Informação semanal sobre Infeção Humana por vírus Monkeypox – Nº 015 – DGS
Informação sobre número de casos em Portugal a 13 de outubro de 2022
A 3 de maio foi detetada a presença do vírus Monkeypox (VMPX) em Portugal, com a confirmação laboratorial de cinco casos de infeção humana por VMPX. Desde então até 13 de outubro de 2022, foram identificados 940 casos confirmados laboratorialmente, mais 10 em relação à semana passada.
Até 12 de outubro de 2022, foram reportados 863 casos no SINAVEmed. Dos 863 casos, a maior parte pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos (375; 43%). A maioria dos casos são do sexo masculino (855; 99,1%), mantendo-se os 8 casos (0,9%) reportados no sexo feminino.
Ações a nível nacional
De 16 de julho a 9 de outubro, foram vacinados no contexto de vacinação pós-exposição, 526 contatos.
Em complemento à vacinação pós-exposição, a vacinação preventiva para grupos com risco acrescido de infeção humana por VMPX, iniciou-se a 26 de setembro, com base na Norma 006/2022 atualizada a 20 de setembro, estando já em curso na região Norte, Centro, LVT e Algarve, estando a ser também organizada nas restantes regiões do país. Até 9 de outubro, foram vacinadas 150 pessoas em contexto preventivo.
No website da DGS encontram-se disponíveis Perguntas frequentes, com informação sobre os dois tipos de vacinação.
A lista de locais de vacinação encontra-se disponível no site da DGS.
A DGS mantém o acompanhamento da situação epidemiológica, quer a nível nacional quer internacional, partilhando, analisando e adaptando as evidências científicas e as boas práticas na implementação de medidas de saúde pública visando a redução das cadeias de transmissão e o controlo do surto.
Lei de Saúde Mental aprovada
Proposta de lei do Governo foi aprovada no Parlamento
A proposta de lei do Governo sobre a saúde mental foi aprovada na generalidade no Parlamento, esta sexta-feira, dia 14 de outubro, um diploma que vem substituir a legislação em vigor há cerca de 20 anos.
A proposta de lei, que baixa à Comissão de Saúde, insere-se na reforma da saúde mental que o Governo pretende concluir até final de 2026 e que recorre a 88 milhões de euros para investimentos nesta área, disponíveis no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
De acordo com o Ministro da Saúde, o diploma pretende atualizar a legislação que vigora nas últimas duas décadas, tendo em conta os desenvolvimentos científicos, jurídicos e de direitos humanos registados ao longo desse período.
Manuel Pizarro, no debate que decorreu no dia 13 de outubro no Parlamento, referiu que «a proposta de lei acentua a nossa visão humanista, enquanto vertente indispensável de cuidados de saúde de excelência, conferindo centralidade aos conceitos de autonomia, dignidade, participação, oportunidade e recuperação» da pessoa com necessidades de cuidados de saúde mental.
Este diploma incide sobre a definição, fundamentos e objetivos da política nesta área, consagra os direitos e deveres das pessoas com necessidade de cuidados de saúde mental e regula as restrições destes direitos e as garantias da proteção da liberdade e da autonomia.
Equipa do Hospital de Santarém já realizou 900 visitas ao domicílio
Em dois anos, a equipa de Saúde Mental na Comunidade para a população adulta do Departamento de Saúde Mental e Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém (HDS) realizou 900 visitas domiciliárias.
Esta equipa, criada durante a pandemia de Covid-19, assegura a prestação de cuidados globais essenciais de saúde mental, a nível de ambulatório e de internamento, e atua de forma a minimizar recaídas da doença mental grave e a reduzir o impacto da Covid-19.
A intervenção da equipa, através das teleconsultas e da consulta domiciliária, permite diminuir o recurso ao Serviço de Urgência. O objetivo é melhorar qualidade de vida, capacitar a família/pessoa doente na gestão da doença, diminuir/ prevenir recaídas e consequente necessidade de internamento.
Em comunicado, o HDS destaca, nestes dois anos de atuação, os ganhos em saúde ao nível da diminuição de internamentos e da reabilitação social, assim como a diminuição do absentismo do cuidador.
De acordo com o Plano Nacional de Saúde Mental, estas equipas assumem como objetivo «aproximar os serviços de saúde mental da população que acompanham e assegurar respostas focadas na prevenção, através do melhor entendimento do contexto onde as pessoas vivem e adoecem, permitindo uma intervenção mais efetiva nos problemas de saúde mental».
Para saber mais, consulte:
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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe passa a incluir dados da Rede de Vigilância de Vírus Sincicial Respiratório (VigiRSV) – INSA
14-10-2022
O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe e outros Vírus Respiratórios, publicado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), passará a incluir, na época 2022/2023, uma seção com resultados da Rede de Vigilância de Vírus Sincicial Respiratório (VigiRSV). Constituída em 2021, esta Rede integra 19 hospitais públicos e um hospital privado, distribuídos por todas as regiões de saúde de Portugal Continental e região autónoma da Madeira, que reportam semanalmente casos de infeção respiratória aguda em crianças internadas com menos de 24 meses.
