Rastreio Neonatal: 62.001 recém-nascidos estudados no terceiro trimestre de 2022 – INSA
20-10-2022
Nos primeiros nove meses de 2022, foram estudados 62.001 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do seu Departamento de Genética Humana. Comparando com igual período do ano passado, realizaram-se mais 3.037 “testes do pezinho” (58.964).
De acordo com os dados do PNRN relativos aos primeiros nove meses de 2022, observa-se que o maior número de bebés rastreados nasceram nos distritos de Lisboa e do Porto, com 18.440 e 11.386 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Setúbal, com 4.754, e Braga, com 4.717. Por outro lado, Bragança (436), Portalegre (446), Guarda (469) e Castelo Branco (725) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.
O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Este exame é efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.
Natalidade | Mais 62 mil nascimentos
Portugal regista mais bebés nascidos entre janeiro e setembro de 2022
Nos primeiros nove meses de 2022, foram estudados 62.001 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do seu Departamento de Genética Humana. Comparando com igual período do ano passado, realizaram-se mais 3.037 “testes do pezinho” (58.964).
De acordo com os dados do PNRN relativos aos primeiros nove meses de 2022, observa-se que o maior número de bebés rastreados nasceram nos distritos de Lisboa e do Porto, com 18.440 e 11.386 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Setúbal, com 4.754, e Braga, com 4.717. Por outro lado, Bragança (436), Portalegre (446), Guarda (469) e Castelo Branco (725) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.
O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Este exame é efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.
CHULC | Patologia da Mama
Consulta Multidisciplinar de Cirurgia da Mama celebra 30 anos
A Consulta Multidisciplinar de Cirurgia da Mama do Hospital de São José, atual Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central (CHULC), comemora o seu 30.º aniversário. Pioneira e inovadora, esta consulta foi criada com o objetivo de abordar a patologia mamária de forma integrada e desenvolver as melhores práticas no tratamento e seguimento dos doentes, tendo dado origem, em 2008, à atual Unidade Funcional de Patologia Mamária do CHULC.
De acordo com o CHULC, ao longo dos últimos 30 anos, foram atendidas, tratadas e seguidas cerca de 26 mil pessoas nesta consulta. Só nos últimos dez anos, foram atendidos cerca de 17 mil utentes na Unidade Funcional de Patologia Mamária (mais de 20% dos quais com doença maligna), num total de mais de 106 mil consultas (primeiras e subsequentes), mantendo-se a abordagem multidisciplinar de acordo com as normas nacionais e internacionais. No mesmo período, foram realizadas aproximadamente 3.200 cirurgias.
Criada em 1992 sob a coordenação de António Araújo, cirurgião geral, esta consulta constituiu uma inovação em Portugal, ao integrar, de forma eficaz e eficiente, as várias especialidades – Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Oncologia, Anatomia Patológica, Imagiologia, Medicina Física e Reabilitação, Psicologia, Serviço Social e Enfermagem com formação específica –, ao avançar com reconstruções mamárias imediatas e ao aplicar, na área da psicologia, um protocolo de intervenção precoce de cariz preventivo (cuidados psico-oncológicos).
“Estas consultas resultam de um esforço grande de pessoas que acreditaram e acreditam que devemos mudar a nossa maneira de estar em relação ao cancro da mama”, refere Carlos Vitorino, atual coordenador da Unidade de Patologia Mamária do CHULC, destacando que, quando existe este nível de organização, melhora a qualidade do serviço prestado. “Este esforço é compensatório nos resultados que temos”, afirma.
Para assinalar o 30.º aniversário da consulta, e como forma reconhecimento e agradecimento aos profissionais envolvidos, a Viva Mulher Viva Associação promove uma cerimónia, na próxima segunda-feira, 24 de outubro, às 11h00, no Salão Nobre do Hospital de São José.
Formada em 2004 por um grupo de pacientes tratadas ao cancro da mama e por alguns profissionais, a Viva Mulher Viva Associação tem como objetivos dar voz às necessidades dos pacientes e famílias, melhorar a comunicação entre pacientes, familiares e profissionais, e apoiar as equipas de saúde no alcance de padrões mais elevados de prestação de cuidados de saúde.
Para saber mais, consulte:
CHULC > Notícias
Saúde Sustentável 2022
Delfim Rodrigues distinguido com o Prémio Personalidade
Delfim Rodrigues, Coordenador do Programa Nacional de Implementação das Unidades de Hospitalização Domiciliária nos Hospitais do do Serviço Nacional de Saúde, recebeu o “Prémio Personalidade”, atribuído pelo júri do Prémio Saúde Sustentável 2022, em reconhecimento pela sua carreira, com mais de quatro décadas, na área da gestão da saúde.
O galardão foi entregue esta quarta-feira, dia 19 de outubro, durante a cerimónia dos Prémios Saúde Sustentável, uma iniciativa do Negócios em parceria com a Sanofi.
O Prémio Saúde Sustentável, que já se encontra na sua décima primeira edição, pretende divulgar e incentivar as boas práticas para a sustentabilidade da Saúde em Portugal.
