Norma nº 006/2022 de 12/07/2022 atualizada a 20/09/2022 – DGS
Vacinação contra infeção humana por vírus Monkeypox
Vacinação contra o vírus Monkeypox passa a ser usada para prevenir doença – DGS
A Direção-Geral da Saúde atualizou hoje a Norma 006/2022 da DGS relativa à vacinação humana por vírus Monkeypox, de forma a prever a vacinação preventiva de pessoas com risco acrescido, além dos contactos de casos.
Assim, podem ser vacinadas as pessoas com idade superior ou igual a 18 anos que preencham os seguintes critérios:
- Homens que têm sexo com homens (HSH), mulheres e pessoas trans, em tratamento preventivo contra o vírus da imunodeficiência humana (PrEP para VIH) e diagnóstico de, pelo menos, uma infeção sexualmente transmissível (IST) nos últimos 12 meses;
- HSH que vivam com VIH e diagnóstico de pelo menos uma IST nos últimos 12 meses;
- HSH e pessoas trans envolvidas em sexo comercial;
- HSH com imunossupressão grave (segundo a Norma);
- Profissionais de saúde, com elevado risco de exposição, envolvidos na colheita e processamento de produtos biológicos de casos de infeção.
A estratégia logística de vacinação preventiva será gerida ao nível de cada região de saúde, após identificação dos cidadãos elegíveis em consulta de especialidade, conforme ponto 11, alínea a), da Norma 006/2022.
Tendo em conta o aumento da procura desta vacina globalmente, foi autorizada a administração de dose reduzida da vacina por via intradérmica, em contexto de uso de emergência, maximizando o número de doses disponíveis.
Norma nº 010/2022 de 20/09/2022 – DGS
Vacinação contra a COVID-19 | Vacina Comirnaty Original/Omicron BA.4-5®
Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 20-09-2022 – INSA
20-09-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Genómica e Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 41.685 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 307 concelhos de Portugal.
Segundo o relatório do INSA, a linhagem BA.5 da variante Omicron (incluindo as suas múltiplas sublinhagens) é dominante em Portugal desde a semana 19 (9 a 15 de maio), apresentando uma frequência relativa de 95,4% de acordo com a mais recente amostragem aleatória por sequenciação na semana 36 (5 a 11 de setembro). A linhagem BA.4 da variante Omicron tem registado uma frequência relativa estável nas últimas amostragens semanais, representando 4,1% das sequências analisadas nas semanas 35 e 36.
Por outro lado, a linhagem BA.2 da variante Omicron, dominante em Portugal entre as semanas 8 (21 a 27 de fevereiro) e 19 (9 a 15 de maio), tem tido uma frequência relativa continuamente decrescente, registando 0,3% nas semanas 35 e 36. Tem-se observado a emergência de algumas mutações de interesse, nomeadamente mutações potencialmente associadas à resistência a anticorpos neutralizantes. Entre estas, destaca-se a mutação adicional na posição 346 da proteína Spike, a qual tem vindo a ser detetada em diversas sublinhagens da BA.2 (p.ex., BA.2.75.2), BA.4 (p.ex., BA.4.6) e BA.5 (p.ex., BF.7), algumas destas com considerável circulação em diversos países. Em Portugal, destaca-se a circulação das sublinhagens BF.7 e BA.4.6, ambas com uma frequência relativa tendencialmente crescente, registando valores de ~4% e ~2%, respetivamente, no período das semanas 35 e 36.
Desde abril de 2020, o INSA tem vindo a desenvolver o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal”, com o objetivo principal de determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal. Atualmente, esta monitorização contínua assenta em amostragens semanais de amplitude nacional. Os resultados deste trabalho podem ser consultados aqui.
EMA e HMA confirmam interpermutabilidade dos medicamentos biossimilares – Infarmed
20 set 2022
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o grupo de Chefes das Agências de Medicamentos (HMA) dos Estados-membros da União Europeia, emitiram uma declaração conjunta, confirmando que os medicamentos biossimilares aprovados na União Europeia (UE), podem ser utilizados em alternativa ao seu medicamento de referência ou a outro biossimilar equivalente.
Embora esta forma de utilização de biossimilares já seja praticada em muitos Estados-membros, esta posição conjunta visa harmonizar a abordagem na UE. Vai também trazer mais clareza para os profissionais de saúde e, nesse sentido, contribuirá para que mais utentes tenham acesso a medicamentos biológicos em toda a UE.
Um biossimilar é um medicamento biológico muito semelhante a outro medicamento biológico já aprovado (o ‘medicamento de referência’). Neste contexto, a interpermutabilidade significa que o medicamento de referência pode ser substituído por um biossimilar, sem que haja qualquer alteração do seu efeito terapêutico.