Adicionalmente, são enviadas para o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios amostras biológicas referentes aos casos positivo de vírus sincicial respiratório (VSR) para posterior caracterização genética. Desde a sua criação, a rede VigiRSV já permitiu a identificação de dois períodos de atividade anómala de VSR em Portugal, tendo a informação daí resultante servido de suporte à decisão do período de administração de profilaxia contra VSR, em crianças de alto-risco.
O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe divulgado pelo INSA dia 13 de outubro, relativo à semana 40 (03-09 outubro), é o primeiro boletim referente à época de 2022/2023. A vigilância da gripe e de outros vírus respiratórios é feita durante todo o ano, sendo o boletim de vigilância publicado semanalmente entre outubro e maio, por ser a época de habitual circulação destes agentes. Durante os meses de verão é feita a publicação de boletins intercalares, ou seja, entre os períodos formais de vigilância, se houver alguma alteração da situação epidemiológica.
Coordenado pelo INSA, o Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG) tem como principais objetivos identificar os vírus da gripe e outros vírus respiratórios em circulação no território nacional, assim como monitorizar a evolução da atividade epidémica da gripe e caracterizar genética e antigenicamente os vírus da gripe. As atividades do PNVG são desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde.
Curso “Amianto nos edifícios: localização, aplicação, risco e avaliação da exposição” com nova data – INSA
14-10-2022
O curso “Amianto nos edifícios: localização, aplicação, risco e avaliação da exposição”, inicialmente previsto para 17 de outubro, foi reagendado para 28 de novembro. Organizada pelo Departamento de Saúde Ambiental (DSA) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a iniciativa visa dotar os participantes de conhecimentos sobre os riscos para a saúde resultantes da exposição ao amianto, bem como as diversas aplicações deste material nos edifícios.
O programa da formação proporcionará ainda conhecimentos sobre a metodologia de monitorização ambiental, a determinação da concentração de fibras no ar e interpretação de resultados com o objetivo de avaliar a exposição. Os interessados em participar no curso, que se destina essencialmente a técnicos da construção civil, a engenheiros sanitaristas, a técnicos de segurança e saúde no trabalho, técnicos de saúde ambiental e inspetores do trabalho, deverão efetuar a sua inscrição, até ao dia 18 de novembro, através do preenchimento do seguinte formulário.
Devido às suas propriedades, o amianto teve, no passado, numerosas aplicações nomeadamente na indústria da construção, encontrando-se presente em diversos tipos de materiais. O INSA, através da Unidade do Ar e Saúde Ocupacional do DSA, desenvolve há mais de 40 anos estudos relacionados com a exposição a amianto, tendo sido pioneiro, a nível nacional, na resposta a pedidos de avaliação da exposição profissional e ambiental a este agente.
O amianto ou asbestos é a designação comercial utilizada para a variedade fibrosa de seis minerais metamórficos de ocorrência natural. O perigo do amianto decorre sobretudo da inalação das fibras libertadas para o ar, sendo que, regra geral, a presença de amianto em materiais de construção representa um baixo risco para a saúde, desde que o material esteja em bom estado de conservação, não seja friável e não esteja sujeito a agressões diretas.
Beba água com segurança e satisfação – DGS
A EPAL lançou, na semana das comemorações do Dia Nacional da Água, a campanha “Beba água com segurança e satisfação”.
Como a confiança dos consumidores é verdadeiramente importante, a EPAL tem uma nova área digital sobre qualidade da água no seu site. Aqui pode encontrar as mais diversas temáticas e saber tudo sobre a água que consome diariamente, nomeadamente, o Tratamento e Controlo da Qualidade da Água fornecida, Boas Práticas de Manutenção e Higienização de Redes Prediais e Acessórios e muito mais, como, por exemplo, dicas para beber água com mais Satisfação.
Para podermos chegar a cada vez mais pessoas, solicitamos, uma vez mais, a maior colaboração dessa Instituição, partilhando esta campanha e ajudando-nos a divulgar esta nova área digital junto dos(as) respetivos(as) trabalhadores(as).
Conheça os nossos folhetos digitais em EPAL | Campanhas| Qualidade da Água
ACSS lidera participação portuguesa na Joint Action eCAN
A ACSS representou o Ministério da Saúde na primeira reunião oficial da ação conjunta (Joint Action) eCAN sobre “Strengthening eHealth, integrating telemedicine and remote monitoring in health and care systems for cancer prevention and care”, que decorreu, no final de setembro, em Bruxelas.
Teresa Pêgo, coordenadora da Unidade de Gestão do Acesso (UGA) da ACSS, Adelaide Belo (UGA|ACSS) responsável pela coordenação da parte portuguesa neste projeto, Vanessa Mendes (SPMS) e Rui Soares (IPO Coimbra) são os responsáveis por partilhar a experiência portuguesa no projeto internacional, que visa disseminar a integração de cuidados e rastreio do cancro através de uma ação conjunta com outros 16 países europeus.
A eCAN pretende fortalecer e integrar a telemedicina e a telemonitorização nos serviços de saúde, através do desenvolvimento de abordagens inovadoras na área da telemedicina em oncologia, em toda a Europa.
Além da ACSS, estão envolvidos neste projeto a Direção-Geral da Saúde (DGS), os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e os IPOs do Porto, Coimbra e Lisboa.
A informação sobre o eCAN estará disponível, em breve, na página oficial do projeto.
Publicado em 14/10/2022