prestados, «fundamental para a estratégia de promoção de um ambiente de trabalho seguro para os profissionais de saúde da instituição».
O Hospital de Braga prevê, para 2022, entre equipamentos e infraestruturas, investimentos no valor de 4 milhões de euros.
Para saber mais, consulte:
Hospital de Braga > Notícias
Remodelação do Serviço de Urgência vai ter início esta semana.
Vai dar início, ainda esta semana, a obra de remodelação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade de Torres Vedras, inserida no Centro Hospitalar do Oeste (CHOeste), uma intervenção orçada em 572.411,00 € (mais IVA) e com duração de seis meses.
Em comunicado, o CHOeste explica que com este projeto de remodelação se pretende criar uma estrutura mais funcional, visando aumentar a capacidade da sala de observação de 16 para 24 camas, aumentar os gabinetes médicos, melhorar as áreas de espera no interior da urgência, aumentar o conforto e a segurança dos doentes e seus acompanhantes, dotar a triagem de dois gabinetes, dotar o serviço com uma sala de emergência com ligação direta ao exterior, permitindo uma maior rapidez no seu acesso e consequentemente uma maior rapidez na prestação de cuidados médicos.
A concretização desta obra de beneficiação vai melhorar a qualidade de acolhimento, conforto e atendimento aos doentes que acorrem a esta unidade hospitalar, e prevenir as infeções hospitalares. Também os profissionais que ali exercem as funções irão ver melhoradas as suas condições de trabalho, com melhores instalações e equipamentos, que permitirão aumentar a capacidade de resposta à atividade do serviço.
O comunicado refere que, em 2021, o Serviço de Urgência Geral da Unidade de Torres Vedras registou 45. 978 atendimentos.
O CHOeste explica que para a execução desta empreitada, o Serviço de Urgência teve de mudar para duas áreas de transição, permitindo a libertação do espaço atual para a realização desta obra. Por este motivo, a admissão de doentes ao Serviço de Urgência deverá ocorrer pela porta lateral do Hospital de Torres Vedras, onde funcionava a anterior consulta externa.
Para saber mais, consulte:
CHOeste > Notícias
ACSS apresenta Sistema de Saúde Português a Comitiva Eslovaca
No âmbito do Instrumento de Assistência Técnica e Intercâmbio de Informações da Comissão Europeia [TAIEX], a ACSS recebeu a visita de uma comitiva da Eslováquia, que pretendia adquirir conhecimento sobre o modelo português de gestão, administração e financiamento de cuidados hospitalares.
A comitiva que visitou Portugal teve oportunidade de ouvir três representantes da ACSS, entre eles, Vanessa Ribeiro, coordenadora do Núcleo de Planeamento e Inovação, que explicou a organização do Sistema de Saúde Português.
Sofia Mariz, assessora do Conselho Diretivo, apresentou o modelo de financiamento e contratualização e Tiago Mendes, diretor do Departamento de Gestão Financeira, abordou o tema dos fluxos financeiros.
A Eslováquia está a desenvolver, no âmbito do PRR, aquela que será a maior reforma da saúde do país das últimas três décadas. A delegação que esteve presente era composta por: representantes do Ministério da Saúde da República Eslovaca: Dana Rušinová, Ondrej Kuruc, Silvia Karaffová, Iveta Griačová, Michal Salay; a representante do Instituto Nacional de Doenças Cardiovasculares, Martina Frajková e Ľubomír Šarník, do Hospital Universitário JA Reiman com Policlínica (FNsP) em Prešov.
A visita de três dias a Lisboa (27 a 29 de junho), promovida pela DG Reform da Comissão Europeia e pelo Ministério da Saúde da Eslováquia, foi articulada entre a ACSS, a Direção Geral da Saúde (DGS) e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Publicado em 6/7/2022
Webinar “Advancing Research on Epidemic-Prone Diseases” – INSA
06-07-2022
O consórcio europeu ISIDORe (Integrated Services for Infectious Disease Outbreak Research), do qual o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge é parceiro no âmbito do projeto ERINHA (European Research Infrastructure on Highly Pathogenic Agents), organiza, dia 12 de julho, o webinar “Advancing Research on Epidemic-Prone Diseases”. A iniciativa tem como objetivo fornecer informação sobre dois concursos abertos para o financiamento de projetos de investigação em SARS-CoV-2/COVID-19 e Monkeypox.
A decorrer em formato online, a sessão terá como oradores Audrey Richard, diretor de operações do projeto ERINHA, e Claire Connellan, gestora de projeto do consórcio ISIDORe. Durante a sessão, os participantes poderão colocar as suas questões através da funcionalidade “Q&A” da plataforma Zoom ou, em alternativa, fazê-lo antecipadamente através do endereço de e-mail contact@isidore-project.eu. A presença no evento é gratuita mas carece de inscrição, que poderá ser feita através deste link.
Disponível até 6 de agosto, a “ISIDORe Emergency Call for Proposals: Monkeypox Virus” aceita propostas de investigação dedicadas ao vírus Monkeypox que estejam focadas num dos seguintes tópicos: Vigilância, Transmissão & Gestão de Risco de Epidemia; História Natural do vírus Monkeypox; Diagnóstico; Vacinas; Ciências Sociais e Epidemiologia.
A “ISIDORe ongoing SARS-CoV-2/COVID-19 Call for Proposals” continuará aberta enquanto existirem fundos disponíveis, para cientistas e investigadores da academia e do setor privado, e encontra-se dividida em seis secções: Vigilância & Gestão de Risco de Epidemia; Compreender SARS-CoV-2 e COVID-19; Diagnóstico; Terapêutica; Vacinas; Ciências Sociais e Epidemiologia.
O projeto ISIDORe é o maior e mais diversificado instrumento de investigação e de prestação de serviços para o estudo de doenças infeciosas na Europa, com conhecimentos especializados desde a biologia estrutural até aos ensaios clínicos. Sob a égide de 17 grandes infraestruturas europeias de investigação das ciências da vida e redes de doenças infeciosas coordenadas pela ERINHA, reúne um total de 154 entidades e organizações de investigação que prestam serviços para fazer avançar a investigação sobre doenças propensas a epidemias.