Para saber mais, consulte:
Prémio Saúde Sustentável – http://premiosaudesustentavel.negocios.pt
Dia Nacional da Paralisia Cerebral
Desmitificar preconceitos é um dos objetivos desta efeméride
O Dia Nacional da Paralisia Cerebral assinala-se esta quinta-feira, 20 de outubro, uma data instituída pela Assembleia da República em 2014.
A efeméride pretende desmistificar alguns preconceitos relacionados com a paralisia cerebral e sensibilizar para a importância do respeito e da inclusão destas pessoas, em prol da melhoria da sua qualidade de vida e em conformidade com os princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Dia Nacional da Paralisia Cerebral 2022 – INSA
20-10-2022
Assinala-se a 20 de outubro o Dia Nacional da Paralisia Cerebral, data celebrada oficialmente desde 2014 com o objetivo de desmistificar alguns preconceitos relacionados com a paralisia cerebral (PC), evidenciando os problemas e desafios que sofrem diariamente as pessoas afetadas e as suas famílias. Este ano, a Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral associa-se a uma das suas filiadas, a Associação de Paralisia Cerebral de Évora, na organização desta comemoração, que decorre de 17 a 21 de outubro.
Ao longo da semana, terá lugar um conjunto diversificado de iniciativas, como conversas sobre temas relacionados com o bem-estar do cidadão com deficiência, a sua empregabilidade e incapacidade, e o acesso e frequência no Ensino Superior, bem como atividades desportivas e culturais e uma visita guiada ao Centro Histórico de Évora. As comemorações do Dia Nacional da Paralisia Cerebral terminarão a 21 de outubro com a realização de um seminário sobre a “Inclusão Social em rede – perspetivas sobre a Paralisia Cerebral”.
O Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC), integrado no Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, tem levado a cabo a recolha de dados sobre a temática da Inclusão Social das pessoas com paralisia cerebral, nomeadamente informações sobre a inclusão em idade pré-escolar, tendo confirmado que a grande maioria destas crianças estavam incluídas no ensino regular (83%), registando-se ao longo dos anos uma tendência para a diminuição da proporção de crianças que frequentavam uma instituição de ensino só direcionada para crianças com deficiência.
O PVNPC encontra-se atualmente a implementar a obtenção de dados evolutivos dos níveis de inclusão em outras idades-chave, nomeadamente na adolescência e na idade adulta, como forma de contribuir para melhor conhecer o seu desenvolvimento ao longo da vida. Este programa regista desde 2006 os casos de PC ocorridos em crianças nascidas no século XXI, e a evidência científica robusta que tem sido produzida contribui para a melhor satisfação das necessidades de saúde, educação e apoio social de quem vive com PC, além de identificar oportunidades de prevenção e de tornar mais presente a voz destas pessoas. Os dados do último relatório publicado pelo PVNPC podem ser consultados aqui.
Instituto Ricardo Jorge participa em workshop conjunto da Organização Mundial de Saúde e da Associação Internacional da Água sobre regulação de águas balneares
20-10-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Saúde Ambiental, participou, dia 15 de setembro, no workshop conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Associação Internacional da Água subordinado ao tema “Translating Science to Policy”, organizado no âmbito da reunião mundial da Associação Internacional da Água, que decorreu em Copenhaga. A ação teve como objetivo debater a regulação em águas balneares, na sequencia da publicação das novas guidelines da OMS.
A participação neste workshop, que reuniu vários especialistas mundiais em várias áreas da gestão de águas balneares e recreativas, foi assegurada por João Brandão, enquanto perito em exposição ambiental a contaminantes microbiológicos de águas e areias, tendo o especialista do INSA efetuado uma comunicação intitulada “Determination of Beach Sand Contamination”.
Após a apresentação das várias comunicações orais, seguiu-se uma sessão de perguntas sobre opiniões da plateia que mostraram que 90% dos presentes considera que a areia pode ser uma fonte de contaminação da água e que cerca de 50% considera que o risco de exposição a microrganismos patogénicos na areia depende do nível de contaminação, mostrando uma crescente consciencialização para a necessidade de monitorizar a qualidade das areias das praias de zonas balneares, como recomendado pela OMS.
Outras perguntas formuladas incidiram, por exemplo, sobre a diferença entre os limites de contagem de enterococos em aguas costeiras e interiores, a qual foi apoiada por 60% dos inquiridos. Sobre a necessidade de monitorizar contaminantes emergentes e se há necessidade de aumentar o grau de exigência da avaliação águas balneares as opiniões foram distribuídas entre sim, não e não sabe.
Doutorado em Biologia e Ecologia das Alterações Climáticas, com especialização em Saúde, João Brandão tem como principais áreas temáticas de trabalho a micologia clínica, qualidade de água e contaminantes de areias de zonas balneares. Faz ainda parte do grupo de especialistas de microbiologistas europeu que presta apoio à Comissão Europeia para a diretivas de águas balneares e de consumo.
As novas recomendações da OMS, baseadas parcialmente em trabalhos já publicados pelo especialista do INSA, foram integradas pela organização da Bandeira Azul que em Portugal já iniciou a integração em escala-piloto nas costas Nacionais, para ser expandido à escala Nacional e Internacional como critério guia. Para consultar o documento “Guidelines on recreational water quality: Volume 1 coastal and fresh waters”, clique aqui.