Os biossimilares aprovados demonstraram eficácia, segurança e imunogenicidade semelhantes em comparação com os seus medicamentos de referência, e a análise dos dados de segurança no tratamento de utentes, não levantou quaisquer preocupações adicionais. Assim sendo, os especialistas da UE consideraram que, quando um biossimilar é aprovado na UE, ele pode ser utilizado como alternativa ao seu produto de referência (ou vice-versa) ou substituído por outro biossimilar do mesmo produto de referência.
A EMA atualizará os seus materiais de comunicação sobre medicamentos biossimilares tanto para utentes, como para profissionais de saúde, com estas novas indicações.
Mais informações no Comunicado original.
Consulta multidisciplinar certificada internacionalmente
A Consulta Multidisciplinar de Dermite Atópica, inserida no Centro de Responsabilidade Integrado de Dermato-venereologia do Hospital de Santo António dos Capuchos, é a primeira consulta de dermite atópica em Portugal certificada como centro de excelência e referência pela Global Allergy and Asthma European Network (GA²LEN) ADCARE initiative.
Esta consulta foi criada para responder às necessidades assistenciais dos doentes que sofrem com formas moderadas e graves de dermite atópica e integra duas avaliações consecutivas: uma avaliação por um enfermeiro e, posteriormente, por um dermatologista.
Nessa consulta é oferecida avaliação e tratamento dirigido a cada caso, estando disponível uma variedade de alternativas terapêuticas convencionais e inovadoras para responder à complexidade da doença.
A consulta decorre às segundas-feiras, das 8 às 13 horas, no Hospital de Santo António dos Capuchos, unidade que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central (CHULC). Os doentes podem ter acesso mediante referenciação do médico de família ou de qualquer médico do sistema de saúde, público ou privado, que considere haver indicação para este nível de cuidados.
A dermite atópica é uma das doenças inflamatórias crónicas de pele mais frequentes, afetando cerca de 20% das crianças e 7% dos adultos. É uma doença física e emocionalmente debilitante para doentes e familiares, sendo causa de exclusão e absentismo social (laboral e escolar), prejuízo do desempenho escolar e profissional e gastos económicos avultados em tratamentos e consultas.
Para saber mais, consulte:
CHULC > Notícias
Candidaturas à 2ª fase de Action Grants do EU4Health Work Programme – ACSS
Encontram-se abertas, até ao dia 28 de fevereiro de 2023, as candidaturas à segunda fase de Action Grants no âmbito do EU4Health Work Programme 2022.
As três Actions Grants agora disponíveis, pretendem trabalhar questões associadas a prevenção da Diabetes, Doenças Cardiovasculares e Cancro, bem como capacitar e formar profissionais de saúde na área da oncologia.
Para mais informações deverá consultar Second wave of EU4Health calls 2022 (europa.eu)
Publicado em 19/9/2022
Instituto Ricardo Jorge participa no XVII Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiologia
20-09-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia (DEP), participou no XVII Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE) e XL Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Epidemiologia, promovidos pela Associação Portuguesa de Epidemiologia e Sociedade Espanhola de Epidemiologia, e que decorreram em San Sebastian, Espanha, entre 30 agosto e 2 de setembro de 2022. A participação incluiu a apresentação de uma comunicação oral, um poster e a moderação de uma sessão de comunicações orais.
A presença do INSA foi assegurada por Carlos Aniceto, Paula Braz e Tatiana Alves, que fizeram uma comunicação oral subordinada ao tema “Anomalias congénitas e exposição ambiental – cálculo da suscetibilidade à poluição atmosférica”, no âmbito do Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC). Os especialistas do INSA apresentaram também um poster respeitante à temática “Acidentes domésticos e de lazer com bicicleta em crianças, durante a pandemia Covid-19, em Portugal”, no contexto do sistema EVITA, e moderaram uma sessão de comunicações orais referentes a lesões por causas externas.
Sob o tema “Desafios do século XXI: meio ambiente, alterações climáticas e desigualdades sociais”, o XVII Congresso da APE abordou os principais problemas da saúde que afetam a população e a importância do conhecimento epidemiológico no controlo e prevenção dos problemas da saúde atuais, de que são exemplo as doenças (re)emergentes que a sociedade enfrenta.
Criada em 1988, a APE tem por objetivo promover o estudo, a discussão e a divulgação da problemática da aplicação e do progresso da epidemiologia na perspetiva de desenvolvimento das ciências da saúde, em particular através da constituição de um fórum para profissionais de diversas formações e setores de atividade com intervenção no domínio da epidemiologia e da promoção de reuniões, conferências e congressos, entre outras ações.